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Disciplina: Processos de Armazenagem Docente: Sidnalva Silva DEFINIÇÃO Armazenagem representa o local em que são realizadas a preparação, a distribuição e a colocação dos materiais de acordo com os lugares determinados previamente. Isso facilita os processos internos, tanto o de movimentação...

Disciplina: Processos de Armazenagem Docente: Sidnalva Silva DEFINIÇÃO Armazenagem representa o local em que são realizadas a preparação, a distribuição e a colocação dos materiais de acordo com os lugares determinados previamente. Isso facilita os processos internos, tanto o de movimentação como o de estocagem. Segundo Franklin (2003), “armazenagem é a guarda temporária de produtos estocados para posterior distribuição”. A guarda dos materiais, de modo seguro, acontece a partir da organização desses processos, ou seja, é uma guarda temporária para que posteriormente eles sejam utilizados ou distribuídos dentro dos prazos solicitados. A figura a seguir representa todos os processos de armazenagem. Ela ilustra desde a chegada dos pro- dutos na área de recebimento até a saída das mercadorias utilizando o “modal rodoviário”. A imagem demonstra o funcionamento de um armazém com áreas de recebimento, movimentação, estrutura de armazenagem, inventário, embalagem, “crossdocking”, “software” (WMS), “picking” e expedição. Agora, iremos ver como são as etapas e o fluxo da armazenagem nos armazéns. A Coordenadora Ana solicitou que Helena, técnica em logística, seja a responsável pelo recebimento de ácido cítrico para a produção de xampu. Esse recebimento deve ser realizado com rapidez para atender a linha de produção, evitando parada por falta de insumo. Entretanto, faz-se necessário realizar o procedimento correto para garantir que o produto esteja de acordo com o solicitado e, além disso, disponibilizá-lo de maneira adequada ao setor responsável. A imagem mostra Helena em pé no galpão de recebimento de produtos, utilizando os EPIs necessários, com uma prancheta em mãos, conferindo os procedimentos que devem ser seguidos para o recebimento do produto químico. De que maneira Helena deve realizar o recebimento do ácido cítrico e disponibilizá-lo no setor respon- De que maneira Helena deve realizar o recebimento do ácido cítrico e disponibilizá-lo no setor responsável de forma correta? PROCESSO DE ARMAZENAGEM Quando compramos algum produto, seja pela internet ou em uma loja física, a empresa é obrigada a emitir uma nota fiscal (que serve para comprovarmos que adquirimos o produto correto), além de cumprir responsabilidades fiscais. Por exemplo: ao comprarmos uma geladeira, no ato da entrega, precisamos conferir as especificações na nota fiscal, a fim de nos certificarmos que realmente trata-se da mesma geladeira comprada, além de verificar se existe alguma avaria no produto. Após realizar essas ações, tratamos de providenciar o correto manuseio até o local em que irá ficar para evitar qualquer tipo de problema durante a locomoção. No mundo da logística não é diferente. Precisamos conferir os produtos recebidos e manuseá-los de maneira correta, até armazená-los no destino correto. O processo de armazenagem torna a gestão do armazém mais simples, pois descreve todas as atividades, métodos, ferramentas, equipamentos e pessoas envolvidas para receber, armazenar e expedir o produto, bem como os insumos para o cliente. Portanto, a definição do processo de armazenagem está ligada às estratégias utilizadas para incluir o produto no local ideal dentro do armazém Apesar dos estudos apontarem melhorias na gestão dos processos de armazenamento, algumas empresas demonstram dificuldades no gerenciamento tanto de materiais quanto de pessoas envolvidas nesse processo. Essa dificuldade se dá pelo pouco conhecimento dos gestores dos processos logísticos envolvendo a armazenagem dos diversos tipos de produtos, por isso é importante os gestores buscarem melhorias para facilitar o processo de manuseio e armazenamento correto nos armazéns. ETAPAS Etapas são constituídas por um conjunto de funções de recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou semiacabados. Uma vez que este processo en- volve mercadorias, ele apenas produz resultados quando é realizada uma operação, nas existências em trânsito, com o objetivo de lhes acrescentar valor (Dias, 2005, p. 189). Podemos dizer que a Armazenagem é uma atividade dentro das empresas a qual gerencia todas as etapas de operação de recebimento e expedição de qualquer tipo de carga. Ela engloba o planejamento, a coordenação, o controle e todas as operações, possibilitando que uma carga seja guardada com segurança até ser utilizada. Em resumo, o processo de armazenagem se divide em seis etapas principais: recebimento de materiais conferência dos itens estocagem separação de pedidos embalagem expedição FLUXO O fluxo de materiais no armazém responde a uma de suas características essenciais ao processo, uma vez que a estadia dos produtos dentro do armazém é temporária e tudo que entra na instalação precisa sair. A imagem mostra um trabalhador realocando mercadorias na área do armazém. Esse fluxo no armazém pode ser simples ou complexo, dependendo de cada empresa, das operações internas que são realizadas com a mercadoria, da quantidade e da forma de movê-la. Os diferentes fluxos de materiais podem ser ilustrados por simples fluxogramas ou diagramas de fluxo. Fluxo simples: é aquele que ocorre quando são fornecidas, sem fracionar, as mesmas unidades de carga enviadas pelo fornecedor. A imagem mostra um gráfico para ilustrar como ocorre o fluxo simples no armazém. Fluxo médio: nesse tipo de fluxo, as movimentações começam se tornar mais complexas. É o que costuma ser encontrado em armazéns, com operações simples de “picking” (processo de separação e preparação dos pedidos) ou combinadas, com o fornecimento de paletes completos. A imagem mostra o fluxo médio no armazém. Fluxo complexo: há armazéns que dispõem de diferentes áreas de trabalho, dependendo dos tipos de produto e seu consumo. Costumam dispor de zonas de manipulações intermediárias e podem precisar de diversas operações que exijam fluxos com uma certa ou com uma grande complexidade. Nesse diagrama, observa-se um exemplo desse tipo de instalação e as movimentações de cargas que podem ocorrer dentro dela. A imagem mostra o fluxo complexo no armazém. ETAPAS DO RECEBIMENTO O recebimento é a atividade que envolve toda cadeia logística na entrega da mercadoria ou insumos. Apesar de ser a primeira atividade realizada na gestão de armazéns, ela segue algumas etapas. O local de descarga dos materiais deve estar sempre preparado para a chegada dos veículos. Com a ajuda de empilhadeiras e equipamentos, os itens são separados de acordo com suas especificações e características. Após conferir o material, passamos para a “etapa de manuseio”, que é uma etapa muito importante. Processo de identificação. FLUXO DO PROCESSO DE RECEBIMENTO PARA O “CROSS DOCKING” O “Cross Docking” (cruzamento de docas) é uma estratégia logística em que consiste na distribuição de materiais, no menor prazo possível. Para tanto, as mercadorias são enviadas a um centro de distribuição; os itens são descarregados, separados e redistribuídos em cargas para serem entregues ao consumidor final. Vale lembrar que esse fluxo deve ocorrer no período de 24 horas. Cross docking puro A ideia por trás do “Cross Docking” é de receber os produtos de um caminhão e transferi-los diretamente para outro. Cross docking futuro Os produtos não são imediatamente movimentados para os veículos que realizarão as entregas. Eles são mantidos numa área, em que ficarão até o momento do carregamento. O tempo máximo de permanência de uma mercadoria em um centro de distribuição ou armazém para se considerar uma operação de “cross docking” é de 24 horas. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO Ao receber um produto que compramos pela internet, devemos fazer uma inspeção, ou seja, abrir e conferir se o que foi enviado está de acordo com o que compramos; conferir na nota fiscal se o produto entregue é o mesmo que consta no documento recebido e verificar se todas as especificações atendem ao que foi prometido no momento da compra. Caso exista alguma não conformidade ou irregularidade, você tem o direito de recusar o recebimento imediatamente e detalhar o motivo por escrito pelo qual está recusando. Para uma boa inspeção, é fundamental que os funcionários sejam devidamente treinados. TÉCNICAS DE CONFERÊNCIA FÍSICA As especificações técnicas e administrativas tratam de legalidade das informações e a qualificação das mercadorias na legislação vigente, seja voltado a saúde ou a bens de consumo que circulam na empresa. A seguir, conheceremos algumas técnicas de conferência comuns nas empresas:44 Quantitativa Conferência quantitativa ou “contagem cega” (realizada na primeira fase do recebimento). Esse proces- so ocorre quando o conferente efetua a contagem da mercadoria desconhecendo qual é a quantidade que consta na nota fiscal. Qualitativa Na conferência qualitativa é que se investiga e garante que a mercadoria entregue esteja de acordo conforme o solicitado, ou seja, além das quantidades, os produtos devem estar com a conformidade e a especificação qualitativa, como também com a sua integridade e a característica do que foi pedido cons- tando na nota fiscal do fornecedor. Amostragem A inspeção por amostragem no recebimento de produtos é realizada da seguinte forma: a cada lote recebido, uma amostragem do produto será escolhida aleatoriamente, mas com tamanho (ou quantidade) determinada. Os tamanhos de amostra são indicados de acordo com o procedimento estabelecido pela empresa. Conferência 100% Na conferência 100% (ou total), é realizada a verificação de todas as unidades de um determinado lote. Essa conferência deverá ser adotada quando a eventual utilização de uma unidade defeituosa do produto possa colocar em risco a segurança aos clientes e terceiros. É efetuada a comparação para cada tipo de produto. Por exemplo: no recebimento de uma carga de motores, em um armazém de peças de automóveis, que posteriormente irá para a linha de produção, é necessário a conferência 100% de todas as unidades recebidas, ou seja, verificar se estão constando todos os parafusos, ou se tem alguma parte amassada, pois qualquer defeito ou avaria pode colocar em risco a qualidade da produção dos veículos. A imagem mostra um técnico levando material para armazenagem após conferência. Quando vamos ao supermercado, é comum observarmos o peso descrito no produto que iremos adquirir. Você já se perguntou qual é a tolerância aceitável para que esse produto chegue com o peso adequado até à nossa casa ou qual o setor é responsável por estabelecer esses requisitos? Quando vamos ao supermercado, é comum observarmos o peso descrito no produto que iremos ad- quirir. Você já se perguntou qual é a tolerância aceitável para que esse produto chegue com o peso adequado até à nossa casa ou qual o setor é responsável por estabelecer esses requisitos? CONFERÊNCIA DOCUMENTAL A entrada das mercadorias na empresa depende de uma série de requisitos para que elas sejam regis- tradas e controladas corretamente. A conferência documental pode ser feita antes da carga ser retirada do veículo, porque se houver uma não conformidade, a mercadoria nem é descarregada, evitando, assim, uma força de trabalho desnecessária. Ao analisar os documentos fiscais, podemos identificar se houve alguma irregularidade na nota fiscal da mercadoria e se os dados contidos estão de acordo com a ordem de pedido. Nota fiscal A nota fiscal é um documento que está presente no nosso dia a dia. É por meio desse documento que é possível comprovar a realização de uma venda ou prestação de serviços. Também é uma forma de tornar claro os impostos sobre as vendas e prestações de serviços, facilitando a fiscalização dos órgãos responsá-veis. Não emitir a nota fiscal é considerado “sonegação fiscal” (um crime que traz consequências negativas para a empresa) Pedido de Compra O pedido de compra é um documento formal que uma empresa solicita ao fornecedor os produtos ou serviços a serem entregues. O documento deve estar em conformidade com os dados acordados numa negociação prévia. As inspeções de recebimento têm relação com a qualidade assegurada. Qualidade Assegurada A qualidade assegurada tem como objetivo estabelecer critérios para que os produtos saiam do fornecedor e cheguem até o armazém com a qualidade estabelecida, isto é, conforme as especificações e requisitos exigidos pelo cliente e Organismos de Certificação de Produto. TOLERÂNCIAS No recebimento, dependendo da natureza dos materiais envolvidos, é considerado níveis e critérios de tolerâncias. Para que exista qualidade, as medidas devem estar dentro dos limites de tolerância. Uma empresa que preza pela qualidade, aplica padrões precisos para medir ou avaliar os seus produtos. O técnico Miguel e o almoxarife Vicente receberam uma pequena carga de ”Aloe vera”. Eles estavam realizando a conferência no recebimento de forma manual, porém, no turno seguinte, a demanda de recebimento triplicou, aumentando significativamente o volume de cargas. Com isso, foi necessário aplicar uma técnica de recebimento mais eficiente, de modo a atender a alta demanda. O técnico Miguel ficou pensativo a respeito do que fazer. Quais as técnicas de recebimento devem ser aplicadas para atender à alta demanda de conferência? Aplicando técnicas de recebimentos de materiais O conferente César realizou um recebimento de uma carga de óleos vegetais de maneira incorreta, pois não se atentou ao procedimento de conferência documental. Ele acabou realizando o recebimento da quantidade do material menor do que estava descrito na nota fiscal. ARMAZENAGEM POR CATEGORIA DE MATERIAIS A classificação dos itens é um processo essencial, a fim de organizar o controle de materiais em estoque. É o procedimento de combiná-los por características parecidas, ou seja, é um processo minucioso de reuni-los por especificações semelhantes, servindo de informação para o gestor daqueles materiais, podendo, assim, ser capaz de voltar sua atenção a determinadas categorias específicas, ao invés de tentar lidar com uma infinidade de itens. SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO Dispor fisicamente os materiais em um armazém significa localizar cada um dos produtos em locais previamente preparados, além de possibilitar que a empresa e seus funcionários operem com a máxima eficiência e menor custo operacional. O principal objetivo do sistema de localização é possibilitar encontrar os locais em que são armazena- dos os produtos, de uma maneira rápida e por meio de uma simbologia própria. As principais políticas utilizadas pelos sistemas de localização em almoxarifado são: a) Agrupar os itens cujas características e funções sejam semelhantes, tal como: ferragens b) Agrupamentos de produtos que tenham giro rápido próximo a área de embarque e desembarque, pois assim reduz a movimentação; c) Agrupar os itens pesados e itens muito leves nos locais adequados; d) Separar os produtos classificados como perigosos dos produtos não perigosos Numérico O sistema de localização numérico é o mais utilizado, devido à sua simplicidade e possibilidade de alcançar inúmeros itens de estoque, além de conter informações. Veremos abaixo um exemplo de classificação para determinar diversos tipos de materiais em estoque: 01 - Matéria-prima 02 - Produtos em processo 03 - Produtos acabados 04 - Material de escritório 05 - Óleos lubrificantes 06 - Material de limpeza Todos os materiais estão classificados a partir de títulos gerais. Devido a ter diversos tipos de materiais, torna-se necessário fazer outra classificação: a individualizada. Vejamos o exemplo: 04 - Material de escritório 04.1 - Canetas estereográficas 04.2 - Lápis 04.3 - Papel carta 04.4 - Blocos pautados Alfanumérico O sistema de localização alfanumérico é apresentado por uma simbologia de códigos que contemplam letras e números. Ele abrange desde a maior localização de armazenamento (armazéns, galpões, almoxarifados, equipamentos de estocagem, etc.) até a menor localização (escaninhos, gavetas, divisórias de gavetas, prateleiras, etc. Os códigos devem indicar a localização dos materiais no estoque. Abaixo veremos um exemplo e desdobramento de um código: Código 1A8B5D 1 = ALMOXARIFADO CENTRAL – o número 1 representa a localização de todos as mercadorias que estão armazenadas no almoxarifado central. A = ZONA DE ESTOQUE – A letra A contempla os itens armazenados no mezanino conjunto de estantes. 8 -FILEIRA DE ESTANTES – O número 8 é a oitava fileira da estante, localizada no mezanino da esquerda para direita. B = MÓDULO DE ESTANTE – A letra B representa o segundo módulo ou coluna de escaninhos da fileira de estante número 8. 5 = PRATELEIRA – O número 5 contempla a quinta prateleira do módulo B, contando de baixo para cima. D = ITEM DO ESTOQUE – A letra D é a menor localização do estoque. É o quarto item estocado na pra- teleira número 5 Código de barras Na logística, o código de barras é utilizado no endereçamento de prateleiras e estantes, o que facilita muito a gestão do armazém e a localização instantânea dos produtos. Com a utilização de sistemas e software, como o “WMS” (Warehouse Management System - Sistema de Gerenciamento de Armazém), e de coletores de radiofrequência, a organização terá um controle maior do seu estoque, trazendo mais exatidão na armazenagem, na separação e na rastreabilidade das movimentações. A formação do endereçamento independe do tipo de estrutura utilizada para acondicionar as mercadorias, pois pode haver uma adequação ao tipo de empresa e ambiente, em que as estruturas serão implementadas para o endereçamento eficaz. AULA 4 Locais de endereçamento logístico É o mapeamento físico dos produtos de uma empresa, dentro do armazém. Pátio Depósito Ruas Área Corredor Módulo Nível Vão A definição do sistema de endereçamento pode seguir diversos critérios, sendo os principais: Sistema de endereçamento fixo (ou locação fixa): cada produto possui uma posição fixa, determinada conforme um padrão pré-estabelecido. Vantagem: Facilita a avaliação visual do índice de rotatividade do portfólio da empresa Desvantagem: Necessita de uma área maior de armazenagem e requerer uma redistribuição das posições quando há uma alteração de demanda. Sistema de endereçamento rotativo (ou locação caótica/aleatória): nesse sistema, a mercadoria não tem uma posição fixa, ou seja, todos os endereços estão disponíveis a qualquer momento. Vantagens do endereçamento logístico? ☑ Tem mais agilidade nos processos, especialmente no picking; ☑ Aproveita melhor todos os recursos (pessoas, equipamentos e área); ☑ Reduz custos; ☑ Permite um controle de estoque mais eficiente e preciso; ☑ Facilita a implantação de sistemas que beneficiam a gestão e elevam a produtividade, como o WMS e coletores RF. Um dos sistemas de endereçamento mais comum é o de orientação geográfica por sinalização. Dentro do armazém, ele é dividido por ruas, números, andares e corredores. Um dos sistemas de endereçamento mais comum é o de orientação geográfica por sinalização. Dentro do armazém, ele é dividido por ruas, números, andares e corredores. Pátio O pátio é uma área dentro do ambiente logístico que tem grande importância para o alcance da eficiência nos processos. É nele que ficam os caminhões ao chegarem na empresa para realizar a carga ou descarga de mercadoria. Para que tenha vantagem competitiva, o ideal é que as empresas tenham informações em tempo real, direção de trabalho inteligente e visibilidade completa dos caminhões, motoristas e cargas que se encontram no pátio. Caso contrário, os resultados são processos ineficientes, materiais empilhados nos locais incorretos, funcionários das docas ociosos à espera de cargas ou fiscais à procura de caminhões no pátio. É importante que exista uma gestão de pátio para que seja feita uma otimização do fluxo de materiais. PRINCIPAIS AÇÕES REALIZADAS NESSA GESTÃO Depósito O depósito é utilizado para armazenar produtos, tendo como finalidade estocar as mercadorias de médio a longo prazo. Não é relevante que tenha uma localização estratégica, assim como um centro de distribuição, pois não contam com alto fluxo de mercadorias. Ruas Para maior organização, as ruas de um armazém devem gerar uma sequência numérica. A rua 1 fica próxima ao local de recebimento e do envio de mercadorias. É importante usar placas de sinalização em cada rua (no início e no final de cada corredor da rua), num tamanho que facilite a leitura. Corredor É um dos primeiros itens a ser identificado no endereçamento, pois ele não deve se repetir. Pode ser identificado com letras ou números, porém o uso de letras é limitado em relação ao número. Os corredores devem ser identificados, possibilitando uma visão longa. Desse modo, o acesso será mais rápido, impossibilitando o erro e demora na remoção ou inclusão da carga no local. Módulo Os módulos são espaços nos setores de estocagem, geralmente compreendidos por duas colunas de um sistema porta palete. Em algumas empresas são chamados de “prédios”, levando em consideração a semelhança do método com uma cidade com muitos edifícios. Os corredores do armazém devem ser preenchidos por módulos dos dois lados. Os módulos do lado direito devem ser de numeração par e os do lado esquerdo, ímpar. Área A quantidade de área de um armazém vai depender do tamanho da empresa. Existem empresas pequenas que só tem duas áreas no espaço de armazenagem, enquanto outras que tem diversas áreas. É fundamental sempre alocar códigos para diferentes áreas no estoque, mantendo a numeração crescente, dando continuidade na identificação, caso tenha expansão do armazém. Nível O nível é representado por números e sua quantidade dependerá da altura da estrutura. A depender do nível que o produto esteja localizado, a movimentação do material poderá ser manual ou por meio de um equipamento, como a empilhadeira. Os materiais presentes no nível 1 poderão ser movimentados manualmente. Contudo, os presentes no nível 2 ou acima, poderá haver necessidade de movimentação por meio de equipamento devido à altura. Vão Este item pode ser comparado aos apartamentos de um prédio, pois ele é parte da estrutura que fica localizado o lote ou produto devidamente embalado. A imagem mostra vão de acomodação de caixas no estoque. O código do vão é o último a ser identificado na etiqueta, a não ser que exista uma outra forma de codificação, pois é necessário reforçar que cada empresa codifica seu armazém da melhor forma, de acordo com sua área de atuação. AULA 30/08/2024 PRINCIPAIS SISTEMAS DE ARMAZENAG EM Blocado O armazenamento blocado consiste em empilhar as unidades de carga (paletes, caixas ou produtos), uma em cima da outra, no solo do armazém, sem utilizar as estantes. Dependendo do tipo do material, ela pode estar paletizada ou não. Para esse tipo de armazenagem, é recomendado que a mercadoria seja resistente. Caso contrário, ela poderá sofrer danos. Drive in A principal característica do sistema drive-in é o aproveitamento do espaço, pois existe somente um corredor frontal para carga e descarga do material. É um porta-paletes utilizado quando a carga não é variada e pode ser paletizada, além de não haver a necessidade de alta seletividade ou velocidade. O Drive in deve ser utilizado quando o sistema de inventário for do tipo LIFO (Last In, First Out — último a entrar, primeiro a sair), pois seu acesso se dá pelo mesmo local em que se faz a guarda do material. O Drive in deve ser utilizado quando o sistema de inventário for do tipo LIFO (Last In, First Out — último a entrar, primeiro a sair), pois seu acesso se dá pelo mesmo local em que se faz a guarda do material. Drive Trought O Drive Trought possui uma alta densidade de armazenagem de cargas iguais e propicia um grande aproveitamento volumétrico para os armazéns. Este sistema deve ser utilizado quando o sistema de inventário obrigue a adoção do tipo FIFO (First In, First Out - primeiro a entrar, primeiro a sair), pois o material é colocado por um lado e retirado pelo outro. A estrutura do drive trought é semelhante à do drive-in, porém ela tem acesso também por trás, possibilitando corredores de armazenagem mais longos Porta-palete convencional É um recurso bastante utilizado para aqueles que desejam fazer o armazenamento de produtos e materiais. Vantagens: Possibilita estocagem de paletes a alturas maiores, liberando áreas no armazém e aproveitando melhor o espaço do local; Elimina a interferência do peso dos produtos, evitando esmagamento, levando em consideração que não há empilhamento de materiais um em cima do outro; Propicia uma ótima seletividade, afinal de contas não é necessário movimentar outras cargas para encontrar aquela desejada, então o acesso é facilitado; Ajuda no controle de estoque, pois as posições dos produtos são fixas, o que colabora na melhor identificação da quantidade de cada material; Porta pallet Dinâmico Sua principal característica é “a rotação automática de estoques”, permitindo a utilização do sistema FIFO primeiro a entrar primeiro a sair, pois, devido sua configuração, o palete é colocado em uma das extremidades do túnel e desliza até a outra extremidade por meio uma pista de roletes com redutores de velocidade para manter o palete em velocidade constante. Push Back: Nessa estrutura, cada vão contém carrinhos montados em trilhos, podendo chegar a quatro carrinhos em cada vão. Para utilização desse tipo de estrutura, faz-se necessário a aplicação do método “UEPS último a entrar primeiro a sair” sempre que houver mais de um espaço no vão da estrutura. Cantilever Esse sistema permite uma boa seletividade e velocidade de armazenagem. É ideal para armazenagem de peças de grande comprimento, tais como: madeiras, barras, tubos, trefilados, pranchas etc., além de ser destinado às cargas armazenadas pela lateral, preferencialmente por empilhadeiras ou ponte rolantes. Com preço elevado, ele é composto por colunas centrais e braços em balanço para suporte das cargas, formando um tipo de árvore metálica. Automatizado As operações de movimentação devem ser automatizadas sempre que possível, a fim de aumentar a eficiência e reduzir custos, eliminando o trabalho manual repetitivo ou potencialmente inseguro Estantes Flow Rack, Carrossel e industriais Flow Rack: Sistema indicado para pequenos volumes e grande rotatividade em que se faz necessário o“picking”, facilitando a separação de materiais e permitindo o princípio FIFO. Carrossel: Esse tipo de sistema é formado por um conjunto de estantes com prateleiras expostas horizontalmente que chegam até a área de trabalho. Serve para várias aplicações, além de proporcionar o armazenamento de diversos produtos, tais como:roupas, pneus, caixas, entre outros. Por esse motivo, é utilizado em indústrias dos mais variados ramos ou segmentos Industriais As estantes industriais podem ser montadas formando conjuntos ou sistemas de estantes industriais. Ela possibilita a armazenagem de qualquer tipo de unidade de cargas (pesadas, leves, frágeis,longas, dentre outros), como também ajuda a potencializar o “layout” do armazém, melhorando as condições de trabalho e facilitando o dia a dia dos colaboradores. Racks Equipamentos metálicos de múltiplo uso, cujas funções principais são: movimentar, transportar e verticalizar produtos por meio de sua unitização. https://www.youtube.com/watch?v=ckxnRNwNfjI&t =15s Armazém Automatizado Bertolini - Transelevador (youtube.com)

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