Neuroendocrinologia - Hormonas - PDF

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2003

Helena Espírito Santo

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neuroendocrinologia hormonas glândulas endócrinas fisiologia humana

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Este documento descreve o sistema endócrino humano e sua complexa rede regulatória. Aborda como as hormonas atuam como mensageiros químicos, controlando processos fisiológicos, como crescimento, desenvolvimento, metabolismo e homeostase. O documento define glândulas endócrinas e discute o controle hierárquico hormonal, incluindo o hipotálamo e a hipófise, assim como exemplos de ciclos biológicos diurnos.

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1 Neuroendocrinologia Helena Espírito Santo 2003-2023/24 2 Neuroendocrinologia...

1 Neuroendocrinologia Helena Espírito Santo 2003-2023/24 2 Neuroendocrinologia Endócrino: secreção interna, mais comum na circulação sistémica (e.g., corrente sanguínea) HomeostasiA: manutenção do ambiente interno numa amplitude siológica estreita GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: Vasculares sem ductos O sistema endócrino representa um conjunto intrincado de glândulas altamente especializadas, incumbidas da secreção de uma diversificada gama de hormonas bioativas. Estes mensageiros químicos são libertos diretamente na corrente sanguínea e subsequentemente direcionados para os seus órgãos-alvo específicos, onde desempenham funções regulatórias em variados processos fisiológicos e comportamentais (Melmed et al., 2018). As glândulas endócrinas são fortemente vascularizadas e não apresentam ductos, o que as distingue das glândulas exócrinas (Boron & Boulpaep, 2016). Adicionalmente, as hormonas sintetizadas por estas glândulas são frequentemente armazenadas em compartimentos subcelulares, como vacúolos ou grânulos, estando assim preparadas para uma libertação rápida e coordenada em resposta a estímulos específicos (Hadley & Levine, 2007). O funcionamento eficaz e a especificidade do sistema endócrino devem-se, em grande medida, à utilização da circulação sanguínea como mecanismo de transporte e à existência de recetores hormonais altamente específicos localizados nos órgãos-alvo. A interação entre as hormonas e os seus recetores desencadeia uma série de respostas celulares que podem ter efeitos imediatos ou prolongados, exercendo um papel crucial na homeostase, no crescimento, no desenvolvimento e na regulação do metabolismo, entre outros processos fundamentais (Williams, 2018). Referências - Boron, W. F., & Boulpaep, E. L. (2016). Medical Physiology. Elsevier. - Hadley, M. E., & Levine, J. E. (2007). Endocrinology (6ª ed.). Prentice Hall. - Melmed, S., Polonsky, K. S., Larsen, P. R., & Kronenberg, H. M. (2018). Williams Textbook of Endocrinology. Elsevier. - Williams, G. (2018). Basic and Clinical Endocrinology. Springer. fi 3 Formas de Comunicação Neuronal vs. endócrino Vias Sensório-Motoras Rápidas, comunicação uma-a-uma Sinais Neuroendócrinos Sinais são difundidos no sangue A especi cidade da ação depende dos recetores nos órgãos alvo A duração dos efeitos é longa As vias sensório-motoras e os sistemas neuroendócrinos representam dois modos contrastantes de comunicação biológica. Enquanto as vias sensório-motoras facilitam uma comunicação neuronal rápida e altamente localizada, ideal para respostas imediatas e precisas a estímulos específicos (Kandel et al., 2000), o sistema neuroendócrino funciona através de uma libertação mais lenta e difusa de hormonas na corrente sanguínea. Esta forma de funcionamento permite efeitos mais duradouros, sendo adaptada para regular simultaneamente processos fisiológicos complexos em múltiplos órgãos (Melmed et al., 2018). Ambos os sistemas alcançam alta especificidade, mas fazem-no através de mecanismos distintos: as vias sensório-motoras através da organização precisa de redes neuronais e o sistema neuroendócrino através da presença de recetores específicos nos órgãos-alvo (Williams, 2018). Referências Kandel, E. R., Schwartz, J. H., & Jessell, T. M. (2000). Principles of Neural Science (4th ed.). McGraw-Hill. Melmed, S., Polonsky, K. S., Larsen, P. R., & Kronenberg, H. M. (2018). Williams Textbook of Endocrinology. Elsevier. Williams, G. (2018). Basic and Clinical Endocrinology. Springer. fi 4 Neurónio (Célula nervosa) Potencial de ação Recetor de neurotransmissor Axónio Neurotransmissor Célula alvo Célula Célula alvo endócrina Hormona Recetor hormonal Vaso sanguíneo As hormonas funcionam como mensageiros químicos, sendo libertas diretamente na corrente sanguínea para exercerem influência sobre células-alvo específicas. A especificidade na ação hormonal é conferida pela presença de recetores celulares que são sensíveis a uma determinada hormona, permitindo que a célula-alvo responda eficazmente ao sinal hormonal (Melmed et al., 2018). Este mecanismo de reconhecimento recetor-ligante assegura que apenas as células com recetores adequados são afetadas, resultando numa regulação fisiológica precisa de processos como crescimento, desenvolvimento, metabolismo e homeostase (Williams, 2018). Referências Melmed, S., Polonsky, K. S., Larsen, P. R., & Kronenberg, H. M. (2018). Williams Textbook of Endocrinology. Elsevier. Williams, G. (2018). Basic and Clinical Endocrinology. Springer. Controlo hierárquico hormonal Hipotálamo Hipófise Hipófise Estímulos sensoriais Orgãos e tecidos Glândula Glândula Glândula Alvo Alvo Alvo A imagem representa o sistema endócrino humano, evidenciando a complexidade e hierarquia do controle hormonal. O hipotálamo, situado no cérebro, é o ponto de partida desta rede regulatória. O hipotálamo monitoriza o ambiente interno do corpo e liberta também neurohormonas reguladoras que atuam sobre a hipófise, muitas vezes referida como a “glândula-mestra”. A hipófise, por sua vez, segrega uma série de hormonas que influenciam outras glândulas endócrinas, como a tiroide. Quando a tiroide produz as suas hormonas, elas entram na corrente sanguínea e, além de exercerem os seus efeitos em órgãos-alvo, também dão feedback ao hipotálamo sobre os seus níveis, mantendo a homeostase. Este sistema de retroalimentação e regulação hierárquica assegura que o corpo mantenha um equilíbrio interno, ajustando-se às mudanças do ambiente (Hadley & Levine, 2007). Referência Hadley, M. E., & Levine, J. E. (2007). Endocrinology (6th ed.). Pearson/Prentice Hall.  Ciclos biológicos diurnos Pineal Hipotálamo 1. Hipófise Funções corporais e Nível do cálcio no sangue Paratiroides sistema hormonal 2. Tiroide Sistema imunitário Timo Coração Estômago 3. Suprarrenais Fígado Uso da glicose no sangue 4. Pâncreas Rins 5. Ovários & Placenta Intestino delgado 5.Testículos A imagem ilustra as principais glândulas endócrinas e alguns órgãos com funções glandulares do corpo humano. As glândulas endócrinas e os órgãos com funções glandulares são responsáveis pela secreção de hormonas que regulam várias funções do corpo (Tortora & Derrickson, 2017). Entre estes incluem-se: Hipotálamo. Uma estrutura cerebral que regula a atividade da hipófise através da produção de hormonas libertadoras e inibitórias (Purves et al., 2001). Glândula pineal. Segrega melatonina e está envolvida na regulação do ciclo circadiano (Arendt, 2005). Hipófise. Localizada na base do cérebro, desempenha um papel crucial na regulação de várias glândulas endócrinas (Melmed, 2011). Glândulas paratiroideias. Produzem a hormona paratiroideia que regula o equilíbrio de cálcio e fósforo no corpo (Brown, 2013). Tiroide. Segrega hormonas envolvidas na regulação do metabolismo (Brent, 2012). Timo. Principalmente um órgão linfoide, também tem funções endócrinas durante o desenvolvimento (Miller, 2011). Glândulas suprarrenais. Produzem hormonas como o cortisol e a aldosterona (Bornstein et al., 2008). Pâncreas. Segrega insulina e glucagão, regulando o metabolismo da glicose (Sherwood, 2015). Rins. Produzem eritropoietina e ativam a vitamina D (Kaplan et al., 2017). Fígado. Embora seja primariamente um órgão metabólico, segrega várias substâncias com atividade hormonal (Michalopoulos, 2014). Ovários. Nos indivíduos femininos, produzem hormonas sexuais (Hillier, 2007). Placenta. Durante a gravidez, produz hormonas como a gonadotrofina coriónica humana (Norwitz & Schust, 2011). Testículos. Em indivíduos masculinos, são responsáveis pela produção de testosterona (O'Donnell et al., 2011). Referências Arendt, J. (2005). Melatonin: characteristics, concerns, and prospects. Journal of Biological Rhythms, 20(4), 291-303. Bornstein, S. R., Allolio, B., Arlt, W., Barthel, A., Don-Wauchope, A., Hammer, G. D.,... & Torpy, D. J. (2008). Diagnosis and treatment of primary adrenal insufficiency: An Endocrine Society clinical practice guideline. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 103(2), 364-389. Brent, G. A. (2012). Mechanisms of thyroid hormone action. The Journal of Clinical Investigation, 122(9), 3035-3043. Brown, E. M. (2013). Role of the calcium-sensing receptor in extracellular calcium homeostasis. Best Practice & Research Clinical Endocrinology & Metabolism, 27(3), 333-343. Hillier, S. G. (2007). Gonadal steroids and the control of ovulation. In Hormones and Reproduction in Fishes, Amphibians, and Reptiles (pp. 39-84). Springer, New York, NY. Kaplan, J. M., Sharma, N., & Dikdan, S. (2017). Hepatitis B, other viral hepatitis, and liver function. In Tropical Infectious Diseases: Principles, Pathogens and Practice (3rd. Edition) (pp. 631-643). Elsevier. Melmed, S. (2011). Pathogenesis and diagnosis of growth hormone deficiency in adults. New England Journal of Medicine, 362(20), 1909-1919. Michalopoulos, G. K. (2014). Liver regeneration 7 Pineal melatonina Ritmo circadiano Indução do sono A glândula pineal, igualmente denominada epífise, é uma pequena estrutura endócrina que se assemelha, em dimensão, a um grão de arroz (Natesan et al., 2021). Esta glândula está situada no diencéfalo, mais concretamente no epitalámo, uma sub-região do tálamo, e encontra-se na junção dos dois hemisférios cerebrais (Krstić, 2014). Localiza-se numa reentrância entre os colículos superiores, situando-se abaixo do esplénio do corpo caloso. Encontra-se protegida por uma cápsula formada pela tela coroide inferior do terceiro ventrículo. Adicionalmente, a glândula está envolvida numa cápsula de pia mater. Morfologicamente, a glândula pineal tem uma base orientada anteriormente, sendo dividida pelo seu pedúnculo em duas lâminas — superior e inferior (Vigh & Vigh-Teichmann, 1998). Este pedúnculo, além de separar as duas partes da glândula, ancora-a ao teto do terceiro ventrículo. A lâmina superior contém a comissura posterior, enquanto a lâmina inferior alberga a comissura habenular. Celularmente, o parênquima da glândula pineal é altamente vascularizado e subdividido em lóbulos por septos conjuntivos, com a função adicional de transportar vasos sanguíneos e fibras nervosas simpáticas (Simard et al., 2018). Os axónios simpáticos adrenérgicos que a enervam originam-se no bolbo raquidiano e alcançam a glândula através do nervo conarii. Um dos traços distintivos desta glândula é ser um órgão circumventricular o que significa que tem uma relação única com a barreira hematoencefálica, diferentemente de outras regiões do cérebro (Cioffi, 2019; Ganong, 2019). Mais especificamente, a barreira hematoencefálica na região da glândula pineal é menos restritiva do que em outras regiões cerebrais, permitindo uma maior troca de substâncias entre o sangue e o parênquima pineal. É importante notar que a calcificação da glândula pineal é um fenómeno comum com o avanço da idade e frequentemente observável em exames de imagem como a tomografia computorizada (Kunz et al., 1999). Referências Cioffi, F. (2019). The Pineal Gland and its Hormones: Fundamentals and Clinical Perspectives. https://doi.org/10.1007/978-3-030-30774-9 Ganong, W. F. (2019). Ganong's Review of Medical Physiology (26ª ed.). McGraw-Hill Education. Krstić, R. V. (2014). Human Microscopic Anatomy. Springer-Verlag. Kunz, D., Schmitz, S., Mahlberg, R., Mohr, A., Stöter, C., Wolf, K., & Herrmann, W. M. (1999). A new concept for melatonin deficit: on pineal calcification and melatonin excretion. Neuropsychopharmacology, 21(6), 765–772. Natesan, A., Geetha, L., & Zink, B. (2021). Physiology, Pineal Gland. In StatPearls. StatPearls Publishing. Simard, J., Belle, M., & Pellevoisin, C. (2018). Pineal Gland and Modulation of the Endocrine System. Hormones and Transport Systems, 53(3), 231-244. Vigh, B., & Vigh-Teichmann, I. (1998). Actual problems of the cerebrospinal fluid-contacting neurons. Microscopy Research and Technique, 41(1), 57–83. 8 Concentração Melatonina Sangue Pico meio noite melatonina Ritmo circadiano Indução do sono A principal função da glândula pineal é a produção e secreção da melatonina, uma hormona derivada do triptofano (Arendt, 2005). A melatonina tem um papel crucial na regulação dos ritmos circadianos, especificamente, no ciclo vigília-sono. A produção desta hormona é influenciada pela luz; durante a noite, quando há pouca ou nenhuma luz, a produção de melatonina aumenta, induzindo o sono. Durante o dia, com o aumento da exposição à luz, a produção diminui, o que ajuda a manter o estado de vigília. A melatonina também desempenha um papel noutras funções biológicas. Atua como um antioxidante (Reiter et al., 2016), modula o sistema imunológico (Carrillo-Vico et al., 2013), e há evidências que sugerem o seu papel na endocrinologia, inclusive na regulação das hormonas reprodutivas. Por exemplo, pode inibir a secreção de gonadotrofinas, como a hormona folículo-estimulante (FSH) e a hormona luteinizante (LH), pela hipófise (Tamura et al., 2009). Além disso, os níveis de melatonina tendem a alterar-se com o avanço da idade, o que pode contribuir para distúrbios do sono em indivíduos mais velhos (Olde Rikkert & Rigaud, 2001). Além da melatonina, a glândula pineal secreta outras moléculas, incluindo peptídeos e bioaminas (Ho & Torres, 2019). Referências Arendt, J. (2005). Melatonin: characteristics, concerns, and prospects. Journal of Biological Rhythms, 20(4), 291–303. https://doi.org/10.1177/0748730405277492 Carrillo-Vico, A., Lardone, P. J., Álvarez-Śnchez, N., Rodríguez-Rodríguez, A., & Guerrero, J. M. (2013). Melatonin: Buffering the Immune System. International Journal of Molecular Sciences, 14(4), 8638–8683. Https://doi.org/10.3390/ijms14048638 Ho, A. K., & Torres, P. (2019). Other Hormones of the Pineal Gland. Pineal Research Reviews, 7, 113–147. Lewy, A. J., Wehr, T. A., Goodwin, F. K., Newsome, D. A., & Markey, S. P. (1980). Light suppresses melatonin secretion in humans. Science, 210(4475), 1267–1269. https://doi.org/10.1126/science.7434029 Olde Rikkert, M. G., & Rigaud, A. S. (2001). Melatonin in elderly patients with insomnia. A systematic review. Z Gerontol Geriatr, 34(6), 491–497. https://doi.org/10.1007/s003910170025 Reiter, R. J., Mayo, J. C., Tan, D. X., Sainz, R. M., Alatorre-Jimenez, M., & Qin, L. (2016). Melatonin as an antioxidant: under promises but over delivers. Journal of Pineal Research, 61(3), 253–278. https://doi.org/10.1111/jpi.12360 Tamura, H., Nakamura, Y., Terron, M. P., Flores, L. J., Manchester, L. C., Tan, D. X., Sugino, N., & Reiter, R. J. (2009). Melatonin and pregnancy in the human. Reproductive Toxicology, 27(3-4), 291–303. https://doi.org/10.1016/j.reprotox.2008.03.005 9 Hipotálamo orexina Área H lateral Despertar Metabolismo Energia corporal Procura de recompensa Função vegetativa Controlo ventilatório A orexina, também conhecida como hipocretina, é uma hormona neuropeptídica que é primariamente sintetizada e segregada por neurónios localizados na região lateral, posterior e perifornical do hipotálamo (Sakurai et al., 1998). Esta hormona desempenha papéis multifacetados em várias funções fisiológicas, incluindo a regulação do estado de vigília, o metabolismo energético, a busca de recompensa, a função vegetativa e o controlo ventilatório (Tsujino & Sakurai, 2009). Além das suas funções diversificadas, estudos recentes indicam que os níveis de orexina podem estar sujeitos a variações relacionadas com a idade. Especificamente, foi observado que os níveis de orexina tendem a diminuir com o avanço da idade (Nixon et al., 2015). Este declínio pode ter implicações significativas para o envelhecimento saudável, potencialmente influenciando a qualidade do sono, o metabolismo e outros aspetos da homeostasia (Fronczek et al., 2012). Referências Sakurai, T., Amemiya, A., Ishii, M., Matsuzaki, I., Chemelli, R. M., Tanaka, H., Williams, S. C., Richardson, J. A., Kozlowski, G. P., Wilson, S., Arch, J. R., Buckingham, R. E., Haynes, A. C., Carr, S. A., Annan, R. S., McNulty, D. E., Liu, W. S., Terrett, J. A., Elshourbagy, N. A., Bergsma, D. J., & Yanagisawa, M. (1998). Orexins and orexin receptors: a family of hypothalamic neuropeptides and G protein-coupled receptors that regulate feeding behavior. Cell, 92(4), 573–585. https://doi.org/10.1016/S0092-8674(00)80949-6 Tsujino, N., & Sakurai, T. (2009). Orexin/Hypocretin: A Neuropeptide at the Interface of Sleep, Energy Homeostasis, and Reward System. Pharmacological Reviews, 61(2), 162–176. https://doi.org/10.1124/pr.109.001321 Nixon, J. P., Mavanji, V., Butterick, T. A., Billington, C. J., Kotz, C. M., & Teske, J. A. (2015). Sleep disorders, obesity, and aging: The role of orexin. Ageing Research Reviews, 20, 63–73. https://doi.org/10.1016/j.arr.2014.11.001 Fronczek, R., Overeem, S., Lammers, G. J., van Dijk, J. G., & Van Someren, E. J. (2012). Altered skin-temperature regulation in narcolepsy relates to sleep propensity. Sleep, 35(7), 961–967. https://doi.org/10.5665/sleep.1954 10 Hipotálamo tem 3 divisões Lateral Medial Periventricular III ventrículo A divisão periventricular é a que se relaciona mais diretamente com a hipó se (posterior) Núcleos Hipotalâmicos Conectados com a Hipó se Posterior O hipotálamo é geralmente dividido em três regiões principais: a região lateral, a região medial e a região periventricular. Esta última está situada mais perto do terceiro ventrículo e contém o núcleo paraventricular e o núcleo periventricular, entre outros. Estes núcleos estão intimamente envolvidos na regulação da hipófise e, por conseguinte, têm um papel crítico na modulação hormonal sistémica. O núcleo paraventricular (PVN) é uma estrutura neuronal localizada no hipotálamo, situada adjacentemente ao terceiro ventrículo. Este núcleo é constituído por um conjunto de neurónios especializados que desempenham funções diversas, respondendo a uma variedade de estímulos fisiológicos, incluindo o stresse (Herman et al., 2003). Uma proporção significativa de neurónios no PVN projeta-se para a hipófise posterior, onde libertam oxitocina na circulação sistémica. Além disso, outros neurónios no PVN influenciam a atividade da hipófise anterior, regulam o apetite e funções autonómicas no tronco cerebral e medula espinhal (Swanson & Sawchenko, 1983). O núcleo supraótico, por sua vez, está primariamente envolvido na libertação de vasopressina, outra hormona peptídica que regula funções como a osmorregulação e a pressão arterial (Bourque, 2008). O núcleo periventricular, é uma fina camada de neurónios pequenos localizados na parede medial do terceiro ventrículo e está envolvida em diversas funções, incluindo analgesia (Fields, 2004). Este núcleo é segmentado em regiões rostral, intermediária e caudal, cada uma com funções específicas na modulação hormonal. A região rostral está envolvida na produção da hormona libertadora de somatostatina e hormona da tiroide; a porção intermediária contribui para a secreção da somatostatina, leptina, gastrina e neuropeptídeo Y; e nos seres humanos e outros primatas, esta região também produz o fator libertador de gonadotrofina (GnRH). A região caudal tem um papel na regulação do sistema nervoso simpático, sendo considerada um centro neuronal relacionado com a raiva (Simerly, 2004). O núcleo periventricular não possui uma barreira hematoencefálica eficaz, tornando-o mais suscetível a influências do sistema circulatório (Broadwell & Brightman, 1976). Referências Bourque, C. W. (2008). 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Hypothalamic integration: organization of the paraventricular and supraoptic nuclei. Annual Review of Neuroscience, 6(1), 269-324. Https://doi.org/10.1146/annurev.ne.06.030183.001413 Simerly, R. B. (2004). Anatomical substrates of hypothalamic integration. In The rat nervous system (pp. 335-368). Academic Press. Https://doi.org/10.1016/B978-012547638-6/50011-0 fi fi 11 Hipotálamo - peptídeos NPV HACER Neuro-hormonas HORMONA FATOR DE ANTIDIURÉTICA/ LIBERTAÇÃO DA OXITOCINA vasopressina CORTICOTROPINA (ADH) (CRF) Hipó se posterior Hipó se posterior Hipó se anterior Estímulo ou inibição Armazenamento Armazenamento de produção hormonal O hipotálamo desempenha um papel crucial na modulação de várias funções fisiológicas e neuroendócrinas. Neurónios magnocelulares do hipotálamo sintetizam peptídeos neurohormonais, nomeadamente a oxitocina e a hormona antidiurética (vasopressina), sendo posteriormente transportadas para a hipófise posterior para armazenamento e libertação subsequente na circulação sistémica (Leng & Ludwig, 2008). A área hipotalâmica de controlo da resposta emocional (HACER) é ativada pela amígdala e conduz a alterações tanto endócrinas quanto vegetativas. Esta ativação leva à estimulação do núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN), que segrega o fator libertador de corticotropina (CRF). O CRF, por sua vez, estimula a adeno-hipófise a sintetizar e libertar β-endorfina e hormona adrenocorticotrópica (ACTH). A ACTH induz a produção de cortisol pelas glândulas suprarrenais, que atua num mecanismo de feedback negativo sobre o hipotálamo e o hipocampo (Smith & Vale, 2006). Além dos peptídeos neurohormonais acima mencionados, outros fatores de libertação hormonal também são sintetizados pelo hipotálamo para regular as hormonas da hipófise. Estes incluem o fator libertador da tireotropina (TRH), o fator libertador de gonadotropina (GnRH), e a somatostatina, que influenciam respetivamente a libertação da tireotropina, das gonadotropinas e da hormona de crescimento pela hipófise anterior (Kaplan & Sadock, 2015). Referências Kaplan, H. I., & Sadock, B. J. (2015). Synopsis of Psychiatry (11ª Ed.). Lippincott Williams & Wilkins. Leng, G., & Ludwig, M. (2008). Neurotransmitters and peptides: whispered secrets and public announcements. Journal of Physiology, 586(23), 5625-5632. https://doi.org/10.1113/jphysiol.2008.162024 Smith, S. M., & Vale, W. W. (2006). The role of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis in neuroendocrine responses to stress. Dialogues in Clinical Neuroscience, 8(4), 383–395. fi fi fi 12 Hipó se ou Pituitária Quiasma ótico Hipotálamo A hipófise ca Eminência média Pars tuberalis sob o Hipotálamo Pedúnculo Lobo anterior Lobo posterior A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é uma estrutura complexa dividida em dois lobos distintos: o lobo anterior e o lobo posterior. Cada lobo tem funções especializadas e sintetiza hormonas diversas que atuam em alvos específicos, influenciando uma variedade de funções fisiológicas e comportamentais (Melmed, 2011). No lobo posterior da hipófise, neurónios magnocelulares oriundos do hipotálamo armazenam e libertam peptídeos neurohormonais, como a oxitocina e a vasopressina, na circulação sistémica. Estas hormonas são sintetizadas no hipotálamo e transportadas ao lobo posterior para serem libertas quando necessário (Fliers et al., 2014). O lobo anterior, por outro lado, é regulado por uma série de fatores libertadores e inibidores produzidos pelo hipotálamo. Estes peptídeos moduladores são transportados para o lobo anterior através do sistema porta hipotalâmico-hipofisário e influenciam a secreção de hormonas como a hormona de crescimento, TSH, ACTH, entre outras (Melmed, 2011). Referências Fliers, E., Swaab, D. F., & Alkemade, A. (2014). The human hypothalamus in mood disorders: The HPA axis in the center. Handbook of Clinical Neurology, 124, 357-366. https://doi.org/10.1016/B978-0-444-59602-4.00022-9 Melmed, S. (2011). Mechanisms for pituitary tumorigenesis: the plastic pituitary. 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Este lobo é mais proeminente em outras espécies e está envolvido na produção de melanotropina (MSH) nos seres humanos. Lobo Anterior (Adenohipófise). Este é o lobo mais volumoso e consiste em várias partes, incluindo o pars distalis, o pars tuberalis e o pars intermedia. O pars distalis é a região principal responsável pela produção de várias hormonas como ACTH, TSH, GH, entre outras. O pars tuberalis, que envolve o pedúnculo hipofisário, desempenha um papel menos claro, mas pensa-se estar envolvido na regulação sazonal de algumas funções endócrinas (Hazlerigg & Loudon, 2005). O pars intermedia, situado entre o pars distalis e o pars nervosa, é principalmente ativo em outras espécies, mas em seres humanos, segrega principalmente a melanotropina (MSH). Controlo Hipotalâmico da Hipó se O controlo do hipotálamo sobre a hipófise é intrincado e mediado através de uma série de fatores libertadores e inibitórios, bem como de conexões neuronais diretas. O lobo anterior é regulado por fatores libertadores do hipotálamo, como o fator libertador de tireotropina (TRH) e o fator libertador de corticotropina (CRH), que são transportados através do sistema porta hipotalâmico-hipofisário. Estes peptídeos induzem a secreção de hormonas específicas pelas células do lobo anterior (Fliers et al., 2014). O lobo posterior, por outro lado, é controlado por uma via neuronal direta. Neurónios magnocelulares no hipotálamo projetam axónios diretamente para o lobo posterior. A estimulação desses neurónios resulta na libertação de hormonas armazenadas, como oxitocina e vasopressina, diretamente na corrente sanguínea (Leng & Ludwig, 2008). Assim, a relação entre o hipotálamo e a hipófise é uma interface crítica para a regulação endócrina e homeostática. Este sistema complexo exemplifica a colaboração funcional entre os sistemas nervoso e endócrino, permitindo uma adaptação rápida e eficaz a diversas situações fisiológicas e stressantes. Referências Bourque, C. W. (2008). Central mechanisms of osmosensation and systemic osmoregulation. Nature Reviews Neuroscience, 9(7), 519-531. https://doi.org/10.1038/nrn2400 Charmandari, E., Tsigos, C., & Chrousos, G. (2005). Endocrinology of the stress response. Annual Review of Physiology, 67, 259-284. https://doi.org/10.1146/annurev.physiol.67.040403.120816 Fliers, E., Swaab, D. F., & Alkemade, A. (2014). The human hypothalamus in mood disorders: The HPA axis in the center. Handbook of Clinical Neurology, 124, 357-366. https://doi.org/10.1016/B978-0-444-59602-4.00022-9 Leng, G., & Ludwig, M. (2008). Neurotransmitters and peptides: whispered secrets and public announcements. Journal of Physiology, 586(23), 5625-5632. https://doi.org/10.1113/jphysiol.2008.162024 Melmed, S. (2011). Mechanisms for pituitary tumorigenesis: the plastic pituitary. Journal of Clinical Investigation, 121(12), 4717-4727. https://doi.org/10.1172/JCI59567 fi fi fi fi 14 Hipotálamo - Hipó se Magnocélulas Ligação hipotálamo - neurossecret hipó se POSTERIOR Hipotálamo oras Quiasma ótico Hormonas peptídeas / Lobo neuro-hormonas posterior hipófise Oxitocina Vasopressina / ADH Lobo anterior Cama capilar hipófise Controle Hipotalâmico da Hipó se O lobo posterior é controlado por uma via neuronal direta. Neurónios magnocelulares no hipotálamo projetam axónios diretamente para o lobo posterior. A estimulação desses neurónios resulta na libertação de hormonas armazenadas, como oxitocina e vasopressina, diretamente na corrente sanguínea (Leng & Ludwig, 2008). Referências Leng, G., & Ludwig, M. (2008). Neurotransmitters and peptides: whispered secrets and public announcements. Journal of Physiology, 586(23), 5625-5632. https://doi.org/10.1113/jphysiol.2008.162024 fi fi fi 15 Hipotálamo - Hipó se Parvocélulas neurossecretoras Hipotálamo Ligação hipotálamo - hipó se ANTERIOR Cama capilar Libertação de H. hipofisiotrópicas Lobo anterior hipófise Fatores de libertação Hormonas com glândulas Estimulação como alvo ou inibição da libertação Hormonas com o corpo de H. da hipófise como alvo Células anterior secretoras de hormonas Ação nos órgãos do corpo Controle Hipotalâmico da Hipó se O lobo anterior é regulado por fatores libertadores do hipotálamo, como o fator libertador de tireotropina (TRH) e o fator libertador de corticotropina (CRH), sendo transportados através do sistema porta hipotalâmico-hipofisário. Estes peptídeos induzem a secreção de hormonas específicas pelas células do lobo anterior (Fliers et al., 2014). A hipófise anterior é uma glândula real e não parte do cérebro como a posterior. Referências Fliers, E., Swaab, D. F., & Alkemade, A. (2014). The human hypothalamus in mood disorders: The HPA axis in the center. Handbook of Clinical Neurology, 124, 357-366. https://doi.org/10.1016/B978-0-444-59602-4.00022-9 fi fi fi Hipó se Hipotálamo Fluxo Arterial Hipófise anterior Hipófise posterior ADENO-HIPÓFISE NEURO-HIPÓFISE Vasopressina e oxitocina GH, ACTH, TSH, FSH, LH, Prolactina Fluxo Arterial Dos dois lobos, o lobo anterior é maior, constituindo 75% da glândula. Este lobo também tem um papel maior na libertação de hormonas, embora o lobo posterior ainda faça algum trabalho. fi 17 Hipó se A hipófise é uma estrutura ovoide de dimensões semelhantes às de uma ervilha. Localiza-se na fossa hipofisária (sela túrcica) do osso esfenoide, sendo ancorada ao tubérculo cinéreo do hipotálamo através do infundíbulo. Este último é uma extensão do diencéfalo que serve como um canal de comunicação entre o hipotálamo e a hipófise. O diafragma da sela, uma membrana de dura-máter, envolve apenas parcialmente a glândula, possuindo uma abertura específica para o infundíbulo. Adicionalmente, um seio venoso separa a glândula do pavimento da fossa hipofisária, fornecendo um mecanismo vascular isolante (Herman et al., 2016). Referências Herman, J. P., McKlveen, J. M., Ghosal, S., Kopp, B., Wulsin, A., Makinson, R.,... & Myers, B. (2016). Regulation of the Hypothalamic-Pituitary-Adrenocortical Stress Response. Comprehensive Physiology, 6(2), 603-621. https://doi.org/10.1002/cphy.c150015 fi 18 ACT H ADH TSH Oxitocina Hipófise anterior Hipófise posterior FSH GH LH Prolactina A imagem apresentada é uma ilustração detalhada que focaliza na hipófise e seus respetivos efeitos em diferentes órgãos alvo e as hormonas por ela segregadas. Hipófise Anterior (Adeno-Hipófise). Esta secção da ilustração destaca a glândula pituitária anterior e as várias hormonas que ela segrega, bem como os seus respetivos órgãos alvo: Tiroide. A hormona estimulante da tiroide (TSH) é ilustrada apontando da hipófise anterior para a tiroide. Córtex Adrenal. A hormona adrenocorticotrópica (ACTH) é mostrada apontando da hipófise anterior para o córtex adrenal. Testículo. Hormonas, como a FSH (hormona folículo estimulante) e LH (hormona luteinizante), são ilustradas apontando da hipófise anterior para o testículo e ovário. Glând. Mamárias. A prolactina é mostrada apontando da hipófise anterior para as glândulas mamárias. Hipófise Posterior (Neuro-Hipófise). Esta parte da ilustração foca na porção posterior da hipófise e nas hormonas que ela liberta: Rim. A hormona antidiurética (ADH) é ilustrada apontando da hipófise posterior para o rim. Mama e tecidos uterinos. A oxitocina é ilustrada como sendo segregada pela hipófise posterior e como tendo múltiplos alvos, incluindo os músculos uterinos e glândulas mamárias. GH. A hormona do crescimento (GH) é ilustrada apontando para uma representação de "ossos, músculos e órgãos", indicando que esta hormona influencia o crescimento e desenvolvimento destes tecidos. 19 Vasopressina ou H antidiurética Hipó se posterior Rim Suprarrenais Regulação de volume e Vasopressina osmolaridade da urina Aldosterona Artérias RIM Pressão sanguínea Diurese A hormona antidiurética (ADH), também conhecida como vasopressina, atua predominantemente nos rins para regular o volume e a osmolaridade da urina, diminuindo a frequência de micção. Esta regulação ocorre por meio do aumento da reabsorção da água nos túbulos contorcidos distais e nos ductos coletores renais, minimizando, assim, a perda de água através da urina. Em situações de desidratação ou queda da pressão arterial, a ADH é liberta em maior quantidade, conduzindo a uma conservação de água pelos rins. Este mecanismo resulta na produção de urina mais concentrada e em menor volume. Além disso, a vasopressina desempenha um papel vasoconstritor, levando à contração dos vasos sanguíneos, o que pode resultar no aumento da pressão arterial. A libertação desta hormona é desencadeada principalmente por uma diminuição no volume sanguíneo ou por um aumento na concentração plasmática de sal (Knepper & Kwon, 2002). Referências Knepper, M. A., & Kwon, T. H. (2002). Renal tubule aquaporins. Journal of the American Society of Nephrology, 13(9), 2268-2278. fi 20 Órgão subfornical Rins-cérebro Hipotálamo Renina libertada sede Angiotensigéneo – NPV —> vasopressina Vasopressina reduz perda H2O nos rins Fígado Pressão sanguínea ↓ Rim A renina é uma enzima produzida e libertada pelos rins em resposta a uma diminuição da pressão sanguínea ou a um fluxo sanguíneo renal reduzido. Esta enzima catalisa a conversão do angiotensinogénio, um precursor inativo, em angiotensina I, sendo posteriormente convertida em angiotensina II por meio da enzima conversora de angiotensina (ECA). A angiotensina II é um potente vasoconstritor e desempenha um papel fundamental na regulação da pressão arterial. No cérebro, o órgão subfornical deteta níveis elevados de angiotensina II. Como resposta, ocorrem diversas ações: Estimulação das células no hipotálamo lateral, levando ao aumento da sensação de sede. Ativação das células no núcleo periventricular, que resulta na secreção da hormona antidiurética, ou vasopressina. Além das suas ações centrais, a angiotensina II exerce efeitos diretos sobre os vasos sanguíneos, promovendo a vasoconstrição, e sobre os rins, aumentando a reabsorção de sódio e água, o que contribui para a elevação da pressão arterial. A vasopressina, por sua vez, atua nos rins, reduzindo a excreção de água ao aumentar a sua reabsorção nos túbulos renais, o que ajuda a concentrar a urina. Referência Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2016). Textbook of Medical Physiology (13ª ed.). Elsevier. fi 21 Oxitocina Gravidez & Parto - Hipófise Contração uterina Descida de leite Processos vários - OXITOCINA Hipotálamo Relações sexuais Ansiedade Resposta cardiovascular A oxitocina é um nonapeptídeo sintetizado primordialmente nos núcleos paraventricular e supraótico do hipotálamo (Carter, 2014). Na periferia, esta molécula é segregada pela neurohipófise e atua como uma hormona, desempenhando um papel na lactação e na contração uterina durante o parto (Gimpl & Fahrenholz, 2001). Especificamente, a oxitocina é responsável por desencadear o reflexo de descida do leite, o qual pode ser estimulado não apenas pelo ato de amamentação, mas também por estímulos sensoriais como a visão ou audição de um bebé a chorar. Este último fenómeno é mediado pelo córtex cerebral e pode ser atribuído a mecanismos de condicionamento (Uvnäs-Moberg et al., 2019). Quando libertada centralmente, a oxitocina atua como um neurotransmissor ou neuromodulador, exercendo influência em várias respostas fisiológicas e comportamentais. Estas incluem a modulação da ansiedade, a regulação das respostas neuroendócrinas e cardiovascular, bem como a facilitação de comportamentos sociais (Neumann & Slattery, 2016). Além disso, a oxitocina também é liberta durante as atividades sexuais em ambos os sexos, contribuindo para diversas respostas fisiológicas e emocionais (Carmichael et al., 1987). Referências Carmichael, M. S., Humbert, R., Dixen, J., Palmisano, G., Greenleaf, W., & Davidson, J. M. (1987). Plasma oxytocin increases in the human sexual response. Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 64(1), 27-31. https://doi.org/10.1210/jcem-64-1-27 Carter, C. S. (2014). Oxytocin pathways and the evolution of human behavior. Annual Review of Psychology, 65, 17-39. https://doi.org/10.1146/annurev-psych-010213-115110 Gimpl, G., & Fahrenholz, F. (2001). The oxytocin receptor system: Structure, function, and regulation. Physiological Reviews, 81(2), 629-683. https://doi.org/10.1152/physrev.2001.81.2.629 Neumann, I. D., & Slattery, D. A. (2016). Oxytocin in general anxiety and social fear: A translational approach. Biological Psychiatry, 79(3), 213-221. https://doi.org/10.1016/j.biopsych.2015.06.004 Uvnäs-Moberg, K., Handlin, L., & Petersson, M. (2019). Self-soothing behaviors with particular reference to oxytocin release induced by non-noxious sensory stimulation. Frontiers in Psychology, 9, 1-16. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.02769 22 Hormona do crescimento Somatropina Crescimento Ossos Músculos Órgãos Vias metabólicas Distribuição gordura e massa muscular Função cognitiva Memória Processamento Comportamento social, Humor A Hormona do Crescimento (GH, do inglês Growth Hormone), também conhecida como somatropina, é uma pequena proteína sintetizada e segregada pela hipófise anterior (Molitch et al., 2011). A sua função principal é regular o crescimento e desenvolvimento de diversos tecidos no corpo que possuem potencial para crescimento. Este papel é exercido principalmente por meio da estimulação da síntese de proteínas em tecidos diversos, incluindo ossos e músculos (Veldhuis et al., 2005). A GH promove também a mobilização de ácidos gordos do tecido adiposo, que são utilizados como fonte de energia, além de diminuir a taxa de utilização de glicose em todo o corpo (Guyton & Hall, 2006). Esta hormona tem ainda um papel significativo na regulação de várias vias metabólicas, na distribuição de gordura e massa muscular, no processo de regeneração dos tecidos e na qualidade óssea (Rudman et al., 1990). A GH atua diretamente em várias regiões do cérebro, desempenhando um papel neuromodulador (Nyberg, 2000). Na medicina, a GH é empregada no tratamento de distúrbios de crescimento em crianças e na deficiência de GH em adultos (Molitch et al., 2011). Recentemente, tem-se explorado o seu uso em pacientes idosos como um meio de atenuar sinais e sintomas associados ao envelhecimento (Liu et al., 2007). A concentração desta hormona é particularmente elevada durante a infância e atinge seu pico durante a adolescência, decrescendo gradualmente com a idade (Veldhuis et al., 2005). Os distúrbios associados à GH variam conforme a idade. Na infância e adolescência, o excesso de GH pode levar ao gigantismo, enquanto a sua deficiência resulta em nanismo. Em adultos, o excesso desta hormona está associado ao crescimento anormal das extremidades do corpo, uma condição conhecida como acromegalia (Molitch et al., 2011). A Hormona do Crescimento (GH, de "Growth Hormone") exerce também um papel significativo em aspetos neurológicos e cognitivos. Há evidências crescentes que sugerem uma relação entre os níveis de GH e a função cognitiva, incluindo a memória e o processamento de informações (Arwert et al., 2005; van Dam et al., 2005). Além disso, a GH tem sido associada ao comportamento e ao humor, e estudos em modelos animais sugerem que pode influenciar o comportamento social e a ansiedade (Devesa et al., 2016). Referências Arwert, L. I., Deijen, J. B., & Drent, M. L. (2005). Effects of growth hormone substitution therapy on cognitive functioning in growth hormone deficient patients: A functional MRI study. Neuroendocrinology, 81(1), 54-63. https://doi.org/10.1159/000085238 Devesa, J., Almengló, C., & Devesa, P. (2016). Multiple effects of growth hormone in the body: Is it really the hormone for growth? Clinical Medicine Insights: Endocrinology and Diabetes, 9, 47-71. https://doi.org/10.4137/CMED.S38201 Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2006). Textbook of medical physiology (11th ed.). Elsevier. https://doi.org/10.1016/B0-72-160240-1/50026-3 Liu, H., Bravata, D. M., Olkin, I., Friedlander, A., Liu, V., Roberts, B.,... & Hoffman, A. R. (2007). Systematic review: The effects of growth hormone on athletic performance. Annals of Internal Medicine, 146(10), 747-758. https://doi.org/10.7326/0003-4819-146-10-200705150-00009 Molitch, M. E., Clemmons, D. R., Malozowski, S., Merriam, G. R., Vance, M. L., & Endocrine Society. (2011). Evaluation and treatment of adult growth hormone deficiency: An Endocrine Society clinical practice guideline. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 96(6), 1587-1609. https://doi.org/10.1210/jc.2011-0179 Nyberg, F. (2000). Growth hormone in the brain: Characteristics of specific brain targets for the hormone and their functional significance. Frontiers in Neuroendocrinology, 21(4), 330-348. https://doi.org/10.1006/frne.2000.0201 Rudman, D., Feller, A. G., Nagraj, H. S., Gergans, G. A., Lalitha, P. Y., Goldberg, A. F.,... & Mattson, D. E. (1990). Effects of human growth hormone in men over 60 years old. The New England Journal of Medicine, 323(1), 1-6. https://doi.org/10.1056/NEJM199007053230101 van Dam, P. S., Aleman, A., de Vries, W. R., Deijen, J. B., van der Veen, E. A., & Koppeschaar, H. P. (2005). Growth hormone, insulin-like growth factor I and cognitive function in adults. Growth Hormone & IGF Research, 15(1), 34-42. https://doi.org/10.1016/j.ghir.2004.09.001 Veldhuis, J. D., Roemmich, J. N., & Richmond, E. J. (2005). Endocrine control of body composition in infancy, childhood, and puberty. Endocrine Reviews, 26(1), 114-146. https://doi.org/10.1210/er.2003-0038 23 Prolactina Pâncreas Adipose Mama Gordura, Proteínas leite, Lactose, Lípidos Metabolismo Adipose Síntese de lipídico e libertação de Pâncreas insulina adipocinas Peso corporal Estimula insulina Ingestão alimentar SNC Próstata Mama comportamento maternal, R Stresse, Produção de Síntese de lípidos e cognição citrato proteínas A prolactina (PRL) é uma hormona polipeptídica que possui uma gama variada de funções biológicas. Além do seu papel bem conhecido na lactação e no desenvolvimento mamário (Guyton & Hall, 2006), ela também tem efeitos importantes em várias outras funções fisiológicas, incluindo a regulação do metabolismo e, potencialmente, no comportamento, cognição e emoções (Ben-Jonathan et al., 2006; Freeman et al., 2000; Torner, 2016). A PRL regula a homeostasia metabólica, influenciando as enzimas e transportadores envolvidos no metabolismo da glicose e lípidos em diferentes órgãos-alvo (Donato Jr et al., 2013). No tecido adiposo, a PRL modula o armazenamento lipídico e a secreção de adipocinas. A hormona também desempenha um papel na promoção do crescimento de ilhotas pancreáticas e na estimulação da secreção de insulina (Goffin et al., 2002). Em relação ao sistema nervoso central, a PRL tem sido associada ao comportamento social, cognição e emoções (Torner, 2016). Algumas pesquisas indicam que a PRL pode influenciar o comportamento maternal, a resposta ao stresse e até mesmo a cognição, embora estes efeitos estejam ainda sob investigação (Freeman et al., 2000). Referências Ben-Jonathan, N., Hugo, E. R., Brandebourg, T. D., & LaPensee, C. R. (2006). Focus on prolactin as a metabolic hormone. Trends in Endocrinology & Metabolism, 17(3), 110–116. https://doi.org/10.1016/j.tem.2006.02.005 Donato Jr, J., Frazão, R., & Elias, C. F. (2013). The central control of energy homeostasis and the effects of prolactin in these circuits. Hormone Molecular Biology and Clinical Investigation, 15(1), 71-82. https://doi.org/10.1515/hmbci-2013-0016 Freeman, M. E., Kanyicska, B., Lerant, A., & Nagy, G. (2000). Prolactin: Structure, function, and regulation of secretion. Physiological Reviews, 80(4), 1523-1631. https://doi.org/10.1152/physrev.2000.80.4.1523 Goffin, V., Hoang, D. T., Bogorad, R. L., & Nevalainen, M. T. (2002). Prolactin regulation of the prostate gland: A female player in a male game. Nature Reviews Urology, 9(11), 738-746. https://doi.org/10.1038/nrurol.2012.180 Guyton, A. C. & Hall, J. E. (2006). Textbook of medical physiology (11.ª ed., pp. 921–927, 951–957, 961–977). Elsevier Saunders. Torner, L. (2016). Actions of Prolactin in the Brain: From Physiological Adaptations to Stress and Neurogenesis to Psychopathology. Frontiers in Endocrinology, 7, 25. https://doi.org/10.3389/fendo.2016.00025 24 Adrenocorticotro na (ACTH) Hipotálamo Suprarrenal CRF estimula ↑ Cortisol inibe CRF Córtex: cortisol ACTH (Eleva glicose sanguínea Hipófise anterior Eleva coagulantes ↑ Cortisol Diminui resposta imunitária) ACTH estimula cortisol inibe ACTH Memória, atenção, resiliência ao Córtex stresse adrenal Cortisol A adrenocorticotrofina (ACTH, do inglês Adrenocorticotropic Hormone) é uma hormona peptídica hipofisária que estimula a produção de cortisol no córtex suprarrenal, desempenhando um papel na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), especialmente sob condições de stresse (Smith & Vale, 2006; Herman et al., 2003). O cortisol é uma hormona esteroide com múltiplas funções, incluindo a regulação do metabolismo de glicose, proteínas e lípidos, além de exercer um efeito imunossupressor e participar na manutenção da tensão arterial (Pariante, 2006). Além disso, o cortisol modula diversas funções cognitivas e emocionais, incluindo a memória, atenção e resiliência ao stresse (McEwen, 2007). O feedback negativo exercido pelo cortisol sobre a libertação do fator de libertação de corticotrofina (CRF) mantém a homeostasia deste sistema complexo (Herman et al., 2003). Referências Herman, J. P., Ostrander, M. M., Mueller, N. K., & Figueiredo, H. (2003). Limbic system mechanisms of stress regulation: Hypothalamo-pituitary-adrenocortical axis. Progress in Neuro-Psychopharmacology and Biological Psychiatry, 27(8), 1283-1305. https://doi.org/10.1016/ j.pnpbp.2003.09.010 McEwen, B. S. (2007). Physiology and neurobiology of stress and adaptation: Central role of the brain. Physiological Reviews, 87(3), 873-904. https://doi.org/10.1152/physrev.00041.2006 Pariante, C. M. (2006). The glucocorticoid receptor: Part of the solution or part of the problem? Journal of Psychopharmacology, 20(4_suppl), 79-84. https://doi.org/10.1177/1359786806066058 Smith, S. M., & Vale, W. W. (2006). The role of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis in neuroendocrine responses to stress. Dialogues in Clinical Neuroscience, 8(4), 383-395. https://doi.org/10.31887/DCNS.2006.8.4/ssmith fi 25 Tiroestimulina (TSH) Hipotálamo Crescimento TRF Feedback Ossos, Músculos, Órgãos negativo (inibição) Vias metabólicas TIROIDE Distribuição gordura e massa muscular HIPÓFISE TSH SNC Humor, atenção, memória TRIIODO TIROXINA TIRONINA CALCITONINA (T4) (T3) A tiroestimulina (TSH, da sigla em inglês Thyroid-Stimulating Hormone) é uma glicoproteína segregada pela adenohipófise que desempenha um papel crucial na regulação endócrina ao estimular a glândula tiroide. Esta estimulação conduz à produção e libertação de hormonas tiroideias, incluindo a tiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3), que são fundamentais para a regulação do metabolismo basal, desenvolvimento neural, e homeostase energética (Biondi & Cooper, 2019; Mullur et al., 2014). Adicionalmente, evidências sugerem que as hormonas tiroideias têm um papel importante na regulação de comportamentos, funções cognitivas e emocionais. Alterações nos níveis de hormonas tiroideias podem ser associadas a mudanças no humor, atenção e memória (Bauer et al., 2008). Referências Bauer, M., Goetz, T., Glenn, T., & Whybrow, P. C. (2008). The thyroid-brain interaction in thyroid disorders and mood disorders. Journal of Neuroendocrinology, 20(10), 1101-1114. https://doi.org/10.1111/j.1365-2826.2008.01774.x Biondi, B., & Cooper, D. S. (2019). Subclinical Hypothyroidism: A Review. JAMA, 322(2), 153–160. https://doi.org/10.1001/jama.2019.9052 Mullur, R., Liu, Y.-Y., & Brent, G. A. (2014). Thyroid Hormone Regulation of Metabolism. Physiological Reviews, 94(2), 355–382. https://doi.org/10.1152/physrev.00030.2013 26 Folículo- estimulina (FSH) HIPOTÁLAMO Kisspeptina GNRF Homens HIPÓFISE Espermatogénese FSH Proteína de ligação aos androgénios TESTÍCULO OVÁRIO Mulheres Crescimento de folículos Produção de estrogénio Células de Sertoli Células granulosas Desenvolvimento de células germinativas A Hormona Folículo-Estimulante (FSH, do inglês Follicle-Stimulating Hormone) é uma glicoproteína segregada pela hipófise anterior e está envolvida na regulação das gónadas em ambos os sexos. Nos sistemas reprodutivos masculino e feminino, a FSH exerce funções distintas e específicas. Nos homens, esta hormona atua primariamente nos testículos, mais precisamente nas células de Sertoli. Ela estimula a diferenciação e a primeira divisão meiótica dos espermatócitos primários para formar espermatócitos secundários. Adicionalmente, a FSH amplifica a produção de proteína de ligação ao androgénio pelas células de Sertoli, sendo este processo fundamental para o início da espermatogénese (Plant, 2015). Nas mulheres, a FSH é um fator-chave no crescimento e recrutamento de folículos ovarianos imaturos. Durante a fase antral inicial, esta hormona atua como um fator de sobrevivência que impede a apoptose dos folículos ovarianos e do oócito. A secreção de FSH torna-se mais robusta durante o período de transição da fase lútea para a fase folicular. Este aumento na secreção ocorre devido à diminuição dos níveis de progesterona e estrogénio, incluindo o estradiol (Adashi et al., 2018; Baerwald et al., 2012). A regulação da secreção de FSH pela hipófise anterior é realizada pela hormona de libertação de gonadotropina (GnRH) (Guyton & Hall, 2006). Referências Adashi, E. Y., Resnick, C. E., D'Ercole, A. J., Svoboda, M. E., & Van Wyk, J. J. (2018). Insulin-like growth factors as intraovarian regulators of granulosa cell growth and function. Endocrine Reviews, 6(3), 400-420. https://doi.org/10.1210/edrv-6-3-400 Baerwald, A. R., Adams, G. P., & Pierson, R. A. (2012). Ovarian antral folliculogenesis during the human menstrual cycle: a review. Human Reproduction Update, 18(1), 73-91. https://doi.org/10.1093/humupd/dmr039 Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2006). Textbook of medical physiology (11.ª ed., pp. 921-927, 951-957, 961-977). Philadelphia: Elsevier Saunders. Plant, T. M. (2015). Neuroendocrine control of the onset of puberty. Frontiers in Neuroendocrinology, 38, 73-88. https://doi.org/10.1016/j.yfrne.2015.04.002 27 Hormona luteinizante (LH) GNRF Mulheres ± 8 anos Ovulação Corpo lúteo GnRF estimula Produção de estrogénio e hipó se LH e FSH progesterona Puberdade: ↓ Homens TESTÍCULO OVÁRIO sensibilidade de hipotálamo e hipó se Testosterona nos testículos LH e FSH estimulam testosterona e a feedback ⊖ a níveis ≈ adultos. estrogéneo Consequente/ Produção de esperma aumenta testosterona e estrogéneo que Efeitos do sexo Libertação de testosterona Libertação de estrogéneo estimulam na libertação de desenvolvimento de hormonas caract. sx 2ª Espermatogénese Características sexuais Características sexuais Foliculogénese masculinas 2ª Crescimento de pénis e escroto femininas 2ª Crescimento de barba Crescimento e maturação de Alongamento de laringe (voz + bx) mamas Alargamento de ombros Alargamento das ancas Crescimento de pelos púbicos, Crescimento de pelos axilares e corporais Aumento da musculatura púbicos A Hormona Luteinizante (LH, também conhecida como lutropina e, ocasionalmente, como hormona estimuladora das células intersticiais ou ICSH) é uma glicoproteína segregada pelas células gonadotróficas na hipófise anterior. Esta hormona desempenha

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