Protocolo e Etiqueta Social PDF
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Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar
Nunes
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This document provides an overview of social protocol and etiquette. It explains the meaning of protocol and its importance in social and diplomatic relations. The document discusses the origins of protocol and its application in various contexts, with examples of protocol in different settings such as business and diplomacy.
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Protocolo e Etiqueta Social ✓ Protocolo ✓ Etiqueta ✓ Boas Maneiras 2 Protocolo e Etiqueta Social O que é o Protocolo? Fonte: Nunes (2021) 3 Protocolo e Etiqueta Social PRO.TO.CO.LO A palavra protocolo – com origem na palavra grega “protokollon” (a primeira folha do rolo de papiro) – determi...
Protocolo e Etiqueta Social ✓ Protocolo ✓ Etiqueta ✓ Boas Maneiras 2 Protocolo e Etiqueta Social O que é o Protocolo? Fonte: Nunes (2021) 3 Protocolo e Etiqueta Social PRO.TO.CO.LO A palavra protocolo – com origem na palavra grega “protokollon” (a primeira folha do rolo de papiro) – determina o conjunto de regras que devem ser observadas durante relações sociais e diplomáticas, tal como estabelecido no Congresso de Viena de 1815 e na Convenção de Viena de Relações Diplomáticas de 1961. 4 Protocolo e Etiqueta Social Desta forma, o protocolo tem como objetivo criar o ambiente perfeito pautado pelo respeito. Assim, minimizam-se conflitos e mal entendidos que surgiriam se este não existisse. É o respeito que devemos demonstrar a cada um dos presentes num determinado evento ou ocasião que, de acordo com as regras de protocolo baseadas no status de cada pessoa, determinará a precedência que esta tem. 5 Protocolo e Etiqueta Social Ou seja, é saber quem tem prioridade, quem é a pessoa mais importante da sala; quem tem mais poder; quem é merecedor do nosso respeito e consideração em primeiro lugar. É a forma de demonstrarmos respeito por cada membro de uma organização de acordo com o seu status: importância e poder. Será que as regras protocolares são desnecessárias? 6 Protocolo e Etiqueta Social Porque é importante saber quem devo cumprimentar em primeiro lugar? Ou quem entra primeiro na sala? Qual a necessidade de saber onde me vou sentar? 7 Protocolo e Etiqueta Social A resposta é simples! O protocolo retira “o peso sobre os ombros” da insegurança de não sabermos o que fazer: de não sabermos qual é o nosso lugar; de ficarmos ansiosos e inseguros ao não sabermos quem devemos (e como devemos) cumprimentar em primeiro lugar. 8 Protocolo e Etiqueta Social O protocolo cria espaço para que as relações possam fluir: transmite segurança; permite que consigamos estabelecer relações sólidas e duradouras com segurança, tranquilidade e sem “ruído de fundo”. O protocolo transforma o caos em ordem: transforma os medos e as inseguranças em previsibilidade e tranquilidade pois todos sabemos qual o comportamento a adotar. O protocolo liberta-nos: permite-nos focar na relação que estamos a construir. 9 Protocolo e Etiqueta Social Muitas regras protocolares foram formalizadas no Congresso de Viena – no qual os representantes de todos os Estados envolvidos nas guerras napoleónicas negociaram as condições para uma paz duradoura – em 1815 e na Convenção sobre as Relações Diplomáticas de 1961, não tendo sofrido grandes alterações desde então. 10 Protocolo e Etiqueta Social O que é a Etiqueta? 11 Protocolo e Etiqueta Social E.TI.QUE.TA Na corte do Rei Luís XIV, instituiu-se a prática de distribuir folhas de papel a todos os que frequentassem as cerimónias em Versalhes contendo instruções sobre o comportamento que deveriam adotar, o local onde se deveriam sentar, entre outras. Essas folhas, chamadas de “etiquetas“, continham as regras de comportamento que todos deveriam observar na corte. 12 Protocolo e Etiqueta Social Naquela época, o Rei era o Estado e, por isso, Etiqueta e Protocolo coincidiam: a etiqueta era, de facto, o protocolo do Estado à data. Contudo, atualmente, etiqueta e protocolo têm significados e lugares distintos. 13 Protocolo e Etiqueta Social A etiqueta é o conjunto de regras que nos permite demonstrar respeito, consideração e amabilidade para com todos os que nos rodeiam. É o conjunto de sugestões normativas que nos permite adotar um comportamento educado e gentil para com todos vivendo em harmonia em sociedade. 14 Protocolo e Etiqueta Social As regras de etiqueta não têm de ser coincidentes com as regras de protocolo. Socialmente, a mulher passa à frente do homem; quem tem mais idade, passa à frente de quem é mais jovem. Quando as regras de protocolo entram em ação, o que vai determinar a importância de cada um é a sua posição dentro de uma determinada organização e não a sua idade ou o seu género. Como tal, uma mulher com uma categoria inferior naquela organização (ou seja, com menos importância e com menos poder), não passará à frente de um membro mais sénior (seja ele do sexo masculino ou feminino); um membro mais jovem da organização – mas com uma cargo mais elevado, ou seja mais importante, com mais poder – terá primazia face a outro membro com idade mais avançada. 15 Protocolo e Etiqueta Social o protocolo cria espaço para que as relações (entre Estados e organizações) possam fluir sem inseguranças ou receios; todos sabem qual a sua posição; todos sabem quem tem mais poder, quem tem mais importância possibilitando a construção de relações sólidas e duradouras sem “areias” a dificultar o seu funcionamento. Como foi referido inicialmente, muitas regras protocolares foram formalizadas no Congresso de Viena e na Convenção sobre as Relações Diplomáticas de 1961 não tendo sofrido grandes alterações desde então, as regras de etiqueta variam de acordo com o contexto cultural e vão sendo alteradas de acordo com a evolução da sociedade. 16 Protocolo e Etiqueta Social A forma como cumprimentamos o outro não é igual em todos os países? E o local onde colocamos as mãos quando estamos à mesa, não é transversal ao contexto ocidental? Quando estamos à mesa no Reino Unido ou nos Estados Unidos, as mãos devem permanecer no colo mantendo-se apenas em cima da mesa a mão(s) que está a manusear o talher. Pelo contrário, em França e em Portugal, as mãos e os pulsos ( mãos e pulsos! os cotovelos jamais se colocam em cima da mesa!) devem estar sempre visíveis em cima da mesa, incluindo quando não estão a manusear os talheres. 17 Protocolo e Etiqueta Social É, por isso, muitíssimo importante saber interpretar as fontes que consultamos quando procuramos “aprimorar” a arte de saber estar e bem receber. A título de exemplo, um manual de etiqueta elaborado no contexto inglês – por mais brilhante e completo que seja – não pode ser lido como contendo todas as regras que se aplicam no contexto português. A nossa cultura tem uma herança própria determinando regras de etiqueta diferentes para determinadas ocasiões. 18 Protocolo e Etiqueta Social O que são Boas Maneiras? 19 Protocolo e Etiqueta Social As boas maneiras são, no fundo, as linhas de orientação que nos permitem socializar com o outro de forma educada, correta e agradável. Respeitar o outro, ser gentil, generoso são o seu núcleo central que nos vai dar “a resposta” ao que fazer quando não sabemos qual a regra de etiqueta a observar. 20 Protocolo e Etiqueta Social “O nosso comportamento demonstra respeito, amabilidade, consideração e gentileza para com o outro?” É a pergunta que devemos fazer, interiormente, quando não sabemos o que fazer em determinada ocasião. Tal poderá determinar que, em certas ocasiões, as regras de etiqueta tenham de ceder para que estes princípios nucleares que dão vida às boas maneiras sejam observados. 21 Protocolo: âmbito de aplicação Nacional Aplicado num determinado estado Internacional Aplicado na relação entre estados soberanos Diplomático Aplicado nos procedimentos de diplomacia mas que, naturalmente, se insere no internacional 22 Natureza do protocolo Protocolo estrutural Engloba os aspetos logísticos do evento: • • • • Local Elementos cénicos Decoração, Etc. Protocolo institucional Diz respeito às precedências • Presidências • Seating • Etc. 23 Classe do protocolo Protocolo Oficial/Diplomático Protocolo Autárquico Protocolo Internacional Protocolo Multicultural Protocolo Militar Protocolo Eclesiástico Protocolo Desportivo Protocolo Social Protocolo Empresarial 24 Protocolo Oficial/Diplomático Em Portugal, compete por lei ao Protocolo de Estado (Serviço de Protocolo do Ministério dos Negócios Estrangeiros) “Definir as regras que devem presidir ao cerimonial, etiqueta e pragmática de acordo com a prática internacional e as tradições do Estado Português”. Art.13º do Decreto Lei nº9/94, de 24 de Fevereiro 25 Protocolo Autárquico Conjunto de regras que se devem observar no relacionamento (interno ou externo) da autarquia, assumindo-se como o código de conduta para a maioria das situações da vida da autarquia. Exemplos: • Cerimónia de tomada de posse dos órgãos autárquicos; • Comemoração do dia do Município; • Cerimónia de lançamento da 1ª pedra; • Cerimónia de descerramento de Placa Toponímica. • Etc. 26 Protocolo Multicultural Embora as distâncias entre países tenham diminuído, as distâncias culturais e sociais ainda continuam enormes. Para nos socializarmos com culturas diferentes, em primeiro lugar é preciso aceitar que não existem culturas certas ou erradas, mas sim diferentes entre si. Tornar-se multicultural não quer dizer abandonar a cultura de origem, quer dizer não a tomar como modelo. 27 Protocolo Empresarial ✓ Conjunto de formalidades que se devem observar no relacionamento (interno ou externo) da empresa; ✓ Conjunto de atos de boa educação e respeito, facilitadores do relacionamento interpessoal; ✓ Código de conduta para a maioria das situações da vida empresarial. 28 Protocolo Social Ser socialmente sensível significa “apenas” ter a capacidade de avaliar o que é adequado dizer ou fazer numa determinada situação. Algumas atitudes aprendem-se, outras nem por isso... O bom senso, a habilidade para compreender os sentimentos alheios, o discernimento para interpretar o contexto são elementos fundamentais no protocolo social. É a combinação de 3 bês: Bom senso Boa educação Bom gosto. 29 Eventos Nos eventos o protocolo é aplicado com 2 objetivos: 1. Transmissão de uma imagem de ordem e de rigor (transparecendo naturalidade) 2. Atribuindo a cada entidade (individual ou coletiva) o lugar que lhe pertence tendo em conta o seu estatuto e/ou função desempenhada. 30