Folhetos Germinativos PDF
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Lusófona
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This document contains questions and answers about the factors determining male sexual differentiation, the role of the genital ridge, the importance of AMH (Anti-Müllerian Hormone), the relationship between FSH and LH in the menstrual cycle and oocyte maturation, the importance of calcium in fertilization, the characteristics of gametes, the classification of spermatogonia and ovogonia, the timing of the formation of germ cells, and the characterization of ovulation.
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1. Qual ou quais os factores determinantes na diferenciação sexual masculina? Formação testículos: Cromossoma Y - gene SRY SRY + Sox 9 - diferenciação testículos SRY + FGF9 - diferenciação células de Sertoli Sertoli - produção de AMH induzido por Sox9 - regressão do ducto de Müllerian...
1. Qual ou quais os factores determinantes na diferenciação sexual masculina? Formação testículos: Cromossoma Y - gene SRY SRY + Sox 9 - diferenciação testículos SRY + FGF9 - diferenciação células de Sertoli Sertoli - produção de AMH induzido por Sox9 - regressão do ducto de Müllerian Diferenciação das células Leydig + Sf1 - testosterona que induz a diferenciação dos ductos de Wol ian em vasos deferentes e masculinização do feto, depois de convertida a di-hidrotestosterona. 2. O que é a crista genital e qual a sua função? A crista genital é uma gónada indiferenciada. A crista genital é uma estrutura embrionária formada a partir do mesoderma intermediário, localizada na região dorsal do embrião. Ela surge por volta da 4ª semana de desenvolvimento e serve como base para a formação das gônadas primitivas (ovários ou testículos), sendo crucial para o desenvolvimento do sistema reprodutor. A sua principal função é fornecer um ambiente adequado para a migração e colonização das células germinativas primordiais, que darão origem aos gametas (óvulos ou espermatozoides). 3. Explica a importância da AMH (Hormona Anti-Müllariana) na formação/diferenciação do testículo? A AMH (Hormona Anti-Mülleriana), produzida pelas células de Sertoli dos testículos fetais, é essencial para a diferenciação masculina. Ela causa a regressão dos ductos de Müller, impedindo o desenvolvimento de estruturas femininas (trompas, útero). Além disso, auxilia na maturação das células de Leydig, promovendo a produção de testosterona, que é crucial para a formação das estruturas masculinas. 4. Qual a relação das hormonas FSH e LH no ciclo menstrual e na maturação ovocitária? A FSH e a LH são essenciais no ciclo menstrual e na maturação ovocitária: FSH (Hormona Folículo-Estimulante): estimula o crescimento e a maturação dos folículos ovarianos, promovendo a produção de estrogênios. LH (Hormona Luteinizante): provoca a ovulação (liberação do óvulo) e estimula a formação do corpo lúteo, que produz progesterona para preparar o útero para uma possível gestação. Ambas atuam em sinergia para regular o ciclo menstrual e a fertilidade. 5. Explica a importância do Ca2+ na fertilização. O Ca²⁺ é crucial na fertilização, pois: 1. Ativa o ovócito: A entrada de íons Ca²⁺ no citoplasma do ovócito, após a fusão com o espermatozoide, desencadeia a ativação do óvulo, iniciando o desenvolvimento embrionário. 2. Bloqueio da poliespermia: O aumento de Ca²⁺ ativa a reação cortical, que modifica a zona pelúcida, impedindo a entrada de outros espermatozoides. 3. Divisão celular: O Ca²⁺ regula processos de divisão mitótica no zigoto. Esses eventos garantem a fertilização e o desenvolvimento inicial do embrião. 6. Que tipo de células são os gâmetas? Os gâmetas são células haploides, ou seja, possuem metade do número de cromossomos (n) das células somáticas. Nos humanos, os gâmetas são os espermatozoides (masculinos) e os ovócitos (femininos). Eles são células sexuais especializadas para a reprodução, fundindo-se durante a fertilização para formar um zigoto diploide (2n). 7. Classifique as espermatogónias e as ovogónias quanto à ploidia. As espermatogônias e as ovogônias são células diploides (2n), ou seja, possuem dois conjuntos completos de cromossomos. Espermatogônias: células germinativas masculinas que se dividem por mitose para formar espermatócitos primários. Ovogônias: células germinativas femininas que se dividem por mitose para formar ovócitos primários. Ambas possuem 46 cromossomos (no caso dos humanos) antes da meiose. 8. Quando é que são formadas as células precursoras dos gâmetas? As células precursoras dos gâmetas (espermatogônias e ovogônias) são formadas durante o desenvolvimento embrionário. Espermatogônias: surgem na 6ª semana de gestação e permanecem no testículo até a puberdade, quando iniciam a espermatogênese. Ovogônias: se formam na 4ª semana de gestação, mas a ovogênese começa a partir da 8ª semana, com a formação dos ovócitos primários, que permanecem em pausa até a puberdade. 9. Caracterize a ovulação. A ovulação é o processo em que um óvulo maduro é liberado do folículo ovariano para a trompa de Falópio, pronto para ser fertilizado. Ela ocorre geralmente no meio do ciclo menstrual, impulsionada pelo pico de LH (Hormona Luteinizante) e FSH (Hormona Folículo-Estimulante). A ovulação marca o fim da fase folicular e o início da fase lútea do ciclo menstrual. Caso o óvulo não seja fertilizado, ele será reabsorvido ou eliminado durante a menstruação. 10. Indique a hormona que permite confirmar a gravidez. São produzidas porque células? A hormona que permite confirmar a gravidez é a hCG (gonadotrofina coriônica humana). Ela é produzida pelas células trofoblásticas do embrião logo após a fecundação e, posteriormente, pela placenta. A detecção de hCG no sangue ou urina é usada para confirmar a gravidez. 11. Qual o organelo envolvido na divisão do zigoto. O organelo envolvido na divisão do zigoto é o núcleo, que contém o material genético. Durante a divisão celular, o centrossomo (associado aos microtúbulos) também desempenha um papel importante, organizando os cromossomos e facilitando a separação dos cromatídeos. 12. A que corresponde o estágio de 32 células. O estágio de 32 células corresponde ao blastômero em desenvolvimento, após várias divisões mitóticas do zigoto. Esse estágio ocorre por volta do 3º ou 4º dia após a fertilização e é conhecido como mórula. Durante a mórula, as células começam a se compactar, preparando-se para formar a blástula e, eventualmente, o embrião. 13. Em que consiste a fase de blástula? A fase de blástula ocorre após o estágio de mórula, quando o embrião forma uma cavidade interna chamada de blastocele. A blástula é composta por uma camada externa de células, chamada de blastoderme, e uma cavidade central cheia de líquido. Esse estágio marca o início da diferenciação celular, preparando o embrião para as próximas fases de desenvolvimento, como a gástrula. 14. Indique as fases do desenvolvimento embrionário? As fases do desenvolvimento embrionário são: 1. Fertilização: união do espermatozoide com o óvulo, formando o zigoto. 2. Clivagem: divisão celular do zigoto, resultando em blastômeros. 3. Mórula: estágio com 16 a 32 células compactadas. 4. Blástula: formação de uma cavidade interna (blastocele) e uma camada de células (blastoderme). 5. Gástrula: formação das camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) e início da gastrulação. 6. Neurulação: formação do tubo neural e início do sistema nervoso central. 7. Organogênese: desenvolvimento dos órgãos a partir das camadas germinativas. 15. Em que semana o embrioblasto se diferencia num disco bilaminar? O embrioblasto se diferencia em um disco bilaminar durante a 2ª semana de desenvolvimento embrionário. Nessa fase, o embrioblasto forma duas camadas: Epiblasto (camada superior, que dará origem a tecidos e órgãos). Hipoblasto (camada inferior, que contribui para a formação das membranas extraembrionárias). Essas duas camadas formam o disco bilaminar, precursor do disco trilaminar na semana seguinte. 16. Quando é que o saco vitelino passa a ser secundário? O saco vitelino passa a ser secundário na 2ª semana de desenvolvimento embrionário. Durante essa fase, o saco vitelino primário é substituído pelo secundário, que se forma a partir da invaginação do hipoblasto e começa a fornecer nutrientes ao embrião, antes que a placenta assuma essa função. 17. Indique o ponto onde a mesoderme extra-embrionária cruza a cavidade coriónica? O ponto onde a mesoderme extra-embrionária cruza a cavidade coriónica é conhecido como o pedúculo do embrião. Esse ponto é importante porque conecta o embrião ao cório e ao saco vitelino, permitindo a formação do cordão umbilical mais tarde no desenvolvimento. Ele marca a região onde a mesoderme extra-embrionária se desenvolve, dando origem aos vasos sanguíneos que serão parte da circulação placentária. 18. Quais as estruturas que compõe a mesoderme extra-embrionária somática? A mesoderme extra-embrionária somática compõe várias estruturas importantes, incluindo: 1. Cório: camada externa que envolve o embrião e as membranas extra-embrionárias, formando a parte externa da placenta. 2. Membrana amniótica: junto com a mesoderme extra-embrionária somática, forma a cavidade amniótica, que envolve o embrião em desenvolvimento e protege contra choques. 3. Vasos sanguíneos: os vasos sanguíneos da mesoderme somática contribuem para a formação do sistema circulatório placentário. Essas estruturas ajudam na proteção e nutrição do embrião, além de participar da formação da placenta e das membranas extra-embrionárias. 19. Em que fase o disco embrionário bilaminar é convertido num disco trilaminar? O disco embrionário bilaminar é convertido em um disco trilaminar durante a 3ª semana de desenvolvimento embrionário, no processo conhecido como gastrulação. Durante a gastrulação, as duas camadas iniciais (epiblasto e hipoblasto) se reorganizam para formar três camadas germinativas: 1. Ectoderma: camada externa, que dará origem à pele e ao sistema nervoso. 2. Mesoderma: camada intermediária, que formará músculos, ossos, sistema circulatório e outros órgãos. 3. Endoderma: camada interna, que se tornará os sistemas digestivo e respiratório. 20. Qual a origem da mesoderme extra-embrionária e do processo notocordal? Mesoderme extra-embrionária: Origina-se do epiblasto durante a 2ª semana de desenvolvimento embrionário. A mesoderme extra-embrionária forma as membranas que envolvem o embrião, como o cório, e contribui para a formação da placenta e da circulação fetal. Processo notocordal: A notocorda origina-se de células do mesoderma intra-embrionário, localizadas na linha primitiva, durante a 3ª semana. O processo notocordal é uma estrutura temporária que serve como base para a formação da coluna vertebral e também induz o desenvolvimento do tubo neural. 21. Qual o primeiro indício de formação do sistema nervoso? O primeiro indício de formação do sistema nervoso ocorre com a gimnástica do ectoderma ao longo da linha primitiva, dando início à neuralização. A partir da 3ª semana de desenvolvimento embrionário, o tubo neural começa a se formar a partir de uma região da ectoderma chamada de plano neural. O processo de formação do tubo neural, que se fecha para formar o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), é o primeiro passo fundamental na formação do sistema nervoso. 22. Qual a função da notocorda? A notocorda tem várias funções essenciais durante o desenvolvimento embrionário: 1. Indução da formação do tubo neural: A notocorda envia sinais que estimulam a neuralização, induzindo a ectoderma a formar o tubo neural, precursor do sistema nervoso central. 2. Função estrutural: Serve como um eixo de apoio para o embrião, conferindo-lhe rigidez e forma durante as fases iniciais do desenvolvimento. 3. Desenvolvimento da coluna vertebral: A notocorda é a base para a formação das vértebras, que substituirão parcialmente sua função estrutural, tornando-se a coluna vertebral. A notocorda é uma estrutura temporária, que é progressivamente substituída pela coluna vertebral, mas desempenha um papel crucial na organização inicial do sistema nervoso e do esqueleto axial. 23. Qual a origem dos somitos? Os somitos originam-se da mesoderme paraxial, que está localizada ao longo dos lados da linha primitiva no embrião. Durante a 4ª semana de desenvolvimento embrionário, a mesoderme paraxial se divide em blocos de células chamados somitos. Esses somitos são fundamentais para o desenvolvimento dos músculos esqueléticos, ossos e tecidos conectivos da região axial (como a coluna vertebral). Além disso, os somitos também contribuem para a formação da derme e dos nervos periféricos. 24. Indique o número de somitos existente entre o 20º e 30º dia de desenvolvimento? Entre o 20º e o 30º dia de desenvolvimento embrionário, o embrião humano possui cerca de 30 a 35 somitos. Esses somitos se formam de maneira sequencial, começando no início da 3ª semana e continuando até o final da 4ª semana, contribuindo para o desenvolvimento do sistema musculoesquelético e nervoso. 25. Indique a localização inicial da formação dos somitos? A formação dos somitos inicia-se na região paraxial da mesoderme, ao longo da linha primitiva, que está situada em ambos os lados do tubo neural em desenvolvimento. Os somitos começam a se formar na região cervical do embrião e, em seguida, progressivamente se formam em direção à região caudal (posterior) e cranial (anterior), seguindo uma ordem sequencial. 26. Indique o número de somitos cervicais? No embrião humano, existem 8 somitos cervicais, que correspondem à região do pescoço. Esses somitos se formam durante a 3ª e 4ª semanas de desenvolvimento e são responsáveis pela formação de estruturas como os músculos e ossos da região cervical. 27. O que acontece às células da crista neural, após a separação do tubo neural da ectoderme da superfície? Após a separação do tubo neural da ectoderme da superfície, as células da crista neural migraram para várias partes do embrião e diferenciam-se em uma ampla variedade de células e tecidos. Essas células têm grande importância no desenvolvimento, pois se transformam em: 1. Células ganglionares: Formam os gânglios sensoriais e autônomos do sistema nervoso periférico. 2. Células da medula adrenal: Contribuem para a formação das glândulas suprarrenais (células cromafins). 3. Melanócitos: Células produtoras de pigmento da pele. 4. Células do sistema esquelético: Algumas migram para formar partes dos ossos da face e crânio. 5. Células do sistema cardiovascular: Contribuem para a formação dos vasos sanguíneos e outras estruturas. A crista neural é, portanto, uma fonte crucial para a formação de muitas estruturas embrionárias e dos sistemas nervoso e esquelético. 28. Quais os tecidos com origem ectodérmica, endodérmica e mesodérmica? 1. Ectoderma: Pele (epiderme e anexos como cabelos e glândulas). Sistema nervoso (cérebro, medula espinhal, nervos periféricos). Órgãos sensoriais (olhos, ouvidos). Glândulas mamárias e glândulas sudoríparas. 2. Mesoderma: Músculos (esqueléticos, cardíacos e lisos). Esqueleto (ossos, cartilagens). Sistema cardiovascular (coração, vasos sanguíneos). Rim e ovários/testículos. Sistema reprodutor e derme. 3. Endoderma: Sistema digestivo (estômago, intestinos, fígado, pâncreas). Sistema respiratório (pulmões, traqueia). Tireoide e glândulas paratireoides. Vesícula biliar. Essas camadas germinativas dão origem aos diferentes tecidos e órgãos do corpo humano durante o desenvolvimento embrionário. 29. Indique a semana em que tem início a formação do sistema digestivo. A formação do sistema digestivo tem início na 3ª semana de desenvolvimento embrionário, durante o processo de gástrulação. Nessa fase, a endoderme começa a se diferenciar e a formar o tubo digestivo primitivo, que posteriormente dará origem a órgãos como o esôfago, estômago, intestinos, fígado e pâncreas. 30. Indique o folheto germinativo responsável pela formação do tubo digestivo. O folheto germinativo responsável pela formação do tubo digestivo é o endoderma. Durante o desenvolvimento embrionário, a endoderme dá origem ao tubo digestivo primitivo, que se transformará nos órgãos do sistema digestivo, como o esôfago, estômago, intestinos, fígado e pâncreas. 31. Indique o folheto germinativo responsável pela formação do estomodeu e do protodeu. O folheto germinativo responsável pela formação do estomodeu e do protodeu é o ectoderma. Estomodeu: A parte anterior do tubo digestivo que se desenvolve para formar a boca e os tecidos associados, incluindo as glândulas salivares. Protodeu: A porção posterior do tubo digestivo que se desenvolve para formar a faringe e outras partes superiores do sistema digestivo. Esses dois se formam pela interação entre o ectoderma e a endoderma, contribuindo para a formação do sistema digestivo. 32. Indique os limites do intestino primitivo. O intestino primitivo é a porção inicial do tubo digestivo que se forma a partir da endoderme durante o desenvolvimento embrionário. Seus limites são definidos por duas estruturas: 1. Boca primitiva (estomodeu): localizado na extremidade anterior do tubo, formando a entrada para o trato digestivo. 2. Ânus primitivo (proctodeu): localizado na extremidade posterior, formando a saída para o sistema digestivo. Esses limites definem o intestino primitivo, que posteriormente se subdivide em diferentes partes do sistema digestivo, como o intestino anterior, médio e posterior. 33. Indique a origem dos tecidos muscular e conjuntivo do trato digestivo. Os tecidos muscular e conjuntivo do trato digestivo têm origem no mesoderma: 1. Tecido muscular: A musculatura lisa do trato digestivo, responsável pelos movimentos peristálticos, se origina da mesoderme visceral ou mesoderme do tubo digestivo. 2. Tecido conjuntivo: O tecido conjuntivo (como a camada submucosa, a serosa e o adventício) também se origina da mesoderme, especificamente da mesoderme visceral, que contribui para a formação das camadas de suporte do trato digestivo. 34. Indique o início e o local onde ocorre a hematopoiese. A hematopoiese (formação de células sanguíneas) tem início na 3ª semana de desenvolvimento embrionário. Inicialmente, ocorre no saco vitelino, onde as células precursoras do sangue começam a ser formadas. A partir da 6ª semana, a hematopoiese se transfere para o fígado, que se torna o principal órgão responsável pela produção de células sanguíneas durante o desenvolvimento fetal. Mais tarde, a medula óssea se torna o principal local de hematopoiese após o nascimento. 35. Indique o folheto de origem e local onde se inicia a formação dos rins. A formação dos rins tem origem no mesoderma. Especificamente, a mesoderme intermediária é a responsável pela formação dos rins. O processo de desenvolvimento renal começa na 4ª semana de gestação, quando a mesoderme intermediária começa a se diferenciar na região da coluna vertebral. Inicialmente, forma-se o mesonefro, que é uma estrutura rudimentar. Posteriormente, o metanefro, que se desenvolve para formar os rins definitivos, começa a se desenvolver na região lombar, sendo o local final de formação dos rins. 36. Indique o estadío de desenvolvimento dos rins definitivos. O desenvolvimento dos rins definitivos ocorre em três estágios principais: 1. Pronefro (4ª semana): O primeiro estágio, que forma uma estrutura rudimentar e temporária, sem função significativa. O pronefro começa a se formar na região cervical e, eventualmente, é substituído por outras estruturas. 2. Mesonefro (5ª a 7ª semana): A segunda fase, em que se forma um sistema de néfrons mais funcional, mas ainda temporário. O mesonefro começa a funcionar parcialmente, mas também é eventualmente substituído. 3. Metanefro (a partir da 5ª semana até o final do 3º mês): Este é o estágio final e definitivo, quando se forma o rim definitivo. A partir da 5ª semana, o metanefro começa a se desenvolver na região lombar e, até o final do 3º mês de gestação, os rins definitivos estão completamente formados, com a capacidade de filtrar o sangue e produzir urina. Assim, os rins definitivos começam a se desenvolver na 5ª semana e completam seu desenvolvimento funcional até o final do 3º mês. 37. Indique o estímulo envolvido na formação do rim. A formação do rim definitivo é estimulada por interações complexas entre dois tecidos principais: o mesênquima metanéfrico e o útero mesonéfrico. O estímulo chave envolvido nesse processo é a sinalização mediada por fatores de crescimento, como o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) e o fator de crescimento de fibroblastos (FGF), além de outras moléculas sinalizadoras, como a Wnt e a Ret, que desempenham papéis críticos na indução e diferenciação celular. O processo é guiado principalmente pelas interações entre: 1. Budge do broto uretral (ou broto uretral mesonéfrico): O broto uretral do mesoderma se projeta em direção ao mesênquima metanéfrico, onde a sinalização molecular ativa o desenvolvimento do sistema renal. 2. Sinalização recíproca: O broto uretral envia sinais que estimulam o mesênquima metanéfrico a se diferenciar em néfrons, enquanto o mesênquima, por sua vez, fornece sinais que induzem o crescimento do broto uretral. Esses sinais moleculares promovem a formação dos lóbulos renais e a estruturação do sistema tubular renal, resultando na formação do rim definitivo. 38. Indique vascularização dos rins. A vascularização dos rins ocorre através de uma rede de vasos sanguíneos que se desenvolvem a partir da artéria renal. A origem e o padrão de vascularização do rim incluem os seguintes componentes principais: 1. Artéria renal: A principal artéria que fornece sangue aos rins, originando-se da aorta abdominal. Cada rim é irrigado por uma artéria renal que se ramifica em várias artérias menores à medida que entra no hilio renal (onde os vasos sanguíneos, nervos e ureter entram no rim). 2. Ramos segmentares: A artéria renal se divide em várias artérias segmentares, que se ramificam em ramos menores, as artérias interlobares, que percorrem entre as pirâmides renais. 3. Artérias arcuatas: As artérias interlobares se curvam ao longo da base das pirâmides renais e formam as artérias arcuatas, que seguem a linha de junção entre a medula e o córtex renal. 4. Artérias radiadas: As artérias arcuatas se dividem em artérias menores, chamadas artérias radiadas, que entram no córtex renal e se ramificam em arteríolas aferentes. 5. Arteriolas aferentes e eferentes: As arteríolas aferentes fornecem sangue para os glomérulos (capilares especializados dentro da cápsula de Bowman), onde ocorre a filtração do sangue. Depois, o sangue sai do glomérulo através das arteríolas eferentes, que se ramificam novamente em uma rede de capilares, conhecidos como capilares pertuubulares, que irrigam os túbulos renais. 6. Veias: O sangue filtrado e desoxigenado é drenado pelas veias interlobulares, que se unem formando as veias arcuatas. Essas veias, por sua vez, se unem para formar as veias renais, que drenam o sangue para a veia cava inferior. Esse sistema de vascularização é crucial para a função renal, incluindo a filtração do sangue, a reabsorção de substâncias e a excreção de resíduos. 39. Em que consiste o broto ureteral. O broto ureteral é uma estrutura embrionária que se forma a partir do mesoderma durante o desenvolvimento dos rins. Ele é responsável pela formação do ureter, da pelve renal e dos cálices renais. O broto ureteral se origina da extremidade distal do ducto de Wol (ou ducto mesonéfrico) e se projeta em direção ao mesênquima metanéfrico. O desenvolvimento do broto ureteral envolve os seguintes processos: 1. Projeção e ramificação: O broto ureteral se expande em direção ao mesênquima metanéfrico e começa a se ramificar, formando a pelve renal, os cálices menores e maiores, e, finalmente, os túbulos renais. 2. Indução do mesênquima metanéfrico: O broto ureteral envia sinais para o mesênquima metanéfrico, estimulando a formação dos néfrons, as unidades funcionais do rim. 3. Formação do ureter: O broto ureteral também se diferencia para formar o ureter, que transporta a urina dos rins para a bexiga. Esse processo é essencial para a formação do sistema urinário, pois o broto ureteral estabelece a conexão entre os rins e o restante do sistema excretor. 40. Indique a localização da bexiga até aos 6 anos de idade. Até aos 6 anos de idade, a localização da bexiga varia conforme o desenvolvimento do sistema urinário. Inicialmente, após o nascimento, a bexiga está localizada na região abdominal inferior, acima da sínfise púbica. Isso ocorre porque a cavidade abdominal é maior e a pelve ainda não está completamente formada para acomodar a bexiga de forma definitiva. Com o crescimento e o desenvolvimento da criança, a bexiga começa a descer para a pelve menor à medida que o crescimento da criança faz com que a cavidade pélvica se expanda e se desenvolva completamente. Por volta dos 6 anos de idade, a bexiga já está completamente posicionada na pelve, localizada abaixo da linha do umbigo, próxima à região da sínfise púbica. 41. Indique a origem do sistema músculo-esquelético O sistema músculo-esquelético tem origem em diferentes folhetos germinativos durante o desenvolvimento embrionário: 1. Mesoderma: A maior parte dos músculos esqueléticos, ossos e cartilagens derivam da mesoderma. Dentro da mesoderma, o mesoderma paraxial (ao longo dos lados da notocorda) dá origem a duas estruturas principais: o Somitos: Os somitos se dividem em duas partes: a dermomiotômica, que se diferencia em músculos esqueléticos, e a esclerotômica, que forma os ossos e cartilagens. o Mesoderma lateral: Contribui para a formação dos músculos lisos (como nos vasos sanguíneos) e ossos da cintura escapular e pélvica. 2. Neural crest (crista neural): A crista neural é responsável pela formação de parte dos ossos do crânio e da face, bem como das células dos músculos da face e da língua. Portanto, o sistema músculo-esquelético é derivado principalmente da mesoderma (para o esqueleto e musculatura esquelética) e da crista neural (para algumas estruturas do crânio e face). 42. Indique a semana em que a mesoderme paraxial se transforma em somitos A mesoderme paraxial começa a se transformar em somitos por volta da 3ª semana de desenvolvimento embrionário. No entanto, os somitos começam a ser claramente visíveis e bem definidos a partir do final da 3ª semana e ao longo da 4ª semana. Os somitos são estruturas segmentadas que se formam de maneira progressiva ao longo do eixo cranio-caudal do embrião e têm um papel fundamental na formação dos músculos esqueléticos, ossos e tecidos conectivos da região axial. 43. Indique as zonas de diferenciação dos somitos Os somitos se diferenciam em três zonas principais, que darão origem a diferentes tecidos e estruturas durante o desenvolvimento embrionário: 1. Dermomiotômica: o Esta zona do somito se divide em duas partes: Dermatomiotômico lateral: Dá origem à derme (camada mais profunda da pele) e aos músculos esqueléticos da parede corporal e membros. Miotômico: Responsável pela formação dos músculos esqueléticos do tronco e membros. 2. Esclerotômica: o A zona esclerotômica dá origem ao esqueleto axial, incluindo os ossos da coluna vertebral, costelas e a parte superior do esterno. o Também contribui para a formação das articulações e dos ligamentos da coluna vertebral. Essas zonas de diferenciação dos somitos são fundamentais para a formação de várias estruturas musculoesqueléticas e conectivas durante o desenvolvimento do embrião. 44. Indique a proveniência do corpo vertebral. O corpo vertebral tem origem na zona esclerotômica dos somitos. Durante o desenvolvimento embrionário, a parte posterior da zona esclerotômica dos somitos forma as porções vertebrais. As células da zona esclerotômica migram e se reorganizam ao redor da notocorda, formando as estruturas cartilaginosas e, posteriormente, ósseas que constituem o corpo vertebral. O desenvolvimento dos corpos vertebrais é um processo contínuo, onde as células da zona esclerotômica se dividem e se fundem com as células das partes vizinhas, contribuindo para a formação das vértebras e suas partes associadas, como as lâminas e processos espinhosos. 45. Indique a semana em que tem início a formação do sistema nervoso A formação do sistema nervoso tem início na 3ª semana de desenvolvimento embrionário, durante um processo denominado neuralização. Nesse processo, a ectoderme se diferencia para formar o tubo neural, que mais tarde dará origem ao cérebro e à medula espinhal. O início da neuralização é marcado pela formação da fenda neural, que se fecha para formar o tubo neural, e a partir disso, o sistema nervoso central começa a se desenvolver, enquanto as células da crista neural se diferenciam para formar o sistema nervoso periférico. 46. Indique o(s) folheto(s) germinativo(s) responsável(eis) pela formação do tubo neural. O tubo neural é formado a partir da ectoderme. Durante o desenvolvimento embrionário, na 3ª semana, a ectoderme sofre um processo chamado neuralização, que resulta na formação do tubo neural, a estrutura embrionária que dará origem ao sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Além disso, as células da crista neural, que se originam da ectoderme na região ao redor do tubo neural, irão se diferenciar para formar o sistema nervoso periférico e várias outras estruturas. Portanto, a ectoderme é o folheto germinativo responsável pela formação do tubo neural e suas derivadas. 47. Indique o nome das vesículas cerebrais primitivas. As vesículas cerebrais primárias são as primeiras expansões do tubo neural que ocorrem no início do desenvolvimento do sistema nervoso central, na 4ª semana de gestação. Elas se formam a partir do tubo neural em desenvolvimento e são divididas em três partes principais: 1. Prosencéfalo (cérebro anterior): Dá origem a estruturas como o telencéfalo e o diencéfalo. 2. Mesencéfalo (cérebro médio): Dá origem ao mesencéfalo, que se mantém como uma parte do tronco encefálico. 3. Rombencéfalo (cérebro posterior): Dá origem ao metencéfalo e ao mielencéfalo, que formarão partes do tronco encefálico, como a ponte e o bulbo raquidiano. Essas vesículas primárias se dividem mais tarde em vesículas cerebrais secundárias, que irão formar as partes específicas do cérebro e do tronco encefálico. 48. Indique as flexuras encefálicas e qual a região do encéfalo estão associadas. Durante o desenvolvimento embrionário, o encéfalo sofre uma série de flexuras encefálicas, que são curvaturas importantes que ajudam a moldar a forma do cérebro. As principais flexuras encefálicas são: 1. Flexura cervical: o Localização: Entre o rombencéfalo (que se desenvolve no tronco encefálico) e a medula espinhal. o Associação: Marca a transição entre o encéfalo e a medula espinhal. 2. Flexura mesencefálica (ou flexura de Reil): o Localização: No mesencéfalo (cérebro médio), logo abaixo do cérebro anterior. o Associação: Está associada à região do mesencéfalo, que se manterá como parte do tronco encefálico e não sofre divisão adicional. Esta flexura é fundamental para a curvatura da região central do cérebro. 3. Flexura pontina (ou flexura do metencéfalo): o Localização: No rombencéfalo, perto do início do metencéfalo (que dá origem à ponte e ao cerebelo). o Associação: Associada à formação da ponte e ao desenvolvimento de outras regiões do tronco encefálico. Essas flexuras são cruciais para o desenvolvimento e organização das diferentes partes do encéfalo durante o crescimento embrionário. 49. Explique o que são os ventrículos encefálicos e o que secretam. Os ventrículos encefálicos são espaços cavitários localizados dentro do cérebro, que fazem parte do sistema ventricular. Esses ventrículos estão interconectados e são preenchidos por líquido cefalorraquidiano (LCR), um fluido claro e incolor que desempenha funções essenciais no sistema nervoso central. Funções e localizações: 1. Ventrículo lateral (2): Localizados em cada hemisfério cerebral, no córtex cerebral. Eles se comunicam com o terceiro ventrículo através dos forames de Monro. 2. Terceiro ventrículo: Localizado na linha média do cérebro, entre os dois tálamos. Ele se comunica com o quarto ventrículo através do aqueduto de Sylvius. 3. Quarto ventrículo: Localizado entre o tronco encefálico (ponte e bulbo) e o cerebelo, comunica-se com a canal medular (dentro da medula espinhal) através do forame de Magendie e dos forames de Luschka. Função do líquido cefalorraquidiano (LCR): Os ventrículos são responsáveis pela produção e circulação do líquido cefalorraquidiano (LCR), que é produzido pelos plexos coroides. O LCR desempenha várias funções: Amortecimento e proteção: O LCR serve como uma almofada, protegendo o cérebro e a medula espinhal contra impactos e movimentos bruscos. Nutrição e eliminação de resíduos: Ele facilita o transporte de nutrientes essenciais para o sistema nervoso central e remove resíduos metabólicos. Equilíbrio homeostático: O LCR ajuda a manter o equilíbrio de pressão dentro do cérebro e da medula espinhal. Em resumo, os ventrículos encefálicos são cavidades dentro do cérebro que produzem e contêm o líquido cefalorraquidiano, essencial para proteger, nutrir e manter o ambiente adequado para o funcionamento do sistema nervoso central. 50. Indique a importância da mielinização nos neurónios e quando termina o processo. A mielinização é o processo de formação da mielina, uma substância lipídica que envolve as fibras nervosas, formando uma camada isolante ao redor dos axônios dos neurônios. Esse processo é crucial para o funcionamento eficiente do sistema nervoso, e sua principal importância é: Importância da mielinização: 1. Aceleração da condução nervosa: A mielina aumenta significativamente a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos. Ela permite que os sinais elétricos se desloquem mais rapidamente através dos axônios, por um processo chamado saltação, onde o impulso "salta" de um nodo de Ranvier (espaços entre os segmentos de mielina) para outro. 2. Isolamento elétrico: A mielina oferece isolamento elétrico, prevenindo que os sinais elétricos se "escapem" ou se dissipem enquanto viajam ao longo do axônio, garantindo que os impulsos nervosos cheguem com precisão ao destino. 3. Eficiência energética: A mielina torna o processo de condução nervosa mais eficiente, reduzindo a quantidade de energia necessária para a transmissão do sinal. Quando termina o processo de mielinização: O processo de mielinização começa no último trimestre de gestação e continua após o nascimento. Em recém-nascidos, a mielinização ainda não está totalmente completa. A mielinização dos neurônios motores e sensoriais mais importantes, responsáveis pelas funções vitais, ocorre mais cedo, enquanto as áreas do cérebro responsáveis por funções cognitivas mais complexas (como o córtex cerebral) continuam a mielinizar até o início da adolescência. Em adultos jovens, a mielinização continua de forma mais lenta, mas o processo geralmente se encerra ao redor dos 20 anos de idade, embora algumas áreas do cérebro possam continuar a mielinizar até os 25 anos. Em resumo, a mielinização é essencial para a velocidade e a precisão da transmissão dos sinais nervosos, e o processo é concluído por volta da década de 20 anos, dependendo da área do cérebro. 51. Indique que estrutura adulta está associada o diencéfalo. O diencéfalo dá origem a várias estruturas importantes no cérebro adulto, incluindo: 1. Tálamo: Estação de retransmissão de sinais sensoriais e motores para o córtex cerebral. 2. Hipotálamo: Regula funções autonômicas, como temperatura corporal, fome, sede e ritmos circadianos. 3. Epífise (glândula pineal): Produz melatonina, regulando o ciclo sono-vigília. Essas estruturas são fundamentais para o processamento sensorial, controle hormonal e regulação de funções vitais. 52. Indique o ventrículo associado ao diencéfalo. O ventrículo associado ao diencéfalo é o terceiro ventrículo. Ele está localizado na linha média do cérebro, entre os dois tálamos, e se comunica com o quarto ventrículo através do aqueceduto de Sylvius. O terceiro ventrículo está envolvido na produção e circulação do líquido cefalorraquidiano (LCR). 53. Indique a vesicula encefálica que está associada ao cerebelo. A vesícula encefálica associada ao cerebelo é o rombencéfalo (também conhecido como cérebro posterior). O rombencéfalo se divide em duas partes durante o desenvolvimento embrionário: 1. Metencéfalo: Dá origem ao cerebelo e à ponte (parte do tronco encefálico). 2. Mielencéfalo: Dá origem ao bulbo raquidiano. Portanto, o cerebelo se desenvolve a partir do metencéfalo, uma das subdivisões do rombencéfalo. 54. Indique a partir de quando os neurónios (fibras nervosas) começam a sair da medula espinhal. Os neurônios (fibras nervosas) começam a sair da medula espinhal a partir da 4ª semana de desenvolvimento embrionário. Nessa fase, as raízes nervosas se formam ao longo da medula espinhal, e os axônios dos neurônios motores começam a se projetar para os músculos, enquanto as fibras nervosas sensoriais começam a se estender para a pele e outros órgãos sensoriais. Esse processo marca o início da formação do sistema nervoso periférico, com os nervos espinhais se desenvolvendo a partir da medula espinhal e se ramificando para as diversas partes do corpo. 55. Indique quantas e nomeie as camadas das meninges. As meninges são membranas que envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal. Existem três camadas principais: 1. Duramáter: A camada mais externa e espessa, que oferece proteção mecânica ao sistema nervoso central. Ela é resistente e fibrosa. 2. Aracnoide: A camada intermediária, que possui uma estrutura semelhante a uma teia (daí o nome "aracnoide"). Ela contém o espaço subaracnoide, que é preenchido com líquido cefalorraquidiano (LCR). 3. Piamáter: A camada mais interna e fina, que fica em contato direto com o cérebro e a medula espinhal, envolvendo-os intimamente. Ela contém vasos sanguíneos que fornecem nutrientes ao sistema nervoso central. Essas três camadas — duramáter, aracnoide e piamáter — trabalham juntas para proteger o cérebro e a medula espinhal, além de fornecer suporte estrutural e nutricional. 56. A partir de que estrutura se desenvolve o alantóide? O alantóide se desenvolve a partir da mesoderme extra-embrionária. Ele é uma das primeiras estruturas a se formar no embrião, surgindo na região posterior do disco embrionário bilaminar. Durante o desenvolvimento, o alantóide começa como uma pequena bolsa que se projeta para fora do embrião, ligando-se ao saco vitelino. Sua principal função inicial é coletar os resíduos excretados pelo embrião. No entanto, à medida que o desenvolvimento prossegue, o alantóide evolui para formar parte da estrutura do cordão umbilical, e em muitos mamíferos, ele também contribui para o desenvolvimento dos vasos sanguíneos do embrião e da placenta. 57. Indique os elementos embrionários da placenta. A placenta é formada por elementos embrionários e maternos, com dois componentes principais: Elementos embrionários da placenta: 1. Trofoblasto: o É a camada externa das células do embrião que se desenvolve logo após a fecundação. O trofoblasto se diferencia em duas camadas: Cito-trofoblasto: Camada interna que se divide e forma as vilosidades coriônicas. Sincício-trofoblasto: Camada externa multinucleada que invade o endométrio materno, ajudando na implantação do embrião e na formação da placenta. 2. Mesoderme extra-embrionária: o Origina os vasos sanguíneos que formam a rede de circulação dentro das vilosidades coriônicas, permitindo o transporte de nutrientes e oxigênio entre a mãe e o embrião. Função: Esses elementos embrionários, junto com as estruturas maternas, formam a placenta, que é essencial para a troca de gases, nutrientes, e a eliminação de resíduos entre o embrião e a mãe, além de secretar hormonas importantes durante a gestação, como a hCG (gonadotrofina coriônica humana). 58. Indique a função da placenta? A função da placenta é fundamental para o desenvolvimento e a manutenção da gestação, desempenhando várias funções essenciais, incluindo: 1. Troca de nutrientes e gases: A placenta permite a troca de oxigênio e dióxido de carbono, além de fornecer nutrientes (como glicose, aminoácidos e vitaminas) do sangue materno para o embrião/feto, enquanto elimina resíduos metabólicos do feto para a circulação materna. 2. Proteção imunológica: A placenta atua como uma barreira, protegendo o feto contra muitos patógenos, embora não ofereça proteção completa contra todos os agentes infecciosos. Ela também permite a transferência de anticorpos maternos (principalmente IgG), conferindo ao feto proteção imunológica passiva. 3. Produção hormonal: A placenta produz uma série de hormônios essenciais para a manutenção da gravidez, como: o hCG (gonadotrofina coriônica humana): Mantém a produção de progesterona e estrogênio, evitando a menstruação e a perda da gravidez. o Progesterona: Mantém a mucosa uterina e impede contrações prematuras. o Estrogênio: Estimula o crescimento uterino e a preparação das glândulas mamárias para a lactação. 4. Proteção física: A placenta serve como uma barreira física que protege o feto de choques e lesões, além de controlar a exposição do feto a substâncias potencialmente tóxicas ou prejudiciais presentes no sangue materno. Em resumo, a placenta é um órgão vital para a troca de substâncias entre a mãe e o feto, proteção imunológica e hormonal, além de garantir um ambiente adequado para o desenvolvimento fetal.