🎧 New: AI-Generated Podcasts Turn your study notes into engaging audio conversations. Learn more

3_TExto complementar_Módulo 1_Bloco2_Tecido Conjuntivo.pdf

Loading...
Loading...
Loading...
Loading...
Loading...
Loading...
Loading...

Full Transcript

MÓDULO 1 Bloco 2 Texto de apoio ESAS 2/2024 Fisioterapia/Odontologia Tecido Conjuntivo 1- CARACTERÍSTICAS E COMPONENTES DO TECIDO CONJUNTIVO A observação da imagem ressalta uma das principais características do tecido conjuntivo: a grande quantidade de matriz ext...

MÓDULO 1 Bloco 2 Texto de apoio ESAS 2/2024 Fisioterapia/Odontologia Tecido Conjuntivo 1- CARACTERÍSTICAS E COMPONENTES DO TECIDO CONJUNTIVO A observação da imagem ressalta uma das principais características do tecido conjuntivo: a grande quantidade de matriz extracelular (MEC) existente entre suas células. a MEC ficará destacada em azul e as células em vermelho. No tecido conjuntivo tanto as células como a matriz exercem Tecido Conjuntivo Denso não modelado funções muito importantes para o funcionamento de outros tecidos, órgãos e do organismo como um todo. O tecido conjuntivo se origina do mesênquima, um tecido conjuntivo primitivo com potencialidade de formar os variados tipos e subtipos de tecido conjuntivo. As células do mesênquima, células mesenquimais, são formadas a partir do folheto intermediário do embrião, o mesoderma, no fim do primeiro mês de vida intra-uterina. Algumas porções do mesênquima da cabeça podem ter origem de células da crista Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-1- neural. Células mesenquimais persistem durante toda a vida do tecido-conjuntivo/ indivíduo e funcionam como células-tronco para a reposição ou nova formação de tecido conjuntivo. 2 Tecido Conjuntivo 1- CARACTERÍSTICAS E COMPONENTES DO TECIDO CONJUNTIVO O tecido conjuntivo pode ser conceituado como um tecido de origem fundamentalmente mesodérmica, constituído de diferentes tipos de células e de uma matriz extracelular complexa, formada por muitos componentes moleculares. Há vários tipos e subtipos de tecido conjuntivo Cartilagem hialina. Disponível em: formados por diferentes combinações de células e https://mol.icb.usp.br/index.php/4-1-tecido-conjuntivo matriz. Estas combinações específicas têm como resultado diferentes estruturações e variadas funções exercidas por este tecido. 3 Tecido Conjuntivo CARACTERÍSTICAS E COMPONENTES DO TECIDO CONJUNTIVO – 2 Células As células do tecido conjuntivo podem ser classificadas em duas populações: células residentes e células transientes (ou transitórias). As células residentes são componentes habituais e permanentes do tecido conjuntivo enquanto que a células transientes ou transitórias são células que estão migrando pelo tecido conjuntivo, vindas principalmente do sangue. Células residentes do tipo de tecido conjuntivo denominado propriamente dito: fibroblastos, macrófagos, mastócitos e células mesenquimais. Macrófago Mastócito https://magazine.x115.it/wp-content/uploads/2021/02/fibroblasto.jpg 4 Tecido Conjuntivo Células A maioria das células residentes tem vida relativamente longa, mas em caso de necessidade – por exemplo uma solicitação de aumento de atividade durante uma inflamação ou cicatrização ou um estímulo para crescimento – seu número pode aumentar à custa de células-tronco mesenquimais (no caso de fibroblastos) ou a partir de células progenitoras vindas da medula hemopoiética (no caso de mastócitos e macrófagos). As células transientes do tecido conjuntivo são células migratórias. Fazem parte deste grupo alguns dos leucócitos ou glóbulos brancos do sangue. A função destas células na defesa do organismo contra moléculas estranhas e microorganismos é exercida quase que inteiramente no interior do tecido conjuntivo. A presença destas células nos diferentes locais de tecido conjuntivo do corpo é variável e depende frequentemente de sinais químicos transmitidos por exemplo por células (p. ex. macrófagos, neutrófilos), que estimulam a saída dos leucócitos dos vasos sanguíneos e seu acúmulo no tecido conjuntivo. 5 Tecido Conjuntivo Matriz extracelular (MEC) A MEC é composta principalmente de macromoléculas, além de água, íons, peptídeos, pequenos carboidratos e outras pequenas moléculas. Uma parte destas moléculas se origina do plasma sanguíneo. As macromoléculas características da matriz extracelular do tecido conjuntivo são glicoproteínas, glicosaminoglicanas e proteoglicanas, cuja composição molecular, quantidade e proporção relativa variam em diferentes tipos de tecido conjuntivo e nos diferentes locais e órgãos do organismo. Várias das proteínas se organizam em longas estruturas de espessura e comprimento variáveis formando filamentos. Os filamentos mais calibrosos são visíveis ao microscópio de luz e são chamados fibras do tecido conjuntivo e que constituem a matriz extracelular fibrilar. Uma parte da matriz extracelular é formada por macromoléculas – principalmente glicosaminoglicanas e proteoglicanas- que não se organizam em filamentos e é denominada matriz extracelular fundamental. Esta parte da matriz nem sempre é bem preservada nos preparados histológicos e nem sempre se cora muito bem pelos corantes rotineiros. Portanto, é pouco vista nos preparados histológicos, onde é responsável pelo aspecto aparentemente “vazio” de muitos locais da matriz. Vários de seus componentes podem ser visualizados por outras colorações e por técnicas histoquímicas ou imunohistoquímicas. 6 Tecido Conjuntivo FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO O tecido conjuntivo exerce uma série de importantes funções no organismo, dentre as quais se destacam: Sustentação de outros tecidos e órgãos e do corpo como um todo Preenchimento de espaços entre outros tecidos e estruturas e adesão entre tecidos para a estruturação dos órgãos Meio de passagem de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Exerce um papel importante na nutrição de células de outros tecidos facilitando a difusão de gases, nutrientes e metabólitos entre o sangue e os tecidos Reserva energética nas células adiposas Defesa do organismo pela participação de suas células na resposta imunitária e nas respostas inflamatórias. Defesa do organismo por meio dos órgãos linfóides, das células linfóides e do sistema mononuclear fagocitário, todas estas células pertencentes ao tecido conjuntivo Produção de células sanguíneas pela medula hematopoiética. 7 Tecido Conjuntivo MATRIZ EXTRACELULAR FIBRILAR Mesentério Do ponto de vista didático, um local muito conveniente para se observar estas fibras do tecido conjuntivo é o mesentério. Mesentério é uma delgada membrana semi-transparente de tecido conjuntivo revestida por mesotélio em ambas faces. O mesentério prende as alças intestinais à parede da cavidade abdominal e no seu interior passam vasos e nervos. Serve para manter em seu lugar os intestinos, nutri- los e inervá-los. O mesentério é rico em fibras e células do tecido conjuntivo. É possível cortar um pequeno fragmento de mesentério, fixá-lo com fixador histológico, corá-lo e colocá-lo sobre uma lâmina histológica. 8 Tecido Conjuntivo FIBRAS ELÁSTICAS EM MESENTÉRIO A figura mostra uma imagem de um preparado total de mesentério corado para demonstração de fibras elásticas. Estas aparecem coradas em púrpura, são muito delgadas, seu calibre é muito homogêneo e podem ser ramificadas, organizando-se como uma rede. https://mol.icb.usp.br/index.php/4-5-tecido-conjuntivo/ 9 Tecido Conjuntivo FIBRAS ELÁSTICAS E COLÁGENAS EM MESENTÉRIO Neste fragmento de mesentério foram coradas as fibras colágenas (algumas destacadas em azul) e as fibras elásticas (algumas destacadas em branco). As fibras colágenas têm espessuras variadas, trajetos tortuosos e se coram em vermelho ou laranja por corantes ácidos, como por exemplo eosina, Orange G e Sirius red. As fibras elásticas são muito delgadas, de diâmetro constante, ramificadas e se coram por corantes especiais, não sendo geralmente visíveis após coloração com HE. 10 Tecido Conjuntivo FIBRAS ELÁSTICAS Há muitas fibras elásticas em locais do organismo sujeitos a movimentação. O pulmão sofre distensão a cada movimento de inspiração e retorna a seu tamanho original após a expiração. Este retorno se deve em grande parte à grande riqueza de fibras elásticas no pulmão. As fibras elásticas são estiradas na inspiração e voltam a sua forma durante a expiração. A imagem é de um pulmão. Podem ser observadas fibras elásticas nas paredes de um bronquíolo e dos alvéolos pulmonares. São as delgadas fibras mais coradas. Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-7-tecido-conjuntivo/ 11 Tecido Conjuntivo MATERIAL ELÁSTICO NA AORTA Um local que contém grande quantidade de material elástico é a parede da aorta e a parede do início de seus ramos mais importantes. Um corte transversal da aorta mostra em sua túnica média uma grande quantidade de linhas de material que se cora positivamente para fibras elásticas. Estas linhas são paralelas e concêntricas em relação à luz da aorta. Uma análise tridimensional mostrou que estas linhas são na realidade placas de material elástico. Não são, portanto, fibras, mas a sua constituição é semelhante à das fibras já vistas anteriormente. Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-8-tecido-conjuntivo/ 12 Tecido Conjuntivo FIBRAS COLÁGENAS – 1 A maior parte desta imagem de tecido conjuntivo é ocupada por fibras colágenas (algumas destacadas em azul ao passar o cursor ou clicar sobre a imagem). Observe: – a coloração das fibras em cor de rosa pela eosina – as fibras são acidófilas. – a grande variação do calibre das diversas fibras. – mudança de direção das fibras. – arranjo não organizado das fibras. Há também muitos núcleos de células do tecido conjuntivo, as quais serão estudadas mais adiante. 13 Tecido Conjuntivo FIBRAS RETICULARES-1 As fibras reticulares são muito delgadas e formam redes tridimensionais em cujas malhas se alojam células. Estas fibras são encontradas em vários locais do organismo e, de maneira concentrada, nos órgãos linfoides (baço, linfonodos), nos rins, fígado, musculatura lisa. A imagem é de dois aumentos de um baço, um órgão em que predominam linfócitos. Os linfócitos são células livres migratórias e no baço ocupam os espaços formados pela delicada malha formadas por suas fibras reticulares. No aumento maior, da figura, nota-se a delicadeza das fibras e as malhas por elas formadas. As fibras reticulares destas imagens aparecem escuras, de cor marrom ou pretas, porém não foram coradas em seu senso estrito. Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-12-tecido-conjuntivo/ 14 Tecido Conjuntivo CÉLULAS RESIDENTES – FIBROBLASTO – 1 O tipo de tecido conjuntivo que foi analisado até o momento neste módulo é o tipo mais comum de tecido conjuntivo não especializado, chamado Tecido conjuntivo propriamente dito. É encontrado na pele, no interior e em torno dos órgãos, nas paredes de vasos. A célula mais comum deste tecido é o fibroblasto. É a célula mais frequente na imagem ao lado cujos núcleos alongados são observados mesmo em aumentos pequenos. O fibroblasto é uma célula muito importante para este tecido (e para o organismo como um todo), pois sintetiza e secreta a maior parte da sua matriz extracelular e também digere e reabsorve a matriz. Portanto, além de produzir, o fibroblasto controla a quantidade e a qualidade da matriz, obedecendo a sinais emitidos pelo organismo ou a sinais originados localmente. 15 Tecido Conjuntivo CÉLULAS RESIDENTES – FIBROBLASTO – 1 Observe com atenção esta imagem – há dois componentes principais. Procure distingui- los: 1 – fibras colágenas, acidófilas, coradas em rosa pela eosina. São fibras de tamanho, espessura e direção variáveis. 2 – fibroblastos, que são a maioria das células presentes nesta imagem. São reconhecidas pelos seus núcleos, pois o seu citoplasma praticamente não é visível, pois é muito delgado. Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-14-tecido- conjuntivo/ 16 Tecido Conjuntivo CÉLULAS RESIDENTES – FIBROBLASTO – 2 Na imagem há três fibroblastos. Estão situados entre fibras colágenas. O citoplasma dos fibroblastos é muito delgado e se cora de maneira semelhante às fibras colágenas. Por estas razões nem sempre se observa o citoplasma destas células. Os fibroblastos possuem muitos prolongamentos, porém são muito delgados e são dificilmente observados em cortes. Uma pequena porção de citoplasma pode ser às vezes observada em torno das extremidades dos núcleos. O citoplasma está ressaltado em verde. Núcleos ficam ressaltados em cor cinza. Um deles, posicionado verticalmente na figura, mostra núcleo e citoplasma. Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-15-tecido-conjuntivo/ 17 Tecido Conjuntivo CÉLULAS RESIDENTES – FIBROBLASTO E FIBRÓCITO Pode-se ver nesta imagem um fibroblasto e um fibrócito. Aproveite para compará-los, principalmente seus núcleos, pois são o componente sempre visível: fibroblasto: cromatina mais frouxa, menos corada por hematoxilina, extremidades do núcleo arredondadas. fibrócito: núcleo mais delgado, com cromatina densa, mais corada extremidades do núcleo agudas. 18 Tecido Conjuntivo CÉLULAS RESIDENTES – MASTÓCITO O mastócito é uma célula que participa da reação inflamatória secretando para a matriz extracelular várias moléculas acumuladas em grânulos presentes no seu citoplasma, como por exemplo a histamina e heparina. É uma célula de forma ovalada, tem um núcleo central ou excêntrico e uma grande quantidade de grânulos citoplasmáticos. A imagem é de um preparado total de mesentério corado para demonstração de fibras elásticas. O núcleo do mastócito não está corado, porém pode se observar como citoplasma está preenchido com grânulos de secreção corados em púrpura. Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-18-tecido-conjuntivo/ 19 Tecido Conjuntivo CÉLULAS RESIDENTES- MACRÓFAGOS – 1 O macrófago é uma célula derivada do monócito, um tipo de leucócito circulante formado na medula hematopoiética. Os monócitos saem do sangue atravessando a parede dos vasos sanguíneos e se estabelecem no tecido conjuntivo, onde se transformam em macrófagos. Os macrófagos são encontrados em todos locais de tecido conjuntivo. Concentram-se em vários órgãos como por exemplo o fígado, baço, linfonodos, onde estão relacionados com a defesa do organismo. Os macrófagos são especializados em fagocitose. Além disso, secretam muitas moléculas que atuam no processo inflamatório e nas respostas imunitárias. 20 Tecido Conjuntivo CÉLULAS RESIDENTES- MACRÓFAGOS -2 Os linfonodos são pequenos órgãos espalhados pelo corpo, através dos quais passa linfa. Nos linfonodos a linfa é “filtrada” pelos macrófagos, pois estes têm a oportunidade de encontrar antígenos trazidos pela linfa, destruir microrganismos e desencadear uma resposta imunitária. Na figura, as setas apontam para macrófagos situados no interior de um linfonodo. Repare que o citoplasma de um dos macrófagos parece ser “espumoso” ou vacuolizado. Isto se deve provavelmente à grande quantidade de vacúolos existentes em seu citoplasma. Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-20-tecido-conjuntivo/ 21 Tecido Conjuntivo CÉLULAS TRANSIENTES – PLASMÓCITOS Os plasmócitos são derivados de linfócitos do tipo B que durante uma resposta imunitária reconheceram antígenos e receberam instruções para se diferenciarem em plasmócitos. O citoplasma está ressaltado em cinza. São células que sintetizam e secretam ativamente grandes quantidades de proteínas – as imunoglobulinas de várias classes, também chamadas genericamente de anticorpos. 22 Próximo vídeo: Classificações do Tecido Conjuntivo Citação do dia: “O conhecimento é a única coisa que ninguém pode tirar- nos” Eça de Queiroz 23 Tecido Conjuntivo TIPOS DE TECIDO CONJUNTIVO – CLASSIFICAÇÃO O tecido conjuntivo exerce uma grande variedade de funções no organismo. Em função disto, formaram-se vários tipos e subtipos de tecido conjuntivo, todos possuindo as mesmas características básicas: células de origem mesenquimal envolvidas por matriz extracelular de composição complexa. 1- Tecido conjuntivo propriamente dito É o tipo mais comum de tecido conjuntivo e existe em praticamente todo o corpo. Este tipo e seus subtipos serão apresentados neste bloco. 2- Tecidos conjuntivos de propriedades especiais Reúne um grupo de diversos subtipos que se caracterizam por arranjos e composições especializadas de sua matriz extracelular: Tecido mucoso –no cordão umbilical. Tecido elástico – na parede da aorta, ligamento peniano. Tecido adiposo – formado por adipócitos. Será apresentado posteriormente. Tecido reticular, também denominado linfóide ou hemocitopoético. 24 Tecido Conjuntivo TIPOS DE TECIDO CONJUNTIVO – CLASSIFICAÇÃO 3- Tecidos conjuntivos de sustentação Tecido cartilaginoso – será apresentado posteriormente. Tecido ósseo – será apresentado posteriormente 4- Sangue É considerado por muitos autores como sendo um tipo de tecido conjuntivo em que a matriz extracelular é líquida. Será apresentado posteriormente 25 Tecido Conjuntivo TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO – 1 É o tipo mais encontrado de tecido conjuntivo e está distribuído por todo o corpo, com exceção do sistema nervoso central. Este tecido corresponde à maior parte das descrições de células e matriz extracelular apresentadas até agora neste módulo. É constituído por células residentes, das quais a predominante é o fibroblasto, além de macrófagos, mastócitos e células mesenquimais. Células transientes em quantidades diferentes são habitantes usuais deste tecido. Sua matriz extracelular é constituída principalmente por colágeno e suas funções mais importantes são: suporte de epitélios de revestimento e glandulares suporte de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos suporte dos componentes do tecido muscular preenchimento de espaços no interior de tecidos, entre tecidos e entre órgãos proteção e contenção de órgãos formando cápsulas ao seu redor contenção e separação de músculos esqueléticos união de músculos esqueléticos a ossos constituindo os tendões. 26 Tecido Conjuntivo TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO – 1 Dependendo da proporção relativa entre células e matriz extracelular, o tecido conjuntivo propriamente dito pode ser classificado em: Tecido conjuntivo propriamente dito frouxo Tecido conjuntivo propriamente dito denso – que pode ser: a) modelado ou b) não modelado 27 Tecido Conjuntivo TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO FROUXO – 1 O tecido conjuntivo propriamente dito frouxo se caracteriza por apresentar: Muitas células residentes e transientes de diversos tipos, predominando os fibroblastos Matriz extracelular – relativamente pequena quantidade de fibras colágenas delgadas e matriz extracelular fundamental (não-fibrilar). Por não possuir grande quantidade de colágeno o tecido conjuntivo frouxo não resiste a pressões mecânicas e trações intensas. Por outro lado, apresenta grande flexibilidade. A imagem é do tecido conjuntivo frouxo que preenche as vilosidades do intestino delgado. Estas se movimentam continuamente durante as contrações intestinais Vilosidade intestinal – corte transversal Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-31-tecido-conjuntivo/ 28 Tecido Conjuntivo TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO O tecido conjuntivo denso possui muita matriz extracelular fibrilar, ao contrário do tecido conjuntivo frouxo, o qual é constituído de muitas células com pouca matriz extracelular. A matriz extracelular do tecido conjuntivo denso não modelado é composta principalmente de fibras colágenas de diferentes espessuras dispostas em diversas direções. Devido à orientação diversa de suas fibras colágenas este tecido resiste a pressões mecânicas e trações originadas de várias direções. As células residentes são as mesmas encontradas no tecido conjuntivo frouxo, com grande predomínio de fibroblastos e fibrócitos. Observe a grande quantidade de fibras colágenas, algumas das quais ficam ressaltadas, na figura inferior à direita. 29 Tecido Conjuntivo TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO – 1 Muitos órgãos são revestidos por uma cápsula que mantém os componentes do órgão unidos e protegidos de pressões mecânicas e do contato com órgãos vizinhos As cápsulas são constituídas de tecido conjuntivo denso modelado. É um tecido conjuntivo que apresenta muitas fibras colágenas paralelas entre si. A figura mostra um pequeno segmento de uma cápsula (ressaltada em azul) presente em torno de um testículo. Observe os núcleos dos fibroblastos e fibrócitos, muito delgados e paralelos às fibras colágenas. 30 Tecido Conjuntivo TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO – 2 Um bom exemplo de tecido conjuntivo denso modelado é o dos tendões, estruturas que unem músculos esqueléticos a ossos, realizando, portanto, a inserção dos músculos nos ossos. No tendão as fibras colágenas são bastante espessas e muito organizadas, dispostas paralelamente entre si. Essa disposição resulta na grande resistência do tendão a forças de tração. Entre as fibras há fibroblastos e fibrócitos bastante alongados, dos quais geralmente o componente visível são seus núcleos. As imagens são de um tendão seccionado longitudinalmente. Observam-se espessas fibras colágenas paralelas (ressaltadas em azul claro) e entre as fibras há núcleos de fibroblastos e fibrócitos (ressaltados em azul escuro). Tendão – corte longitudinal. Coloração: HE 31 Referências Bibliográficas Disponível em: https://magazine.x115.it/wp- content/uploads/2021/02/fibroblasto.jpg Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-1-tecido-conjuntivo/ 32 Próximo Bloco Dica: Faça uma boa revisão deste material, antes de realizar o quizz!!! Se ficar alguma dúvida, vejo você na tutoria!!! 33

Use Quizgecko on...
Browser
Browser