Summary

Este documento contém um resumo de requisitos para a construção de edifícios,  focado em diretrizes e regulamentos europeus, como a marcação CE, para garantir a conformidade dos produtos. Aborda conceitos, declarações de desempenho e regulamentos, como o Regulamento Produtos da Construção (EU) n.º 305/2011. O documento também inclui tópicos sobre processos e requisitos de certificação.

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Aula 1- Exigências funcionais da construção de edifícios - Diretiva e Regulamento “Produtos de Construção” Marcação CE Para alguns materiais e sistemas construtivos, para além da marcação CE, pode ainda existir uma etiquetagem complementar, como acontece nas janelas: SEEP – Sistema...

Aula 1- Exigências funcionais da construção de edifícios - Diretiva e Regulamento “Produtos de Construção” Marcação CE Para alguns materiais e sistemas construtivos, para além da marcação CE, pode ainda existir uma etiquetagem complementar, como acontece nas janelas: SEEP – Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos, desenvolvido pela ADENE – Agência para a Energia, é um sistema de etiquetagem voluntário que permite ao utilizador final comparar o desempenho energético de produtos. Porquê a marcação CE? Para poder comercializar/distribuir o produto em qualquer país do mercado interno europeu usando a mesma documentação. Esta marcação juntamente com a Declaração de Desempenho (obrigatória), ajudará também os clientes e utilizadores finais a comprovar o desempenho do produto e a compará-lo com o de outros produtos do mesmo tipo. Nesta declaração de desempenho é dada “resposta” aos requisitos básicos em função do produto. Diretiva Produtos da Construção (89/106/CEE) Requisitos essenciais Requisitos básicos Regulamento Produtos da Construção (EU) n.º 305/2011, que define: as condições de colocação ou disponibilização de produtos da construção no mercado; as regras harmonizadas sobre a forma de expressar o desempenho dos produtos de construção, em função das suas características essenciais; o modo de utilização da Marcação CE nesses produtos Nos produtos de construção os requisitos básicos são geralmente os seguintes: Resistência mecânica e estabilidade Segurança contra incêndio Higiene, saúde e ambiente Segurança e acessibilidade na utilização Proteção contra o ruído / Isolamento acústico Economia de energia e isolamento térmico Utilização sustentável de recursos naturais (novo em relação à diretiva) Quando é que a marcação CE é obrigatória? => Quando existe uma norma harmonizada (norma EN) (mas pode existir marcação CE, não obrigatória, quando não existe norma EN) Existem produtos com a marcação CE e Produtos/Serviços Certificados ✓ Certificação de Produtos: Pode ser voluntária (relacionada habitualmente com estratégias de marketing e exigências de mercado) ; Obrigatória (decorrente do cumprimento da legislação nacional) ✓ Essencial para situações em que: Não existe norma europeia para esse produto; O produto não está abrangido por nenhuma diretiva europeia ou regulamento; Os riscos para a segurança e saúde de pessoas e bens são elevados no caso dos produtos apresentarem falhas ou deficiências em serviço ou em utilização Regulamento “Produtos de Construção” / Marcação CE Marcação CE e declaração de desempenho Marcação CE só é possível para produtos com declaração de desempenho; A declaração de desempenho requerida para qualquer produto colocado no mercado implica: que o tipo de produto é abrangido por uma norma europeia harmonizada (ENh) => sobretudo para produtos simples ou para o qual foi emitida uma Avaliação Técnica Europeia (ETA) => aplica-se sobretudo a produtos inovadores ou complexos (para os quais não existe nem está prevista, a médio prazo, a existência de norma europeia harmonizada). Norma europeia harmonizada (ENh) Avaliação Técnica Europeia (ETA) Especificação geral Adaptada a um dado produto (a Aplicável a uma família completa partir de um Documento de de produtos Avaliação Europeu - EAD) Reflete a situação do mercado Especificação individual numa maior escala Responde a solicitações específicas Traduz o estado do conhecimento do mercado As normas cobrem Apoia a inovação tecnológica predominantemente materiais de As ETAs cobrem construção “simples” (mas têm predominantemente vindo a sair normas para produtos “mais complexos”) Avaliação de requisitos básicos e essenciais, variáveis em função do tipo de produto. Resistência mecânica e estabilidade Os parâmetros Segurança contra incêndio específicos utilizados Higiene, saúde e ambiente nos requisitos básicos Segurança e acessibilidade na utilização variam em função do Comportamento acústico material ou sistema, Comportamento térmico conforme a norma ou … ETA aplicável Utilização sustentável de recursos naturais (Ciclo de vida dos produtos) Principais exigências funcionais / Parâmetros frequentemente utilizados: Exigências de segurança Resistência mecânica às ações (permanentes e sobrecarga) Segurança contra o risco de incêndios Segurança contra ações acidentais Segurança na ocupação e no uso … Exigências de habitabilidade Estanquidade Salubridade Conforto higrotérmico Conforto acústico Conforto na circulação Conforto visual … Exigências de durabilidade Durabilidade intrínseca Durabilidade em função do uso Limpeza, conservação e reparação Exigências de economia Exigências de sustentabilidade (novo, mas muito dependente das exigências anteriores) Exigências de Segurança (resistência mecânica às ações) Permanentes: com valores constantes ou de pequena variação em torno do valor médio Ex: pesos próprios, pesos de equipamentos fixos, impulsos de terras, pré-esforços, etc. Variáveis: com variação significativa em torno do valor médio Ex: sobrecargas, vento, sismos, neve, variações de temperatura, etc. De acidente: Com valores com fraca probabilidade de ocorrência Ex: explosões, choque de veículos, incêndios, etc. Classes de reação ao fogo Correspondência LNEC/Euroclasses Exigências de Segurança (segurança na ocupação e no uso) Não criar insegurança dos utentes ao nível da circulação na habitação e nos acessos: Evitar superfícies escorregadias; Evitar ressaltos no pavimento; Evitar elementos da própria construção ou das instalações especiais, que sobressaiam dos tetos ou paredes a uma altura inferior à altura normal dos utilizadores; … Prevenção de quedas de andares elevados Proteções ao nível da fachada (peitoris de janelas; guardas das varandas) … Exigências de habitabilidade Exigências acústicas, térmicas, humidades e de segurança contra incêndios – Edifícios habitacionais Exigências de Isolamento Térmico Parâmetros em materiais e sistemas Homogéneos => λ (condutibilidade térmica); Não homogéneos => R (resistência térmica) ou U (coef. Transmissão térmica); Exigências de Isolamento Acústico Obtido em laboratório (geralmente para sistemas construtivos e não materiais isolados) Exigências de durabilidade Durabilidade intrínseca (os materiais não devem alterar as suas características quando submetidos a variações de temperatura, de humidade, a ações de radiações ultravioletas, a ações provocadas por agentes biológicos, etc.) Durabilidade em função do uso (os materiais devem possuir as características de resistência ao desgaste, punçoamento, choque e a ações de produtos químicos) Limpeza, conservação e reparação (os materiais deverão ainda apresentar uma fácil limpeza, conservação e reparação) Exemplos de soluções / Características funcionais Gessos laminados (cartonados) “Lã de madeira com cimento” “Aglomerado de cortiça” Revestimentos isolantes Exigências de economia As exigências de economia estão implícitas nas exigências mencionadas anteriormente e baseiam-se em particular em dois aspetos: imitação do custo global = Custos iniciais + manutenção + conservação; Durabilidade – Assegurar que todas as outras exigências formuladas sejam cumpridas durante período de vida útil do edifício. Exigências de sustentabilidade (Ambientais / Económicas / Sociais e Culturais) Exigências funcionais / Regulamentos e Projetos de especialidade Aula 2 e 3- Paredes de edifícios (Exigências funcionais, Conceção e materiais, Tecnologia, Pontos singulares, Execução de alvenarias de tijolo e casos de obra Síntese aproximada da evolução das paredes exteriores em Portugal Paredes de preenchimento Paredes resistentes Paredes de preenchimento em tijolo de furação vertical Conceitos e terminologia em alvenarias 1. Alvenarias Associação de elementos naturais (pedras) ou artificiais (blocos cerâmicos, de betão e outros) ligados entre si, através de argamassa, constituindo uma construção. Aspeto final: face à vista e rebocadas (correntes) Localização: interiores (de compartimentação) e exteriores (da envolvente) Função: resistentes (p/ cargas verticais e horizontais) e sem função estrutural (de preenchimento) 2. Alvenaria armada Alvenaria com função resistente de comportamento melhorado pela introdução de armaduras e betão. 3. Alvenaria confinada Alvenaria em que os panos de parede são limitados regularmente (nos 4 lados) por montantes e cintas em betão pouco armado ou por elementos em alvenaria armada. Unidades para alvenaria 4. Tijolo (NP-80) Produto obtido por secagem e cozedura em forno duma pasta argilosa previamente moldada (por extrusão à fieira e/ou prensagem), de fabricação industrial e possuindo características regulares controladas, assente com juntas de argamassa e servido para construir paredes e divisórias. 5. Bloco Elemento para alvenaria, geralmente de forma paralelepipédica, de dimensões superiores às do tijolo, de fabricação industrial, possuindo características regulares, assente com juntas de argamassa, eventualmente secas, servindo para construir paredes e divisórias. 6. Bloco de betão Elemento em betão homogéneo, não armado, de inertes correntes ou leves, forma geralmente paralelepipédica, de fabricação industrial, possuindo características regulares e controladas, assente com juntas de argamassa, eventualmente secas, servindo para construir paredes e divisórias. 7. Furação Orifícios atravessados – normalmente por extrusão ou prensagem, que atravessam todo o elemento segundo a direção vertical ou horizontal; Furos ou orifícios profundos não atravessantes – normalmente por prensagem; Depressão ou orifícios de profundidade limitada; Percentagem de furação – razão entre a secção total dos furos ou orifícios (atravessantes ou profundos) e a secção total da face perpendicular aos orifícios; Rebaixo – vazio formado no fabrico da unidade para alvenaria para facilitar o manuseio; Septo – material sólido entre furos ou orifícios, interior ou exterior. 8. Assentamento Junta contínua, estendendo-se de uma forma contínua duma face à outra; Junta descontínua; Junta corrente – com cerca de 10mm de espessura; Junta delgada – com espessura não superior a 3mm; Junta de encaixe – posicionamento facilitado pela existência de saliências e reentrâncias. 9. Argamassas Argamassa – mistura de ligantes inorgânicos, inertes e água, eventualmente com aditivos e/ou adjuvantes; Argamassa convencional – argamassa corrente para juntas superiores a 3mm; Argamassa-cola - para juntas entre 1 e 3mm; Argamassa leve –com massa volúmica aparente seca inferior a 1500 kg/m3; Argamassa calculada – calculada e produzida para satisfazer propriedades específicas; Argamassa prescrita – produzida em determinadas proporções, cujas propriedades são previstas a partir das proporções dos constituintes (em geral em traço volumétrico); Argamassa pronta – preparada em fábrica e fornecida à obra; Argamassa pré-doseada – em que os constituintes são preparados em fábrica, sendo misturados em obra nas proporções e condições indicadas pelo fabricante. Argamassa feita em obra – os constituintes primários são preparados e misturados na obra. 10. Betão de Enchimento Betão de enchimento – com consistência e dimensão dos inertes adequados para preencher cavidades ou pequenos espaços nas alvenarias; Calda – mistura de cimento, areia e água com fluidez adequada ao preenchimento de pequenos vazios ou espaços na alvenaria. 11. Aço Armaduras de aço – para uso nas alvenarias; Armaduras para juntas de assentamento – para colocação nas juntas de assentamento; Armadura de pré-esforço – fios, varões ou cabos para pré-esforço, utilizados nas alvenarias. Proteção anti corrosão - Armaduras galvanizadas (aço + camada de zinco); - Armaduras galvanizadas e revestidas a epoxy (aço + camada de zinco + epoxy) - Armaduras galvanizadas e revestidas 12. Componentes auxiliares Barreira de estanquidade – membrana, fiada de unidades de alvenaria ou outro material para evitar a passagem de água; Ligador de parede (grampo) – dispositivo para fazer a ligação entre panos de alvenaria de uma parede dupla, ou entre um pano de alvenaria e outro elemento estrutural; Ligador de topo – para ligar a alvenaria a outros elementos adjacentes, tais como pavimentos e tetos. Estabilidade de paredes de alvenaria 1. Enquadramento A utilização de alvenarias estruturais tem uma importância muito diferenciada em vários países da Europa. Em Portugal a utilização de alvenarias resistentes tem vindo a decrescer, sendo atualmente pouco relevante. Contudo, estudos recentes desenvolvidos em Portugal evidenciam grandes vantagens na adoção de alvenarias resistentes, em edifícios de pequeno porte (até 4 pisos – maioria dos edifícios). Materiais utilizados em paredes (exteriores e divisórias interiores) 1. Paredes de terra crua (adobe e taipa) Vantagens: boas características térmicas; abundância de matéria-prima (em países “menos desenvolvidos”); baixo consumo energético do processo de transformação; reciclável e reutilizável; incombustível. Desvantagens: fraca resistência à tração; impossibilidade de construir em altura em zonas sísmicas; sensível à presença de água. 2. Paredes em tabique de madeira 3. Paredes de blocos de palha e de fibras naturais 4. Paredes de alvenaria de pedra (granitos, calcários, xistos, etc.) Pedra seca Pedra irregular (com e sem revestimento) Pedra regular (monumentos e afins) 5. Paredes de alvenaria de tijolos de barro vermelho Tijolo maciço ou perfurado (construções tradicionais e modernas) Tijolo de furação horizontal corrente Tijolo de furação horizontal densa (com septos desalinhados) Tijolo de furação vertical Tijolo poroso “isolante térmico” 6. Paredes de alvenaria de blocos de betão 7. Paredes de alvenaria de blocos de argila expandida No passado a vantagem era conseguir cumprir requisitos térmicos mínimos só com uma parede simples, mas para as atuais exigências é geralmente necessário acrescentar isolamento térmico 8. Paredes de alvenaria de blocos de betão celular autoclavado Blocos constituídos por uma mistura de cimento portland, cal, areia argilosa, água e pó de alumínio, funcionando este último como gerador de bolhas de hidrogénio na mistura (conduzindo a uma estrutura celular); Com cura em autoclave (ação do vapor de água com pressão e temperatura controladas). 9. Blocos de cofragem perdida isolante Geralmente para construções mais simples, como piscinas ou muros de suporte 10. Paredes em betão armado 11. Paredes com painéis pré-fabricados Paredes com painéis pré-fabricados em GRC O GRC (em língua inglesa Glassfiber Reinforced Concrete), também designado por GFRC, é um material compósito obtido através de uma argamassa de cimento e areia reforçada (armada) com fibra de vidro. O GRC é habitualmente projetado sobre uma superfície com a configuração desejada e “apertado” através de um rolo próprio, de forma a atingir a compacidade adequada (normalmente tem uma estrutura metálica no tardoz, para suporte). Esta facilidade de adaptação a configurações variadas permite uma liberdade criativa considerável, mesmo em termos de tipos de acabamento da superfície. Também permite acabamentos próximos do betão à vista, mas muito mais leves (as placas têm geralmente espessuras da ordem de 1,5 cm). 12. Paredes e divisórias leves Aula 4 - Paredes de edifícios (Erros e defeitos na construção de paredes. Casos de Estudo; Fenómenos de humidade; Fissuração em paredes de edifícios; Soluções gerais de reabilitação) Erros recorrentes em paredes de fachada Juntas de dilatação inadequadas Apoio deficiente das paredes para correção das pontes térmicas Erro de escolha ou colocação de isolamento térmico nas caixas-de-ar Erros na utilização de barreiras para-vapor e de pinturas impermeáveis Proteção inadequada contra a humidade ascensional Preparação e aplicação inadequadas de rebocos hidráulicos tradicionais Aplicação inadequada de revestimentos cerâmicos Execução de peitoris com geometria e materiais inadequados Fissuração da alvenaria sobre suportes muito deformáveis Causas e patologias associadas às humidades em edifícios As principais formas de manifestação de humidades nos edifícios decorrem de: Humidade da construção; Origens: Água de argamassas, betões, etc. Molhagem prévia do tijolo Exposição à chuva na fase de obra. Eventuais Consequências: Condensação Manchas de humidade Humidade do Terreno; Origens: Água superficial (sazonal), acumulada e retida em zonas de solo impermeável => (A variação sazonal da altura de água cria geralmente uma faixa horizontal de maior degradação => florescências => maior ascensão capilar e maior degradação dos revestimentos). Água freática (durante grande parte ou todo o ano). Causas: Paredes em contacto com o solo (térreas e enterradas) Materiais com elevada capilaridade Ausência ou deficiência de barreiras estanques Fatores que influenciam a ascensão da água: Porosidade / capilaridade (quanto maior pior) A quantidade de água (muito agrava quando sob pressão) Condições de evaporação (que depende dos revestimentos, da espessura da parede e da orientação da parede) Humidade de precipitação; Com ação da chuva + vento Condensações (superficial interior e intersticial); Humidade de condensação: Superficial (generalizada ou em pontos singulares/pontes térmicas) Interior. Consequências: Humidificação => Fungos e Bolores Deterioração dos revestimentos Insalubridade (má qualidade do ar) … PONTE TÉRMICA LINEAR (PTL) - é também uma heterogeneidade inserida em zona corrente, mas no cruzamento/junção de outros elementos (onde não é possível medir uma área associada, mas sim um comprimento) Soluções: Aumentar a resistência térmica da envolvente, em Aumento da temp. particular nas pontes térmicas superficial interna Aumentar a temperatura interior Reduz a HR e Aumentar a ventilação consequentemente Diminuir a produção de vapor de água reduz a temp. de orvalho Humidade ascensional; Influência negativa da impermeabilização no nível de equilíbrio da humidade ascensional Proteção das paredes e pisos contra a humidade (ascensional), em paredes existentes Com execução de caixa de ventilação e drenagem (do lado exterior) Através de tubos de arejamento Causas fortuitas (rotura de tubagens, fenómenos extremos. etc.); Higroscopicidade dos materiais. Principais causas de humidade em edifícios Higroscopicidade: Quer os materiais de construção, quer os solos de fundação são ricos em sais; Estes sais, por si só não se traduzem em anomalias, mas quando na presença de água dissolvem-se e acompanham a migração da água até à superfície, onde cristalizam sob a forma de EFLORESCÊNCIAS (superficiais) ou de CRIPTOFLORESCÊNCIAS (sob o revestimento); Alguns destes sais são higroscópicos, isto é, dissolvem-se quando a humidade relativa do ar se eleva acima dos 65-75% e cristalizam de novo quando essa humidade baixa; Depois de vários ciclos de dissolução-cristalização forma-se manchas (concentração de sais) e eventual fissuração (devido ao aumento de volume com a cristalização); Estes sais não são eliminados com o desaparecimento da humidade. Reparação de fissuras superficiais Em fissuras não ativas de muito pequena dimensão (sobretudo devido à retração de rebocos) algumas tintas permitem a ocultação das fissuras. Em fissuras de maior dimensão e fissuras ativas (geralmente devido a deformações na estrutura) é necessária uma reparação antes da pintura. Algumas formas de reparação: Com argamassa flexível (com ou sem armadura); Com substituição de faixas de reboco por reboco armado; Com aplicação de banda dessolidarizante e armadura (reparação em ponte), para fissuras ativas Aula 5 - Revestimentos e acabamentos de paredes (Tipos de revestimentos; Exigências, materiais e tecnologia; Revestimentos com isolamento térmico; Tintas e sistemas de pintura) Classificação de revestimentos de paredes interiores Aplicação de reboco térmico – Principais pormenores técnicos de projeto Parapeitos e peitoris em Janelas projeção horizontal com pingadeira de 3 a 4 cm para além do plano do revestimento da fachada; bem como de um pormenor nas extremidades laterais (ranhura ou saliência vertical no bordo) que impeça a água de escorrer lateralmente. Remates em contacto com o solo ou afastamento ao solo: Para além do ajuste e reforço do sistema, deverá ser prevista a existência de um sistema eficiente de drenagem das águas pluviais, de modo a evitar a sua acumulação nas camadas superficiais do solo. Remates superiores da fachada: Capeamentos para impedir o escoamento da água diretamente sobre a superfície do revestimento, com projeção horizontal de 3 a 4 cm para além do plano do revestimento com pingadeira na sua extremidade. Remates interiores e arestas Tratamento dos vãos Juntas de dilatação Ligações a elementos rígidos … Tintas e sistemas de pintura Aspetos essenciais: Prevenção e reparação eficaz e duradoura (fachadas existentes ou em fachadas novas) Adequada preparação do substrato e correta aplicação dos produtos de preparação e de acabamento Em termos gerais, o revestimento deve ser impermeável à água do exterior e permeável ao vapor de água (para permitir a secagem da humidade interior) Proteção duradoura do revestimento, nomeadamente à ação química de sais, chuvas acidas e raios UV (para não haver degradação do ligante nem destruição dos pigmentos) Minimização de custos de manutenção ao longo do tempo Aula 6 - Execução de paredes e outros elementos em betão à vista (Tipos de Cofragens, Regras básicas para um bom resultado de betão à vista, Elementos de betão pré-fabricados) 10 Regras básicas para um bom resultado com Betão à Vista 1. Correta escolha e dimensionamento da cofragem O aspeto de acabamento do betão vai depender fortemente do tipo de cofragem; Em especial para elevados impulsos (paredes), para evitar deformações excessivas e eventuais roturas. Por vezes é necessário substituir o solho de 25mm por 40mm de espessura. 2. O tipo de madeira a utilizar na cofragem (se for madeira) Normalmente em madeira de pinho quando se pretende uma “impressão” da madeira no betão, ou eventualmente em peças de contraplacado de grande área, quando não se pretende esta impressão. Cuidados especiais, no caso do solho: - Utilizar madeira aparelhada e devidamente limpa; - Utilizar topos de madeira tipo macho-fêmea ou meia madeira, para evitar a fuga da calda do betão; - Utilizar madeira com o mesmo nº de aplicações, para evitar diferentes absorções de caldas de cimento e consequentemente diferentes colorações (muito evidentes entre a 1ª e a 2ª utilização da madeira) 3. Correta fixação da cofragem Normalmente em paredes recorre-se à utilização de tirantes tipo “diwidag” (inseridos em tubos plásticos) ou simplesmente varões ou tiras de aço (que são cortados rente à superfície). Estes elementos dificilmente serão corretamente disfarçados. Sempre que possível, o escoramento nestes casos deve ser realizado pelo exterior. Se for inevitável a utilização de tirantes, poderão utilizar-se espaçadores com um furo centrado para passagem do tirante, que será fechado após a extração do tirante. 4. O descofrante a utilizar Deverá ser aplicado de forma uniforme em toda a superfície da cofragem, para evitar o aparecimento de manchas no betão. É recomendável a aplicação por pulverização (por exemplo, através de pulverizador agrícola). O descofrante não pode atingir as armaduras do betão (para evitar a redução da aderência). Nunca aplicar o descofrante depois de aplicadas as armaduras. Podem ser utilizados descofrantes com aditivo para retardar ou inibir a presa do betão. Neste caso, se o betão for descofrado ao fim de pouco tempo, por lavagem a argamassa superficial pode ser removida, ficando à vista os inertes de maior dimensão (geralmente inertes rolados). 5. Recobrimento das armaduras É essencial garantir um recobrimento mínimo em todas as armaduras (através de espaçadores, nomeadamente “calços comerciais”). O betão à vista acaba por proteger menos a armadura do que o betão com revestimento. A corrosão das armaduras, para além de originar uma progressiva diminuição da resistência mecânica, provoca a fissuração do betão e o aparecimento superficial do oxido de ferro. Este fenómeno é especialmente importante em ambientes agressivos. 6. A qualidade do betão Normalmente, mesmo que por resistência não seja exigido, deve ser utilizado um betão de classe não inferior a C20/25. Com boa dosagem de cimento, para evitar roturas da superfície e cantos aquando da descofragem. As areias e britas a utilizar devem ser limpas e isentas de argila. Deve ser utilizada uma granulometria contínua, para evitar “chochos”. A relação água cimento não deve ser muito elevada, para evitar a segregação dos componentes, durante a vibração. Mas também não poderá ser baixa, para possibilitar uma uniformização do betão. 7. A betonagem Durante as operações de betonagem as recomendações essenciais dirigem-se à descarga do betão e à vibração. A descarga deve ser lenta e contínua (para evitar a segregação de inertes e eventual danificação da cofragem). A vibração deve ser total e uniforme, mas moderada. Total para evitar a formação de chochos e moderada para evitar o refluxo da calda e a segregação de inertes. Deve evitar-se a vibração directa sobre a cofragem (para evitar o aparecimento de manchas com óleo de descofragem). Não devem ser aplicadas pancadas na cofragem (para evitar o aparecimento de bolhas de ar à superfície). 8. As juntas de betonagem As juntas de betonagem, programadas ou acidentais, provocam quase sempre marcas bastante visíveis na superfície. Neste caso será preferível assumi-las e tentar controlá- las, por exemplo através da aplicação de bites de madeira. 9. A descofragem Operação essencial que deve decorrer de forma a evitar mossas ou rotura do betão, ainda com pouca resistência. Se possível o tempo de descofragem deve ser aumentado para além do habitual. Em especial quando são utilizados painéis com baixos relevos, nomeadamente letras. Nestes casos, recomenda-se que estes moldes sejam fixos à cofragem geral por aparafusamento exterior, de modo a permitir retirar em 1º lugar a cofragem geral e depois de algum tempo o molde do baixo relevo. 10. Os retoques São quase sempre inevitáveis. Devem ser efetuados com argamassa de cor muito próxima do betão. A argamassa, com a mesma quantidade de areia e de cimento (com o mesmo traço), é tendencialmente mais escura que o betão. Normalmente é aconselhável a mistura de cimento branco com cimento portland normal. Não existem proporções de mistura pré definidas. Normalmente é necessário efetuar a afinação, por exemplo, em zonas escondidas do betão. A primeira afinação poderá ser efetuada com 1/3 de cimento branco e 2/3 de cimento portland normal, para superfícies escuras (com cofragem de madeira), ou o inverso para superfícies claras (normalmente obtidas com cofragem metálica). PAINÉIS EM GRC A presença da fibra é responsável por duas propriedades notáveis: a elevada resistência à tracção e o grau de ductilidade atingido neste modo de rotura. O GRC é habitualmente projectado sobre uma superfície com a configuração desejada e “apertado” através de um rolo próprio, de forma a atingir a compacidade adequada. Esta facilidade de adaptação a configurações variadas permite uma liberdade criativa considerável, mesmo em termos de tipos de acabamento da superfície. Aula 7 - Divisórias leves e tetos falsos. Características e aplicações. Outros elementos de construção leve (não tradicionais). Paredes divisórias leves A construção leve pode apresentar muitas vantagens, mas o processo construtivo é mais complexo e é mais suscetível de erros em obra (obriga a mão de obra especializada) Selagem e tratamento de juntas A execução de juntas geralmente é realizada com bandas de papel microperfurado, mas também podem ser bandas autoadesivas Aula 8 - Coberturas inclinadas (Exigências funcionais mais relevantes das coberturas de edifícios, Tipos de coberturas, Tipos de estruturas de suporte, Revestimentos descontínuos para coberturas: materiais, sistemas e tecnologia) COBERTURAS DE TELHA CERÂMICA Tipo de Coberturas Inclinadas > 8% de inclinação Planas 2% a 8% de inclinação Abaixo de 2% só situações excecionais (mas existem muitas planas em terraço com inclinações da ordem de 1%) Principais exigências funcionais (além das exigências correntes da Diretiva dos Produtos de Construção ou a destacar de entre as aí identificadas) Estabilidade estrutural - Peso próprio, sobrecargas, neve, vento, sismo, incêndios, … - Cargas verticais, cargas horizontais; contraventamentos; - Ação de sucção do vento (fator de forma, ações locais, …) - Neve versus inclinação (influência do isolamento térmico) Estanquidade à água da chuva - Ação conjunta vento + chuva / condições climáticas locais - Grandes planos de escoamento - Inclinação e sobreposição - Acumulação e estagnação / geometria e deformação Segurança contra risco de incêndios Segurança contra a intrusão Permeabilidade ou estanquidade ao ar Conforto higrotérmico / Isolamento térmico / Poupança de energia / Geometria e vãos adequados à atividade a desenvolver no edifício Durabilidade e facilidade de manutenção Coberturas Inclinadas (i>8%) Exigências funcionais específicas no caso das coberturas em telha cerâmica: Estanquidade à água Suscetibilidade de condensações Comportamento ao gelo-degelo Permeabilidade ao ar Comportamento mecânico Comportamento sob a ação do vento Estanquidade aos materiais em suspensão no ar Exigências geométricas e de estabilidade dimensional Uniformidade de aspeto Resistência aos agentes químicos Isolamento térmico Exigências geométricas (retilinearidade) Tipos de estruturas de cobertura Estrutura diferenciada (estrutura e revestimento de cobertura distintos => situação mais corrente) Estrutura indiferenciada (a estrutura corresponde simultaneamente ao revestimento de cobertura) Tipo de vãos de estruturas de coberturas: Coberturas correntes Coberturas de grandes vãos Não há limite máximo nem mínimo: Até 7m – vãos correntes – Em betão armado e/ou préfabricado, em madeira, etc. De 7 a 15m – soluções intermédias – soluções especiais de betão armado, metálicas ou de madeira Acima de 15m – soluções muito especiais em betão (em particular se for cobertura e pavimento), estruturas metálicas/mistas e de madeira (lamelados) Acima de 30/40m – muito complicado mesmo sendo só cobertura Sistemas Estruturais / Materiais Estruturas de alvenaria (de suporte do sistema estrutural inclinado) Estruturas com vigas (ou varas) e ripas em betão (préfabricadas) Lajes inclinadas em betão armado (maciças ou aligeiradas) Estruturas em madeira Estruturas metálicas Estrutura mistas Outras Revestimentos de cobertura / Materiais Telhas cerâmicas Revestimento em Colmo Telhas/canaletes de betão Telhas de fibrocimento Chapas plásticas/acrilicos Vidros Telhas em betão Chapas de poliéster (resina de poliéster reforçada com fibra de vidro) e policarbonato (resina de policarbonato) Chapas de aço galvanizado/zincado (simples e em sanduíche) Chapas em zinco Chapas de cobre ou outros metais Telhas metálicas Chapas em fibra de vidro Chapas de PVC Outras Revestimentos de cobertura / Materiais Telhas cerâmicas Revestimento em Colmo Telhas/canaletes de betão Telhas de fibrocimento Chapas plásticas/acrilicos Vidros Telhas em betão Chapas de poliéster (resina de poliéster reforçada com fibra de vidro) e policarbonato (resina de policarbonato) Chapas de aço galvanizado/zincado (simples e em sanduíche) Chapas em zinco (junta agrafada) Chapas de cobre ou outros metais Telhas metálicas Chapas em fibra de vidro Chapas de PVC (simples ou sanduiche) Outras Conceção e colocação em obra Caracterização e seleção de materiais Estrutura de apoio Inclinações e recobrimento Suportes da telha VENTILAÇÃO A micro-ventilação (ou ventilação sob a telha) é essencial para a estanquidade do telhado, a secagem da telha e a sua durabilidade As cumeeiras são essenciais no processo de ventilação e os beirais ventilados são um excelente contribuo Defeitos e anomalias mais frequentes Anomalias resultantes de defeitos de conceção - Inclinação insuficiente ou excessiva - Ventilação deficiente - Excessiva deformabilidade da estrutura Anomalias resultantes de deficiente colocação em obra - Encaixe das telhas - Sobreposição das telhas - Desalinhamento das fiadas - Excesso de argamassa Anomalias de funcionamento de coberturas - Fraturas - Acumulação de musgos e detritos - Descasque por ação do gelo - Diferenças de tonalidade - Deslocamento das telhas - Infiltrações - Acumulação de musgos e detritos - Infiltrações Exemplos de soluções de coberturas (e estruturas de cobertura) em reabilitação Utilização de sub telha sobre os painéis sanduíche (permite a micro-ventilação das telhas e funciona como barreira permeável ao vapor de água e impermeável à água líquida) Aula 9 - Coberturas planas (Tipos de coberturas (estruturas de suporte e revestimentos de cobertura), características e exigências gerais de coberturas planas, Conceção, materiais, sistemas e tecnologia, Pormenorização e pontos singulares) Sistemas Estruturais / Materiais Coberturas correntes com estrutura em betão armado (maciça ou aligeirada) Tipos de estruturas correntes: Lajes maciças em betão armado (1) Lajes aligeiradas em betão armado (2) Lajes pré-fabricadas (3) Coberturas com estrutura mista aço-betão (para pequenos vãos) Lajes mistas em chapa colaborante e betão Coberturas de grande vão com estrutura em betão armado (pré-esforçado) Lajes alveolares Lajes em T, duplo T ou em U (geralmente para vãos acima de 12 m) Lajes em betão armado pré-esforçadas (pós tensão) – Com aplicação de baínhas para pré-esforço na betonagem e aplicação de pós tensão depois do betão endurecido Conjunto vigas + laje Vigas I, prefabricadas em betão armado e pré-esforçado, podem vencer vãos até cerca de 50m: Vigas inteiras, até vãos de cerca de 30m; Metades de vigas, unidas e pós-tensionadas em obra, para vãos entre cerca de 30 e 50 m. O afastamento típico das vigas é da ordem de 6m, podendo, em casos especiais, ser aumentado até cerca de 15m. Vigas , de inércia variável, com o banzo superior inclinado (≈5º), prefabricadas em betão armado e préesforçado, podem vencer vãos até cerca de 40m: Vigas inteiras, até vãos de cerca de 25m; Metades de vigas, unidas e pós-tensionadas em obra, para vãos entre cerca de 25 e 40 m. Vigas pré-esforçadas + cobertura leve Coberturas com estrutura metálica Coberturas com estruturas em madeira Coberturas autoportantes Outros tipos de estruturas e/ou coberturas de grande vão Coberturas planas - Conceção e materiais Independentemente da ordem, uma cobertura plana em terraço é formada pelas seguintes camadas: estrutura resistente; camada de forma; camada de isolamento térmico; sistema de impermeabilização; revestimento de proteção e de circulação. Pode ainda possuir outras camadas, tais como: barreira pára-vapor; camadas de regularização; camada de dessolidarização. Coberturas em terraço Materiais utilizados para impermeabilização: 1. Emulsão betuminosa (aplicação a frio) 2. Argamassas Poliméricas 3. Argamassas Termoplásticas (argamassa com aditivos) 4. Sistema de telas asfálticas (coladas a maçarico) 5. Tela de PVC 6. Pintura com silicone líquido Etc. Materiais de isolamento térmico Com telas asfálticas => aplicação a quente (maçarico) Se for cobertura tradicional (impermeabilização sobre isolamento térmico) => isolamento com resistência ao fogo ou isolamento com proteção (por exemplo com tecido em fibra de vidro) ex. lã de rocha de alta densidade Se for cobertura invertida (Isolamento térmico sobre impermeabilização) => isolamento impermeável ex. XPS Aula 10 (1ª Parte) - Pavimentos em edifícios; Execução de Pavimentos/Lajes de piso (Tipos de pavimentos, Características gerais, Processo construtivo); Revestimentos de pavimentos em edifícios (Principais exigências funcionais, Tipos de revestimentos mais comuns e características gerais, Exemplos de revestimentos de piso “especiais”) Execução de pavimentos em edifícios: Tipos de pavimentos o Lajes maciças em betão (in situ) ▪ Para grandes vãos (p/ aumentar resistência ao punçoamento) ▪ Geralmente para situações com teto falso ou à vista em espaços não uteis (garagens) ▪ Os capiteis implicam normalmente a aplicação de cofragem tradicional (nos capiteis) e desperdícios nos painéis de cofragem, tal como no caso das lajes maciças apoiadas em vigas aparentes o Lajes aligeiradas em betão (in situ) o Lajes pré-fabricadas ▪ Lajes aligeiradas com vigotas pré-esforçadas e “abobadilhas” ▪ Pré-lajes (com treliças e/ou nervuras armadas), com blocos de aligeiramento ▪ Lajes alveolares ▪ Lajes em T, duplo T ou em U (geralmente para vãos superiores a 12 m) ▪ Outros sistemas especiais o Lajes mistas em chapa colaborante e betão o Pavimentos de madeira com estrutura de madeira ou metálica Revestimentos de pavimentos em edifícios: Principais exigências funcionais: Exigências de segurança Resistência mecânica às ações (permanentes e sobrecarga) Segurança na circulação (limitar riscos de escorregamento e ausência de obstáculos) Segurança contra o risco de incêndios Segurança contra o risco de electrocução Exigências de habitabilidade Estanquidade Salubridade Conforto higrotérmico Conforto acústico Conforto na circulação Conforto visual Exigências de durabilidade Durabilidade intrínseca Durabilidade em função do uso Limpeza, conservação e reparação Exigências de durabilidade: Em relação à “durabilidade em função do uso”, a principal preocupação corresponde à adequação dos revestimentos de piso aos locais onde são aplicados, confrontando as ações agressivas do local com a resistência do revestimento, em particular ao desgaste, punçoamento, ação da água e à ação de produtos químicos, Revestimentos mais comuns: “Tradicionais” - Soalho de madeira tradicional; - Parquet (mosaico de madeira); - Ladrilhos cerâmicos; - Pedra natural; - Outros. “Não tradicionais” - Ladrilhos ou rolos vinílicos; - Ladrilhos em linóleo; - À base de aglomerados de cortiça ou em sanduíche de madeira e cortiça; - “Pinturas especiais” => Sistemas em epóxi; - Têxteis (fibras naturais, fibras químicas e alcatifas); - Outros. Características gerais Características gerais de alguns revestimentos mais comuns - Soalho de madeira tradicional: É fixo sobre ripas de madeira chumbadas à laje de suporte (para lajes de betão) ou fixo aos barrotes estruturais em lajes de piso em madeira. Quando aplicado sobre lajes de betão a caixa de ar pode ficar preenchida (c/ isolante térmico ou absorvente acústico) ou vazia. - Parquet (mosaicos de madeira colados): São colados a uma base regularizada sobre lajes de betão. No limite podem ser constituídos por mosaicos em sanduíche (p. ex. pastilha em corticite), p/ melhorar a redução sonora. - Pavimentos flutuantes: Painéis de derivados de madeira ou sintéticos aplicados (soltos) sobre membrana resiliente. - Revestimentos de pedra (natural): Geralmente colados com cimento cola. Muito vulnerável a choques localizados (quedas de objetos). Sempre com juntas. - Revestimentos cerâmicos: Correspondem à maior percentagem de revestimentos de piso aplicados. Grande preocupação: descolamento face às tensões introduzidas pela expansão irreversível. Garantir sempre juntas de assentamento e de dilatação. - Revestimentos hidráulicos: Revestimentos espessos executados com pó de pedra, cimento, areia, tinta em pó e água. Permite a criação de pavimentos de padrões e formas variadas. - Revestimentos em RMC (restos de mármore compacto): Aglomerado de pedaços de mármore natural, ligados por uma resina especial. Como são produzidos geralmente a partir de desperdícios, podem apresentar um baixo custo. - Revestimentos vinílicos (geralmente em rolos): Flexíveis e de pequena espessura (cerca de 2 a 4 mm). Podem apresentar uma base resiliente, para melhorar o comportamento acústico. São impermeáveis (geralmente com juntas vulcanizadas). - Revestimentos em linóleo: São geralmente fornecidos em forma de mosaicos. Resultam da fusão de elementos naturais e biodegradáveis. Podem ser semelhantes aos vinílicos, mas geralmente apresentam maior resistência ao desgaste. - Revestimentos em cortiça: Flexíveis e de pequena espessura (cerca 4 a 6 mm). Aplicado com colagem. Fornecido em rolos ou em mosaicos. Confortável ao toque, mas geralmente com baixa resistência ao desgaste e ao punçoamento. - Revestimentos em alcatifa: Podem ser naturais (100% lã) ou sintéticos. Com ampla variedade de padrões e cores e com diferentes espessuras de pêlo. Podem apresentar uma base resiliente, para maior redução sonora. Disponível em rolo e em unidades de mosaico (com diferentes dimensões). - Autonivelantes (com resinas epoxi): Geralmente com uma base em epoxi e uma pintura de acabamento. Aplicado geralmente em grandes áreas, nomeadamente em centros comerciais. Com ampla variedade de padrões e cores (por vezes com aspeto semelhante ao dos linóleos). Impermeável. Geralmente com grande resistência ao desgaste. Aula 10 (2ª parte) - Características e desempenho de vãos (janelas, portas e outros elementos singulares de fachada) Janelas - Sistemas de caixilharias Materiais: Alumínio PVC Madeira Ferro Mistas (madeira + alumínio; madeira + PVC, etc.) Tipos de vidros: Plano incolor (normal) Colorido na massa Curvo Temperado Laminado Fosco Impresso Esmaltado Espelhado Com capa de controlo solar De segurança De proteção contra o fogo “U-Glas” autoportante Tijolo de vidro; Telhas de vidro Azulejos Etc. Características de desempenho e requisitos de janelas: Resistência à pressão do vento Estanquidade à água Permeabilidade ao ar Resistência às cargas de neve e permanentes Desempenho ao fogo Resistência mecânica Resistência mecânica de dispositivos de segurança; Resistência à intrusão Resistência ao impacto; Resistência à bala; Resistência à explosão Desempenho acústico Coeficiente de transmissão térmica Propriedades de radiação Choque térmico Durabilidade Força de manobra Resistência a manobras repetidas de abertura e fecho Requisitos especiais

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