Avaliação de Rações para Larvas de Tilápia do Nilo - PDF

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Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Robie Allan Bombardelli, Carmino Hayashi, Fábio Meurer, Darci Carlos Fornari

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aquaculture Nile tilapia food management fish farming

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This document evaluates the effect of feed processing on Nile tilapia larvae during sexual reversion. The research experiment lasted 30 days and compared crumbly and pelleted feed types. No significant differences were observed in survival, growth or sex ratio among the treatments

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Avaliação de rações fareladas e micropeletizadas para larvas de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) - desempenho e efetividade da reversão sexual Robie Allan Bombardelli1*, Carmino Hayashi2, Fábio Meurer3 e Darci Carlos Fornari2 1 Universidade do Oeste do Paraná, Campus de Toledo, Rua da Facul...

Avaliação de rações fareladas e micropeletizadas para larvas de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) - desempenho e efetividade da reversão sexual Robie Allan Bombardelli1*, Carmino Hayashi2, Fábio Meurer3 e Darci Carlos Fornari2 1 Universidade do Oeste do Paraná, Campus de Toledo, Rua da Faculdade, 645, Jardim La Salle, 85903-000, Toledo, Paraná, Brasil. 2Departamento de Biologia, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, 87020-900, Maringá, Paraná, Brasil. 3Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus de Toledo, Av. da União, 500, Jardim Coopagro, 85902-535, Toledo, Paraná, Brasil. *Autor para correspondência. e-mail: [email protected] RESUMO. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do processamento da ração de larvas de Oreochromis niloticus L. utilizada durante o processo de reversão sexual, sobre a sobrevivência, desempenho e proporção sexual. O período experimental foi de 30 dias, o delineamento foi inteiramente casualizado com 3 tratamentos e 6 repetições, considerando uma unidade experimental um aquário de 12L, contendo 20 larvas. No primeiro tratamento, utilizou-se ração farelada por 30 dias; no segundo, ração farelada durante os primeiros 10 dias e micropeletizada durante os 20 dias restantes; no terceiro, ração farelada durante os primeiros 20 dias e micropeletizada durante os 10 dias restantes. Ao final do experimento, os parâmetros de peso, comprimento, sobrevivência e proporção sexual foram submetidos à análise de variância a 5% de significância. Os parâmetros avaliados não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos. A utilização da ração farelada ou micropeletizada pode ser feita sem prejuízo do desempenho, sobrevivência ou masculinização da tilápia nesta fase. Palavras-chave: processamento de rações, ração farelada, ração micropeletizada, manejo alimentar, tilapia, Oreochromis niloticus. ABSTRACT. Crumble and meal ration evaluate to Nile tilapia (Oreochromis niloticus) larvae during sexual reversion phase. The objective from this work was evaluate the effect of ration processing to Oreochromis niloticus L. larvae, on survival, performance and sexual reversal efficiency in sex revert phase. The experimental period were 30 days, and it was utilized a completely randomized design with tree treatments and six replications. An experimental unit was consist of 12L aquarium, with 20 larvae. The first treatment was consist of only meal ration utilization; the second treatment utilized a meal ration until 10th day and after crumble ration; and the third treatment utilized meal ration until 20th day and after crumble ration. At the end of the experiment, there were analysed weight, lenght, mortality and sex reversal. The data were submitted to analysis of variance and didn’t present differences (P>0.05) among treatments. The meal ration can be utilized without damage on performance, survival, or sexual reversal efficiency, to Nile tilapia during sex reversion phase. Key words: ration processing, meal ration, crumble ration, food management, tilapia, Oreochromis niloticus. Introdução organolépticas do seu filé (Boscolo et al., 2001). Dentro da tilapicultura, a fase de larvicultura é A tilapicultura vem se mostrando uma ótima geralmente denominada de fase de reversão sexual alternativa para a piscicultura de água doce e (Meurer, 2002), basicamente por causa do processo estuarina. O crescimento do cultivo da tilápia do Nilo que esses indivíduos sofrem nesse período. A (Oreochromis niloticus) deve-se ao ótimo reversão sexual é de fundamental importância dentro desempenho, alta rusticidade, adaptabilidade aos mais do cultivo racional da tilápia do Nilo, em função da diversos sistemas de criação (MacIntosh e Little, necessidade de obtenção de indivíduos machos para a 1995) e à facilidade de obtenção de alevinos engorda, visto que os machos apresentam maiores (Hayashi, 1995). Outro fator importante é a boa taxas de crescimento (Kubitza, 2000), além de evitar aceitação no mercado de lazer (pesque-pague) e de problemas provenientes dos gastos energéticos com a alimento (frigoríficos), pelas qualidades nutritivas e cópula e desova e da superpopulação nas condições Acta Scientiarum. Animal Sciences Maringá, v. 26, no. 2, p. 197-201, 2004 198 de cultivo (Stickney, 2000). moinho de facas, utilizando-se peneira de 0,5mm, A tilápia do Nilo aceita e se desenvolve bem, no segundo Hayashi et al. (1999). Devido à alta período larval, alimentando-se somente com ração concentração de gordura na farinha de vísceras e de artificial (Santiago et al., 1987; Meurer et al., 2002), peixe, antes da moagem, os alimentos foram ao contrário de outras espécies de peixes nesta fase peneirados manualmente, em malha de 0,5mm e, em (Cestarolli et al., 1997; Galvão et al., 1997; Radünz- seguida, a fração retida foi moída e posteriormente Neto, 1999). Meurer et al. (2003) concluíram que misturada às duas frações. No momento da rações fareladas são mais adequadas a essa fase do elaboração da ração, foi feita a inclusão de hormônio que pastosas e micropeletizadas; entretanto a masculinizante 17--metiltestosterona (MT), na comparação entre essas rações foi feita durante toda a quantidade de 60mg de MT.kg de ração-1 (Hayashi, fase de reversão sexual. A peletização é um 1995). processamento realizado com o objetivo de diminuir as perdas de nutrientes para a água, bem como a Tabela 1. Fórmula e composição química da ração básica diminuição da possibilidade de seletividade dos utilizada nos diferentes processamentos. ingredientes das rações por parte dos peixes (Meurer, Ingrediente1 Quantidade (%) Componente Quantidade(%) 2002). Portanto, o início do fornecimento da ração Farinha de vísceras 29,58 Proteína digestível 38,60 peletizada para as larvas de tilápia do Nilo pode, Farelo de soja 30,00 Energia digestível 3800 Milho 5,69 Gordura total 19,08 supostamente, levar a alguma melhora no Farinha de peixe 18,22 Cálcio 2,00 desempenho das mesmas. Óleo de soja 9,01 Fósforo 1,20 Levedura spray-dried 6,00 Fibra bruta 2,26 O objetivo do presente trabalho foi avaliar a Suplemento vit. min. 2 1,00 Lisina 2,77 sobrevivência, o desempenho e a efetividade de Sal 0,50 Metionina + Cistina 1,81 Antioxidante (BHT) 0,01 Ácido Linoleico 6,21 reversão sexual de larvas de tilápia do Nilo, durante o Total 100,0 período de reversão sexual, alimentadas com uma 1 De acordo com os dados de digestibilidade apresentados por Boscolo et al. (2002) para ração farelada durante todo o período e com o início farelo de soja, milho e óleo de soja; e Meurer (2002) para farinha de vísceras, farinha de peixe e levedura seca por spray dry. 2 Níveis de garantia por quilograma do produto: Vit. do fornecimento da ração micropeletizada aos 10 dias A,1.200.000UI; Vit. D3, 200.000UI; Vit. E, 12.000mg; Vit. K3, 2.400mg; Vit. B1, e 20 dias, após o início da alimentação exógena. 4.800mg; Vit. B2, 4.800mg; Vit. B6, 4.000mg; Vit. B12, 4.800mg; Ác. Fólico, 1.200mg; Pantotenato Ca, 12.000mg; Vit. C, 48.000mg; Biotina, 48mg; Colina, 65.000mg; Niacina, 24.000mg; Ferro, 10.000mg; Cobre, 6.000mg; Manganês, 4.000mg; Zinco, 6.000mg; Iodo, 20mg; Cobalto, 2mg; Selênio, 20mg. Material e métodos O presente trabalho foi realizado no Laboratório Posteriormente, a ração foi dividida em duas de Aqüicultura do Departamento de Biologia da partes. A ração farelada foi considerada como a ração Universidade Estadual de Maringá - DBI/UEM, por obtida depois dos processos anteriormente descritos. um período de 30 dias. Foram utilizadas 360 larvas de A ração micropeletizada foi obtida com o tilápia do Nilo com 3 dias de idade, submetidas a 3 umedecimento da ração farelada com água a 500C e tratamentos em um delineamento experimental peletizada manualmente; os peletes, então, foram inteiramente casualizado, com 6 repetições. Cada moídos e separados do pó e de peletes maiores por unidade experimental consistiu de um aquário de passagem em peneiras de diversas malhas (Lovell, volume útil de 12 litros, contendo 20 larvas. 1988). Assim foram utilizados para as larvas os Os aquários possuíam aeração constante por pedra peletes que passavam na peneira com 1mm de microporosa ligada por meio de uma tubulação de abertura e foi considerado pó a fração que passou PVC, a um compressor de ar. Os aquários foram pela peneira de 0,5mm, sendo esta última descartada. sifonados para a retirada das fezes e restos de ração, O primeiro tratamento (T1) consistiu no manejo duas vezes ao dia, uma durante a manhã (7h) e outra à alimentar utilizando ração farelada durante todo o tarde (17h) com a remoção de cerca de 10% do período experimental. No segundo tratamento (T2), volume total de água nos primeiros 10 dias, 20% até o utilizou-se ração farelada durante os primeiros 10 dias 20.° dia e 30% até final do período experimental. A e micropeletizada durante os 20 dias restantes. No temperatura da água foi aferida diariamente pela terceiro tratamento (T3), utilizou-se ração farelada manhã e à tarde, antes das sifonagens. Outros durante os primeiros 20 dias e micropeletizada parâmetros físico-químicos da água, como o pH, o durante os 10 dias restantes. As rações foram oxigênio dissolvido (mg.L-1) e a condutividade fornecidas à vontade, 5 vezes ao dia, às 8h, elétrica da água (mS.cm-1), foram quantificados 10h30min, 13h30min, 15h30min e 17h30min semanalmente pela manhã, da mesma forma, antes da (Sanches e Hayashi, 2001). sifonagem. Após o término do período experimental, os Foi utilizada uma ração contendo 38,6% de alevinos sofreram choque térmico a aproximadamente proteína digestível e 3.800kcal de energia 2ºC, em água contendo gelo. Em seguida, os animais digestível.kg de ração-1 (Tabela 1), de acordo com o foram contados, pesados e medidos individualmente proposto por Hayashi et al. (2002). Para a elaboração para avaliação da sobrevivência, do peso médio final das rações, os ingredientes foram triturados em e comprimento médio final. Depois, os animais foram Acta Scientiarum. Animal Sciences Maringá, v. 26, no. 2, p. 197-201, 2004 199 fixados em solução de formalina a 10%, para a Na mesma linha, letras sobrescritas iguais, indicam médias iguais (P>0,05) de acordo com o Teste de Tukey. posterior análise da proporção sexual, segundo a metodologia descrita por Popma e Green (1990). Os valores médios de desempenho, sobrevivência De posse dos dados de desempenho, e número de machos não apresentaram diferenças sobrevivência e efetividade de reversão sexual dos (p>0,05) entre os tratamentos. Porém, todos os peixes, bem como dos parâmetros físico-químicos da tratamentos apresentaram resultados de desempenho, água dos aquários, os mesmos foram submetidos à sobrevivência e efetividade de reversão sexual muito análise de variância a um nível de 5% de bons, chegando a quase 1g de peso final, a significância. No caso de diferença significativa, os sobrevivência em torno dos 95% e efetividade de mesmos foram comparados pelo teste de Tukey a 5% reversão acima de 95% de machos. de significância, utilizando-se o programa Esses resultados, quando comparados aos de computacional SAEG - Sistema de Análises Meurer et al. (2003), quando trabalharam com Estatísticas e Genéticas (UFV, 1997). processamento de rações para larvas de tilápia do Nilo, avaliando o desempenho dos animais durante a Resultados e discussão fase de reversão sexual, concordam quanto aos valores de desempenho, nas quais não houve Os resultados médios das variáveis físico- diferença entre os tratamentos, porém, em valores químicas da água não diferiram entre os tratamentos cerca de 50% a menos que os do presente (p>0,05). Contudo, os valores médios de temperatura, experimento, fato este que deve estar relacionado à pH, oxigênio dissolvido e condutividade elétrica baixa temperatura da água, a qual se manteve entre foram de 25,50  1,67ºC, 7,58  0,64, 5,15  21,9 a 22,7ºC. Os resultados de peso final também 1,32mg.L-1 e 0,17  0,02mS.cm-1, respectivamente. corroboram com os resultados apresentados por Tais valores mantiveram-se dentro dos padrões Santiago et al. (1987), que trabalharam com a recomendados para a aqüicultura (Boyd, 1990; comparação de dietas fareladas e micropeletizadas Sipaúba-Tavares, 1995) e para o bom desempenho da para larvas de tilápia do Nilo e com Hayashi et al. espécie (Popma e Phelps, 1998). (2001), comparando a influência do processamento da Os valores médios do peso inicial, final, ração no desempenho de larvas de carpa cabeça comprimento final e sobrevivência das larvas de grande (Aristichthys nobilis). tilápia do Nilo, alimentadas com rações fareladas ou Já em relação à sobrevivência, os valores das com o fornecimento da micropeletizada aos 10 e 20 rações fareladas foram semelhantes, aos valores dias, estão apresentados na Tabela 2. apresentados por Meurer et al. (2003), em torno dos 97,5%; já a ração micropeletizada proporcionou Tabela 2. Valores médios (médiadesvio-padrão) de menor sobrevivência que a farelada, entretanto, para o desempenho de larvas de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) alimentadas com ração farelada ou com rações farelada e presente experimento, não se observa esse efeito micropeletizada por 10 ou 20 dias, durante o processo de reversão quando se inicia o fornecimento da ração sexual. micropeletizada a partir dos 10 dias do início da Tratamentos alimentação exógena. O que discorda de Santiago et Variáveis T1 T2 T3 C.V. al. (1987) que apresentaram uma situação inversa, em Peso médio inicial (g) Peso médio final (g) 0,015 0,015 0,015 11,286 que a sobrevivência das larvas submetidas à ração 0,9110,103 0,8150,129 0,8350,025 a a a Comprimento médio final (cm) 3,5960,167 a 3,4780,180 a 3,5300,054 a 4,111 micropeletizada foi superior ao da farelada. Sobrevivência média (%) 97,502,739 a 91,676,055 a 92,506,124 a 5,557 Com relação aos resultados de proporção sexual, Na mesma linha, letras sobrescritas iguais, indicam médias iguais (P>0,05) de acordo com o Teste de Tukey. não foi observada diferença significativa (p>0,05), tanto para os valores percentuais de machos como Os valores percentuais médios de indivíduos para indivíduos interssexuais e fêmeas; seus valores, machos, fêmeas e intersexos das larvas de tilápia do contudo,variaram de 95,75 a 100%; 0,00 a 3,42 e Nilo, alimentadas com rações fareladas ou com o 0,00 a 0,83%, respectivamente (Tabela 3). fornecimento da micropeletizada aos 10 e 20 dias, Os resultados apresentados foram muito estão apresentados na Tabela 3. interessantes e podem ser explicados coerentemente, nos quais a ração farelada apresentou ótimos níveis de Tabela 3. Valores médios (médiadesvio-padrão) de proporção desempenho e sobrevivência, demonstrando a sexual de larvas de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) eficiência desse tipo de processamento de ração nessa alimentadas com ração farelada ou com rações farelada e fase. Vários autores citam os problemas das rações micropeletizada por 10 ou 20 dias, durante o processo de reversão sexual. fareladas como a possibilidade da seletividade por parte dos peixes (Pezzato, 1999) ou a lixiviação dos Tratamentos Variáveis nutrientes solúveis das rações (Dupree, 1985; T1 T2 T3 C.V. Machos (%) 95,756,741a 100,000,000a 99,022,401a 4,205 Kubitza, 1997), porém, de acordo com Meurer et al. Intersexos (%) 3,422,041a 0,000,000a 0,982,431a 229,065 (2003) parece haver uma baixa capacidade de Fêmeas (%) 0,835,302a 0,000,000a 0,000,000a 424,264 seletividade dessa espécie nessa fase; e Lovell (1988) Acta Scientiarum. Animal Sciences Maringá, v. 26, no. 2, p. 197-201, 2004 200 cita que as dietas fareladas permanecem por mais BOSCOLO, W. R. et al. Desempenho e características de tempo na superfície da água, diminuindo a lixiviação carcaça de machos revertidos de tilápias do Nilo dos seus nutrientes, quando comparadas às rações (Oreochromis niloticus), Linhagens Tailandesa e Comum, com partículas que afundam quando em contato com nas Fases Inicial e de Crescimento. Rev. Bras. Zootec., Viçosa, v. 30, n. 5, p. 1391 - 1396, 2001. a água. Quanto ao início do fornecimento da ração BOSCOLO, W. R. et al. Digestibilidade aparente da energia e proteína bruta de alguns alimentos pela tilápia do micropeletizada, tanto aos 10 quanto aos 20 dias após Nilo (Oreochromis niloticus, L.). Rev. Bras. Zootec., o início da alimentação exógena, os resultados foram, Viçosa, v.31, n.2, p.539-545, 2002. da mesma forma que a farelada, muito bons. No BOYD, C. Water quality in ponds for aquaculture. trabalho de Meurer et al. (2003), a ração London: Birmingham Publishing Co, 1990. micropeletizada, fornecida como única fonte CESTAROLLI, M. A. et al. Efeito do nível de alimentação alimentar no início do período de alimentação e do tipo de alimento na sobrevivência e no desempenho exógena, promoveu uma menor sobrevivência e inicial de larvas de curimbatá Prochilodus scrofa biomassa final. Portanto, parece adequado iniciar o (Steindachner, 1881). Boletim do Instituto de Pesca, São fornecimento de uma ração micropeletizada após um Paulo, v.24, p.119-129, 1997. curto período de fornecimento da ração farelada, fato DUPREE, H. K. Feeding practices. In: ROBINSON, E. N. que pode estar relacionado com o aumento do Nutrition and feeding of channel catfish. Auburn: Southern tamanho da boca do peixe e com o amadurecimento Cooperative, 1985. cap. 3, p.51-54. do trato digestório do mesmo. GALVÃO, M. S. N. et al. Histologia do sistema digestivo Os resultados de masculinização sugerem que o da tainha Mugil platanus Günther, 1880 (Osteichthyes, tipo de processamento da ração não influencia na taxa Mugilidae) durante as fases larval e juvenil. Boletim do de masculinização. Além do mais, os bons resultados Instituto de Pesca, São Paulo, v.24, p.91-100, 1997. de masculinização estão dentro do esperado para a HAYASHI, C. Breves considerações sobre as tilápias. In: espécie, no que se refere à utilização da metodologia RIBEIRO, R. P. et al. Curso de piscicultura: criação racional de tilápias. Maringá: UEM, 1995. cap. 1, p. 4. de reversão sexual a partir da incorporação de andrógenos na ração, segundo Popma e Green (1990) HAYASHI, C. et al. Uso de diferentes graus de moagem dos ingredientes em dietas para tilápia do Nilo e MacIntosh e Little (1995). Esses índices de reversão (Oreochromis niloticus L.) na fase de crescimento. Acta sexual, verificados em todos os tratamentos testados, Scientiarum, Maringá, v.21, n.3, p.733-737, 1999. devem estar relacionados à alta quantidade de HAYASHI, C. et al. Desempenho de larvas de carpa cabeça lipídeos das rações, cerca de 19%. O hormônio 17-- grande (Aristichthys nobilis), alimentadas com plâncton, metiltestosterona é um esteróide de origem lipídica, o ração micropeletizada, farelada e pastosa. In: REUNIÃO qual pode interagir com a fração gordurosa da ração, ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE portanto sendo ingerido tanto com a ração farelada ZOOTECNIA, 38., 2001, Piracicaba. Anais... Piracicaba: quanto com a micropeletizada, proporcionando um SBZ, 2001. p.1419. aporte adequado de hormônio à larva. HAYASHI, C. et al. Exigência de proteína digestível para De acordo com os dados apresentados no presente larvas de tilápia do Nilo no período de reversão sexual. trabalho, qualquer um dos tratamentos propostos dão Rev. Bras. Zootec., Viçosa, v.31, n.2, p.823-828, 2002. excelentes resultados produtivos entretanto, deve-se KUBITZA, F. Nutrição e alimentação dos peixes. levar em conta a viabilidade desses manejos. A ração Piracicaba: Esalq, 1997. farelada é a de processamento mais simples e barato, KUBITZA, F. Tilápia - tecnologia e planejamento na envolvendo somente gastos com a moagem e a produção comercial. Jundiaí: Divisão de Biblioteca e Documentação, 2000. mistura dos ingredientes. A micropeletização é um processamento mais oneroso, pois, além do maior LOVELL, T. Nutrition and feeding of fish. New York: Van Nostrand and Reinhold, 1988. custo com infra-estrutura como a peletizadora e dos equipamentos de moagem e mistura, necessita, ainda, MACINTOSCH, D. J.; LITTLE, D. C. Nile tilapia (Oreochromis niloticus). In: BROMAGE, N. R.; da diminuição do tamanho dos peletes. ROBERTS, R. J. (Ed.). Broodstock management and egg and larval quality. London: Blackwell Science Ltd, 1995. Conclusão cap. 12, p. 277 - 320. A utilização da ração farelada pode ser feita, bem MEURER, F. Digestibilidade aparente dos nutrientes e como a utilização da ração micropeletizada fornecida energia de alguns alimentos protéicos para juvenis de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus L.), e efeito do a partir do 10º ou 20° dia depois do início da processamento da ração durante a reversão sexual. 2002. alimentação exógena, sem prejuízo ao desempenho, Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós - Graduação em sobrevivência ou efetividade de reversão sexual de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, para larvas de tilápia do Nilo (Oreochromis 2002. niloticus), durante o período de reversão sexual. MEURER, F. et al. Influência do Processamento da Ração no Desempenho e Sobrevivência da Tilápia do Nilo, Referências Durante a Reversão Sexual. Rev. Bras. Zootec., Viçosa, Acta Scientiarum. Animal Sciences Maringá, v. 26, no. 2, p. 197-201, 2004 201 v.32, n.2 (no prelo), 2003. Alegre: SBZ, 1999. p.119. MEURER, F. et al. Lipídeos na alimentação de alevinos SANCHES, L. E. F.; HAYASHI, C. Effect of feeding revertidos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus L.). frequency on Nile tilapia, Oreochromis niloticus (L.) fries Rev. Bras. Zootec., Viçosa, v.31, n.2, p.566-573, 2002. performance during sex reversal in hapas. Acta PEZZATO, L. E. Alimentação de peixes - Relação custo Scientiarum, Maringá, v.23, n.4, p. 871-876, 2001. benefício. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE SANTIAGO, C. B. et al. Influence of feeding rate and diet BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 36., 1999, Porto Alegre. on growth and survival of Nile tilapia (Oreochromis Anais... Porto Alegre: SBZ, 1999. p.109. niloticus) fry. Aquaculture, Amsterdam, v.64, p.277-282, POPMA, T. J.; GREEN, B. W. Aquacultural production 1987. manual: sex reversal of tilapia in earthen ponds. Res. Dev. SIPAÚBA-TAVARES, L. H. S. Limnologia aplicada à Se., Alabama, v.35, p.1 - 15, 1990. Aquicultura. Jaboticabal: Finep, 1995. POPMA, T.J.; PHELPS, R.P. Status report to commercial STICKNEY, R. R. Status of research on tilápia. In: tilapia producers on monosex fingerling productions COSTA - PIERCE, B. A.; RAKOCY, J. E. Tilapia techniques. In: SIMPÓSIO SUL AMERICANO DE Aquaculture in the Americas. Volume two. Louisiana: AQUICULTURA, 1., 1998, Recife. Anais... Recife: Abraq, World Aquaculture Society, 2000. cap. 2, p. 21 - 33. 1998. p.127 - 145. UFV-UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. SAEG RADÜNZ-NETO, J. Alimentação natural X ração Sistema para análises estatísticas e genéticas. Versão 7.1. balanceada na larvicultura de peixes. In: REUNIÃO Viçosa: Imprensa Universitária, 1997. ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE Received on July 09, 2003. ZOOTECNIA, 36., 1999, Porto Alegre. Anais... Porto Accepted on March 09, 2004. Acta Scientiarum. Animal Sciences Maringá, v. 26, no. 2, p. 197-201, 2004

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