Aula 08 - Geoprocessamento para o CNU 2024 PDF
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2024
Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha
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Aula 08 de Geoprocessamento para o Concurso Nacional Unificado (CNU) 2024. A aula abrange o Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisagem no Meio Rural, focando em conceitos fundamentais de cartografia, geodésia, geoprocessamento e SIG (Sistemas de Informação Geográfica). A aula oferece uma introdução ao curso e discute os conceitos básicos de mapas e escalas cartográficas. A aula é baseada no edital do CNU, apresentando temas relevantes para o concurso.
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Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisagem no Meio Rural - 2024 Autor: (Pós-Edital) Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha 10 de Fevereiro de 2024 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Aula Única - Geoprocessamento para o Concurso Nacional Unificado Introdução ao curso...................................................................................................................... 2 Eixo temático 3 - Caracterização da Paisagem no Meio Rural......................................................... 3 4. Cartografia, Geodésia, Geoprocessamento, Sistema de informação geográfica (SIG), Modelagem e estatística de dados georreferenciados: Fundamentos da Topografia, técnicas de levantamento topográfico e geodésico........................................................................................ 3 Cartografia................................................................................................................................. 3 Geodésia.................................................................................................................................. 17 Geoprocessamento................................................................................................................. 25 Sistema de informação geográfica (SIG).................................................................................. 28 Bancos de dados..................................................................................................................... 37 Modelagem e estatística de dados georreferenciados........................................................... 49 Fundamentos da topografia.................................................................................................... 84 Técnicas de levantamento topográfico e geodésico............................................................... 91 4.1 Sistemas Geodésicos de Referência................................................................................... 101 4.2 Transformação entre referenciais terrestres e atualização de coordenadas....................... 103 Resumo da aula......................................................................................................................... 112 Simulado de Questões................................................................................................................. 118 Gabarito.................................................................................................................................... 139 CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella INTRODUÇÃO AO CURSO É com grande satisfação que iniciamos o nosso curso de Geoprocessamento para o Concurso Nacional Unificado (CNU) (2023). Meu nome é Alexandre Vastella, professor de Geografia do Estratégia Concursos desde 2016. Sou licenciado, bacharel, mestre e doutor em Geografia, especialista em Geoprocessamento e especialista em Gestão ambiental. Tenho quatro aprovações em concursos, na última delas, na 12ª posição entre 18.000 candidatos (SEE/SP). É uma honra fazer parte da SUA aprovação. Nossa aula abrangerá parte do Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas e parte do Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisagem no Meio Rural sobre temas relacionados à geoprocessamento e informação espacial (item 4): CNU - Concurso Nacional Unificado Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisagem no Meio Rural: 4 Cartografia, Geodésia, Geoprocessamento, Sistema de informação geográfica (SIG), Modelagem e estatística de dados georreferenciados: Fundamentos da Topografia, técnicas de levantamento topográfico e geodésico. 4.1 Sistemas Geodésicos de Referência. 4.2 Transformação entre referenciais terrestres e atualização de coordenadas. Será apenas um PDF, com uma videoaula. No entanto, conforme você pode conferir no sumário, seguimos exatamente os temas do Edital, com os mesmos temas que serão cobrados, com aquilo que realmente você precisa estudar. Até a ordem é a mesma, para não te confundir. Tendo isso em vista, vamos aos estudos! CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 2 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella EIXO TEMÁTICO 3 - CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM NO MEIO RURAL 4. Cartografia, Geodésia, Geoprocessamento, Sistema de informação geográfica (SIG), Modelagem e estatística de dados georreferenciados: Fundamentos da Topografia, técnicas de levantamento topográfico e geodésico Como falamos na introdução, logo acima, nosso curso seguirá a ordem do Edital. Portanto, o primeiro tema será cartografia. Logo em seguida, geodésia. E assim por diante. É evidente que estes assuntos se integram, mas antes de termos uma visão do todo, devemos estudar as partes. Comecemos então, pela cartografia. Cartografia Grosso modo, a Cartografia é a ciência responsável pela elaboração de mapas, sendo dividida em duas áreas: A Cartografia é a arte ou a ciência que se ocupa da elaboração de mapas de Cartografia toda espécie. Abrange todas as fases dos trabalhos, desde os primeiros levantamentos até a impressão final dos mapas. Cartografia Temática é um ramo da Cartografia que diz respeito ao Cartografia planejamento, execução e impressão de mapas sobre um fundo básico, ao qual temática são anexadas informações através de simbologia adequada, visando atender as necessidades de um público específico [fonte]. Cartografia Sistemática é um ramo da Cartografia que diz respeito à representação genérica da superfície tridimensional da Terra no plano; cuja Cartografia preocupação central está na localização precisa dos fatos, na implantação e sistemática manutenção das redes de apoio geodésico, na execução dos recobrimentos aerofotogramétricos e na elaboração e atualização dos mapeamentos básicos [fonte]. No geral, a cartografia temática é mais "visual"; já a cartografia sistemática é mais "matemática". Quando escolhemos legendas, cores e atributos visuais, estamos exercendo a cartografia temática. Já quando estamos escolhendo as projeções geodésicas (formato da Terra) CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 3 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella ideais para uma determinada representação, por exemplo, estamos nos referindo à cartografia sistemática. Acompanhando o Edital, você está aqui: 4 Cartografia, Geodésia, Geoprocessamento, Sistema de informação geográfica (SIG), Modelagem e estatística de dados georreferenciados: Fundamentos da Topografia, técnicas de levantamento topográfico e geodésico. 4.1 Sistemas Geodésicos de Referência. 4.2 Transformação entre referenciais terrestres e atualização de coordenadas. Vejamos agora alguns conceitos básicos de cartografia: Mapa e escala Um mapa é sempre uma representação reduzida da superfície terrestre. Sendo assim, o que determina esta redução é a proporção entre o desenho e a superfície real; ou seja, a escala cartográfica. Portanto, a escala indica quanto a realidade foi reduzida para caber em um determinado mapa. Partindo desse pressuposto, a escala cartográfica pode ser numérica ou gráfica. Vejamos as diferenças entre as duas: Escala CARTOGRÁFICA – numérica versus gráfica Escala numérica Escala gráfica Na escala numérica, o numerador (número Na escala gráfica, as dimensões do gráfico se da esquerda) indica a área do mapa; referem às medidas do mapa. Neste caso, o número enquanto isso, o denominador (número da serve de medida real. direita) índica a área real. A escala gráfica do exemplo acima indica que na No exemplo acima, significa que para cada 1 exata distância desenhada, há 50, 100 ou 150 metros centímetro no mapa, existem 500.000 na vida real. centímetros na vida real. Este tipo de escala pode ser reduzida ou ampliada Portanto, cada centímetro no mapa junto com o mapa que sempre manterá sua corresponde à 5 quilômetros da realidade. proporção original. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 4 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Para calcularmos a escala, utilizamos a seguinte fórmula: Fórmula para calcular escala cartográfica D = Distância real do terreno N = Numerador da escala d = distância no mapa Exercício resolvido/exemplo (fonte: Paulo Roberto Fitz) Medindo-se uma distância em uma carta, acharam-se 22 cm. Sendo a escala da carta 1:50.000, ou seja, cada centímetro, na carta, representando 50.000 cm (ou 500 m) na realidade, a distância do terreno será: D=Nxd D = 50.000 x 22 cm D = 1.100.000 cm Agora, vamos converter os dados de centímetros para quilômetros: 1.100.000 cm = 11.000 m = 11 km Conclusão: a distância do terreno (D) é de 11 km. CESGRANRIO - 2013 - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas Num mapa de escala cartográfica 1:500.000, a distância, em linha reta, entre duas cidades é de 20 cm. No terreno, a distância entre essas cidades, medida em quilômetros, é de A) 10 B) 20 C) 50 D) 100 E) 200 CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 5 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Comentários Na questão, precisamos descobrir a distância real (D). Usando a fórmula D = N d (distância real = denominador da escala x distância no mapa), temos: D = 500.000 x 20 cm D = 10.000.000 cm D = 100 km Convertendo para quilômetros, dá 100 Gabarito: D FGV - 2023 - Professor de Geografia (Prefeitura de São Paulo) https://pt.map-of-sao-paulo.com/escolas-mapas/universidade-de-s%C3%A3o-paulo---usp-mapa Acesso: 25 Dez 2022. (Adaptado) Desconsidere as distorções da redução da representação cartográfica nesta folha e leve em consideração apenas suas informações. Sabendo que a distância entre a Portaria 1 e o Hospital Universitário (HU) é de 3,6 km, assinale a opção que indica a escala numérica, a classificação correta quanto ao tamanho da mesma e o tipo de representação. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 6 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella A 1:2.000 – pequena – carta. B) 1:20.000 – pequena – planta. C) 1:200.000 – grande – mapa. D) 1:200.000 – pequena – planta. E) 1:20.000 – grande – carta. Comentários Se somarmos o percurso do mapa, dá 18 centímetros. Sabendo que 3,6km são 360.000 centímetros, nós temos o seguinte: 360.000 centímetros no mundo real = 18 centímetros no mapa 360.000 = 18 Logo, a escala é 360.000/18 Ou seja: 20.000 Ou seja, para cada centímetro no mapa, tem 20.000 centímetros na vida real. A escala é GRANDE pois mostra muitos detalhes. Logo, está mais próxima à carta topográfica. Gabarito: E FGV – Geógrafo – SUDENE – 2013 Sobre escala cartográfica e escala geográfica, considere as afirmativas a seguir. Assinale V para a verdadeira e F para a falsa. 1) A escala cartográfica corresponde a relação entre medidas reais e sua representação gráfica. Comentário Sim, é exatamente esta a definição de escala cartográfica. O quão reduzido o mundo real foi para caber no mapa em questão; ou seja, “a relação entre medidas reais e sua representação gráfica”. Gabarito: Certo 2) A análise geográfica dos fenômenos é limitada pela escala cartográfica na elaboração de cartas e mapas. Comentário CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 7 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella A análise geográfica é inversa à escala cartográfica! Uma escala geográfica GRANDE (por exemplo, o mundo), é na verdade, uma escala cartográfica PEQUENA. Do mesmo modo, uma escala geográfica PEQUENA (um bairro local), também é uma escala cartográfica GRANDE. Além disso, devemos lembrar que a representação cartográfica segue a escala geográfica: se eu quiser mapear um país inteiro por exemplo (escala geográfica nacional), a escala cartográfica deverá ser proporcional ao país em questão. Gabarito: Errado 3) A escala cartográfica adotada para representar os estudos geográficos em áreas urbanas, em cartas e mapas temáticos, deve ser obrigatoriamente menor que 1:500.000; Comentário 1:500.000 é uma área gigante! Normalmente estudos urbanos são mapeados em escalas grandes acima de 1:25.000. Gabarito: Errado Sistema de Coordenadas Geográficas Para a prática da cartografia digital, necessário que haja um sistema de coordenadas estabelecido. Funcionando como “endereços” da Terra, as coordenadas estabelecem números exclusivos para cada ponto da superfície terrestre. Com base em um plano cartesiano, as coordenadas sempre possuem latitudes e longitudes, ou seja, estão atreladas aos eixos X e Y. Conforme o quadro: O plano cartesiano é um objeto matemático plano e composto por duas retas numéricas perpendiculares, ou seja, retas que possuem apenas um ponto em comum, formando um ângulo de 90° [fonte] A linha vertical é conhecida como eixo Y. Na geografia, as linhas verticais são chamadas de meridianos e medem a longitude. O meridiano central é o de Greenwich. A linha horizontal é conhecida como eixo X. Na geografia, as linhas horizontais são chamadas de paralelos e medem a latitude. O paralelo central é a linha do Equador. São medidas pelos paralelos, Latitude Coordenadas no sentido norte-sul (eixo Y) linhas horizontais. São medidas pelos meridianos, Longitude Coordenadas no sentido leste-oeste (eixo X). linhas verticais. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 8 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Sistema de Coordenadas Planas A Universal Transversal de Mercator (UTM) é, provavelmente, o sistema de coordenadas mais utilizado em SIG. Baseada na projeção cartográfica cilíndrica de Gerhard Mercator, o UTM possui a grande vantagem de apresentar coordenadas planas. Isto é particularmente útil quando trabalhamos com pequenas áreas (escalas cartográficas grandes), pois a distância e a área serão as mesmas para todos os pontos. Para que isso fosse possível, o sistema UTM – ao contrário das coordenadas geográficas – divide a Terra em fusos, ou seja, em “pedaços” teoricamente planos. Vamos entender melhor essa comparação: Sistema de Coordenadas Geográficas Sistema UTM Coordenadas geodésicas (formato da Terra) Coordenadas planas (artificialmente concebidas) Leva em consideração uma Terra teoricamente plana; Leva em consideração a curvatura da Terra. mas para isso, a divide em fusos (seções planas). A principal vantagem é a sua regularidade: já que as A principal vantagem é a sua versatilidade, áreas são “planas”, é possível obter um melhor cálculo pois pode ser usado para o planeta inteiro. de áreas e distâncias. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 9 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Ao contrário das coordenadas geográficas que trabalham com graus, o sistema UTM utiliza o metro (m) como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um objeto. Além disso, o sistema UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso seus pares de coordenadas também são chamados de coordenadas planas. De uma forma mais simples, o mundo é dividido em 60 fusos planos, onde cada um se estende por 6º de longitude. Os fusos são numerados de um a sessenta começando no fuso 180º a 174º a oeste de Greewich, e continuando para leste. Um mesmo par de coordenadas pode se repetir nos 60 fusos diferentes [fonte]. ITAME - 2020 - Arquiteto Acerca das características do sistema de projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), adotado pelo Sistema Cartográfico Brasileiro, assinale a opção correta: A) As coordenadas planas são acrescidas das constantes de 10.000.000m (eixo das abscissas) no hemisfério sul e 500.000m para leste. B) A origem das coordenadas planas é o cruzamento entre o Meridiano de Greenwich e o Trópico de Capricórnio. C) O UTM permite realizar um tipo de projeção não conforme, cônica e transversa. D) O sistema em questão prevê a decomposição em fusos de 30 graus de amplitude. Comentários A) Certa. De fato, o centro (norte-sul/latitude) das coordenadas UTM é 10.000.000 metros. Já o centro (leste-oeste/longitude) é de 500.000 (onde fica o meridiano central) B) Errada. As coordenadas UTM são referenciadas pelo meridiano central do fuso, NÃO pelo meridiano de Greenwich. C) Errada. O UTM é uma projeção transversa, com o eixo do cilindro sendo perpendicular; ou seja, não é cônica. D) Errada. São 60 fusos com 6 graus de amplitude. IBFC - 2023 - Professor (SEC BA) O Sistema Universal Transversal de Mercator (UTM) foi recomendado pela International Union of Geodesy and Geophysics (IUGG) para a cartografia em pequenas e médias escalas e foi adotado em 1955 para o mapeamento sistemático do Brasil (adaptado de OLIVEIRA; SILVA, 2012). No que se refere ao Sistema UTM, assinale a alternativa incorreta. A) Adota uma projeção do tipo cilíndrica, transversal e secante ao globo terrestre CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 10 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella B) Possui sessenta fusos, cada um com seis graus de amplitude C) O cruzamento do Equador com um meridiano padrão específico, denominado meridiano central (MC), é a origem desse Sistema de coordenadas D) Os valores de coordenadas obedecem a uma sistemática de numeração, a qual estabelece um valor de 10.000.000 de metros sobre o Equador a 500.000 metros sobre o MC E) As coordenadas lidas a partir do eixo N (Norte-Sul) de referência, localizado sobre o Equador terrestre, vão aumentando no sentido sul do Equador Comentários Como a questão pede para marcar a INCORRETA, sabemos que quase todas são verdadeiras. A única errada é a última (E), pois as coordenadas vão DIMINUINDO no sentido Sul. Aumentam, na verdade, no sentido Norte. Gabarito: E (incorreta). Variáveis visuais da cartografia Para mapearmos um dado, necessário escolher a variável visual utilizada; isto é, a forma de mapeamento dos pontos, linhas e polígonos a serem visualmente representados. Para tal, podemos escolher diferenças na cor, na textura, na forma, na orientação e na granulação das formas representadas. O quadro abaixo resume algumas destas possibilidades: Algumas variáveis visuais da cartografia Pontos Linhas Áreas Melhor para: - - Diferenças Forma qualitativas - Diferenças Tamanho quantitativas Diferenças Tipo da cor qualitativas Diferenças Tom da cor quantitativas Intensidade da Diferenças cor qualitativas CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 11 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Diferenças Textura qualitativas e quantitativas Tipos de mapas A escolha da variável visual parece simples, mas vai depender do método de mapeamento escolhido; que por sua vez, vai depender da estrutura do dado. Sendo assim, é possível fazer mapas qualitativos, mapas quantitativos e mapas ordenados. O quadro abaixo explica essas diferenças [fonte]: Mapas qualitativos Os métodos de mapeamento para fenômenos qualitativos (que utilizam dados textuais) usam as variáveis visuais forma, orientação e cor. Podem ser pontuais, lineares ou zonais. Veja os exemplos: Mapa de símbolos pontuais Mapa de símbolos lineares Mapa corocromático Infraestrutura viária no Shopping centers no Brasil Favelas no Brasil Brasil Os mapas corocromáticos Cada cor de linha Cada ponto é um shopping. apresentam diferenças de cor representa um tipo de Neste caso, a única para cada dado geográfico. No estrutura viária. Este tipo de informação, é a presença ou a caso, cada cor de polígono mapa também poderia ausência de informação e por representa uma situação: verde indicar fluxos (como por isso, há apenas uma cor. (sem favela) e marrom (com exemplo, migrações). favela). Mapas quantitativos CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 12 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Os fenômenos quantitativos (dados numéricos) são representados pela variável tamanho. Podem ser representadas por pontos (tamanho do ponto ou pontos agregados), ou por linha (variação da espessura). Os polígonos são representados em mapas ordenados (que veremos adiante). Seguem exemplos: Mapa de símbolos Mapa de círculos concêntricos Mapa de pontos proporcionais Distribuição da Crescimento das capitais população brasileira em Asininos no Brasil (1872-2000) 2000 Representa dois valores ao mesmo Os mapas de pontos Quanto maior o círculo tempo por meio de círculos expõem dados absolutos. (variável forma) maior a sobrepostos com cores diferentes. No caso, cada ponto população. É possível ver, No caso acima, a variável cor indica corresponde à 233 cabeças. portanto, que o litoral é a data do Censo Demográfico Todos os pontos são do mais populoso que o (quanto mais claro, mais antigo). Já mesmo tamanho e da interior. A cor é pouco a variável tamanho indica o valor mesma cor, no entanto, o relevante neste caso. da população (quanto maior o que vale é a distribuição. círculo, maior a população). Mapas ordenados Os mapas ordenados também apresentam valores numéricos, mas isos não é uma regra, podendo ocorrer valores textuais também. A representação somente ocorre em polígonos ordenados. Atenção: cuidado para não confundir corocromático (qualitativo) com coroplético (ordenado)! CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 13 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Mapa coroplético Densidade populacional no Brasil Os mapas coropléticos apresentam a variável visual cor de forma ordenada para que o resultado visual também seja ordenado. Assim, a tonalidade da cor indica as diferenças quantitativas. No caso ao lado, quanto mais forte a cor, maior é a densidade de povoamento. Nota-se, portanto, o seguinte: mapas qualitativos podem ser tanto representados por pontos, quanto por linhas, quanto por polígonos. Os mapas quantitativos, por sua vez, são representados por pontos e linhas. Cabe aos mapas ordenados (que não deixam de ser quantitativos) a representação de números ordenados em polígonos. Existem inúmeras outras formas de representação; como por exemplo, a anamorfose que distorce propositalmente as áreas dos polígonos, ou ainda, os interessantes mapas em 3D. No entanto, como este assunto é muito longo, a ideia foi mostrar as principais formas de representação, e não todas elas. CESPE – Geógrafo – MPOG – 2015 Na figura acima, são mostrados três exemplos — I, II e III — de representações gráficas, que podem ser utilizadas em mapas temáticos. Com base nessa figura, julgue os itens subsequente. 1) O exemplo II é apropriado para representar cidades com menos de 100 mil habitantes, com população entre 100 a 500 mil habitantes e com mais de 500 mil habitantes. Comentário O exemplo II indica a utilização de dados quantitativos pontuais com a variável visual tamanho. Quanto maior o tamanho do ponto, maior o valor do dado. Sendo assim, seria perfeitamente possível representar populações de cidades. Gabarito: Certo CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 14 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella 2) O exemplo III é apropriado para representar declividades inferiores a 5%, entre 5% a 10% e superiores a 10%. Comentário O exemplo III mostra a utilização de dados quantitativos ordenados cuja variável visual é o tom da cor. Neste caso, quanto mais forte for o tom da cor, mais intenso será o fenômeno. Sendo assim, é perfeitamente possível representar declividades ordenadas (inferiores a 5% com a cor mais clara, e superiores a 10% com a cor mais forte). Gabarito: Certo 3) O exemplo III é o mais apropriado para representar um mapa temático cuja legenda seja composta por vegetação nativa, área urbana e massa d’água. Comentário O exemplo III indica uma ordem, ou seja, dados quantitativos do mais baixo para o mais alto. Sendo assim, não seria viável representar fenômenos qualitativos como vegetação, área urbana ou massa d’água. Neste caso, o ideal seria um mapa corocromático com cores diferentes e não ordenadas. Gabarito: Errado Principais elementos e um mapa Para finalizar esse assunto de cartografia temática, vamos estudar os principais elementos dos mapas temáticos utilizando um exemplo montado com base no shapefile (um formato de arquivo que veremos em outro item da aula) do território brasileiro. No caso apresentado, foi confeccionado um mapa qualitativo corocromático: Como fazer um mapa temático completo CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 15 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella 1 – Título Um título completo indica o assunto, a localização e a data do mapa. 2 – Legenda A legenda descreve as variáveis visuais ilustradas no mapa. No caso, cada cor representa uma região do Brasil. 3 – Escala numérica A escala mostra o quão reduzido o mundo real foi para poder caber no mapa. Como a escala numérica sofre distorções, é necessário indicar o tamanho da folha ao lado. No caso, 1 centímetro do mapa equivale a 500 km do mundo real, porém, desde que a folha seja A5. 4 – Sistema de referência (datum) e sistema de coordenadas No caso, o datum utilizado foi o SIRGAS 2000 e o sistema de coordenadas, as coordenadas geográficas. Nada impede que o mapa seja em SIRGAS 2000 (datum) porém em outro sistema de coordenadas (como o UTM). Também nada impede que no sistema de coordenadas geográficas haja outro datum (como o SAD-1969). Lembre-se que sistema de coordenadas e datum são conceitos diferentes! 5 – Fonte É fundamental saber a origem da informação. 6 – Grid de coordenadas O grid mostra as coordenadas do mapa. Perceba que os valores estão em graus, minutos e segundos; e são sempre acompanhados pelas letras S (South – sul) e W (West – oeste). Isso ocorre porque o mapa está em coordenadas geográficas medidas em graus, e porque estamos no hemisfério sul (S) e lado ocidental (W). 7 – Indicação de norte ou rosa dos ventos Indica para onde o mapa está orientado. Quase sempre, estará para norte, mas há exceções. Pode ser uma simples seta indicando o norte ou uma rosa dos ventos completa. 8 – Rótulo (label) Mostra o atributo daquela feição vinculado ao Banco de Dados Geográfico. Não é obrigatório, mas enriquece o mapa. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 16 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella 9 – Escala gráfica Possui a mesma intenção da escala numérica, porém, ao contrário desta, não distorce com a ampliação ou a redução da folha. Geodésia A geodésia é a ciência que estuda a forma e as dimensões da Terra, a posição de pontos sobre sua superfície e a modelagem do campo de gravidade. O termo geodésia também é usado em Matemática para a medição e o cálculo acima de superfícies curvas usando métodos semelhantes àqueles usados na superfície curva da Terra. [fonte]. Acompanhando o Edital, você está aqui: 4 Cartografia, Geodésia, Geoprocessamento, Sistema de informação geográfica (SIG), Modelagem e estatística de dados georreferenciados: Fundamentos da Topografia, técnicas de levantamento topográfico e geodésico. 4.1 Sistemas Geodésicos de Referência. 4.2 Transformação entre referenciais terrestres e atualização de coordenadas. Primeiramente, precisamos entender as diferentes formas do planeta Terra. Bom, embora a maioria das pessoas ache que o planeta é redondo, as coisas não são bem assim. Não, não estamos falando sobre a teoria da “Terra plana”, mas sim sobre os diferentes pontos de vista sobre a forma do nosso planeta. Embora o relevo possua imperfeições (ex: pontos mais altos como os Andes ou o Himalaia e mais baixos como a Fossa das Marianas) para podermos definir as linhas da rede geográfica (paralelos e meridianos), mesmo sabendo de todas as irregularidades do relevo e do pequeno achatamento polar existente no planeta; a Terra é matematicamente considerada como uma esfera perfeita. Foi com esse propósito que surgiu o elipsoide, um uma superfície teórica, elaborada para fins científicos, resultante do movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo. Trata-se, portanto, de uma elipse matematicamente perfeita que se estende de forma imaginária e contínua pelo relevo terrestre. No entanto, como em alguns pontos o elipsoide é muito diferente do formato real, os cientistas criaram outro modelo; desta vez, baseado na massa e na força centrífuga. Trata-se do CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 17 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella geoide, um modelo gravitacional para o formato da Terra, que representaria melhor suas dimensões físicas. O quadro abaixo ilustra estas diferenças: Comparação entre geoide e elipsoide Enquanto o elipsoide ignora absolutamente o relevo da Terra, sendo simplesmente uma forma geométrica regular; o geoide considera o relevo da Terra, mas mesmo assim, ainda não representa o planeta de forma fidedigna. Qual a diferença de cada um? Formato real Elipsoide Geoide Ao contrário do elipsoide, o Vista do espaço, a Terra Trata-se de um modelo geoide leva em parece uniforme, mas na matemático no qual as consideração as verdade é cheia de imperfeições do relevo são imperfeições do relevo. irregularidades no relevo, “corrigidas”. A Terra torna-se Trata-se, portanto, de um como depressões e cadeias uma esfera perfeita e regular. modelo gravitacional da de montanhas. Terra. É importante lembrar, no entanto, que tanto o elipsoide quanto o geoide são concepções teóricas. Ao contrário da superfície terrestre real – que é perceptível na paisagem, CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 18 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella ninguém consegue “ver” um geoide ou elipsoide na concretude, mas somente apreendê-la na base de cálculos matemáticos necessários aos trabalhos de cartografia e geoprocessamento. Calma, ainda não está na hora de falar sobre o datum. Antes disso, precisamos compreender o que são Sistemas Geodésicos de Referência – ou Datum Geodésico; bem como o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Ciência que trata da forma e das dimensões da Terra, assim como Geodésia de seu campo gravitacional ou das grandes regiões de sua superfície [fonte] Determinação de um conjunto de coordenadas, com base em um Sistema Geodésico de conjunto de parâmetros e convenções, que busca adaptar um Referência (SGR) elipsoide às dimensões da Terra, fornecendo uma estrutura de referência. A lógica dos sistemas de referência é simples: quando por exemplo, pegamos um par de coordenadas no GPS, não basta informar os valores de coordenada, mas também é necessário dizer qual é a referência das coordenadas apresentadas. Um mesmo ponto, se mapeado em sistemas geodésicos distintos, certamente apresentará dois pares de coordenadas diferentes! Na prática, portanto, o Datum serve para servir de referência ao estabelecimento de coordenadas horizontais (latitude e longitude) e verticais (altitude). Esta referência é chamada de "datum". Como é estabelecido um datum? Com base neste ponto de Depois, já com o elipsoide estabelecido, referência inicial, os cientistas Primeiro, parte-se de um elipsoide calcula-se um ponto de referência conseguem estabelecer uma rede conhecido. Um mesmo elipsoide dentro de um Sistema Geodésico, que de pontos geodésicos. Quanto pode servir de base para mais de pode ser qualquer lugar da Terra. São mais pontos conhecidos, mais um datum. São coisas diferentes, cálculos complexos que não fidedigna é a rede geodésia. O ok? estudaremos aqui. conjunto destas referências forma o datum. Seguindo esta linha de raciocínio, um Sistema Geodésico – também podendo ser chamado de Datum Geodésico – consiste em um sistema de referência terrestre definido por uma superfície matemática (elipsóide) posicionada no espaço a partir de um ponto de referência (origem), e materializada por um conjunto de pontos distribuídos na superfície terrestre [fonte]. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 19 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Funciona assim: com base em um elipsoide inicial já conhecido, os cientistas medem um ponto de referência, e com base neste ponto, conseguem estabelecer uma rede de pontos confiáveis derivados. Cada país pode adotar um sistema de referência próprio. No Brasil, utiliza-se o Sistema Geodésico Brasileiro (SBG), composto por redes de altimetria, gravimetria e planimetria. No SBG, a altimetria (coordenadas verticais) está vinculado ao geoide, que é a forma gravitacional da Terra; Neste caso, utiliza-se como ponto de referência o marégrafo de Imbituba (SC). Também há milhares de estações no território nacional que colhem informações de aceleração da gravidade. Para a planimetria (coordenadas horizontais, ou seja, latitude e longitude), o SGB utilizava os mesmos parâmetros do Sistema Geodésico Sul-Americano de 1969 (SAD-69), que leva em conta o elipsoide e cuja referência inicial encontrava-se no Vértice Chuá, em Uberlândia (MG). A partir de 2015, no entanto, o SAD-1969 foi aposentado e o Brasil passou a utilizar o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), que ao contrário do SAD-1969, possui referência geocêntrica (centro da Terra). Veja como funciona o Sistema Geodésico Brasileiro: (quadro na página seguinte) Antes do SAD-1969, o Brasil utilizava o datum horizontal Córrego Alegre. Topocêntrico, com referência inicial em Córrego Alegre (MG), costumava ser utilizado pelo IBGE para a elaboração de Cartas Topográficas; no entanto, hoje é pouco usual tendo em vista os sistemas de referência mais modernos. Sua base é o Elipsoide Internacional de Hayford, calculado ainda em 1924. Com o “novo” Elipsoide Internacional de 1967 – que subsidiou o SAD-1969, o elipsoide de Hayford foi aposentado, e com ele, o próprio datum Córrego Alegre passou a ser menos utilizado [fonte]. Hoje, a maioria dos shapefiles brasileiros estão em SAD-1969 ou SIRGAS- 2000, sendo rara e obsoleta a utilização de Córrego Alegre. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 20 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Referências do Sistema Geodésico Brasileiro (SBG) Rede planimétrica antiga Rede planimétrica nova Rede altimétrica SAD-1969 SIRGAS-2000 Referência: Porto Imbituba Referência: Vértice Chuá (MG) Referência: Centro da Terra (SC) A partir de 2015, o SAD-1969 A referência horizontal é a mesma foi trocado pelo SIRGAS. A para a América do Sul inteira. O A referência é o marégrafo de referência passou a ser o SBG fazia parte do SAD-1969. A Imbituba, em Santa Catarina. centro da Terra, com isso, referência para todo o continente Ainda está em vigor. ficou mais próxima do WGS- era o Vértice Chuá, em Minas 1984 utilizado em escala Gerais. global. Para resumir ainda mais: Datum horizontal Mede as latitudes e longitudes (coordenadas horizontais). No Brasil, (planimétrico) a referência oficial é o SIRGAS 2000. Datum vertical Mede as altitudes (coordenadas verticais). No Brasil, a referência é (altimétrico) o marégrafo de Imbituba. Outro datum bastante importante – e este com certeza você conhece – é o World Geodetic System (WGS), ou WGS-1984. Foi concebido pelo Departamento de Defesa Americano (DoD) com objetivo de fornecer posicionamento e navegação em qualquer parte do mundo. Talvez você nunca tenha ouvido falar dele, mas certamente já os utilizou: trata-se do sistema de referência utilizado em aparelhos GPS e nas bases cartográficas do Google Earth/Google Maps e seus serviços associados, como por exemplo, aplicativos de trânsito. Similar ao North American Datum (NAD-1983), tem como ponto de referência o centro da Terra, e o Elipsoide GRS-80 como base de cálculo. Perceba que enquanto o SAD-1969 tem como base um elipsoide calculado em 1967, o elipsoide do WGS é de 1980. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 21 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Ao lado, temos o mapa do sistema geodésico brasileiro, com cada ponto correspondendo a um marco geodésico. Quando trabalhamos com geoprocessamento, percebemos que dependendo da escala, shapefiles em SIRGAS-2000 e WGS-1984 são muito parecidos. Isso não ocorre por acaso. De fato, há uma grande semelhança entre estes datums: ambos têm como base o centro da Terra e o mesmo elipsoide calculado em 19801. No quadro abaixo ficará mais claro os principais sistemas de referência utilizados no Brasil: Principais datums ou sistemas de referência utilizados no Brasil Elipsóide de Ponto de Tipo da Datum Frequência de uso atual referência referência referência Adotado em 1950 no Brasil e Córrego Internacional de Vértice Córrego Topocêntrica aposentado em 1979, Alegre Hayford (1924) Alegre (MG) quando veio o SAD-1969. Utilizado a partir de 1979 e aposentado em 2015 Internacional de SAD-69 Vértice Chuá (MG) Topocêntrica (período de transição 2005 a 1967 2015). Oficial do Brasil desde 2015 Centro de Massa SIRGAS-2000 GRS-80 Geocêntrica (entre 2005 e 2015 coexistiu da Terra com o SAD-1969) Muito utilizado, Centro de Massa principalmente por GPS e WGS-84 GRS-80 Geocêntrica da Terra aplicativos com base em Google. 1 Recomendo a breve leitura do FAQ do IBGE [link] sobre sistemas de referência. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 22 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella VUNESP - 2023 - Analista Florestal Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta no contexto da cartografia, considerando o Sistema Geodésico de Referência. A) A definição das superfícies, origem e orientação do sistema de coordenadas usado para o mapeamento e georreferenciamento no território brasileiro são dadas pelo referencial de planimetria, representado pelo SIRGAS 2000. B) Geoide é uma figura matemática cuja superfície é gerada pela rotação de uma elipse em torno de seus eixos. C) O referencial de gravimetria do Sistema Geodésico Brasileiro, que ainda hoje é o Córrego Alegre, vincula-se a milhares de estações existentes no território nacional, as quais registram dados relacionados à aceleração da gravidade de cada uma delas. D) No Sistema Geodésico Brasileiro, o referencial de altimetria não está vinculado ao Geoide, mas apenas ao Elipsoide de Referência Brasileiro que é o SIRGAS 2000. E) Elipsoide é uma superfície coincidente com o nível médio e inalterado dos mares e gerada por um conjunto infinito de pontos, cuja medida do potencial do campo gravitacional da Terra é constante e com direção exatamente perpendicular a esta. Comentários A) Certa. De fato, o SIRGAS 2000 é o sistema oficial do Brasil. B) Errada. Esse é o elipsoide, não o geoide. C) Errada. O Córrego Alegre era usado na década de 1950, hoje não mais. D) Errada. A altimetria tem como base o marégrafo de Imbutiba (SC). E) Errada. Elipsoide não tem a ver com o nível dos mares, quem tem é o geoide. Gabarito: A VUNESP - 2023 - Arquiteto O sistema de referência geográfica adotado pelo Sistema Cartográfico Nacional é: A) Córrego Alegre. B) Sistema de Referência para as Américas (SIRGAS2015). C) Sistema de Referência para as Américas (SIRGAS2000). D) South American Datum (SAD69). E) South American Datum (SAD15). CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 23 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Comentários Atualmente, usa-se o SIRGAS em substituição ao SAD69. Gabarito: C. FGV - 2013 - Analista de Processos Ambientais, de Obras Urbanas e Informações Geoespaciais (CONDER) Com relação ao Sistema Geodésico Brasileiro, assinale a afirmativa incorreta. A) As estações da RBMC desempenham o papel de ponto de coordenadas conhecidas pertencentes ao sistema geodésico brasileiro, evitando que o usuário imobilize um receptor em um ponto base. B) Quase todas as estações da RBMC fazem parte da Rede de Referência SIRGAS. C) Entre os componentes principais do SGB estão as redes planimétrica, altimétrica e gravimétrica. D) O referencial altimétrico é materializado pela superfície equipotencial que coincide com o nível médio do mar, definido pelas observações maregráficas tomadas na baía de Imbituda, no litoral de Santa Catarina. E) A implantação das Redes GPS estaduais por parte do IBGE tem objetivo de suprir as demandas relacionadas à regulamentação fundiária, à demarcação de unidades estaduais e municipais e à confecção de mapas e cartas. Comentários Todas as alternativas estão corretas, exceto a B. Na verdade, segundo o IBGE, TODAS as estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) fazem parte do SIRGAS. Não tem motivo para excluir estação. Gabarito: B. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 24 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Geoprocessamento Também chamado de geomática, o geoprocessamento é a ciência que engloba o total conjunto de técnicas (ou tecnologias) ligadas à informação espacial, desde a coleta, o tratamento até a análise de dados georreferenciados. A geomática/geoprocessamento engloba áreas como topografia, fotogrametria, cartografia, sensoriamento remoto, geoestatística ou os sistemas de informação geográfica. Conforme aponta Gilberto Câmara, “se onde é importante para seu negócio, então Geoprocessamento é sua ferramenta de trabalho” [fonte]. Acompanhando o Edital, você está aqui: 4 Cartografia, Geodésia, Geoprocessamento, Sistema de informação geográfica (SIG), Modelagem e estatística de dados georreferenciados: Fundamentos da Topografia, técnicas de levantamento topográfico e geodésico. 4.1 Sistemas Geodésicos de Referência. 4.2 Transformação entre referenciais terrestres e atualização de coordenadas. Para facilitar ainda mais o entendimento, pense que o sistema de informação geográfica é uma geotecnologia. O sensoriamento remoto é uma geotecnologia. A topografia é uma geotecnologia; e assim por diante. O conjunto de geotecnologias é denominado geoprocessamento. Todas essas geotecnologias têm algo em comum: todas trabalham com dados georreferenciados Para entender melhor – geoprocessamento versus geotecnologia CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 25 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Tecnologia para o processamento de dados georreferenciados. Por exemplo: SIG, cartografia, sensoriamento remoto, geoestatística, etc. Geotecnologia Cada uma dessas é uma geotecnologia diferente e todas trabalham com dados georreferenciados. É o CONJUNTO de geotecnologias. Portanto, algo bastante amplo. Geoprocessamento O SIG, por exemplo, é somente uma das muitas geotecnologias e apenas uma pequena parte do universo do geoprocessamento. Diferença conceitual entre SIG e Geoprocessamento [fonte] Ciência que lida com a aquisição, tratamento, análise e comunicação de Geoprocessamento informações geográficas por meio de métodos numéricos ou ou Geomática quantitativos (mais amplo) Sistema de Um conjunto de facilidades voltado à captura, armazenamento, Informação verificação, integração, manipulação, análise e visualização de dados Geográfica (SIG) referenciados à Terra (menos amplo). Falaremos pouco sobre geoprocessamento. Por quê? Porque o Geoprocessamento engloba todas as outras áreas desta aula: SIG, cartografia, topografia, geodésia... Na verdade, estamos tratando sobre Geoprocessamento o tempo todo. Para este item, é necessário, por enquanto, apenas sabermos do conceito. AOCP - 2016 - Técnico de Nível Superior I O Geoprocessamento está sendo utilizado de forma crescente para tomada de decisão em diversas áreas, como no planejamento urbano e regional, sendo um importante aliado desde as etapas de levantamento de dados até a medição dos resultados de projeto. Sendo assim, o geoprocessamento pode auxiliar os trabalhos na área de planejamento e desenho urbano à medida que A) possibilita a integralização de várias informações espaciais em diferentes bases de dados. B) por si só permite disponibilizar para o cidadão comum informações atuais. C) pode ser utilizado na produção de mapas, para análise espacial e para o armazenamento de informações espaciais. D) os dados tratados em geoprocessamento têm como desvantagem a baixa variedade de fontes geradoras e de formatos apresentados. E) possibilita mapeamentos urbanos e rurais que não exigem alta precisão dos dados como áreas verdes urbanas, telecomunicações, saneamento e transportes. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 26 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Comentários A) Errada. Deve-se usar uma mesma base de dados. B) Errada. Não necessariamente. Para isso acontecer, tem que ter integração em um SIG Web ou em uma IDE. C) Certo. O geoprocessamento serve para fazer análise espacial e armazenar estas informações. D) Errada. Tem grande variedade de fontes e formatos. E) Errada. Exige precisão sim, embora esta seja variável de acordo com o propósito. IBFC - 2021 - Fiscal Ambiental Geotecnologias são um conjunto de tecnologias voltadas à coleta, ao processamento, à análise e à disponibilização de dados e informações espaciais. Com relação a isso, assinale a alternativa incorreta. A) Os sensores remotos coletam dados que são processados para serem visualizados como imagens e que também podem sofrer tratamentos para identificação de diversos fenômenos B) Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são os ambientes computacionais onde pode-se tratar dados espaciais, inclusive integrando os dados espaciais a dados não espaciais, com o intuito de extrair informações C) O termo geotecnologia é sinônimo de geoprocessamento e de Sistemas de Posicionamento Global (SPG ou GPS), sendo GPS o termo mais utilizado e empregado amplamente= D) O sensoriamento remoto é o conjunto de técnicas e instrumentos para adquirir dados sobre objetos sem que haja contato direto com tais objetos Comentários A questão pede para assinar a incorreta que, dentre as citadas, é a alternativa C, com dois erros. Erro 1: geotecnologia não é sinônimo de geoprocessamento; na verdade, geoprocessamento é um conjunto de geotecnologias. Erro 2: também não é sinônimo de GPS. Gabarito: C (incorreta) CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 27 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Sistema de informação geográfica (SIG) Acompanhando o Edital, você está aqui: 4 Cartografia, Geodésia, Geoprocessamento, Sistema de informação geográfica (SIG), Modelagem e estatística de dados georreferenciados: Fundamentos da Topografia, técnicas de levantamento topográfico e geodésico. 4.1 Sistemas Geodésicos de Referência. 4.2 Transformação entre referenciais terrestres e atualização de coordenadas. De forma geral, Sistema de Informação Geográfica (SIG) é um conjunto de programas, equipamentos, metodologias, dados, e pessoas (usuário), perfeitamente integrados, de forma a tornar possível a coleta, o armazenamento, o processamento, e a análise de dados georreferenciados, bem como a produção de informação derivada de sua aplicação [fonte]. De forma mais sucinta, SIGs são sistemas computadorizados destinados ao processamento de dados espaciais. Ou seja, sistemas que envolvem mapas e bases cartográficas. Dados que estão associados a um sistema de coordenadas conhecido, Dados ou seja, vinculam-se a pontos reais dispostos no terreno, caracterizados, georreferenciados em geral, pelas suas coordenadas de latitude e longitude [fonte]. O que é SIG? “O termo sistemas de informação geográfica (SIG) é aplicado para sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos. A principal diferença de um SIG para um sistema de informação convencional é sua capacidade de armazenar tanto os atributos descritivos como as geometrias dos diferentes tipos de dados geográficos. Assim, para cada lote num cadastro urbano, um SIG guarda, além de informação descritiva como proprietário e valor do IPTU, a informação geométrica com as coordenadas dos limites do lote.” [fonte]. Apesar de ter sido concebido ainda nos anos 1960, foi somente após a revolução tecnológica dos anos 1990 que o SIG de fato se desenvolveu. Este crescimento só foi possível graças à evolução do computador (hardware), e de programas específicos (software) que passaram a conseguir resolver os problemas de quantificação de forma rápida e eficiente. Nos últimos anos, a a utilização dos SIGs vem crescendo rapidamente em todo o mundo, uma vez que possibilita um melhor gerenciamento de informações e a consequente melhoria nos processos de tomada de decisões em áreas de grande complexidade, como por exemplo, planejamento municipal, estadual e federal, proteção ambiental, redes de utilidade pública, entre outros. [fonte]. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 28 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Embora sejam principalmente estudados dentro da ciência geográfica, os SIGs possuem larga utilização em diferentes campos do conhecimento, incluindo ciências exatas, biológicas, humanas e aplicações tecnológicas. Estes permitem a visualização espacial de variáveis como população de indivíduos, índices de qualidade de vida ou vendas de empresa numa região através de mapas. No quadro abaixo, seguem algumas aplicações de SIGs [fonte]: Algumas funcionalidades de um SIG Planejamento e Redes de infraestrutura como água, luz, telecomunicações, gás e esgoto, gerenciamento planejamento e supervisão de limpeza urbana, cadastramento territorial urbano urbano e mapeamento eleitoral. Saúde e Rede hospitalar, rede de ensino, saneamento básico e controle epidemiológico. educação Transporte Supervisão de malhas viárias, roteamento de veículos, controle de tráfego, sistemas de informação turística. Segurança Supervisão de espaço aéreo, marítimo e terrestre; controle de tráfego aéreo, sistemas de cartografia náutica, serviços de atendimento emergenciais. Uso da terra e Estocagem e escoamento da produção agrícola, classificação de solos e planejamento vegetação, gerenciamento de bacias hidrográficas, planejamento de agropecuário barragens, cadastramento de propriedades rurais, levantamento topográfico e planimétrico, mapeamento de uso da terra. Uso de recursos Controle do extrativismo vegetal e mineral, classificação de poços petrolíferos, naturais planejamento de gasodutos e oleodutos, distribuição de energia elétrica, identificação de mananciais, gerenciamento costeiro e marítimo. Meio ambiente Controle de queimadas, estudos de modificações climáticas, acompanhamento de emissão e ação de poluentes, gerenciamento florestal de desmatamento e reflorestamento. Atividades Planejamento de marketing, pesquisas socioeconômicas, distribuição de produtos econômicas e serviços, transporte de matéria prima e insumos. Nota-se que o que distingue o SIG dos outros sistemas de informação é o seu caráter dual: enquanto o dado comum pode ser acessado somente pelo seu atributo, o dado em SIG pode ser acessado tanto pelo seu atributo quanto pela sua localização. Portanto, os sistemas de informação geográfica, em relação aos sistemas convencionais, apresentam maior grau de complexidade, fornecendo maiores subsídios à tomada de decisões. Em termos mais amplos, CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 29 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella SIGs constituem ferramentas que permitem o processamento de dados espaciais em informações espaciais, e finalmente, em explicações espaciais para entender o mundo real. Um sistema de informação geográfica é composto por hardware (computadores), software (programas), dados (geográficos ou tabulares) e peopleware (operadores). Portanto, quando as provas exigem projetos de sistemas de informação geográfica estão, na verdade, se referindo aos softwares e às extensões de banco de dados. A boa notícia é que esse tema costuma cair de forma bastante superficial. Na maioria das vezes, basta saber que a aplicação existe. A maioria das aplicações de SIG – ArcGIS, QGIS, SPRING, entre outros – funciona de forma similar. Há um documento em branco no qual o usuário pode adicionar, editar e manipular arquivos vetoriais e matriciais como shapefiles e imagens de satélite, respectivamente. Nesse processo, é fundamental que o usuário tenha cuidado com o posicionamento espacial dos dados. Ou seja, dentro de um software SIG, deve-se ter o cuidado de trabalhar com dados que estejam corretamente georreferenciados nos padrões da cartografia e da geodésia. Caso o usuário utilize a projeção UTM, é necessário saber em qual fuso a área e mapeada se encontra, por exemplo. Portanto, o sistema de coordenadas deve ser único para todos os elementos que compõem o mapa. FGV – Geógrafo – SUDENE – 2013 Com relação aos conceitos de geoprocessamento, dados e informações geográficas, analise as afirmativas a seguir. 1) Geoprocessamento pode ser entendido como um conjunto de conceitos, métodos e técnicas de diversas origens que, operando sobre bases de dados georreferenciados, pode associá-los a bancos de dados convencionais e transformar os dados em informação. Comentário Sim, o geoprocessamento (ou geomática) é um termo bem amplo que envolve várias geotecnologias, tais como: topografia, cartografia, aerofotogrametria; e também, os sistemas de informação geográfica, o sensoriamento remoto e os bancos de dados geográficos.Gabarito: Certo CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 30 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella 2) As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Geográfica, permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes além de criar bancos de dados georreferenciados. Comentário A questão afirma que o SIG faz parte do geoprocessamento, sendo as suas ferramentas computacionais para a integração de dados espaciais. Muito bem acertado. Gabarito: Certo 3) O Geoprocessamento utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. Comentário De fato, o geoprocessamento vem alterando as áreas de transporte, comunicações, energia, etc.; afinal, com as informações espaciais, é possível ampliar a visão sobre o espaço geográfico e subsidiar a tomada de decisões, tanto para o poder público quanto para a iniciativa privada. Gabarito: Certo CESPE – Arquiteto Urbanista – CEHAP-PB – 2009 1) O sistema de informação geográfica (SIG) ou em inglês geografical information system (GIS) é, atualmente, o sistema mais adequado para análise espacial de dados geográficos. Comentário Tendo em vista os principais sistemas disponíveis (CAD, AM/FM e SIG), de fato, o SIG é o mais indicado para a análise espacial de dados geográficos. Gabarito: Certo 2) Os dados utilizados no SIG podem ser divididos em 3 grupos: dados gráficos ou espaciais (geográficos); dados topográficos (volumétricos); dados não-gráficos ou descritivos (alfanuméricos). Comentário Ao contrário do que a questão diz, todos os dados no SIG são espaciais. Além disso, os dados descritivos fazem parte da própria tabela de atributos, também sendo de natureza espacial. Por fim, os dados em SIG são divididos em dados vetoriais e dados raster, e não de acordo com a proposição apresentada. Gabarito: Errado. 3) Para geração dos dados espaciais, utiliza-se, exclusivamente, o sistema de posicionamento global (GPS). CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 31 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Comentário O GPS é UMA DAS muitas formas de geração de dados espaciais, que também incluem a vetorização, a digitalização de mapas e cartas topográficas, a classificação de imagens, etc. Gabarito: Errado. 4) As plantas topográficas são obtidas a partir de dados colhidos por meio da geogrametria aérea. Comentário Não necessariamente. Podemos obter plantas topográficas com outros métodos, tais como: com curvas de nível de SRTM, ou com dados primários de levantamento topográfico. Gabarito: Errado. disponíveis na internet, com dados IADES - Geógrafo – SUDAM – 2013 O Geographical Information System (GIS), ou Sistema de Informação Geográfica (SIG), em português, compreende quatro elementos básicos que operam em um contexto institucional. Disponível em: < http://www.ltc.ufes.br/geomaticsce/Modulo Geoprocessamento>. Acesso em: 25/8/2013. Considerando esse assunto, assinale a alternativa que apresenta componentes ou elementos básicos de um SIG. 1) Digitalização e fotogrametria. Comentário Fotogrametria é uma geotecnologia, SIG é outra. Ambas fazem parte do geoprocessamento/geomática, mas não estão incluídas uma na outra. Gabarito: Errado. 2) Sensoriamento remoto e Sistema de Posicionamento Global (GPS). Comentário O mesmo raciocínio vale aqui: sensoriamento Remoto e GPS são geotecnologias que apesar de possuírem interfaces com SIG, NÃO CONSTITUEM o SIG em si, mas sim, fazem parte do universo do geoprocessamento. Gabarito: Errado 3) Atributos alfanuméricos e dados geométricos. Comentário É verdade que o SIG possui atributos alfanuméricos e dados geométricos, mas isso é muito pouco para defini-lo. Não está mencionando o fato do SIG possuir software, hardware, dados e peopleware. Gabarito: Errado CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 32 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella 4) Dados gráficos e não gráficos. Comentário Aqui vale o mesmo raciocínio do item anterior. Não está errado dizer que o SIG opera com a interface entre dados gráficos e não-gráficos, mas é muito pouco para defini-lo. Novamente, não está mencionando o fato do SIG possuir software, hardware, dados e peopleware. Gabarito: Errado 5) Software e dados. Comentário Agora sim, levando em consideração que os elementos básicos do SIG são software, hardware, dados e peopleware, esta questão Dentro de um SIG, há basicamente dois tipos de dados: vetoriais e matriciais. Vejamos as diferenças: Modelo de dados vetorial (vetor) As representações vetoriais são aquelas nas quais os domínios espaciais são representados por conjuntos de traços, deslocamentos ou vetores, adequadamente referenciados ou seja, com pontos, linhas ou polígonos. A adoção de uma das três formas de representação de um determinado ente, depende do propósito com que observamos o objeto do mundo real a ser representado [fonte]. O quadro abaixo ilustra as principais diferenças entre os três tipos de formato vetorial [fonte]: Ponto Linha Polígono Geralmente utilizado na Definidas como um conjunto São usados para representar representação de objetos de ordenado de pontos áreas e são definidos como pequenas dimensões interligados por segmentos um conjunto ordenado de espaciais. de reta (polígono aberto). pontos interligados, onde o primeiro e último ponto Usa um par de coordenadas O ponto inicial e o final são coincidem. simples para representar a denominados nós e os pontos CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 33 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella localização de uma entidade. intermediários são chamados Atributos podem ser de vértices. associados aos polígonos O tamanho ou a dimensão da como área, perímetro, uso e entidade pode não ser uma É utilizada na representação ocupação do solo, nome, etc. informação importante, de entes cuja largura não somente sua localização convém ser expressada Exemplos: Lotes, quadras, pontual. graficamente. unidades territoriais, propriedades rurais. Exemplos: Lotes podem ser Exemplos: estradas, cursos de representados na base água, redes de saneamento, espacial por um ponto, e ter redes de linhas de transmissão armazenados como atributos, de energia elétrica, entre área, proprietário, tipo de uso, outras valor venal, etc. Quando transformamos um determinado material em formato vetorial, dizemos que estamos vetorizando. Esta vetorização pode ser feita de diversas maneiras – como em mesas digitalizadoras; mas na maioria das vezes a vetorização é feita em softwares de SIG. A vetorização ocorre, por exemplo, quando precisamos transformar cartas topográficas em formato raster (imagem) para o formato vetorial. Neste caso, o operador literalmente desenha as feições presentes na carta georreferenciada. Uma das grandes vantagens do modelo vetorial é a possibilidade de trabalharmos com topologia – isto é, a relação de vizinhança entre os elementos. No entanto, nem todos os vetores estão neste padrão. Quando utilizamos mesas digitalizadoras ou vetorização manual, a situação mais frequente é a de pontos, linhas e polígonos não se conectarem. Neste caso, os dados ficam em modelo spaguetti; sendo metaforicamente um macarrão de fios bagunçados sem conectividade. Vetor modelo spaguetti (sem conexão) Vetor modelo topológico (conectado) CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 34 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella No modelo topológico, como os elementos No modelo spaguetti, o vetor é como se fosse vetoriais estão interligados, é possível um macarrão todo “bagunçado”: neste caso, estabelecer relações topológicas de como os vértices não se conectam, não é vizinhança. Neste caso, como os vértices se possível estabelecer relações de vizinhança. conectam, o sistema entende que eles fazem parte de um único polígono. Modelo de dados matricial (raster) Já no modelo raster (matricial) o terreno é representado por uma matriz de linhas e colunas que definem células denominadas como pixels. Cada pixel apresenta um valor referente ao atributo, além dos valores que definem o número da coluna e o número da linha, correspondendo, quando o arquivo está georreferenciado, a um par de coordenadas x e y que se encontre dentro da área abrangida por aquele pixel [fonte]. Em outras palavras, ao contrário do vetor (representado por pontos, linhas e polígonos), o raster é representado por células que normalmente – porém nem sempre – possuem o formato quadrado. (lembram do conceito de pixel? Pois então...) É importante dizer que imagens de satélite, fotografias aéreas e produtos do sensoriamento remoto estão sempre em formato raster/matricial. No entanto, os softwares de SIG são capazes de trabalhar com os dois modelos de representação (imagem ao lado). Ao escolhermos entre as duas formas de representação, devemos ter ciência das vantagens e desvantagens de cada uma [fonte]: CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 35 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Vantagens e desvantagens de cada tipo de representação Vetor Raster Mapa representado na resolução original (não A visualização deteriora quando amplia (os perde resolução quando amplia) pixels tornam-se “estourados” quando dá zoom) É possível associar atributos facilmente a Trabalhar com atributos é mais complicado, o elementos gráficos raster possui uma limitação nesse sentido. É possível fazer relacionamentos topológicos. Não é possível utilizar topologia Adequado para grandes escalas (1:25.000 e Adequado para pequenas escalas (1:50.000 e maiores) menores) Não representa fenômenos com variação Representa fenômenos variantes no espaço contínua no espaço (mais generalização) (mais complexidade visual) Pouco espaço de armazenamento. Grande espaço de armazenamento (as imagens são pesadas demais). Simulação e modelagem é mais difícil Simulação e modelagem é mais fácil CESGRANRIO - 2014 - Profissional Petrobrás de Nível Técnico Uma equipe de geoprocessamento quer analisar a forma do terreno a partir de um conjunto de curvas de nível em formato vetorial e de um modelo digital de elevação em formato matricial. A associação entre o conjunto de dados e a justificativa de sua escolha deve ser A) matricial, porque armazena os relacionamentos topológicos entre as feições representadas. B) matricial, porque preserva a resolução mesmo quando é exibido em escalas grandes. C) matricial, porque permite ao usuário a edição da geometria das feições representadas, individualmente. D) vetorial, porque demanda menor espaço de armazenamento dos dados em disco. E) vetorial, porque as curvas de nível fornecem valores de altitude diretamente em qualquer ponto da região. CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 36 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Comentários A) Errada. Topologia é possível apenas em vetor. B) Errada. Na verdade, só o vetor preserva a resolução. A imagem “estoura”. C) Errada. Quem permite a edição é o vetor. D) Certa. De fato, vetores (pontos, linhas e polígonos) são mais leves do que imagens pesadas. E) Errada. Fornecem valores de altitude somente nas linhas. Bancos de dados Os SIGs possuem uma farta e complexa integração com sistemas de banco de dados. Ou, mais especificamente, com banco de dados geográficos que armazenam informações espaciais. O que é Banco de Dados Geográficos? O termo Banco de Dados Geográficos caracteriza os sistemas de Bancos de Dados Espaciais utilizados em aplicações de Geoprocessamento, ou seja, são uma especialização dos sistemas de Banco de Dados Espaciais e utilizados como componente de um SIG. [fonte]. Deste modo, cada atributo gráfico em ambiente SIG está necessariamente ligado a um banco de dados que possibilita procedimentos complexos como análises matemáticas e espaciais. Para um CAD, uma linha de rodovia, por exemplo, é apenas um atributo gráfico. Já para o SIG, uma linha de rodovia está associada a um banco de dados que pode, por exemplo, conter informações como tipo de rodovia, data de inauguração, fluxo de automóveis, etc. Vejamos mais detalhes: Termo genérico que designa todo local onde estão armazenados Banco de Dados dados, sendo geográficos ou não. Assim como o termo acima, trata-se de locais onde estão Banco de Dados armazenados dados. No entanto, ao contrário de um banco de Geográficos (BDG) dados comum, o banco de dados geográficos suporta dados georreferenciados. Sistema de Conjunto de softwares responsáveis pelo gerenciamento de banco Gerenciamento de CNU (Bloco 3 - Ambiental, Agrário e Biológicas) Conhecimentos Específicos - Eixo Temático 3 - Caracterização da Paisag www.estrategiaconcursos.com.br 37 01863671552 - EDCARLOS DA SILVA SOUZA Alexandre Vastella, André Rocha, Cristhian dos Santos Teixeira, Diego Tassinari, Equipe André Rocha Aula 08 - Prof. Alexandre Vastella Banco de Dados (SGBD) de dados, que podem ser geográficos ou não. Sendo assim, nenhum SIG funciona sem um Banco de Dados Geográficos (BDG) e nem sem um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD). Contudo, é importante não confundir as aplicações de mapeamento com as aplicações de banco de dados geográficos. Softwares como ArcGIS, MapInfo, Quantum GIS ou Spring, por exemplo, são generalistas e servem para basicamente, construir mapas e bases cartográficas. São, portanto, softwares de mapeamento. Já os softwares de SGBD não servem para construir mapas ou bases cartográficas, mas sim, para gerenciar bancos de dados geográficos. Atualmente, o maior exemplo de software de SGBD é o PostGIS, uma extensão de código livre do software Postgree SQL. A fim de facilitar os projetos e especificar a estrutura lógica dos banco de dados (e também, do bancos de dados geográficos) existe algo chamado Modelo Entidade- Relacionamento: O que é o Modelo Entidade-Relacionamento? “Modelo baseado na percepção do mundo real, que consiste em um conjunto de objetos básicos chamados entidades e nos relacionamentos entre esses objetos.” [fonte]. Esses relacionamentos são expressos em um diagrama chamado Diagrama Entidade- Relacionamento (DER) que nada mais são do que representações gráficas desses relacionamentos dotadas de formas geométricas. Trata-se, portanto, de um projeto conceitual de um banco de dados, mostrando a sua estrutura básica. No exemplo abaixo (quadro na página seguinte), podemos perceber a hierarquia de um diagrama. No topo está o “pedido” (conjunto-rela