Desenvolvimento de Produtos Digitais - Leitura (PDF)

Summary

Esta leitura aborda a importância do Produto Mínimo Viável (MVP) no desenvolvimento de produtos digitais. Fornece insights sobre como aplicar o MVP, usando exemplos de casos como Spotify e Android. A leitura enfatiza a importância do feedback do utilizador para iterar e melhorar o produto.

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DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS DIGITAIS Leitura O Produto Mínimo Viável (MVP) 2 Índice Objetivos......................................................................................................................... 4 In...

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS DIGITAIS Leitura O Produto Mínimo Viável (MVP) 2 Índice Objetivos......................................................................................................................... 4 Introdução....................................................................................................................... 4 Produto Mínimo Viável (MVP)....................................................................................... 4 a) Regra para aplicação do MVP........................................................................ 6 b) Teste do Produto Mínimo Viável....................................................................... 6 c) Feedback Permanente...................................................................................... 6 d) Ciclo de feedback............................................................................................. 7 e) Testes de Alta Qualidade.................................................................................. 7 O caso Spotify................................................................................................................ 7 O caso Android da Google.......................................................................................... 9 O caso iOS da Apple................................................................................................... 10 Duas Marcas, diferentes Realidades......................................................................... 11 Conclusão..................................................................................................................... 13 Referências Bibliográficas.......................................................................................... 14 3 Objetivos Conhecer os elementos que integram o Produto Mínimo Viável (MVP) Identificar a importância do Feedback na elaboração do Produto Mínimo Viável. Perceber o Produto Mínimo Viável nas realidades Spotify, Android e iOS Introdução A ficha de leitura que se segue tem como objetivo abordar a importância do tema O Produto Mínimo Viável (MVP) dentro da temática Desenvolvimento de Produtos Digitais. A abordagem retrata com algum detalhe os tópicos: Regra para aplicação do MVP, Teste do Produto Mínimo Viável, Feedback Permanente, Ciclo de feedback, Testes de Alta Qualidade e por último os casos Spotify, Android e iOS. Produto Mínimo Viável (MVP) Produto Mínimo Viável (MVP, na sua versão original, Minimum Viable Product. Por norma, o Gestor de Produto diz “eu quero isto” e o engenheiro responde “eu vou construir aquilo”. Na realidade, para que um produto seja bem-sucedido, independentemente da função de cada elemento da equipa, importa responder a 4 perguntas chave: 1. Os consumidores reconhecem que têm um problema e que a nossa empresa o resolve? 2. Se houvesse uma solução, eles compravam-na? 3. Compravam-na a nós? 4. Conseguimos desenvolver uma solução para essa necessidade específica? O sucesso não é entregar uma característica, o sucesso é saber resolver o problema do cliente. 4 O conceito de Produto Mínimo Viável (MVP), proposto por Eric Ries no seu livro "The Lean Startup", é amplamente utilizado em empresas tecnológicas e start-ups para o desenvolvimento de produtos e serviços de forma mais eficaz, economizando tempo e recursos. Na sua versão original, é um conceito que visa desenvolver um produto ou serviço com o mínimo de recursos necessários para validar a sua viabilidade no mercado. As principais fases do MVP são: Ideias, Construção (desenvolvimento), Lançamento, Feedback e Ajustes (reformulação). Identificação da necessidade do mercado Nesta fase, são geradas ideias para resolver um problema específico ou responder a uma necessidade do mercado. Conceptualização Esta etapa envolve a criação do produto ou serviço com um conjunto mínimo de funcionalidades tornando-o utilizável. O foco é na simplicidade e na economia de recursos. Construção / Desenvolvimento do MVP O MVP é lançado no mercado para um grupo inicial de utilizadores. Pode ser feito numa escala limitada para recolher feedback e validar a necessidade da procura. Repetir e Melhorar Os dados e o feedback dos utilizadores são essenciais nesta fase. Avalia-se como os utilizadores interagem com o MVP, identificam-se os problemas e recolhem-se recomendações para melhorias futuras. Expansão Gradual Com base no feedback e nos dados recolhidos, fazem-se ajustes no produto, adicionando funcionalidades ou refinando-o de acordo com as necessidades dos utilizadores. No fundo, o sistema pretende um mínimo de esforço e um menor tempo de desenvolvimento possível. 5 O MVP ajuda a iniciar o processo de desenvolvimento o mais rapidamente possível. No entanto, não é necessariamente a oferta do produto menor possível; é simplesmente a maneira mais rápida de passar pelo Ciclo de Feedback com o mínimo de esforço e adquirir conhecimento. O MVP é projetado não apenas para responder a questões técnicas ou de design. O seu objetivo é testar hipóteses fundamentais para o negócio que o produto pretende servir. É apenas o primeiro passo na viagem da aprendizagem. Depois de várias revisões, pode-se descobrir que algum elemento do produto, ou da sua estratégia, estão fragilizados, optando-se por uma mudança, para um método diferente. a) Regra para aplicação do MVP Ao desenvolvermos o MVP, devem-se eliminar recursos, processos ou esforços que não contribuam diretamente para a aprendizagem necessária. Mesmo um MVP de baixa qualidade pode ajudar na construção de um produto excelente, um produto de alta qualidade, de referência. b) Teste do Produto Mínimo Viável Antes que os novos produtos possam ser vendidos com sucesso para o mercado de massas, eles precisam de ser vendidos aos primeiros utilizadores. Estes identificam-se como Early Adopters. Os Early Adopters são um tipo de cliente especial. De forma geral, aceitam um produto, ou serviço, capaz de responder em 80% do prometido ou da expectativa criada. Não é necessário fornecer uma solução perfeita para captar o interesse deste tipo de clientes. Os primeiros utilizadores usam a imaginação para preencher o que está em falta no produto. Este tipo de clientes prefere este cenário. Alimenta-se de fazer parte de algo que está em desenvolvimento. Para eles, o mais importante é ser-se o primeiro a usar ou adotar um produto novo ou tecnologia nova. Os Early Adopters, ao contrário da maioria dos clientes, suspeitam de produtos aparentemente “perfeitos”. c) Feedback Permanente Deve-se convidar de formar regular os grupos de pessoas interessadas para testar os protótipos e as simulações de produto ou serviço que se tem em desenvolvimento. 6 d) Ciclo de feedback O feedback dado pelos clientes é fundamental para a melhoria do nosso produto ou serviço. Para além de ser importante recebê-lo, é também importante apropriar os indicadores de satisfação e de insatisfação que a sua mensagem nos traz. É sobre estes indicadores que conseguimos melhorar ou otimizar a nossa oferta, e isto numa base regular, numa base de circular (num ciclo), ou seja, ter a noção que se trata de uma relação com princípio meio e fim. Quando acaba, voltamos ao início. e) Testes de Alta Qualidade A maioria das filosofias de negócio tem como princípio, concentrar-se na produção de experiências que ofereçam alta qualidade aos clientes. Este tipo de estratégia pressupõe que a empresa já sabe quais são as características do produto que o cliente percecionará como valiosas. Mas esta abordagem é arriscada para empresas que estão no seu início (Startups), pois se não souberem quem é de facto o cliente real, não saberão qual é a qualidade necessária para o produto final. Deve-se sempre questionar se o utilizador irá valorizar o design da mesma forma que nós! Quando não acontece, devemos estar dispostos em deixar de lado os padrões convencionais, para dar início a um processo novo de aprendizagem, e o mais rápido possível. Convém notar que qualquer vantagem inicial é raramente suficiente para fazer a diferença, e o tempo despendido longe do cliente real, anula essa suposta vantagem. A única maneira de se ser bem-sucedido é aprender o mais rápido possível. O caso Spotify Enquadramento O Spotify é uma plataforma de streaming de música que revolucionou a maneira como as pessoas ouvem música. Para entender como o MVP pode ser aplicado no Spotify, vamos considerar a sua fase inicial de desenvolvimento. O exemplo prático do MVP no Spotify foi o lançamento inicial do aplicativo num mercado específico, oferecendo apenas um pequeno conjunto de músicas e funcionalidades básicas. 7 Ao observarem a interação dos primeiros utilizadores com o aplicativo, o Spotify ajustou a sua estratégia e os seus recursos para responder às necessidades e preferências do mercado. Identificação da necessidade do mercado Antes mesmo de se criar o Spotify, os seus fundadores identificaram uma necessidade no mercado. As pessoas queriam uma maneira fácil e acessível de ouvir música de forma legal. Conceptualização A equipe do Spotify começou com um conceito simples: oferecer streaming de música a pedido, com um vasto catálogo de músicas e proporcionar uma experiência ao utilizador amigável. O objetivo era criar uma solução que correspondesse a essa necessidade específica. Construção / Desenvolvimento do MVP O primeiro MVP do Spotify poderia ter sido uma versão muito básica do aplicativo que permitisse aos utilizadores ouvir músicas a pedido, mas com funcionalidades extremamente limitadas. Por exemplo, o MVP inicial poderia ter oferecido: - Um pequeno catálogo de músicas. - Recursos de reprodução simples, como reproduzir, pausar e avançar faixas. - Uma interface de utilizador mínima para navegação. - Teste e Feedback: Com o MVP em funcionamento, a equipe do Spotify lançaria o produto no mercado para um grupo inicial de utilizadores. Observariam como os utilizadores interagiam com o aplicativo, recolhiam feedback e analisariam os dados. Repetir e Melhorar Com base no feedback dos utilizadores e nos dados recolhidos, a equipe faria iterações no produto. Por exemplo, poderiam adicionar mais músicas ao catálogo, melhorar a qualidade do áudio ou introduzir recursos de personalização. Expansão Gradual Conforme o Spotify ganhava tração e refinava o seu produto com base no feedback, podiam expandir gradualmente para novos mercados e novas plataformas (dispositivos móveis, por exemplo), e adicionar recursos adicionais, como listas de música personalizadas, rádio e ligação às Redes Sociais. 8 O caso Android da Google Enquadramento O Android exemplifica bem a abordagem do Produto Mínimo Viável, começando com um sistema operativo básico que atendia às necessidades essenciais e, em seguida, evoluindo com base no feedback e nas procuras do mercado ao longo do tempo. Essa abordagem permitiu que o Android se tornasse um dos sistemas operativos móveis mais populares e amplamente adotados do mundo. Identificação da necessidade do mercado: Antes do lançamento do Android, a Google identificou a necessidade no mercado de um sistema operativo de código aberto e gratuito. Na época, o mercado de smartphones estava em crescimento, mas muitos fabricantes usavam sistemas proprietários. A Google percebeu a necessidade de um sistema operativo que pudesse ser adotado livremente pelos fabricantes de dispositivos móveis e oferecer uma plataforma única. Conceptualização Com base na necessidade identificada, a Google concebeu o Android como um sistema operativo de código aberto, baseado no kernel do Linux, destinado a dispositivos móveis, inicialmente focado em smartphones. A ideia central era fornecer uma plataforma flexível que permitisse aos fabricantes personalizar os seus dispositivos e aos engenheiros criaram aplicativos para uma ampla variedade de dispositivos Android. Construção e Desenvolvimento A Google iniciou o desenvolvimento do Android como um PMV com um conjunto mínimo de funcionalidades essenciais. O foco estava em criar um sistema operativo funcional que pudesse ser usado de forma estável. O Android inicial incluía recursos básicos, como navegação na web, envio de mensagens e suporte a aplicativos, mas não era tão robusto quanto as versões subsequentes. Repetir e Melhorar Após o lançamento inicial do Android, a Google recolheu feedback dos fabricantes de dispositivos, programadores e utilizadores. Isto incluiu melhorias de desempenho, correção de bugs e adição de recursos com base no feedback recebido. As revisões subsequentes do Android, com nomes de código como "Cupcake", "Donut" e assim por diante, representaram melhorias incrementais no sistema operativo. 9 Expansão Gradual À medida que o Android se tornava mais estável e popular, a Google expandiu a sua presença em diferentes tipos de dispositivos, como tablets, Smartwatch e SmartTVs. Da mesma forma, continuou a expandir a sua loja de aplicativos, a Google Play Store, tornando-a um hub central para a distribuição de aplicativos Android. O caso iOS da Apple Enquadramento O iOS da Apple é um exemplo notável de como o conceito de MVP pode ser aplicado com sucesso. Começou com um conjunto mínimo de funcionalidades que atendiam às necessidades essenciais dos utilizadores e, ao longo do tempo, evoluiu para se tornar uma plataforma poderosa e altamente integrada com uma base de utilizadores globalmente ampla. Identificação da necessidade do mercado: Antes do lançamento do iOS, a Apple percebeu a necessidade de um sistema operativo móvel que fosse altamente integrado com os seus próprios dispositivos, como o iPhone e o iPod Touch. O mercado procurava uma experiência de utilizador mais intuitiva e envolvente nos dispositivos móveis. A Apple identificou a oportunidade de criar um sistema operativo que proporcionasse uma experiência ao utilizador única, combinando o hardware e o software de maneira harmoniosa. Conceptualização Com base na necessidade identificada, a Apple concebeu o iOS como um sistema operativo, exclusivo, para os seus dispositivos móveis. O conceito central era criar uma plataforma que fosse fácil de usar, com uma interface de utilizador intuitiva, design elegante e integração perfeita com os produtos da marca. O iOS foi projetado para ser um sistema operativo fechado, com controle rigoroso sobre o hardware e software, a fim de proporcionar uma experiência consistente e de alta qualidade. Construção e Desenvolvimento A Apple começou o desenvolvimento do iOS com um MVP que incluía funcionalidades essenciais, como chamadas telefónicas, mensagens e navegação na web, todas integradas de forma intuitiva. A primeira versão do iOS, originalmente chamada de "iPhone OS," era bastante simples em comparação com as versões posteriores. O foco era criar um sistema operativo estável e confiável que funcionasse perfeitamente com o hardware do iPhone. 10 Repetir e Melhorar Após o lançamento inicial do iOS, a Apple continuou a repetir e a melhorar o sistema operativo com base no feedback dos utilizadores e nas tendências do mercado. As atualizações subsequentes do iOS trouxeram novos recursos, correção de bugs e melhorias de desempenho, permitindo que o sistema operativo se adaptasse às mudanças e às necessidades e expectativas dos utilizadores. Expansão Gradual Embora o iOS tenha começado como o sistema operativo do iPhone, a Apple expandiu gradualmente a sua presença em outros dispositivos, como o iPad e o iPod Touch. Além disso, a Apple permitiu o desenvolvimento de aplicativos de terceiros para a App Store, expandindo ainda mais o ecossistema iOS. Duas Marcas, diferentes Realidades Mesmo sabendo que são dois sistemas operativos para aplicação em dispositivos como Smartphones, Laptops, Tablets ou mesmo sistemas multimédia para Carro, a sua estratégia foi diferente, senão vejamos como. Identificação da necessidade do mercado Android O Android foi criado para atender à necessidade de um sistema operativo móvel de código aberto que pudesse ser amplamente adotado por vários fabricantes de dispositivos móveis. A Google identificou a necessidade de uma plataforma móvel flexível e gratuita que competisse com os sistemas proprietários, como o da Blackberry, por exemplo. iOS O iOS foi desenvolvido para atender à necessidade de uma experiência de utilizador altamente integrada e intuitiva nos dispositivos da Apple, como o iPhone e o iPod Touch. A Apple identificou a oportunidade de criar um sistema operativo fechado que proporcionasse uma experiência consistente e exclusiva aos seus utilizadores. Conceptualização Android O Android foi concebido como um sistema operativo de código aberto baseado no kernel do Linux, com foco na personalização e flexibilidade dos diferentes fabricantes e dispositivos. 11 A ênfase estava na oferta de uma plataforma aberta que permitisse aos fabricantes e programadores criarem uma variedade de dispositivos e aplicativos Android. iOS O iOS foi concebido como um sistema operativo exclusivo para os dispositivos da Apple, com um design elegante, uma interface de utilizador intuitiva e uma integração profunda com o hardware. A ideia era criar uma experiência unificada e de alta qualidade para utilizadores de dispositivos Apple. Construção e Desenvolvimento Android O Android foi construído como um MVP, iniciando com um conjunto mínimo de funcionalidades essenciais, mas permitindo a sua expansão e a personalização pelos fabricantes. A primeira versão era mais simples e menos integrada do que as versões posteriores. iOS O iOS também começou com um MVP que oferecia funcionalidades essenciais, como chamadas, mensagens e navegação na web, tendo uma integração perfeita. A primeira versão do iOS era simples, com um foco claro na estabilidade e na experiência do utilizador. Repetir e Melhorar Android O Android evoluiu ao longo do tempo com atualizações que adicionaram novos recursos, melhoraram o desempenho e a segurança, com base no feedback dos utilizadores e nas tendências do mercado. As versões posteriores do Android trouxeram melhorias significativas. iOS O iOS também passou por revisões e melhorias contínuas, como a adição de recursos, melhorias de desempenho e correção de bugs, isto com base no feedback dos utilizadores. As atualizações do iOS continuam a manter a integridade da experiência do utilizador. 12 Expansão Gradual Android O Android expandiu-se gradualmente para vários tipos de dispositivos, incluindo smartphones, tablets, smartwatches e SmartTVs. A plataforma também permitiu a criação de um vasto ecossistema de aplicativos de terceiros. iOS O iOS expandiu-se para dispositivos como o iPad e o iPod Touch, proporcionando uma experiência consistente em todos os produtos Apple. A App Store permitiu a expansão do ecossistema iOS com milhares de aplicativos de terceiros. Ambos os sistemas operativos têm abordagens diferentes, mas bem-sucedidas, para a criação e evolução de produtos digitais. O Android enfatiza a flexibilidade e a personalização, atendendo a uma ampla gama de fabricantes e dispositivos, enquanto o iOS concentra-se na integração perfeita e na criação de uma experiência de utilizador exclusiva em dispositivos Apple. Ambos têm melhorado e expandido ao longo do tempo para se tornarem líderes nos seus respetivos mercados. Conclusão Como vimos, o desenvolvimento de um Produto Mínimo Viável enquadra respeitar tópicos fundamentais como: Regra para aplicação do MVP, Teste do Produto Mínimo Viável, Feedback Permanente, Ciclo de feedback, Testes de Alta Qualidade. A exemplificação do conceito foi retratada a detalhe com o caso Spotify, o Android da Google e o iOS da Apple. 13 Referências Bibliográficas Anderson, A., Jurgens-Kowal, T., Atherton, S., Verhaeghe, J., Rodriguez, C., Dworaczyk, K., & Fix, J. (2020). Product Development and Management Body of Knowledge: A Guidebook for Training and Certification, Second Edition. Product Development & Management Association. Olsen, D. (2015). The Lean Product Playbook: How to Innovate with Minimum Viable Products and Rapid Customer Feedback (1st ed.). Wiley. Osterwalder, A., & Pigneur, Y. (2010). Business model generation. John Wiley & Sons. Trott, P. (2020). Innovation Management and New Product Development (7th ed.). Pearson. Ulrich, K., & Eppinger, S. (2020). Product Design and Development (Irwin Marketing) (7th ed.). McGrawHill Education. Westrick, R., & Cooper, C. (2012). Winning by Design: Practical application of Lean principles for transforming the speed to market, the quality, and the costs of new product development. CreateSpace Independent Publishing Platform 14

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