Fisiologia do Sistema Cardiovascular PDF
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Centro Universitário do Triângulo - UNITRI
Profª Larissa dos Santos
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These lecture notes cover cardiovascular physiology, focusing on the circulatory system, circulation, and the heart. The document details the components of the circulatory system, the function of the heart, and the processes involved in circulation. It provides an introductory overview of human physiology.
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Universidade Salgado de Oliveira Centro Universitário do Triângulo - Unitri Disciplina de Fisiologia Humana Fisiologia do Sistema Cardiovascular Profª Larissa dos Santos O Sistema Circulatório ⚫ O sistema circulatório é composto pelo...
Universidade Salgado de Oliveira Centro Universitário do Triângulo - Unitri Disciplina de Fisiologia Humana Fisiologia do Sistema Cardiovascular Profª Larissa dos Santos O Sistema Circulatório ⚫ O sistema circulatório é composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos ⚫ responsável pela circulação de sangue e líquidos corporais nos diversos tecidos do nosso corpo (com a colaboração do sistema linfático) ⚫ Oferta às células os elementos essenciais ao metabolismo ⚫ assim como remove os seus produtos resultantes, além de transportar, entre outros elementos, as substâncias que fazem a comunicação entre as células (hormônios), os elementos envolvidos na defesa do organismo (relacionados ao sistema imune) e as substâncias que devem ser excretadas ⚫ Participa também da regulação da temperatura corporal e dos ajustes necessários em condições especiais, como no exercício, nas mudanças posturais e até mesmo nas hemorragias. ⚫ Ajuda a manter a homeostasia. A circulação O sangue é transportado pelo sistema circulatório dentro dos vasos sanguíneos graças à força propulsora realizada pelo coração vasos formam um circuito saindo do coração pelas artérias e retornando pelas veias, mas a nível tecidual ocorre a formação de capilares, que é o seguimento vascular que permite a troca de água e substâncias Como o retorno de líquidos nos capilares é menor do que foi ofertado, o sistema linfático atua de forma acessória nessa drenagem A circulação do sangue ocorre em dois circuitos circulação sistêmica (grande circulação): disponibiliza a chegada do sangue a todos os seguimentos corporais, permitindo as funções específicas de cada compartimento, além de nutrição e trocas gasosas circulação pulmonar (pequena circulação): disponibiliza a chegada do sangue somente ao pulmão, permitindo a obtenção do oxigênio e a liberação do gás carbônico A circulação do sangue Circulação sistêmica http://ole.uff.br/wp- content/uploads/sites/358/2019/06/Siste ma-Cardiovascular-I-I.ppt Coração Estrutura muscular oca, localizada no centro da caixa torácica Histologicamente é constituído por: Pericárdio: membrana serosa que envolve externamente o coração (dividida em dois folhetos, o visceral ou epicárdio - em contato com o coração - e o parietal ou saco fibroso - em contato com a cavidade torácica. Entre os folhetos existe o líquido pericárdico que diminui o atrito do coração quando ele realiza seus movimentos de contração (sístole) e relaxamento (diástole). Miocárdio – é a porção muscular que é intermediária, sendo responsável pelo movimento bombeador do coração. Endocárdio – é o tecido interno, revestindo as cavidades, as válvulas cardíacas, além de todo o seguimento vascular. Anatomicamente: é possível identificar 4 câmaras cardíacas (dois átrios e dois ventrículos) dispostas em dois lados que não se comunicam, separados por septos, o lado direito e o lado esquerdo cada um com o respectivo átrio e ventrículo. Coração - Parede Ciclo Cardíaco O sangue chega aos átrios pelas veias → passa para os ventrículos → artérias Fluxo unidirecional da circulação do sangue pelo coração: válvulas atrioventriculares (AV): entre átrio e ventrículo, tricúspide no lado direito e bicúspide ou mitral, no esquerdo. válvulas semilunares: aórtica entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta, e a pulmonar que separa o ventrículo direito da artéria pulmonar A musculatura ventricular é mais espessa que a atrial, pois exerce mais força para conseguir bombear o sangue a uma distância maior, sendo a do ventrículo esquerdo mais desenvolvida que a do direito, para conseguir vencer a resistência oferecida pela artéria aorta, que é maior que a oferecida na pulmonar Coração Em vermelho: válvulas atrioventriculares Em verde: válvulas semilunares Ciclo Cardíaco O ciclo cardíaco é o período compreendido entre duas sístoles ventriculares, e consiste em uma sequência de eventos percebidos pelas fases de sístole (contração) e de diástole (relaxamento). Fases: Retorno venoso: chegada do sangue ao coração pelas veias porque a pressão atrial é menor do que a venosa (átrios em diástole) → sangue segue para ventrículos (como estão relaxados, AVs permitem passagem). Sístole atrial termina a passagem do sangue de átrio para ventrículo. Ventrículos cheios de sangue inibem abertura de válvulas Contração ventricular (sístole) → abertura das válvulas semilunares → ejeção de sangue do coração para artérias (não há volta para átrios porque AVs se abrem somente na direção do ventrículo) Relaxamento ventricular (diástole): impede refluxo das artérias (válvulas semilunares permanecem fechadas). O ciclo cardíaco https://www.youtube.com/watch?v=svAZ6m1DEVA https://static.todamateria.com.br/upload/ci/cl/ciclocardiacosistole-cke.jpg Organização funcional das fibras cardíacas Músculo cardíaco possui dois tipos funcionais de fibras musculares: contráteis e autorrítmicas Fibras contráteis permitem o bombeamento do sangue. A contração ocorre de forma coordenada, primeiro a dos átrios seguida pela dos ventrículos. Essa sincronia é conseguida pelo sistema de condução elétrica do miocárdio. Fibras autorrítmicas não têm função contrátil, elas geram potenciais de ação que serão conduzidos pelo miocárdio, formando o sistema de condução elétrica intrínseco (próprio do coração) de controle da contração cardíaca. Sistema intrínseco de controle da contração O sistema intrínseco possui dois tipos de células autorrítmicas, as de marca-passo, capazes de iniciar potenciais de ação, sendo responsáveis por determinar o ritmo - formam os nódulos sinoatrial (SA) e atrioventricular (AV)-; e as fibras de condução, que propagam rapidamente os potenciais - os feixes de Bachmann, internodais, de Hiss e o sistema de Purkinje. Fibras autorrítmicas Nódulo sinoatrial (SA): na parte superior do átrio esquerdo, marca-passo do coração, pois iniciam o potencial de ação, que irá se propagar pelas fibras atriais, permite sístole atrial simultânea. Nódulo atrioventricular (AV): no átrio direito. O potencial de ação de SA estimula um potencial de ação em AV que é mais lento, retardando a despolarização dos ventrículos e, assim, a contração dos átrios acontece antes. O potencial AV é conduzido para o feixe de Hiss. Feixe de Hiss (ou feixe atrioventricular): tem início no nódulo AV, origina um ramo direito e um esquerdo, que percorrem o septo interventricular nos ventrículos respectivos, em direção à base do coração, onde se ramificam, formando o sistema de Purkinje. Essas fibras recebem o potencial de ação do nódulo AV e o conduz pelas fibras do sistema de Purkinje. Sistema de Purkinje (ramos subendocárdicos): fibras estão entremeadas na massa ventricular e se dirigem até as válvulas cardíacas atrioventriculares. Recebe o impulso dos ramos do feixe de Hiss, o sistema de Purkinje o propaga para o miocárdio ventricular, permitindo a sístole simultânea dos ventrículos. Condução elétrica do coração https://www.youtube.com/watch?v=PIy fkR7RNa4&t=3s https://www.ufjf.br/laura_leite/files/2019/05/Sistema-cardiovascular-1.pdf Vasos sanguíneos Após a ejeção do sangue pelo coração, ele irá percorrer o sistema de vasos sanguíneos, que tem início e término no coração, sendo formado pelas artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias O leito arterial (artérias e arteríolas) conduz o sangue até os tecidos, onde forma o leito capilar, que permite as trocas entre os dois compartimentos, para retornar ao coração pelo leito venoso (vênulas e veias). A microcirculação corresponde às arteríolas, capilares e vênulas, pois só podem ser vistos com uso de microscópio Há diferenças morfológicas entre os vasos, que permitem ajustes conforme a necessidade de manter a homeostasia corporal. Histologia e função vascular Nas artérias é possível identificar as três túnicas que formam a parede do vaso A íntima (tecido endotelial), a média (tecido elástico e muscular liso) e adventícia (colágeno e tecido elástico) As artérias de maior calibre, para suportarem a pressão de ejeção do sangue, possuem a média predominantemente elástica As arteríolas são predominantemente musculares, controlam o volume do sangue que chega ao leito capilar, nelas não é possível diferenciar as túnicas Capilares são os menores vasos, muito ramificado, formados apenas por endotélio e membrana basal, dando-lhes a característica de semipermeabilidade Vasos Sanguíneos O leito venoso é o responsável pelo retorno do sangue ao coração. As vênulas são constituídas de endotélio e pequena quantidade de tecido conjuntivo, e conforme vão adquirindo um calibre maior é possível observar fibras musculares lisas com fibras elásticas e de colágeno entremeadas a elas https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/35326/35326_3.PDF As veias e o retorno venoso A túnica íntima das veias apresenta dobras formando válvulas (auxiliam o retorno venoso). O retorno venoso é favorecido pelos movimentos musculares, que comprimem as veias sem que haja refluxo de sangue, conduzindo o sangue em direção ao coração Universidade Salgado de Oliveira Centro Universitário do Triângulo - Unitri Disciplina de Fisiologia Humana Fisiologia Muscular Profª Larissa dos Santos Células excitáveis e os músculos ⚫ As células musculares (e nervosas) são excitáveis ⚫ células capazes de alterar a condição de potencial elétrico da membrana quando são estimuladas, o que resultará em passagem de uma corrente elétrica (potencial de ação) que será responsável pela sua função ⚫ A função dos músculos é a contração ⚫ Andar, pensar, memorizar, utilizar nossos sentidos, executar movimentos como respiratório e digestivo Eletrofisiologia celular Diferença na composição e na concentração dos íons entre o meio intra e extracelular → separação por membrana semipermeável Meio extracelular: maior concentração dos íons sódio, cálcio e cloro Meio intracelular: maior concentração de potássio Na célula: Permeabilidade da membrana menor ao Na+ que ao K+ quando a célula está em repouso Bombeamento de sódio para fora da célula e , ao mesmo tempo, bombeia potássio para dentro dela ( 3 Na+ para fora em troca de 2 K+ para o interior), deixando um déficit real de íons positivos no interior. Isso produz uma carga negativa no interior da membrana celular (Proteínas de cargas negativas, no interior da célula). Potencial de repouso e de ação em células excitáveis Células nervosas e musculares são capazes de gerar variações eletroquímicas em suas membranas devido à alteração da permeabilidade dos seus canais iônicos. Potencial de membrana é chamado de potencial de repouso Quando ocorre alteração na polaridade da membrana nessas células, dizemos que está ocorrendo um potencial de ação (responsável pela função da célula) Célula em repouso → Potencial de ação (desencadeado por estímulos elétricos, químicos, físicos, mecânicos ou espontâneos) → abertura de canais de Na+ → sódio entra na célula → despolarização (positiva no interior, negativa no exterior ) → K+ vai para meio extracelular → repolarização (negativa no interior, positiva no exterior) → para célula responder a novos estímulos, os íons precisam se reorganizar: bomba de sódio-potássio ATPase bombeia Na+ para meio extracelular e K+ para o intra, retornando a célula para potencial de repouso. https://www.youtube.com/watch?v=GAU4r0XleRU Potencial de Ação – aplicável a células musculares e nervosas https://1.bp.blogspot.com/- qxxX16HsVmM/USGWEAkJrJI/AAAAAAAAABQ/3ZgVzdF VXD0/s1600/39.gif https://s4.static.brasilescola.uol.com.br/img/2016/07/impulso- nervoso.jpg Fisiologia muscular As células musculares são células excitáveis, assim como os neurônios. A consequência do estímulo é a contração muscular. Dois tipos de células musculares Lisas: formam os músculos lisos Involuntário Estriadas: formam os músculos esqueléticos e o cardíaco Involuntário Voluntário Músculo esquelético A musculatura esquelética está sob controle voluntário do indivíduo. Ligado aos ossos por tendões Função de sustentação e movimentação A fibra muscular é uma célula longa e cilíndrica com vários núcleos. É composta por miofibrilas. As miofibrilas são constituídas por miofilamentos: proteínas contráteis e elásticas Fibra muscular esquelética O retículo sarcoplasmático é conectado com uma rede de túneis (túbulos T) do sarcolema. É um grande reservatório de Ca+2. http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/Fisiologia-do-Sistema-Muscular-1.pdf Tríade do sarcômero http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/Fisiologia-do-Sistema-Muscular-1.pdf Composição da Miofibrila http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/Fisiologia-do-Sistema-Muscular-1.pdf http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/Fisiologia-do-Sistema-Muscular-1.pdf Contração Muscular Esquelética https://www.youtube.com/watch?v=-Mfo3Af5E3c Liberação de Acetilcolina por neurônio na placa motora Ach gera abertura de canais que permitem fluxo de Na+ e K+ na fibra muscular Potencial de ação na fibra muscular https://1.bp.blogspot.com/- ZNMel96umGY/VNdOgTVL 1pI/AAAAAAAAABg/s3sOeS E4hOo/s1600/sinapse2.jpg Contração Muscular Esquelética Potencial de ação chega ao retículo sarcoplasmático na fibra muscular Abertura dos canais dependente de voltagem Liberação de Ca+2 Contração Muscular Esquelética Hidrólise de ATP http://ole.uff.br/wp-content/uploads/sites/358/2019/09/Fisiologia-do-Sistema-Muscular-1.pdf Relaxamento Muscular Interrupção do estímulo nervoso Interrupção da liberação de acetilcolina Remoção do cálcio para o retículo sarcoplasmático Universidade Salgado de Oliveira Centro Universitário do Triângulo - Unitri Disciplina de Fisiologia Humana Sistema Endócrino Profª Larissa dos Santos Sistema endócrino ⚫ O sistema endócrino é formado por células produtoras de hormônios ⚫ Difusas nos tecidos ⚫ Organizadas: formando as glândulas ⚫ Coordenação das funções a nível celular, tecidual e orgânica pode ser realizada por mediadores químicos que atuam nas células-alvo ⚫ A célula-alvo deve possuir receptores para os mediadores ⚫ Os mediadores modificam o metabolismo da célula-alvo Hormônios Hormônios são mensageiros químicos liberados por glândulas endócrinas, que, pela corrente sanguínea difundem-se por todo o corpo Só produzirão efeito aonde houver receptores para eles Classificação (natureza química): Aminas: derivados do aminoácido tirosina. Hormônios da tireoide (tiroxina e triiodotironina) e as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). Proteicos: derivados de cadeias de aminoácidos, a maioria dos hormônios endócrinos. Exemplos: insulina, glucagon, ocitocina, hormônio antidiurético, hormônio do crescimento e paratormônio. Esteroides: derivados do colesterol. Exemplos: testosterona, estrógeno, progesterona, cortisol e aldosterona. A regulação da secreção hormonal é feita por feedback (retroalimentação – o efeito do hormônio controla a própria secreção, regulando os níveis plasmáticos conforme a necessidade do organismo. Hipotálamo e hipófise O hipotálamo é uma estrutura localizada no encéfalo e representa a interface entre o sistema nervoso e o endócrino. A hipófise pode ser distinguida adeno-hipófise (ou hipófise anterior), a qual produz 6 hormônios próprios, e a neuro-hipófise (ou hipófise posterior), que não produz hormônios próprios (secreta os do hipotálamo – ocitocina e ADH). https://static.todamateria.com.br/upload/hi/po/hipofiseadenoeneuro-cke.jpg Hipotálamo e Neuro-hipófise Hipotálamo e Adeno-Hipófise Hipotálamo e Adeno-Hipófise Hormônios tróficos hipotalâmicos: os hormônios hipofisários possuem a secreção controlada por eles, e os tecidos-alvo das secreções hipofisárias, incluindo a resposta produzida por estes: H. liberador das gonadotrofinas (GnRH) → estimula liberação das gonadotrofinas (FSH e LH) hipofisárias que irão atuar sobre as gônadas masculinas e femininas. H. liberador da corticotrofina (CRH) → estimula liberação do h. adrenocorticotrófico (ACTH) hipofisário que irá atuar sobre o córtex adrenal, estimulando a secreção de cortisol. H. liberador (PrRP) e inibidor (Dopamina) da prolactina → regula a liberação de prolactina (Prl) hipofisária que atua nas mamas. H. liberador de tireotrofina (TRH) → estimula liberação h. tireotrófico (TSH) pela hipófise que atua na tireoide, regulando a secreção de seus hormônios H. liberador (GHRH) e inibidor (Somatostatina) de somatotrofina (ou hormônio do crescimento) → regula a liberação do hormônio do crescimento (GH) pela hipófise. Hormônios produzidos pelo hipotálamo e liberados pela neuro-hipófise Hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina Hormônio hipotalâmico secretado pela neuro-hipófise Aumenta reabsorção de água nos rins, logo, aumenta volemia e PA. Ocitocina Hormônio hipotalâmico secretado pela neuro-hipófise Participa do momento do parto e da ejeção do leite, estimulando a contração da musculatura lisa dos alvéolos mamários e do útero Estímulos para a secreção: distensão do colo uterino e sucção do mamilo. Hormônios da Adeno-hipófise Hormônio do crescimento (GH) ou somatotrópico ou somatotropina Hormônio da adeno-hipófise Induz o crescimento de quase todos os tecidos que têm a capacidade de crescer (principalmente ossos e músculo esquelético), por aumentar o tamanho e o número de células Exerce efeito direto sobre os tecidos ou indireto (indução de formação de fatores de crescimento – como o fator de crescimento insulínico, IGF). A secreção do GH depois da adolescência vai diminuindo, e quando na idade muito avançada, chega a ser de apenas 25% do secretado na adolescência GH e IGF promovem mudanças no metabolismo a fim de favorecer crescimento e reposição orgânica ao longo da vida. Hormônios da Adeno-hipófise Prolactina (Prl) Hormônio da adeno-hipófise que atua na mama juntamente com hormônios ovarianos Estimula a diferenciação e a expansão do tecido mamário (na puberdade e na gestação) e a lactogênese (durante a amamentação) Durante a amamentação a Prl tem efeito anovulatório por inibir GnRH e diminuir a sensibilidade das gônadas aos hormônios gonadotróficos (FSH e LH) No aleitamento a sucção do mamilo estimula a secreção de mais prolactina (baixa em homens e mulheres não gestantes). Durante a gestação, a lactação é inibida por estrogênio e progesterona Tireoide e Paratireoide A tireoide possui dois tipos de células secretoras, que produzem dois tipos de hormônios distintos: Os derivados da tirosina são produzidos pelas células foliculares e atuam principalmente no metabolismo celular O produzido pelas células parafoliculares, a calcitonina, atua juntamente com o paratormônio (PTH), produzido pela paratireoide, e a vitamina D, no controle do metabolismo do cálcio A tireoide está localizada caudal a laringe sendo composta por dois lobos e apresenta em sua superfície pequenos nódulos, que são as glândulas paratireoides. https://enfermagemnovidade.files.wordpress.com/2017/ 08/tireoide.jpg Hormônios derivados da tirosina Hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina ou tetraiodotironina (T4) A tireoide secreta maior quantidade de T4, que nos tecidos é convertida a T3, que é a forma mais ativa. Produção induzida pelo TSH hipofisário Funções: Incrementam as reações de oxidação celular (perda de elétrons, por exemp na resp celular) em praticamente todas as células, ou seja, o metabolismo, aumentando a produção de calor. Favorecem o crescimento e desenvolvimento corporal, principalmente do sistema nervoso central. Regulam o metabolismo dos carboidratos, pois aumentam a sua absorção intestinal e favorecem a entrada de glicose nas células, por estimular a secreção de insulina. Controlam o metabolismo das gorduras, favorecendo a lipólise nos tecidos adiposos, disponibilizando ácido graxo no sangue para serem aproveitados como energia, pelas células. Calcitonina e paratormônio (PTH) e vitamina D Esses três hormônios estão envolvidos no metabolismo do cálcio A concentração do cálcio sanguíneo é dependente da reabsorção (osteócitos e osteoclastos) ou deposição (osteoblastos) óssea, maior absorção ou não no intestino, e reabsorção ou secreção renal Calcemia → paratireoide secreta PTH → reabsorção de cálcio renal, intestinal e ósseo → correção da calcemia. As ações intestinais são mediadas pela vit D. Calcemia → tireoide secreta calcitonina → diminuição da reabsorção óssea, renal e intestinal, liberação de excreção renal → controle da calcemia. Suprarrenais ou adrenais As adrenais têm participação no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios, além de estarem envolvidas na resposta ao estresse e no controle da resposta imune e inflamatória. Medula adrenal: secreta catecolaminas, que são a adrenalina e noradrenalina. Córtex adrenal: Secreta hormônios derivados do colesterol, os mineralocorticoides, os https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeduc acao/conteudo_legenda/71f581317b3fcc47bdc754ef glicocorticoides e os andrógenos. 4ff95262.jpg Adrenais Medula Adrenal Tirosina → noradrenalina → adrenalina → corrente sanguínea (resposta a estresse) Controle pelo sistema nervoso simpático Efeito hiperglicemiante, hiperlipidemiante, aumento do metabolismo celular, além de aumento da frequência cardíaca, desvio do sangue para o cérebro e músculos, dilatação das pupilas, etc. Córtex Adrenal Colesterol → pregnenolona → mineralocorticoides, glicocorticoides ou androgênios Mineralocorticoides: principal é a aldosterona (aumento de volemia e PA) Glicocorticoides: principal é o cortisol, que possui efeito metabólico (manutenção dos processos fisiológicos), além de antiinflamatório e imunossupressor Andrógenos: Testosterona, estrogênio e progesterona (com menor importância que os das gônadas). Mais voltados para a libido. Pâncreas endócrino Insulina Diminui a glicemia, principal estímulo para secreção é a elevação da glicemia Atua aumentando a captação e a utilização de glicose em 80% das células. No fígado: estimula a glicogênese e inibe a glicogenólise e a gliconeogênese; promove a síntese de ácidos graxos, para serem transportados para os adipócitos e armazenados na forma de gorduras (quando a ingestão de carboidratos é maior do que a capacidade de armazenamento na forma de glicogênio) Hipoglicemiante e poupador de proteínas e lipídios, visto que favorece a utilização da glicose como fonte de energia. Diabetes: I – autoimune, II – aumento de glicose e AGL intracel, stress, resist. insulínica. https://drauziovarella.uol.com.br/wp- content/uploads/2014/04/201909_drauzio_pancr eas_52419021_pixdesign123_1000x563.jpg Pâncreas endócrino Glucagon Hormônio antagônico à insulina, o principal efeito é a elevação da glicemia (efeito hiperglicemiante). O estimulo principal para secreção de glucagon é a diminuição da glicemia, logo ocorre aumento da secreção no período entre as refeições. Próxima aula: fisiologia muscular Universidade Salgado de Oliveira Centro Universitário do Triângulo - Unitri Disciplina de Fisiologia Humana Sistema Renal Profª Larissa dos Santos A excreção ⚫ O sistema de excreção do corpo conta com a participação de diversos seguimentos corporais além do sistema renal → não excretamos só pela urina, mas também pelo suor, lágrima, bile (junto com as fezes) e leite, por exemplo. ⚫ O sistema renal é o único que excreta água e substâncias endógenas de acordo com a necessidade de manutenção da homeostasia. ⚫ Formação da urina → nos rins, envolve filtração do sangue. https://beduka.com/blog/wp-content/uploads/2019/08/Exerc%C3%ADcios- sobre-Sistema-Excretor-1.jpg Funções dos rins Sistema renal: Filtrar o sangue e, assim, eliminar substâncias do nosso organismo (elimina o que está em excesso e que não é mais necessário no organismo, retendo água e substâncias conforme a necessidade de manutenção da homeostasia, além de exercer uma função endócrina). Atribuições dos rins: regulação do volume do líquido extracelular (retenção ou a eliminação de água conforme a necessidade evita variações na pressão sanguínea e na osmolaridade do plasma). manutenção da osmolaridade do LEC (regulação da concentração – excreção ou retenção - de íons sódio, potássio, sulfatos, cálcio, magnésio e cloretos no plasma). manutenção do pH sanguíneo (excreção ou retenção de hidrogênio e bicarbonato). depuração plasmática (excreção de substâncias e metabólitos). função endócrina (estimula produção sanguínea, regula pressão sanguínea, etc). Estruturas do sistema urinário dois ureteres, por onde a urina escoa dos rins para bexiga dois rins, onde a urina é formada uma bexiga, onde a urina é armazenada uma uretra, que conduz a urina da bexiga ao ambiente externo O rim Os rins possuem uma camada cortical, mais externa, e uma medular, mais interna Cada rim recebe suprimento sanguíneo por um ramo da aorta abdominal, a artéria Conforme a urina é renal formada ela escoa pelas estruturas medulares, que são em sequência, pirâmides renais (os vértices são as papilas renais), cálices menores e cálices maiores, para então passar pela pelve, que desemboca no ureter Néfron Unidade funcional dos rins, ocorrem em número próximo de mil e duzentos por rim. Formados pelo corpúsculo renal, por uma estrutura tubular e pelo aparelho justaglomerular. No corpúsculo renal se inicia a formação da urina, constituído pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman. O sangue chega pela arteríola aferente → filtrado para a cápsula de Bowman, formando o filtrado glomerular (volume não filtrado passa do glomérulo para arteríola eferente) →percorre a estrutura tubular [túbulo contornado (ou contorcido) proximal, alça de Henle (ramos descendente, ascendente fino e ascendente espesso), túbulo contornado (ou contorcido) distal, túbulo coletor que irá finalmente desembocar no ducto coletor, que recebe a urina de diversos néfrons]. no seguimento tubular dos néfrons que ocorrem os eventos de reabsorção e secreção (passagem de algumas substâncias para o sangue e deste para os túbulos). Néfron Início O aparelho justaglomerular * é formado por células modificadas no túbulo distal, a mácula densa, e * na parede, principalmente, da arteríola aferente, as células justaglomerulares (além de outras células especializadas na área) → participa do controle da volemia e da PA. Aparelho justaglomerular https://static.wixstatic.com/media/9580a7_31c49b80d83f4e75963200f6c9468ebb~mv2.png/v1/fill/w_778,h_460,a l_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01/9580a7_31c49b80d83f4e75963200f6c9468ebb~mv2.webp Formação da urina (Diurese) Envolve três processos que ocorrem no néfron: filtração, reabsorção e secreção. Sangue chega pela arteríola aferente sob pressão → filtração do sangue pelos capilares glomerulares → formação do filtrado glomerular, na cápsula de Bowman. O que determina o filtrado é o peso molecular: passam para a cápsula de Bowman elementos como íons, ureia, glicose, aminoácidos, proteínas de baixo peso molecular e água. Elementos figurados e proteínas de alto peso molecular não são filtrados e permanecem no volume de sangue que segue pela arteríola eferente. Passagem do filtrado pelo seguimento tubular → substâncias podem ser reabsorvidas para o sangue, ou algumas podem ser secretadas nos túbulos, sendo possível a mesma substância ser reabsorvida em uma porção e secretada em outra, e vice-versa (conforme necessidade). A formação da urina ✓A reabsorção ocorre em todo túbulo, sendo mais efetiva no túbulo proximal. A reabsorção de substâncias ocorre por transportes ativo e passivo e de água por osmose. ✓A secreção é feita principalmente de forma ativa. https://www.youtube.com/watch?v=CShAIAD-ask Regulação da diurese A taxa de filtração nos glomérulos pode ser aumentada ou diminuída, conforme a necessidade de manutenção da homeostasia. vasoconstrição da arteríola (por hormônios, etc) aferente promove a diminuição da filtração glomerular → maior volume de líquidos no compartimento vascular (para elevar pressão sanguínea, quando há hemorragias, por exemplo). vasodilatação arteriolar aumenta filtração glomerular → diminuição da volemia (por óxido nítrico, bradicininas, prostaglandinas, etc). Principais hormônios envolvidos no controle da diurese Aldosterona Sistema renina-angiotensina-aldosterona (Na é um dos principais solutos extracelulares) PA Angiotensina II Na e Cl no filtrado passando por aparelho justaglomerular Percepção por barorreceptores vasoconstrição Estimula e ajuda a suprarrenal aumentar PA a secretar Secreção de Renina pela aldosterona mácula densa Reabsorção de Na nos Renina cliva Angiotensinogênio em Angiotensina I. túbulos ECA cliva Angiotensina I em Angiotensina II renais água retida no ECA: Enzima conversora de Angiotensina compartimento vascular volemia e PA Sistema renina-angiotensina-aldosterona Principais hormônios envolvidos no controle da diurese Hormônio Antidiurético (ADH) Produzido pelo hipotálamo e secretado pela neuro-hipófise Estímulo para sua secreção é o aumento da osmolaridade sanguínea (percepção por osmorreceptores hipotalâmicos da necessidade de água no compartimento vascular) ADH aumenta permeabilidade de túbulos distais e ductos coletores dos néfrons → reabsorção de água → aumento da volemia e diminuição da diurese Outros fatores que estimulam secreção de ADH: estresse, a elevação da temperatura e a diminuição da pressão parcial do oxigênio Álcool, cafeína e excesso de água: inibem secreção de ADH Principais hormônios envolvidos no controle da diurese Fator Natriurético Atrial (ANP) Elevação da pressão sanguínea nas câmaras atriais, estas secretam o ANP → aumenta filtração glomerular, diminuir a reabsorção tubular de sódio e inibir a secreção da aldosterona e renina → volemia Universidade Salgado de Oliveira Centro Universitário do Triângulo - Unitri Disciplina de Fisiologia Humana Introdução ao Estudo da Fisiologia: Homeostasia, Sistemas de Controle e Atuação Fisiológica Profª Larissa dos Santos Fisiologia ⚫ Fisiologia é o estudo das múltiplas funções mecânicas, físicas e biológicas nos seres vivos. ⚫ De uma forma mais sintética, a fisiologia estuda o funcionamento normal das células, tecidos, órgãos, e sistemas do organismo. https://conhecimentocientifico.r7.com/wp-content/uploads/2019/06/conheca-a- fisiologia- historia-atuacao-classificacao-e-aplicacao-pratica.png A organização do corpo humano está baseada na estrutura funcional das células A Célula→ unidade básica do corpo Cada órgão é um agregado de muitas células diferentes mantidas unidas por estruturas intercelulares de sustentação; É necessário para a sobrevivência da célula que a composição líquida permaneça constante (Homeostasia). Líquidos e compartimentos corporais A porção interna do nosso corpo pode ser dividida em dois compartimentos preenchidos por líquidos: - o intracelular, que possui o líquido intracelular (LIC) - o extracelular, com o liquido extracelular (LEC). Quem separa o LIC do LEC é a membrana citoplasmática (controlando quais e quanto de cada elemento pode entrar ou sair da célula) O compartimento extracelular é subdividido em outros compartimentos importantes, - intersticial (ou intercelular): contém o líquido intersticial (LIS) - vascular: contém o líquido plasmático Líquidos e compartimentos corporais - O líquido presente nas câmaras oculares, na cavidade abdominal e entre as meninges (líquido cefalorraquidiano), por exemplo, não estão dentro das células, nem entre elas e nem no vaso sanguíneo, compondo assim o líquido transcelular, e esse compartimento é denominado transcelular. https://img.comunidades.net/hom/homeopatacarlos/INTRACELULAR.jpg Líquidos corporais As células do nosso corpo encontram-se banhadas pelo LEC, e esse ambiente é denominado de meio interno As condições do meio interno é que devem ser mantidas equilibradas para atender as necessidades celulares, pois é ele que oferece à célula os elementos necessários a sua sobrevivência e função Movimento de substâncias entre os compartimentos A passagem de água e substâncias entre os compartimentos orgânicos ocorre através de membrana, e esta apresenta permeabilidade seletiva, ou seja, é permeável à água, mas com permeabilidade variável, ou até mesmo impermeável aos solutos. Mecanismos de transporte: Sem gasto de energia: transporte passivo Com gasto de energia: transporte ativo Transporte passivo Difusão simples Transporte ativo Contra gradiente de concentração Ex:manter o sódio em concentração elevada no LEC (já que dentro da célula favoreceria a movimentação da água). Osmose Movimentação da água pelos compartimentos corporais Sem gasto de energia Ocorre da solução menos concentrada para a mais concentrada (em relação ao soluto). https://static.mundoeducacao.uo l.com.br/mundoeducacao/conteu do/processo-de-osmose.jpg Homeostasia e processos homeostáticos Elementos necessários ao metabolismo celular (como glicose, aminoácidos, sais minerais, vitaminas e O2) são oferecidos através do líquido intersticial, que é enriquecido pelo líquido plasmático. Os produtos desse metabolismo (como CO2, ácido úrico, ureia e creatinina) são excretados da célula para o meio intercelular e daí retirados pela circulação. Para que a composição química, o volume do LEC e a temperatura (em torno de 37°C) sejam mantidos constantes no meio interno→os sistemas orgânicos sofrem os ajustes necessários. A esse equilíbrio dinâmico, que garante a saúde do nosso corpo, é que denominamos homeostasia Homeostasia https://image.slidesharecdn.com/77255-fisiologia1-homeostase-140418162156- phpapp01/95/fisiologia-7-638.jpg?cb=1397838209 Importância dos processos homeostáticos Algumas consequências do desequilíbrio dos líquidos corporais: Participação dos principais sistemas orgânicos na manutenção da homeostasia O transporte do líquido extracelular é realizado pelo A obtenção de substâncias sistema circulatório que é para enriquecer o LEC fica a composto pelo coração, vasos cargo do sistema respiratório, sanguíneos e linfáticos. A digestório e alguns tecidos dinâmica circulatória consiste no metabólicos bombeamento do sangue pelo coração. A remoção das substâncias provenientes O sistema músculo- esquelético participa da do metabolismo celular ou homeostasia por originar que estão em excesso é os movimentos do corpo feita pelo sistema respiratório, renal e Para que haja uma secreção biliar (via fezes). sincronia no A reprodução permite funcionamento do corpo, o a perpetuação da espécie, sistema nervoso e o que é a base biológica da endócrino exercem um vida. papel regulador Atenção! Próxima aula: Sistema renal