Aula Teórica 29 Outubro 2024 | PDF
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This document contains theoretical material on methods of correlation, including diagrams and examples. It references various scholarly articles and books.
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Salem, The Cat (Sabrina, The Teenage Witch) POÇÃO 6 TERROR=PROCE SSAMENTO PREDITIVO +INCERTEZA IPEAP MAGDA SOFIA ROBERTO ANA SOUSA FERREIRA MÁRCIA LARANJEIRA CONTEÚDOS A N Á L I S E E X P...
Salem, The Cat (Sabrina, The Teenage Witch) POÇÃO 6 TERROR=PROCE SSAMENTO PREDITIVO +INCERTEZA IPEAP MAGDA SOFIA ROBERTO ANA SOUSA FERREIRA MÁRCIA LARANJEIRA CONTEÚDOS A N Á L I S E E X P LO R ATÓ R I A D E DA D O S Diferença entre Medidas de Associação e Coeficientes de Correlação Relação Linear e Diagramas de Dispersão Correlação e Causalidade Coeficientes de Correlação Linear: Spearman, Pearson e Bisserial por Pontos Exercício O Grito (Edward Munch, 1893) National Museum of Art, Architecture and Design (Oslo, Noruega) M E D I DA S D E A S S O C I AÇ ÃO VS. COEFICIENTE S DE CORREL AÇÃO Medidas de Associação: Avaliar o grau de associação entre duas variáveis nominais ou ordinais (excecionalmente, uma métrica quando se recorre ao Eta), sem assumir pressupostos de linearidade entre as variáveis. Coeficientes de Correlação: Estudar relações lineares entre duas variáveis (ordina/ ordinal, métrica/ordinal, métrica/métrica, métrica/dicotómica), representando graficamente as observações através de um diagrama de dispersão onde se obtém uma nuvem de pontos cuja forma pode sugerir a existência de uma relação linear. Se existir uma relação linear entre as variáveis X e Y, os pontos observados vão localizar-se em torno de uma reta imaginária. Se os pontos se distribuírem segundo uma curva (e.g., parábola, exponencial,...) a relação entre as duas variáveis diz-se não linear. A existência de relação linear, analisada através de diagrama de dispersão, é um pressuposto para aplicar coeficientes de correlação. CORREL AÇÃO E DIAGR AMA S Anscombe, F.J. (1973). Graphs in statistical analysis. The American Statistician 27, 1, 17–21. Cairo, A. Download the Datasaurus: Never trust summary statistics alone; always visualize your data. http://www.thefunctionalart.com/2016/08/downloaddatasaurus -never-trust-summary.html. Matejka, J. & Fitzmaurice, G. Same Stats, Different graphs: Generating datasets with varied appearance and identical statisti cs through simulated annealing. In Proc. 2017 CHI Conf. Hum. Factors Comput. Syst., 1290–1294, https://doi.org/10.1145/3025453.3025912 (ACM, Denver Colorado USA, 2017). Quarteto de Anscombe Datasaurus Dozen: Com os mesmos valores descritivos existe um mundo mágico de distribuição de dados O Quarteto de Anscombe revela que os mesmos valores descritivos “(...) never trust summary statistics alone; always podem gerar repre sentaçõe s dos dados dis tintas. visualize your data.” Albert Cairo C O R R E L AÇ ÃO E C AU S A L I DA D E C o r rel a ç ã o Vs. C au s a l i d a d e Correlação Espúria Szalavitz, M. (2012, July 06). Does kindergarten lead to Crime? Fact -Checking N.H. LEGISLATOR'S 'RESEARCH'. Retirado de https://healthland.time.com/2012/07/06/does-kindergarten-lead-to-crime-fact-checking-n-h-legislators-research/ https://t yler vigen.com/ AMOR AO SUSTO Elder, G. H., & Clipp, E. C. (1988). Wartime losses and social bonding: Influences across 40 years in men’s lives. Psychiatry, 51(2), 177–198. https://doi.org/10.1080/00332747.1988.11024391 Kerr, M., Siegle, G. J., & Orsini, J. (2019). Voluntary arousing negative experiences (VANE): Why we like to be scared. Emotion, 19(4), 682–698. Miller, M., White, B., & Scrivner, C. (2024). Surfing uncertainty with screams: predictive processing, error dynamics and horror films. Philosophical Transactions of the Royal Society of London. Series B, Biological sciences, 379(1895), 20220425. https://doi.org/10.1098/rstb.2022.0425 Scrivner, C., Johnson, J. A., Kjeldgaard-Christiansen, J., & Clasen, M. (2021). Pandemic practice: Horror fans and morbidly curious individuals are more psychologically resilient during the CO VID-19 pandemic. Personality and Individual Differences, 168, 110397. https://doi.org/10.1016/j.paid.2020.110397 https://doi.org/10.1037/emo0000470 Taylor, S. E. (2000). The tending instinct: How nurturing is essential to who we are and how we live. Times Books. Medo gera sensação de bem-estar: ativação de resposta “fight or flight” onde o organismo se prepara para reagir ao stress e ansiedade despoletadas (e.g., respiração rápida, subida da pressão arterial), contudo, num contexto de medo controlado (e.g., filmes de terror, livros de suspense, casas assombradas, etc) apesar da resposta ativada ser semelhante e provocar a libertação de dopamina, a exposição voluntária a contextos de medo controlado pode reduzir a atividade cerebral na resposta a estímulos após essa exposição e gerar mais calma e menor ansiedade (e.g., Kerr et al. 2019). O medo fortalece os laços sociais (teoria tend and befriend (Taylor, 2000) postula a importância da conexão social e do cuidar em situações de stress e de ameaça) devido à importância, também, da oxitocina (e.g., a literatura sobre conexão social entre veteranos de guerra, Elder & Clipp, 2016). Consumo de conteúdos que remetem para “horror” estão associados a níveis mais elevados de resiliência: fãs de filmes de terror apresentaram níveis de resiliência mais elevados durante a pandemia COVID e fãs de filmes de zombies/invasão de aliens/apocalípticos mostraram-se mais resilientes e preparados para o cenário da pandemia. Resultados sugerem que estes filmes permitem às audiências praticar estratégias de coping efetivas que podem ser benéficas em contextos de vida real (Scrivner et al., 2021). Processamento Preditivo: o cérebro desenvolve hipóteses a partir dos estímulos sensoriais recebidos, atualiza-as, procura pistas no contexto que as confirmem, e tenta reduzir a discrepância entre a previsão e o estímulo sensorial (erro de previsão). Enquanto Pessoas gostamos de minimizar os erros de previsão, o que faz com que se apreciem ambientes com alguma incerteza (e familiaridade ao mesmo tempo): filmes de terror permitem explorar situações ameaçadoras em contexto controlado (mas, com elementos narrativos previsíveis que gerem familiaridade), transformando a realidade incerta em algo mais calculável, que fortaleça aprendizagem, estratégias de coping e homeostase (e.g., Miller et al., 2013). COEFICIENTE DE CORREL AÇÃO DE SPEARMAN Aplica-se quando as duas variáveis são expressas em escala Será que existe uma relação entre a intensidade percebida do ordinal ou quando uma é expressa em escala ordinal e a outra em medo e a perceção de violência em filmes de terror? escala métrica. Importância: conhecer reações emocionais para desenvolver terapias de exposição para lidar com o medo e fobias. Assume valores entre - 1 e 1 e, por isso, avalia a intensidade e a direção da relação linear entre as variáveis, onde - 1 e 1 representam Intensidade percebida do medo (1 “Baixa Intensidade” a 10 “Alta relações lineares perfeitas inversas e diretas, respetivamente, e 0 Intensidade”): v.a. qualitativa, discreta, escala ordinal remete para a ausência de relação linear. Perceção de violência (1 “Baixa Violência” a 10 “Alta Violência”): v.a. qualitativa, discreta, escala ordinal Por ser um coeficiente não-paramétrico (e.g., não segue pressuposto da distribuição normal dos dados) pode ser utilizado Análise de clips dos seguintes filmes: quando os pressupostos dos coeficientes paramétricos (e.g., requer Hereditary (2018) a distribuição normal dos dados) não se cumprem e, por isso, Midsommar (2019) aplicado quando duas variáveis são métricas. The Witch (2015) Get Out (2017) A Quiet Place (2018) Intensidade da Relaç ão < |0.30|: relação fraca The Others (2001) Entre |0.30| e |0.70|: relação moderada Saw (2004) > |0.70|: relação forte Evil Dead (2013) COEFICIENTE DE CORREL AÇÃO DE SPEARMAN: EM SPSS Diagrama de Dispersão Tabela de Correlação valor-p Valor do coeficiente Nome do Coeficiente Dimensão da Amostra Analyze > Correlate > Bivariate Graphs > Legacy Dialogs > Scatter/ Dot > Simple Como se verificou pela análise do diagrama de dispersão a relação entre as A relação entre as variáveis parece ser linear e direta com os pontos observados a variáveis é direta (ambas evoluem no mesmo sentido) e forte (valor do coeficiente ajustarem-se em torno de uma reta imaginária, ilustrando que o aumento (redução) de Spearman superior a.70: rs =.82). do nível de violência percebida se relaciona com um aumento (redução) do nível de medo percebido (ou vice-versa). Esta relação linear parece ser moderada a Nota. Sendo uma correlação o valor pode ser lido de X para Y ou de Y para X. Em forte. Existem dois dados observados que podem ser candidatos a dados SPSS é possível desativar a opção para a que informação presente no triângulo extremos. inferior não se repita na diagonal superior, ativando “Show only the lower triangle”. Caso contrário, sendo uma relação bivariada a informação a informação repete em ambas as diagonais. COEFICIENTE DE CORREL AÇÃO DE PEARSON Aplica-se quando as duas variáveis são expressas em escala Qual é a relação entre o medo sentido pelas Pessoas leitoras e a probabilidade percebida de eventos assustadores nas histórias de H.P. Lovecraft? métrica. Importância: perceber se a técnica de escrita adotada por H.P. Lovecraft permite gerar medo, contribuindo para esclarecer o papel deste género Assume valores entre - 1 e 1 e, por isso, avalia a intensidade e a literário na Psicologia (e.g., reações emocionais). direção da relação linear entre as variáveis, onde - 1 e 1 representam relações lineares perfeitas inversas e diretas, respetivamente, e 0 Medo Sentido por Pessoa Leitora: 0 a 100 remete para a ausência de relação linear. Probabilidade Percebida de Eventos Assustadores Ocorrerem: 0 a 1 Análise de Excertos dos seguintes Contos de H. P. Lovecraft: É um coeficiente paramétrico (e.g., segue pressuposto da The Call of Cthulhu distribuição normal dos dados) e, por isso, requer testagem de The Colour Out of Space pressupostos adicionais além da linearidade da distribuição dos At the Mountains of Madness dados. The Dunwich Horror The Shadow Out Of Time Intensidade da Relaç ão The Haunter of the Dark < |0.30|: relação fraca The Case of Charles Dexter Ward Entre |0.30| e |0.70|: relação moderada > |0.70|: relação forte Pickman's Model COEFICIENTE DE CORREL AÇÃO DE PEARSON: EM SPSS Diagrama de Dispersão Tabela de Correlação Nome do coeficiente Valor do coeficiente valor-p Dimensão da Amostra Analyze > Correlate > Bivariate Graphs > Legacy Dialogs > Scatter/ Dot > Simple Como se verificou pela análise do diagrama de dispersão a relação entre as variáveis é direta (ambas evoluem no mesmo sentido) e moderada (valor do A relação entre as variáveis parece ser linear e direta com os pontos observados a coeficiente de Pearson superior a.50, contudo, inferior a.70: r =.58). ajustarem-se em torno de uma reta imaginária, ilustrando que o aumento (redução) da probabilidade do evento assustador ocorrer se relaciona com um aumento (redução) do nível de medo sentido (ou vice-versa). Esta relação linear parece ser Nota. Sendo uma correlação o valor pode ser lido de X para Y ou de Y para X. Em pelo menos moderada. Existe um valor observado que pode ser candidato a dado SPSS é possível desativar a opção para a que informação presente no triângulo extremo. inferior não se repita na diagonal superior, ativando “Show only the lower triangle”. Caso contrário, sendo uma relação bivariada a informação a informação repete em ambas as diagonais. COEFICIENTE DE CORREL AÇÃO BISSERIAL POR PONTOS Uma das variáveis é quantitativa expressa numa escala métrica e a Qual é a relação entre o nível de medo sentido pela pessoa ouvinte e a perceção outra é uma variável qualitativa dicotómica. de que as músicas de terror/suspense evocam experiências assustadoras? Assume valores entre - 1 e 1 e, por isso, avalia a intensidade e a direção Importância: papel deste tipo de música na construção da perceção do medo e da relação linear entre as variáveis, onde - 1 e 1 representam relações compreensão dos elementos musicais que permitem a construção de atmosferas lineares perfeitas inversas e diretas, respetivamente, e 0 remete para a geradoras de ansiedade. ausência de relação linear. Medo Sentido por Pessoa Ouvinte: 0 a 100 Música Evoca Sensação de Algo Assustador Ocorrer: 0 “Não”, 1 “Sim” Compara os valores médios da variável métrica associados à categoria 1 da variável dicotómica (categoria codificada com 1 na base de dados) Análise de Músicas associadas a Medo/ Suspense: com os valores médios da variável métrica associados à categoria 0 Tubular Bells, Mike Oldfield (Exorcista) da variável dicotómica (categoria codificada com 0 na base de dados). Danse Macabre, Camille Saint-Saëns A codificação em base de dados é arbitrária, mas deve respeitar os Halloween Theme, John Carpenter objetivos da investigação). A Nightmare on Elm Street Theme, Charles Bernstein Psycho Theme (Prelude), Bernard Herrmann É um coeficiente paramétrico (e.g., segue pressuposto da distribuição Jaws Theme, John Williams normal dos dados) e, por isso, requer testagem de pressupostos The Shining Theme, Wendy Carlos e Rachel Elkind adicionais além da linearidade da distribuição dos dados. Em SPSS é The Omen (Ave Satani), Jerry Goldsmith calculado através do coeficiente de Pearson, mas interpreta-se de forma distinta. Intensidade da Relaç ão < |0.30|: relação fraca Entre |0.30| e |0.70|: relação moderada > |0.70|: relação forte COEFICIENTE DE CORREL AÇÃO BISSERIAL POR PONTOS: EM SPSS Diagrama de Dispersão Tabela de Correlação Feito através do coeficiente de Pearson, mas é Bisserial por Pontos Valor do coeficiente valor-p Dimensão da Amostra Analyze > Correlate > Bivariate Como se verificou pela análise do diagrama de dispersão a relação Graphs > Legacy Dialogs > Scatter/ Dot > Simple entre as variáveis é direta e forte (valor do coeficiente Bisserial por Pontos superior a.70: rbp =.93). A relação entre as variáveis parece ser linear e direta com os pontos observados a O SPSS apresenta sempre o valor do coeficiente para a categoria com ajustarem-se em torno de uma reta imaginária e polarizando nos valores 0 e 1, a codificação 1, logo, se o valor é positivo significa que as pessoas mais perceção de medo na categoria 1 (evento assustador) do que na categoria 0 que percebem que as músicas evocam eventos assustadores onde se encontram menos pontos e em valores mais baixos de perceção de medo, (categoria codificada com 1) apresentam níveis de medo mais altos do sugerindo níveis mais elevados de medo percebido quando a música evoca a que as pessoas que consideram que as músicas não evocam eventos sensação de algo assustador ocorrer (categoria 1) do que quando não evoca assustadores (categoria codificada 0). Se tal valor fosse negativo (categoria 0). Esta relação linear parece ser forte. iriam perceber menos medo quando as músicas evocam eventos assustadores. E XERCÍCIO Analisar a expetativa de susto e a sua relação com a intensidade do medo, partindo de elementos visuais e auditivos em filmes/outros contextos de terror. 1. Definir a questão de investigação e as variáveis em estudo (podem ser 2 métricas, 2 ordinais, 1 métrica e outra ordinal, 1 métrica e outra dicotómica). 2. Escolher uma cena de um filme, uma música, um texto, uma imagem, etc. 3. Pedir a participantes para, antes de assistirem ao conteúdo selecionado, avaliarem a sua expetativa de susto numa escala ou ordinal (1 “Nada Expectante” a 5 “Completamente Expectante”); ou numa escala métrica em percentagem de 0 a 100. 4. Devem, ainda, pedir a cada participante para representar o medo através de uma forma geométrica, cor, palavra, frase, etc. 5. Enquanto participantes assistem ao conteúdo, Pessoas que investigam devem registar as reações de quem assiste: expressões emocionais, físicas, etc, que permitam caracterizar as suas respostas ao medo (se possível, encontrar formas quantitativas de registar esses dados). 6. Após assistirem ao conteúdo devem pedir para estimarem a intensidade do medo que sentiram recorrendo a uma escala ordinal (1 “Nenhum Medo” a 5 “Muito Medo”); ou numa escala métrica em percentagem de 0 a 100. 7. Após assistirem ao conteúdo devem pedir, ainda, para representarem o que sentiram quando estavam a assistir ao conteúdo através de uma forma geométrica, cor, palavra, frase, etc. 8. Construir a base de dados, aplicar o/os coeficientes de correlação adequado/s e interpretar os resultados. Qual a relação e o que informa? HORROR E PROCE SSAMENTO PREDITIVO A relação entre Horror em contexto controlado e Processamento Preditivo pode ser adaptativa e gerar resiliência, facilitando o caminhar pelo medo e pela incerteza no ajuste das previsões. A exposição contínua pode gerar sensação permanente de vigilância, maior atenção a estímulos sensoriais negativos, sensação de desconfiança e insegurança na compreensão e interpretação do mundo, dessensibilizando face ao medo real. Num mundo com tanta exposição a conteúdos negativos pode contribuir para confirmar que apenas tais elementos existem, gerando desesperança. MAS Cute & Adaptativo Salem, The Cat (Sabrina, The Teenage Witch) POÇÃO 6 TERROR=PROCE SSAMENTO PREDITIVO +INCERTEZA IPEAP MAGDA SOFIA ROBERTO ANA SOUSA FERREIRA MÁRCIA LARANJEIRA