Artrologia do Sistema Axial (2) PDF

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Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, Politécnico de Leiria

João Cruz

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anatomia anatomia funcional artrologia sistema axial

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Estas notas fornecem informações sobre articulações, movimento e o sistema axial. Abrangem diferentes tipos de articulações e suas funções. Inclui detalhes sobre a coluna vertebral, uma região de articulação complexa.

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ARTICULAÇÕES E MOVIMENTO Ano letivo 2023/24 SISTEMA AXIAL João Cruz Anatomia Funcional [email protected] Pretende-se que no final do bloco, cada aluno esteja...

ARTICULAÇÕES E MOVIMENTO Ano letivo 2023/24 SISTEMA AXIAL João Cruz Anatomia Funcional [email protected] Pretende-se que no final do bloco, cada aluno esteja apto a: Descrever a forma como se classificam as articulações quanto à sua estrutura e funcionalidade; Definir e descrever articulações fibrosas e OBJETIVOS ▼ cartilagíneas; Descrever os acidentes gerais de uma articulação sinovial e explicar o seu funcionamento; Listar exemplos para cada classificação; Definir e dar exemplos de vários tipos de movimento do corpo; Descrever os fatores que influenciam a amplitude do movimento N O Ç Õ E S F U N D A M E N TA I S E M A R T R O L O G I A ▪ O corpo humano possui mais de 200 articulações, o que faz com que estes elementos tenham um papel determinante na sua capacidade de movimento e locomoção. ▪ As articulações realizam a junção de 2 ou mais ossos do esqueleto humano. As suas principais funções incluem: 1) permitir ou inibir o movimento numa determinada direção; 2) transmitir forças de um osso para outro(s). ▪ As articulações são constituídas por diversos tipos de tecido, estando muito bem projetadas para o desempenho da sua função. → Ao contrário do seu equivalente mecânico (que avaria com alguma frequência), as articulações funcionam por vezes em situações extremas durante 70 anos sem patologias de maior. ▪ A anatomia de uma articulação saudável apresenta pouca variação de pessoa para pessoa; no entanto diferenças na espessura dos tecidos moles envolventes podem resultar em diferenças significativas na amplitude do movimento entre diferentes pessoas – variabilidade inter-pessoal. ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL COLUNA VERTEBRAL As vértebras articulam entre si através dos corpos vertebrais e dos arcos vertebrais (apófises articulares, lâminas vertebrais, apófises espinhosas, e apófises transversas). ▪ União dos corpos vertebrais: anfiartroses ou sínfises ▪ Discos Intervertebrais ▪ Ligamentos Longitudinais ▪ Anterior – estendem-se ao longo das faces anteriores dos corpos vertebrais desde o áxis (C2) até o sacro. ▪ Posterior – nas faces posteriores dos corpos vertebrais de áxis (C2) até o sacro. ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL COLUNA VERTEBRAL Os discos intervertebrais têm uma de lente biconvexa, interpondo-se entre os corpos vertebrais moldando as superfícies ósseas. Na região lombar são mais espessos na zona anterior do que na posterior. Na região dorsal são mais espesso na zona posterior que na anterior. Isto permite explicar as curvaturas da coluna. São formados por: ▪ Porção central: formado por uma substância gelatinosa, o núcleo pulposo (2) ▪ Porção periférica: muito resistente, formada por fibrocartilagem e por lâminas fibrosas dispostas de forma concêntrica, o anel fibroso (3) ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL COLUNA VERTEBRAL Funções do Disco Invertebral: ▪ Amortecer choques ▪ Absorver impactos ▪ Alinhamento e união ▪ Fornecem mobilidade https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-articular/diartroses/articular-coluna-vertebral/ ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL COLUNA VERTEBRAL Articulação das apófises/facetas articulares: ▪ Cervicais/Dorsais – artródias (superfícies planas) ▪ Lombares – condilartroses rudimentares (superfícies elíticas) União das lâminas vertebrais: ▪ Ligamentos amarelos – unem as lâminas das vértebras adjacentes. Desde o áxis (C2) até ao sacro. ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL COLUNA VERTEBRAL Articulação das apófises espinhosas: ▪ Ligamentos interespinhosos – ocupam espaços entre as apófises espinhosas (fig 111.1) ▪ Ligamentos supra-espinhosos – adere ao vértice de cada espinhosa (fig 111.2) Articulação das apófises transversas: ▪ Ligamentos intertransversários – inexistentes das cervicais e muito desenvolvidos nas lombares (fig 113.1). ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL COLUNA VERTEBRAL ▪ SACRO-VERTEBRAL: anfiartrose ou sínfises ▪ SACRO-VERTEBRAL LATERAL: artrodia ▪ SACRO-COCCÍGEA: anfiartrose ou sínfises ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL COLUNA VERTEBRAL ARTICULAÇÃO ATLANTO-OCCIPITAL (OCCIPITAL-C1): ▪ Bicondiloartrose ▪ Superfícies articulares: occipital – dois côndilos e Atlas – cavidades glenóides. ▪ Sendo os côndilos superfícies convexas e as cavidades glenóides côncavas, a articulação é considerada concordante. ▪ Esta articulação permite movimentos de: lateralidade, flexão, extensão e rotação (muito rudimentar). ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL COLUNA VERTEBRAL ARTICULAÇÃO ATLANTO-AXIAL: A articulação pode dividir-se em duas partes: ▪ Atlanto-odontoideia–atlas e o dente do áxis -trocartrose, pois o arco anterior do atlas articula com a apófise odontoideia que é cilíndrica – ligamento transverso (fig. 118.1 e 119.1) ▪ Atlanto-axial –apófises articulares atlas-áxis –artrodia, pois a face inferior do atlas é lisa assim como as superfícies articulares do áxis. ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL https://www.youtube.com/watch?v=0qR-Yfw9fOI COLUNA VERTEBRAL ART ROLOGIA DO ES QUELETO AX I AL REGIÃO TORÁCICA ▪ Articulações Costovertebrais (artrodia) – articulação da cabeça da costela com o corpo vertebral. ▪ Articulação Costotransversária (artródia) – entre o colo da costela e a apófise transversa das vertebras torácicas. ▪ Condroesternais (artrodias) – entre as cartilagens costais e o esterno (fig 136.2) ▪ Condrocostais (gonfartrose) – entre as costelas e as cartilagens costais (fig 136.1) ▪ Articulação Esternal – superior e inferior (anfiartroses) (fig 136.3) Classificação funcional das articulações: Diartroses – são articulações móveis, elementos necessários ao normal desempenho gestual e motor, actividade cinestésica, estruturas de transição com actividade em um ou mais planos de movimento. Anfiartroses – são articulações semi-móveis, permitindo pequenos movimentos adaptativos e de cisselamento. Sinartroses – são articulações imóveis, em regiões anatómicas onde a solidez anatómica é necessária como meio protectivo à integridade de um determinado elemento anatómico. CONCLUSÃO ▼ Classificação anatómica das articulações: Sinoviais – são revestidas por cartilagem hialina, inseridas numa cavidade articular com liquido sinovial, são regulares na epífise que é revestida por uma cápsula de tecido fibroso e tem ligamentos. Subdivide-se em enartrose (articulação coxo-femural), troclear (úmero-cubital), condiliana (fémuro- tibial), encaixe recíproco (calcâneo-cuboideia), artrodia (inter-apofisárias posteriores cervicais e dorsais) e trocóide (rádio-umeral).  Cartilagíneas – não apresenta cavidade sinovial, a união entre as extremidades ósseas é feita por tecido fibroso e as superfícies articulares estão revestidas por cartilagem, ligamentos de suporte. Sínfises (sínfise púbica e corpos vertebrais) e sincondroses.  Fibrosas – não apresenta cavidade articular e a união entre as estruturas ósseas é feita por tecido conjuntivo fibroso e denso. Este tipo de articulação subdivide-se em suturas (ossos do crânio), sindesmoses (articulação rádio- cubital inferior) e gonfoses (peças dentárias nos maxilares). Para um entendimento ótimo do movimento de uma articulação devemos considerar as superfícies articulares envolvidas e os meios de união. Os movimentos de deslizamento ocorrem quando duas superfícies planas deslizam uma sobre a outra. Os movimentos angulares incluem flexão e extensão, flexão plantar e dorsiflexão, e abdução e adução. Os movimentos circulares incluem rotação, pronação e supinação e circundução. Os movimentos especiais incluem elevação e depressão, protração e retração, excursão, oposição e reposição e inversão e eversão. Os movimentos combinados envolvem dois ou mais dos movimentos mencionados anteriormente. CONCLUSÃO ▼ A mobilidade de uma articulação é determinada por diferentes fatores passivos (morfologia das superfícies articulares, organização e tensão cápsulo-ligamentar, oposição de tecidos moles (relevos musculares)) e ativos (a atividade contráctil do músculo estriado, tensão das estruturas músculo-tendinosas e o grau de alongamento do músculo), possibilitando uma diversidade de intervenções no meio. Com a idade, o tecido conjuntivo das articulações torna-se menos flexível e menos elástico. A rigidez da articulação resultante aumenta a taxa de desgaste nas superfícies articulares. As mudanças no tecido conjuntivo também reduzem a amplitude de movimento.

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