Agricultura de Precisão PDF
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Summary
Este documento apresenta um resumo sobre a agricultura de precisão, destacando a sua história, objetivos e diferentes ferramentas utilizadas nessa técnica. O texto aborda a importância da tecnologia na agricultura moderna e os desafios enfrentados pelos agricultores.
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AGRICULTURA DE PRECISÃO 1 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como e...
AGRICULTURA DE PRECISÃO 1 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 2 Sumário NOSSA HISTÓRIA......................................................................................................... 2 1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 4 2. O VENDAVAL TECNOLÓGICO QUE PROMETE VARRER OS MÉTODOS ANTIGOS DE PLANTIO................................................................................................ 6 3. O QUE SERIA EXATAMENTE UMA AGRICULTURA DE PRECISÃO?......... 7 4. COMO A AGRICULTURA DE PRECISÃO FUNCIONA NA PRÁTICA?.......... 8 5. EXPLORANDO OS DADOS PARA REDUZIR OS CUSTOS COM INSUMOS10 6. EXPLORANDO OS DADOS PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA.................................................................................................................... 11 7. FERRAMENTAS DE PRECISÃO USADAS PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA.................................................................................. 12 8. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO.... 13 9. AGRICULTURA DE PRECISÃO É CARA?........................................................ 15 10. O QUE A AGRICULTURA DE PRECISÃO PODE FAZER............................ 16 11. MAPAS DE COLHEITA NA AGRICULTURA DE PRECISÃO..................... 18 12. COMO UTILIZAR OS MAPAS DE COLHEITA.............................................. 20 13. DRONES NA AGRICULTURA DE PRECISÃO.............................................. 20 14. AGRICULTURA DE PRECISÃO AO REDOR DO MUNDO.......................... 22 15. AGRICULTURA DE PRECISÃO NO BRASIL................................................ 24 16. AGRICULTURA 4.0: O SISTEMA DE PLANTIO CONECTADO................. 25 17. SOFTWARE PARA AGRICULTURA DE PRECISÃO.................................... 26 17.1. DIFERENÇAS DOS SOFTWARES DE AGRICULTURA DE PRECISÃO 26 17.1.1. O QUE SÃO DADOS GEORREFERENCIADOS?.................................... 26 17.1.2. COMO FUNCIONA A LOCALIZAÇÃO POR SATÉLITES?.................. 27 17.2. O QUE CONSIGO FAZER COM OS SOFTWARES DE SIG?.................... 27 17.3. SOFTWARE PARA AGRICULTURA DE PRECISÃO GRÁTIS E PAGOS 28 17.3.1. QGIS, UM SOFTWARE PARA AGRICULTURA DE PRECISÃO LIVRE 29 17.4. COMO PROCESSAR OS DADOS EM UM SOFTWARE DE SIG.............. 29 17.4.1. VANTAGENS EM TRABALHAR COM UM SOFTWARE DE SIG....... 29 18. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 30 19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 31 3 1. INTRODUÇÃO Figura 1: Agricultura de precisão. Fonte: https://blog.belagro.com.br/o-que-e-agricultura-de-precisao/ As rápidas transformações que a moderna agricultura vem sofrendo nas últimas décadas tornaram-na uma atividade altamente competitiva. Com isto o agronegócio exige dos produtores rurais um alto grau de especialização e de profissionalismo, visando aumentar a capacidade gerencial das empresas rurais. Associado a esta capacidade administrativa está à capacidade do produ- tor de coletar dados e informações relativas à sua área produtiva, com o claro objetivo de adaptar novas tecnologias a sua realidade. Isto em função dos cons- tantes riscos a que o produtor está exposto e que definem o sucesso da produ- ção agrícola. Desta forma, é fundamental ao moderno produtor rural ter eficiência na aplicação dos recursos disponíveis, como forma de assegurar o sucesso em sua atividade. Assim, a obtenção de informações sobre os fatores que interagem na lavoura e de como se pode maximizar os seus efeitos parece crucial. A agricultura de precisão (AP), como é chamado no Brasil, é o sistema de produção adotado por agricultores de países de tecnologia avançada, denomi- nado por eles de Precision Agriculture, Precision Farming ou Site-Specific Crop Management, que surgiu como um sistema de gerenciamento de informações e que teve seu crescimento potencializado a partir de avanços da tecnologia de referenciamento e posicionamento, como o GPS (do Inglês Global Positioning System) e de tecnologias de sensoriamento remoto. Conceitos surgiram a partir 4 do emprego destas técnicas na agricultura, como os de aplicação de insumos em taxas variáveis e dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG). A solução hoje utilizada de enfocar grandes áreas e entendê-las como homogêneas, levando ao conceito da necessidade média para a aplicação dos insumos (fertilizantes, defensivos, água, etc), faz com que, por exemplo, a mesma formulação e/ou quantidade do fertilizante seja utilizada para toda a área, atendendo apenas as necessidades médias e não considerando, desta forma, as necessidades específicas de cada parte do campo. O mesmo acontece para os demais insumos, causando como resultado uma lavoura com produtividade não uniforme. A AP prevê a reversão deste quadro, permitindo a aplicação de insumos agrícolas nos locais corretos e nas quantidades requeridas. A AP é uma filosofia de gerenciamento agrícola que parte de informações exatas, precisas e se completa com decisões exatas. É uma maneira de gerir um campo produtivo metro a metro, levando em conta o fato de que cada pedaço da fazenda tem propriedades diferentes. O principal conceito é aplicar os insu- mos no local correto, no momento adequado, as quantidades de insumos neces- sários à produção agrícola, para áreas cada vez menores e mais homogêneas, tanto quanto a tecnologia e os custos envolvidos o permitam. Desta forma, a consolidação de tais tecnologias como ferramentas a disposição do produtor per- mitem visualização da variabilidade espacial e temporal dos fatores edafoclimá- ticos de cada área agrícola, considerando as peculiaridades de cada parte da área no momento do manejo, ao invés de manejá-la como se a mesma fosse uniforme. Os problemas iniciais encontrados no desenvolvimento do conceito e das práticas associadas à AP, como dificuldade na interpretação de um volume considerável de dados, elevado custo dos equipamentos, adaptação das tecno- logias as diferentes regiões do globo e de popularização das técnicas envolvidas no processo, evoluíram para soluções viáveis, tornando-a uma ferramenta real ao alcance dos produtores. A AP combina as novas tecnologias associando a informação com uma agricultura comercial madura. É um sistema de manejo de produção integrado, 5 que tenta igualar o tipo e a quantia de insumos que entram na propriedade com as necessidades da cultura em pequenas áreas dentro de um campo da propri- edade. Esta meta não é nova, mas novas tecnologias, agora disponíveis, permi- tem que o conceito de agricultura de precisão seja percebido como realidade em uma produção prática. 2. O VENDAVAL TECNOLÓGICO QUE PROMETE VAR- RER OS MÉTODOS ANTIGOS DE PLANTIO Figura 2: Agricultura de precisão aliada a tecnologia. Fonte: https://www.agroplanning.com.br/2020/09/17/pesquisa-aponta-crescimento-do- mercado-de-agricultura-de-precisao-em-828-para-os-proximos-5-anos/ O mundo mudou e não dá para negar que os sistemas de plantio também estão se transformando. Em 1980, apenas 7% de todos os estabelecimentos agropecuários tinham um trator. Os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul eram as exceções, con- centrando, respectivamente, 44% e 25% dos tratores do país. No mais, eram utilizadas enxadas e tração animal, e não havia correção do solo — o que resul- tava em baixa produção. Assim como na década de 90, quem insistiu em se manter distante da mecanização e da biotecnologia foi engolido pelo mercado. Não é possível ima- ginar futuro diferente para quem, em plena era da agricultura digital, ainda evita as novas tecnologias e maquinários típicos da agricultura de precisão. 6 É a seleção natural do agronegócio. E encabeçando esse “darwinismo”, vemos sensores de produtividade, emprego de drones para agricultura e equi- pamentos autônomos. Além disso, a Ciência de Dados já vem sendo utilizada na agricultura, levando a AP a um novo patamar — no ritmo da revolução que a Internet das Coisas (IoT) vem causando sobre outros segmentos da economia. O resultado dessas novas tecnologias no campo é o uso dos insumos na medida, horário e local exatos (redução de custos no agronegócio), menor im- pacto ambiental (maior longevidade do solo), eficiência extrema no controle de pragas, maior produtividade agrícola, redução de custos com manutenção e as- sistência técnica de equipamentos, entre outras centenas de benefícios. É a era da agricultura digital. Mas você pode chamar também de agricul- tura de precisão — que, já em 2015, era utilizada por 42% dos produtores rurais de Mato Grosso. Esses percentuais são hoje bem mais altos em quase todo o país. 3. O QUE SERIA EXATAMENTE UMA AGRICULTURA DE PRECISÃO? Figura 4: Agricultura de precisão. Fonte: https://hydramaster.com.br/agricultura-de-precisao-um-paralelo-entre-seus-29- anos-e-sua-importancia-ao-agricultor/ Agricultura de precisão é um novo olhar sobre a agricultura. Imagine se tivesse máquinas inteligentes que, com base na análise de dados do solo, con- seguissem identificar as reais necessidades de cada fragmento dos talhões? Com isso, seria possível fazer a pulverização de forma automática! 7 Mais do que isso, seria possível também fazer a aplicação localizada de defensivos e o lançamento de fertilizantes a taxas variáveis (volumes diferentes aplicados de acordo com as necessidades específicas de cada metro quadrado). Só por esse início de raciocínio, já dá para supor a economia de escala que sua propriedade teria, certo? Eis o que é agricultura de precisão no dia a dia da la- voura. Mas essa abordagem de produção vai além disso. Ela envolve sistemas inteligentes para realizar a irrigação de precisão (otimizando o uso da água nas lavouras), mapeamento em tempo real das condições de plantio (que pode ser visualizado remotamente, via smartphone), cálculo automático do NDVI (análise do vigor vegetativo, para oferecer subsídios à estimativa de produção), entre um oceano de mudanças na forma de pensar a produção no campo. Conhecida também como AP, a agricultura de precisão é um conjunto de práticas agrícolas que utilizam tecnologias no campo — como Inteligência Artifi- cial, Internet das Coisas (IoT), análise de dados por meio de algoritmos (Big Data), geolocalização, automação e robótica — para tornar o processo de cultivo mais preciso, automatizado, inteligente e independente. Além das ferramentas de precisão, a abordagem também muda. Na agri- cultura convencional, a área produtiva é vista como homogênea, o que leva os produtores a usarem as necessidades médias do espaço para a inserção de in- sumos. Na prática, essa mentalidade faz com que uma mesma quantidade de fertilizante seja aplicada sobre longas extensões de solos completamente distin- tos, culminando em desperdícios e produtividade disforme. A agricultura de pre- cisão é uma forma de gerir um campo produtivo metro por metro, considerando que cada pedaço da fazenda tem características diferentes. 4. COMO A AGRICULTURA DE PRECISÃO FUNCIONA NA PRÁTICA? Figura 4: Agricultura de precisão na prática. 8 Fonte: https://digital.agrishow.com.br/tecnologia/veja-quais-s-o-os-principais-conceitos- ligados-agricultura-de-precis-o Hoje em dia, as soluções de AP existentes no Brasil estão centralizadas não somente na aplicação de fertilizantes, mas também no plantio, na pulveriza- ção e na colheita. Exatamente por isso, é importante ter em mente que essa forma moderna de organizar a produção está atrelada a um completo sistema de gerenciamento agrícola que leva em conta a variabilidade espacial e temporal na propriedade. Assim, produtividade, análise do solo (características químicas e físicas, nível de compactação), controle de pragas e gestão de máquinas são outros aspectos da lavoura trabalhados pela agricultura de precisão. Esse modelo, que une tecnologia no campo a novas estratégias de cul- tivo, vem sendo usado sobretudo nas culturas do café, milho, soja, cana e feijão. O sucesso do método na produtividade agrícola, entretanto, expandiu as frontei- ras da AP para a fruticultura, pecuária de precisão e irrigação de precisão. Sua utilização tem levado muitos produtores rurais (inclusive os de médio porte) a alcançar a minimização dos impactos ambientais, o aumento da susten- tabilidade do solo, a diminuição do custo produtivo, o incremento da produção agrícola e, evidentemente, a elevação da margem de lucro. Mas tudo isso é con- sequência. 9 5. EXPLORANDO OS DADOS PARA REDUZIR OS CUS- TOS COM INSUMOS Figura 5: Tecnologia a disposição do produtor. Fonte: https://blog.aegro.com.br/sensores-na-agricultura/ Na prática, estamos falando de um sistema, ou seja, de um conjunto de mudanças no fluxo de produção no campo (todas elas orbitando em torno da tecnologia). Se considerar o uso dessa “agricultura digital” na redução de custos no agronegócio (mais precisamente na diminuição dos gastos com insumos), em essência, há duas estratégias que podem ser adotadas. Vamos explicá-las para que você entenda como essa teoria funciona na prática. 1ª estratégia Esse modelo é mais básico e está ligado ao manejo do solo por meio da gestão de sua correção, utilizando como base de informação apenas as amos- tragens georreferenciados de cada porção do terreno. Vale destacar, aliás, que essa é a estratégia mais comum dos produtores rurais de médio porte, sobretudo nas áreas de produção de milho, soja e cana. Trata-se de uma metodologia não tão complexa de implementar, e tam- bém bastante rápida. Suas fases incluem a retirada de amostragens sistemáticas de frações do talhão (amostragem em grade), avaliação de suas características em laboratório, cruzamento dos dados obtidos (para compreender as necessi- dades específicas de cada porção do terreno) e, por fim, a emissão dos mapas de aplicação. 10 Com esse conhecimento nas mãos e ferramentas de precisão (como sis- tema de telemetria) instalados em um pulverizador, por exemplo, você poderá acompanhar a distância, por meio de seu smartphone, a aplicação seletiva dos defensivos ou fertilizantes, com acesso a mapas de volume aplicado. Esses mapas permitem conferir a qualidade das aplicações, comparando se o volume planejado está́ em sintonia com o volume aplicado em litros por hectare. Um divisor de águas em redução de custos da produção. 2ª estratégia A outra metodologia de usar a agricultura de precisão envolve fazer a res- tituição dos nutrientes do solo não mais analisando-o de forma isolada no tempo (como no exemplo acima), mas olhando suas deficiências a partir das demandas de culturas anteriores. Essa estratégia exige a construção de um conjunto de dados ainda mais robustos do que na abordagem anterior. Demanda também a confrontação com mapas de produtividade anteriores, sistemas mais complexos de processamento de informações e maior domínio do produtor na Ciência de Dados. Isso porque o objetivo é enxergar (após as análises) o que causou a baixa produtividade em determinada fração do talhão. O uso de um modelo como esse requer mais tempo (por considerar tam- bém a variabilidade da produção ao longo do tempo, no mesmo terreno), mas costuma também gerar mais precisão. São duas formas diferentes de trabalhar com agricultura de precisão, ambas com ótimos resultados. Esta última é mais cara, mas traz riscos menores. É nesse contexto que devem ser aplicados os conceitos agronômicos de precisão. 6. EXPLORANDO OS DADOS PARA AUMENTAR A PRO- DUTIVIDADE AGRÍCOLA Figura 6: Dados obtidos através de tecnologia no campo. 11 Fonte: https://digital.agrishow.com.br/tecnologia/como-agricultura-de-preciso-melhora- os-resultados-no-campo É importante lembrar que a AP não se prende apenas à redução de custos no agronegócio: o aumento de produtividade agrícola é o ponto central do uso da análise de dados e de máquinas inteligentes. A chamada “agricultura 4.0” funde análise de dados, maquinário autô- nomo (conectado a sistemas de gestão) e, é claro, inovações em biotecnologia para aumentar o volume da colheita. Além disso, a própria intervenção na fertilidade do solo de forma precisa já ajuda a sanar seus desequilíbrios. Assim, se em um primeiro momento o re- sultado é a redução de custos no agronegócio, em um segundo, é o aumento da produção agrícola das culturas que será visto pelo produtor. 7. FERRAMENTAS DE PRECISÃO USADAS PARA AU- MENTAR A PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA Figura 7: Ferramentas de precisão. Fonte: https://multitecnica.com.br/agricultura-de-precisao 12 Alguns dos recursos para utilizar: Tratores, adubadoras, colhedoras de café ou pulverizadores guiados por geolocalização e controlados remotamente por meio de software para agricultura de precisão. Seria o caso, por exemplo, de uma aplicação de controle de altura de barras e velocidade de deslocamento durante a pul- verização (repetidor de operações); Existem propriedades que já possuem drone para agricultura, que capta imagens para fornecer informações fundamentais ao produtor; Sensores que fazem um diagnóstico de variabilidade do solo (enxergando porções com manchas, compactação, fluxo de pragas, diferenças climáti- cas e até equívocos no manejo de insumos); Dispositivos posicionados no solo também podem ser usados para garan- tir um raio-X completo da topologia do terreno, trazendo dados sobre re- sistência, temperatura e umidade; Com a telemetria, é possível analisar a performance das máquinas ou se sua velocidade e marcha estão corretas (precisão que representa queda no consumo de combustível). 8. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA AGRICULTURA DE PRECISÃO Figura 8: Vantagens da agricultura de precisão. Fonte: https://blog.jacto.com.br/o-que-e-agricultura-de-precisao/ 13 As vantagens da agricultura de precisão já foram amplamente mostradas ao longo deste material. Mas vamos sistematizá-las: Redução do risco da atividade agrícola; Redução de custos da produção; Melhor controle de pragas; Tomada de decisão mais rápida e certeira; Melhor controle de todas as fases de produção agrícola pelo uso de sis- temas informatizados de alto desempenho; Aumento significativo da produtividade da lavoura; Maior longevidade do solo pelo menor uso de defensivos (conciliação en- tre sustentabilidade e produção agrícola). Segundo pesquisas da Embrapa (que podem ser observadas na obra Agri- cultura de Precisão: Um Novo Olhar), a principal desvantagem dessa “agricultura digital” seria, ao menos em tese, o alto custo dos equipamentos e a complexi- dade de alguns softwares (fato que exigiria o treinamento e/ou a contratação de pessoal especializado na análise de dados). No que diz respeito a essa segunda desvantagem, a imposição de mão de obra qualificada na interpretação dos dados e as conhecidas restrições no acesso ao crédito rural têm feito alguns produtores de médio porte terceirizarem o levantamento das informações georreferenciados. Já no que tange ao custo de máquinas autônomas (e/ou interconectadas) e de sistemas de gerenciamento agrícola, essa dificuldade é bastante questioná- vel, em função do altíssimo Retorno sobre Investimento (ROI) de implementa- ções dessa natureza. Tenha certeza de que o custo do obsoletismo é maior do que o da modernização! Quem pode confirmar a lucidez desse raciocínio é o produtor citado em uma reportagem feita há alguns anos pela Revista Globo Rural. Proprietário de uma fazenda de três mil hectares destinada à produção de grãos, o entrevistado re- lata no site que mudou radicalmente sua forma de pensar a produção agrícola. Na sequência, foram os resultados que mudaram. 14 O pequeno empresário do agronegócio investiu alto em um conjunto de no- vos recursos, incluindo sistemas para análise de dados em toda a área e incor- poração de máquinas modernas, que leem e executam as informações transmi- tidas pelos computadores. A consequência dessa ousadia foi, desde o início, a geração de resultados muito mais sustentáveis. Segundo ele, a economia com uso de adubo, sementes e defensivos foi tão relevante que o investimento no sistema se pagou logo no primeiro ano. Fatos como esse explicam por que a quantidade de produtores que migram para a agricultura de precisão vem aumentando exponencialmente, mesmo en- tre os pequenos e médios empresários do setor. 9. AGRICULTURA DE PRECISÃO É CARA? Figura 9: Valor do investimento. Fonte: https://blog.jacto.com.br/o-que-e-agricultura-de-precisao/ Agricultura de precisão é um conceito de manejar melhor as proprieda- des entendendo a variabilidade presente e pode ser feita até com ferramentas gratuitas como o QGIS ou imagens de satélites. É evidente que existem muitas plataformas e aplicativos que são pagos, elevando os custos de produção. Mas, para saber se o seu custo compensa, você precisa analisar sua propriedade e suas finanças. Uma gestão eficiente te dará segurança para tomar a decisão de quando e quais ferramentas de AP usar. 15 10. O QUE A AGRICULTURA DE PRECISÃO PODE FAZER Considerando que a área não é uniforme, com as ferramentas da AP e uma dose de tecnologia, seguem alguns mapeamentos e levantamentos de in- formação que podem ser feitas na sua fazenda: o Mapas de infestação de insetos para pulverização; o Mapas de irrigação; o Semeadura a taxa variável; o Mapas de solo para aplicação de fertilizantes; o Criação de unidades de gestão diferenciadas; o Levantamento de áreas degradadas; o Quantificação de biomassa das lavouras; o Estimativas de produtividade; o Automação de máquinas e processos, etc. 16 Figura 10: Desafios na agricultura. Fonte: https://blog.jacto.com.br/o-que-e-agricultura-de-precisao/ 17 Com uso de sistemas de posicionamento global, como o GPS ou Glonass, Galileu, entre outros, pode fazer aplicação de insumos a taxa variável utilizando AP. Os insumos que podem ser aplicados em doses variadas podem ser: o Sementes; o Herbicidas; o Princípio ativo; o Macro e micronutrientes; o Agentes biológicos; o Água (irrigação), entre outros. Figura 11: Aplicação de insumos. Fonte: https://blog.jacto.com.br/o-que-e-agricultura-de-precisao/ 11. MAPAS DE COLHEITA NA AGRICULTURA DE PRECISÃO Os mapas de colheita, ou mapas de produtividade, são muito importantes para o entendimento das lavouras. 18 É considerado por muitos como o primeiro passo para começar a praticar AP nos talhões, uma vez que esses mapas fornecem informações sobre a vari- abilidade na produção. Eles são basicamente arquivos de pontos coletados de acordo com a ve- locidade de deslocamento da máquina, a largura da plataforma e o tempo de aquisição de dados. As colhedoras presentes no mercado vêm equipadas com sensores que medem indiretamente a produtividade dos talhões. Para milho e soja, o sensor mais comum é uma placa de impacto alocada na parte superior do elevador das colhedoras. Essa placa de impacto é seme- lhante às nossas balanças convencionais. Figura 12: Placa de impacto. Fonte: John Deere À medida em que os grãos são arremessados contra ela, os valores são registrados. Junto a este sistema, existe um sensor de umidade com intuito de estimar a produtividade em forma de grãos secos. Todas estas informações são armazenadas e georreferenciados, possibi- litando o posterior processamento e confecção dos mapas de colheita dessas culturas. Um passo importante é a correta coleta dos dados para posteriores aná- lises das informações. 19 Todos os sistemas devem estar calibrados, como largura da plataforma, placa de impacto e sensores acessórios. 12. COMO UTILIZAR OS MAPAS DE COLHEITA Os mapas de colheita brutos devem passar por uma filtragem prévia. Ou seja, devem ser eliminados alguns dados errados que foram coletados pela falta de atenção dos operadores, calibração inadequada dos parâmetros ou outros fatores. A limpeza dos dados pode ser feita em planilhas eletrônicas como o Excel, mapfilter, etc. Porém, hoje em dia, existem softwares dedicados a tal função. O próximo passo é a ida ao campo para entender o porquê dessas varia- ções. São muitos os fatores que podem explicar locais com altas ou baixas pro- dutividades. Desde fatores físicos, como textura do solo, a atributos químicos, como falta de fertilizantes ou manejo inadequado dos insumos aplicados na área. Para conhecer os melhores softwares de AP (inclusive alguns gratuitos), leia nosso artigo: “Software para Agricultura de Precisão: O guia definitivo para escolher um”. 13. DRONES NA AGRICULTURA DE PRECISÃO Figura 13: Drone. Fonte: https://upis.br/blog/agricultura-de-precisao-o-que-e/ 20 Os drones são boas ferramentas para investigar causas e efeitos do ma- nejo, mapeando e coletando informações da lavoura. Alguns produtos obtidos por imageamento de drones são: o Mapas de biomassa da vegetação; o Mapas de pragas e doenças; o Monitoramentos das lavouras; o Contagem de plantas e animais; o Criação de modelos digitais (MDT, MDE, MDS); o Curvas de nível; o Georreferenciamento de imóveis, etc. Alguns serviços realizados com drones também podem ser realizados por meio de imagens de satélites. Antes de comprar um drone, vale a pena terceirizar os mapeamentos em uma safra e avaliar se os benefícios obtidos compensam a aquisição de um equi- pamento. 21 14. AGRICULTURA DE PRECISÃO AO REDOR DO MUNDO Figura 14: Dados de agricultura de precisão. https://upis.br/blog/agricultura-de-precisao-o-que-e/ Os primeiros vestígios teóricos da AP surgiram ainda no final da década de 20, nos Estados Unidos. Entretanto, foi somente a partir dos anos 80 — com 22 os avanços dos sistemas de geolocalização e a coleta/processamento de dados eletrônicos — que essa abordagem ganhou extrema relevância no agronegócio. No ritmo das novas descobertas de armazenamento e transmissão de da- dos, a agricultura de precisão saiu dos Estados Unidos para ganhar notoriedade também em países como Alemanha, Austrália, Reino Unido e até Nova Zelân- dia. Em um primeiro momento, limitada à mecanização de processos, a AP foi incorporando a inteligência dada por computadores de bordo, mapas de produ- tividade e análise de características do solo em tempo real. Isso formou aos pou- cos um poderoso arsenal de novas técnicas “cirúrgicas” de plantio, ampliando o retorno econômico, social e ambiental da produção agrícola. De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Uni- dos, já em 2012, entre 30% e 50% das propriedades rurais especializadas na produção de milho e soja já utilizavam a agricultura de precisão em seus proces- sos. A urgência norte-americana em disseminar essa nova abordagem é tão grande que, atualmente, existem diversos projetos-piloto espalhados pelas fa- zendas dos país. Encabeçados por empresas de tecnologia, eles têm o objetivo de encontrar formas de reduzir seus custos de implantação. É o caso da fazenda Dancing Crow, no Estado de Washington, abordada em matéria do site Esta- dão em 2016. 23 15. AGRICULTURA DE PRECISÃO NO BRASIL Figura 15: Agricultura de precisão no Brasil. Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/agricultura-de-precisao-e- mais-rentavel-e-diminui-necessidade-do-uso-insumos A AP começou a tomar corpo no Brasil na década de 90, acenando com um grande potencial de aplicação sobretudo na produção de grãos. A partir dos anos 2000, a implementação de políticas públicas de financiamento no campo levou também os pequenos e médios produtores a atualizarem máquinas e im- plementarem ferramentas de precisão para não perder competitividade no mer- cado agrícola. Outra reportagem, dessa vez feita pelo jornal Gazeta do Povo em 2016, mostra mais evidências de que essa abordagem passou a ser considerada não somente pelos grandes latifundiários. A matéria utiliza o depoimento do agricultor Carlos Alves para mostrar os benefícios da AP no campo. Pequeno produtor, Alves tem uma propriedade de seis hectares e cultiva soja e milho há dez anos. O produtor afirmar categorica- mente que o rendimento da sua lavoura aumentou 35% após o uso de técnicas modernas, como o mapeamento de produtividade, irrigação de precisão e corre- ção de solo por análise de dados. Há muitos exemplos como este espalhados pelas propriedades rurais no Brasil, motivados pelos resultados excelentes da agricultura digital. A migração 24 para a AP é um caminho sem volta. É difícil imaginar, nos próximos anos, a sobrevivência de um produtor que rejeite esse novo paradigma no agronegócio. A razão é a dificuldade evidente de concorrência com seus pares mais modernos. Existe uma infinidade de estudos que mostram que essa nova filoso- fia de gerenciamento agrícola pode aumentar a produção em até 67% e reduzir o gasto com insumos em até 50%. Desse jeito, fica difícil competir, certo? Uma ótima forma de modernizar a propriedade é recorrer ao crédito rural ou aos incentivos governamentais específicos para o aprimoramento da eficiên- cia da atividade rural. Em janeiro de 2017, por exemplo, o governo federal anun- ciou a liberação de R$ 12 bilhões para o pré-custeio da safra 2017/2018. Os recursos estão disponíveis aos médios produtores por meio do Pro- grama Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), oferecendo taxas de 8,5% ao ano, respeitado o limite de R$ 780 mil. Os demais produtores podem solicitar crédito com taxas de 9,5% ao ano, até o limite de R$ 3 milhões, lembrando que na contratação do financiamento será feito o desconto dos valores já contratados no semestre anterior. 16. AGRICULTURA 4.0: O SISTEMA DE PLANTIO CONECTADO Modificação genética e bioinformática na pré-produção; agricultura de precisão para utilizar o máximo das potencialidades dos insumos e equipamen- tos modernos, reduzindo os custos de produção e o desperdício; aprimoramento nas técnicas logística e de transporte na pós-produção: todas essas estratégias estarão cada vez mais conectadas, auxiliando na tomada de decisão e na gestão rural. De acordo com dados do último estudo sobre o tema, realizado pela As- sociação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMR&A), somente 3% dos produtores tinham acesso à internet no meio rural em 1998. Em 2003, houve uma ampliação significativa desse percentual, passando para 29%. Em 2008/09, esse número foi para 30% e, em 2014, 39% dos produtores já tinham o acesso à internet por PCs, smartphones e tablets como parte de sua rotina. 25 Essa mudança de hábitos abre caminho para mais uma era de revolução agrícola que se encaminha: depois do plantio com técnicas rudimentares e tra- ção animal, da Revolução Verde dos anos 60/70 (que popularizou a mecaniza- ção no campo e a incorporação dos defensivos/fertilizantes no processo de cul- tivo) e da Revolução Transgênica, nas décadas de 80/90/2000, a agricultura ba- seada no processamento de dados real time pede passagem. Essa agricultura 4.0 acrescenta às estratégias da agricultura de precisão o controle de desempenho das máquinas, o monitoramento remoto da produção e a utilização de tratores sem operadores — além da análise de dados em tempo real, que permite ao maquinário entender de forma autônoma as variações ide- ais de pulverização em cada hectare, por exemplo. 17. SOFTWARE PARA AGRICULTURA DE PRECI- SÃO A AP pode economizar tempo, reduzir gastos com fertilizantes em até 50%, e ainda pode ajudar para conquistar maior produtividade. Existem muitos softwares para agricultura de precisão à nossa disposi- ção. 17.1. DIFERENÇAS DOS SOFTWARES DE AGRICUL- TURA DE PRECISÃO Os softwares de AP são conhecidos como SIG (Sistemas de Informação Geográfica), pois utilizam dados georreferenciados. 17.1.1. O QUE SÃO DADOS GEORREFERENCIADOS? Os dados georreferenciados nada mais são do que coordenadas geográ- ficas de cada ponto para localização no globo terrestre. Usamos diariamente dezenas de aplicativos que nos ajudam a chegar a um lugar que não conhecemos. E como eles conseguem nos levar exatamente ao endereço que nos foi fornecido? 26 Estes aplicativos utilizam diversos satélites para calcular nossa localiza- ção no globo terrestre. 17.1.2. COMO FUNCIONA A LOCALIZAÇÃO POR SATÉ- LITES? São diversas constelações com dezenas de satélites cada. A constelação norte americana, mais conhecida como GPS (Global Positioning System) possui 30 satélites em órbita operacionais. Além dessa, temos a nossa disposição a constelação russa GLONASS, a chinesa BAIDU, a Europeia GALILEU e outras ainda em fase de construção. O posicionamento é conseguido por meio da triangulação de 4 satélites. Quanto mais satélites existirem sobre o campo de visão das máquinas, maior será a garantia do posicionamento. Tudo isso para garantir a cobertura e melhorar a qualidade da localização das pessoas, máquinas e equipamentos no planeta Terra. Por meio dos satélites, os dados coletados são corretamente posiciona- dos nas coordenadas no globo terrestre. 17.2. O QUE CONSIGO FAZER COM OS SOFTWARES DE SIG? Com a utilização dos softwares de agricultura de precisão é possível a confecção de diversos mapas: o Mapa de colheita o Mapa de vigor de vegetação (NDVI, NDRE, etc.) o Mapa de nutrientes nos solos o Mapas de declividade o Curvas de nível o Mapas 3D das culturas o Delimitação de talhões e áreas o Mapa de pragas o Visualização de fazendas o Criação de grids amostrais 27 o Geração de mapas de recomendação o Interpolação de dados o Álgebra de mapas o Análises quantitativas de acúmulo de nutrientes Além dos itens citados, há inúmeras outras ferramentas e complementos que podem ser instalados para utilização em diversas outras finalidades, o que dá origem a uma ampla gama de aplicativos no mercado. 17.3. SOFTWARE PARA AGRICULTURA DE PRECISÃO GRÁTIS E PAGOS Existem algumas centenas de aplicativos e software para agricultura de precisão. Alguns gratuitos e outros pagos. Dentre eles pode-se destacar QGIS, ArcGIS, AgroCAD, Falker- map, SSTsoftware, Inceres e Geofielder da Embrapa. A Embrapa disponibiliza o Geofielder. Estes softwares para agricultura de precisão podem ser usados em aero- naves, para imageamento aéreo, em máquinas agrícolas e veículos para captura de imagens em solo. Como acadêmico, pode-se utlizar o software QGIS como ferramenta para trabalho na área de Agricultura de Precisão. Figura 16: Software QGSI. Fonte: Canal no Youtube do LAP 28 17.3.1. QGIS, UM SOFTWARE PARA AGRICULTURA DE PRECISÃO LIVRE O QGIS é um software livre e programado na linguagem Python. O que isso significa? Significa que ele é gratuito, podendo ser baixado neste link. Além disso, ele possibilita que os usuários criem suas próprias programações para manipular os dados da maneira que achar melhor. Porém, se você não souber programar, não tem problema! O QGIS é um software bem completo e disponibiliza centenas de ferramentas para facilitar a vida de seus usuários. 17.4. COMO PROCESSAR OS DADOS EM UM SOF- TWARE DE SIG Os softwares de agricultura de precisão, como já mencionado, trabalham com localização dos pontos no espaço. Os arquivos provenientes de GPS, das máquinas agrícolas ou dos sen- sores virão com as colunas das coordenadas (geralmente Latitude e Longitude) e os valores dos outros atributos que serão avaliados. É necessário um cuidado inicial para manuseio dos dados. A escolha das colunas latitude e longitude é vital para o correto posicio- namento dos pontos que serão analisados. Se essas colunas estiverem troca- das, todas as análises realizadas no programa estarão posicionadas nos locais errados. Vários são os formatos de arquivos que os softwares de AP aceitam. O mais conhecido é o shapefile. Porém, utilizando o QGIS é possível trabalhar com dados do tipo.csv (planilha de valores do Excel),.txt (arquivo de texto), kml ou kmz (arquivos do Google Earth), além de inúmeros outros formatos. 17.4.1. VANTAGENS EM TRABALHAR COM UM SOF- TWARE DE SIG Os softwares utilizados em agricultura de precisão já possibilitam que os arquivos gerados possam ser levados diretamente para as máquinas equipa- das com piloto automático. 29 À medida em que as máquinas realizam as operações, novos arquivos de dados são gerados e devem ser analisados em um SIG, assim todo o ciclo reco- meça. Os SIGs possibilitam a confecção de mapas que facilitam a visualização das áreas e talhões, auxiliando nas tomadas de decisões. Independentemente dos modelos de máquinas e sensores que coletaram os dados, todas as informações podem ser analisadas em conjunto em um SIG, o que permite um maior entendimento de cada porção da lavoura e cada zona produtiva. Vale ressaltar que cada conjunto de dados deve ser analisado e, se ne- cessário, passar por um pré-processamento, a fim de eliminar dados errôneos. O uso adequado desse sistema resulta em: o Economia de tempo; o Economia de insumos; o Aumento de produtividade; o Sustentabilidade do negócio; o Menor impacto ambiental. 18. CONSIDERAÇÕES FINAIS O modelo de produção da agricultura de precisão usa de máquinas, tec- nologias e controle do agricultor para monitorar as informações da área plantada, tratando cada pequena área como única, reconhecendo as diferenças de cada região. Esse método traz vários benefícios para o produtor. Dentre as vantagens da agricultura de precisão estão: Cada local tem sua produtividade maximizada Insumos (água, fertilizantes, defensivos…) não são desperdiçados Menos danos ao solo e ao meio ambiente De forma resumida, a agricultura de precisão gera um aumento da produtivi- dade de forma mais sustentável do que os métodos tradicionais 30 19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Congresso Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Ru- ral, 40, 2010, Campo Grande, Evolução histórica da indústria de máquinas agrícolas no mundo: origens e tendências, p. 5. DAMINELLI J. et al. Evolução dos tratores agrícolas. FUMIS, T. F.; SAMPAIO, A. C. Biologia e cultivares. In: SAMPAIO, A. C. et al. (Ed.). Goiaba: do plantio à comercialização. Campinas, CATI, 2011. p. 1-11. (Ma- nual Técnico, 78). GIACOMINO, A. P. Cultura da goiaba. USP – ESALQ, Piracicaba. NETO, J. A. A indústria de máquinas agrícolas no Brasil - origens evolução. Rio de Janeiro, Revista de Administração de Empresas, p. 13, 1985. Saraquá. Wikipédia. Revolução Industrial. Molin, José Paulo; Amaral, Lucas Rios do; Colaço, André (9 de novembro de 2015). Agricultura de precisão. [S.l.]: Oficina de Textos. ISBN 9788579752148 «O que é Agricultura de Precisão e Por Que é Importante?». Agricultura do Fu- turo. Con sultado em 18 de junho de 2020 FCT/UNL. «Mestrado em Tecnologias em Agricultura de Preci- são». www.fct.unl.pt. Consultado em 20 de março de 2019 31 Sites: https://blog.jacto.com.br/o-que-e-agricultura-de-precisao/ https://blog.aegro.com.br/software-para-agricultura-de-precisao/ https://blog.aegro.com.br/agricultura-de-precisao/ 32