GRUPOS 2.ppt
Document Details

Uploaded by MomentousPeninsula2385
ISCE
Full Transcript
Instituto Superior de Ciências Educativas LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FISICA E DESPORTO Sociologia do Desporto Prof. Doutor PAULO MALICO SOUSA [email protected] [email protected] A ESTRUTURA DOS GRUPOS ESTRUTURA: retrato do grupo num determinado momento do tempo (análise transversal do grupo)...
Instituto Superior de Ciências Educativas LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FISICA E DESPORTO Sociologia do Desporto Prof. Doutor PAULO MALICO SOUSA [email protected] [email protected] A ESTRUTURA DOS GRUPOS ESTRUTURA: retrato do grupo num determinado momento do tempo (análise transversal do grupo) - Há algum tipo de estrutura de grupo que facilite a sua produtividade? EXISTEM 5 TIPOS DE ESTRUTURAS A ESTRUTURA DOS GRUPOS ASPECTOS ESTRUTURAIS DO FUNCIONAMENTO DOS GRUPOS: 1. Estrutura afectiva 2. Estrutura das interacções 3. Estrutura da comunicação 4. Estrutura de poder 5. Estrutura da tarefa A ESTRUTURA DOS GRUPOS 1. ESTRUTURA AFECTIVA DO GRUPO - Trabalhos de Jacob Moreno (1932, 1934) - Baseia-se no método de auto-descrição MÉTODO DE AUTO-DESCRIÇÃO a) Entrevista de campo – o investigador insere-se no grupo que lhe interessa estudar e entrevista os seus membros para conhecer as suas normas e valores. b) Método Sociométrico (Sociometria) – técnica analítica para o estudo das interacções grupais. A ESTRUTURA DOS GRUPOS SOCIOMETRIA - Técnica de medição dos afectos dentro de um grupo - Estudo da estrutura íntima/afectiva informal que vai determinar os comportamentos dos indivíduos do grupo, uns em relação aos outros - Permite clarificar a estrutura socio-afectiva dos grupos e estudar a sua dinâmica - Utilização do teste sociométrico: SOCIOGRAMA A ESTRUTURA DOS GRUPOS Através do conhecimento desta estrutura podemos: ● Compreender a “personalidade social” dos diferentes membros do grupo ● Compreender as tensões internas no grupo ● Delinear estratégias de modificação de comportamento individual e da dinâmica grupal A ESTRUTURA DOS GRUPOS O TESTE SOCIOMÉTRICO: SOCIOGRAMA - Permite tirar um retrato ao grupo em termos afectivos - Analisa a relação entre as escolhas - Pode utilizar-se em grupos não muito numerosos SOCIOGRAMA: diagrama que mapeia graficamente as interacções preferidas, obtidas através de entrevistas ou questionários A ESTRUTURA DOS GRUPOS FINALIDADE DO TESTE SOCIOMÉTRICO: 1. Verificar as redes de comunicação no grupo: ou seja, preferências e rejeições. 2. Quais os elementos chave do grupo – os preferidos. 3. Se existem conflitos no grupo. 4. Qual a estrutura do grupo: se é muito fechada ou permite alguma abertura. 5. Se existem subgrupos no seu interior. 6. A posição e o papel que cada elemento desempenha no grupo. 7. Qual a organização mais produtiva do grupo. 8. Quais os membros rejeitados – elementos periféricos – possibilitando o seu melhor aproveitamento. A ESTRUTURA DOS GRUPOS APLICAÇÃO DO TESTE SOCIOMÉTRICO - O investigador coloca as perguntas aos membros do grupo (oralmente ou através de questionário) e pede-lhes que escrevam as respostas. - As perguntas variam de grupo para grupo, de acordo com a sua formação e objectivos A ESTRUTURA DOS GRUPOS APLICAÇÃO DO TESTE SOCIOMÉTRICO Perguntas: 1. Que pessoa(s) deste grupo gostaria de ter como colega de trabalho / quem gosta mais neste grupo / quem escolheria para se sentar a seu lado / quem escolheria para o acompanhar num passeio? 2. Que pessoa(s) deste grupo não gostaria de ter como colega de trabalho / quem detesta mais neste grupo / quem não escolheria para se sentar a seu lado / quem não escolheria para o acompanhar num passeio? A ESTRUTURA DOS GRUPOS APLICAÇÃO DO TESTE SOCIOMÉTRICO Perguntas: Expectativa que eu tenho da percepção que os outros têm de mim 3. Que pessoa(s) acha que o escolheriam a si para colega de trabalho? 4. Que pessoa(s) deste grupo não o quereriam a si como colega de trabalho? OBJECTIVO: Perceber o que “eu” sinto acerca do modo como sou aceite e/ou rejeitado pelos outros A ESTRUTURA DOS GRUPOS APLICAÇÃO DO TESTE SOCIOMÉTRICO Análise dos resultados: SOCIOGRAMA → O sociograma é uma realidade estática (transversal) da dinâmica das interacções no grupo. → O sociograma pode mudar, de acordo com as mudanças que se operam no próprio grupo EXERCICIO PRÁTICO: SOCIOGRAMA A ESTRUTURA DOS GRUPOS O estatuto sociométrico dos membros do grupo permite: Identificar os sujeitos com mais popularidade e poder Identificar os elementos marginais (os mais rejeitados) Identificar tensões internas e coligações Avaliar o grau de coesão grupal Verificar quem lidera (ESTRUTURA de PODER) A ESTRUTURA DOS GRUPOS RELAÇÃO ENTRE A ESTRUTURA SOCIOMÉTRICA E PRODUTIVIDADE GRUPAL ● Resultados iniciais: os grupos com melhor desempenho são aqueles em que a coesão é elevada e os membros se sentem muito atraídos pelo grupo. ● Resultados actuais: a relação entre produtividade e coesão também depende dos objectivos do grupo e da ESTRUTURA da TAREFA. A ESTRUTURA DOS GRUPOS ELABORAÇÃO DO SOCIOGRAMA: Vários tipos de sociograma: - Método do alvo - Método tradicional - Método do átomo social (análise individual do sujeito) - Outros menos comuns A ESTRUTURA DOS GRUPOS LEGENDA DO SOCIOGRAMA Relação de atracção/aceitação Repulsão/rejeição Escolha recíproca Repulsões/rejeições recíprocas NOTA: PODEM SER UTILIZADAS OUTRAS LEGENDAS DE ACORDO COM AS CIRCUNSTRANCIAS/PREFERENCIAS DO INVESTIGADOR A ESTRUTURA DOS GRUPOS TEORIA DO CAMPO DE KURT LEWIN Lewin desenvolveu a teoria do CAMPO PSICOLÓGICO OU ESPAÇO DE VIDA (VITAL) E F – Família F P A A – Amigos/Espaço lúdico/social E – Escola/académico P - Profissão A ESTRUTURA DOS GRUPOS 2. ESTRUTURA DAS INTERACÇÕES NO GRUPO - Estudos de Bales (1950, 1951) - Baseia-se no método de observação MÉTODO DE OBSERVAÇÃO Análise das categorias comportamentais: unidade de comportamento que tem um significado, que é reconhecida e identificada por diversos observadores (É MENSURÁVEL) A ESTRUTURA DOS GRUPOS ANÁLISE DO PROCESSO DE INTERACÇÃO 2 tipos de comportamento dos indivíduos nos grupos: -COMPORTAMENTO INSTRUMENTAL: interacção entre os elementos dirigida para a realização da tarefa. - COMPORTAMENTO EXPRESSIVO: dirigido para a gestão das emoções dentro do grupo (questões relacionais, socio-emocionais ou afectivas). A ESTRUTURA DOS GRUPOS ANÁLISE DO PROCESSO DE INTERACÇÃO O desenvolvimento dos grupos opera-se por um processo de: Procura de equilíbrio entre estes 2 tipos de comportamento: expressivo e instrumental Comportamentos expressivos servem como forma de resolver tensões e facilitar a evolução dos comportamentos dirigidos para a tarefa (facilita a evolução de comportamentos instrumentais). A ESTRUTURA DOS GRUPOS ANÁLISE DO PROCESSO DE INTERACÇÃO: BALES → Teoria que se centra no estudo da comunicação per si, como forma de análise de funcionamento de pequenos grupos. → Pressuposto de base: as pessoas agem e reagem quando integradas num grupo (processo de interacção). → O grupo existe para realizar uma tarefa. OBJECTIVO DE BALES: estudar os padrões de resposta em grupos que tinham uma tarefa por resolver. A ESTRUTURA DOS GRUPOS ANÁLISE DO PROCESSO DE INTERACÇÃO: BALES O autor desenvolveu um instrumento de avaliação para estudar a dinâmica de pequenos grupos. UMA GRELHA COM 12 CATEGORIAS: A GRELHA DE BALES A ESTRUTURA DOS GRUPOS PRESSUPOSTOS DE UTILIZAÇÃO DA GRELHA DE BALES Tem que existir um observador por cada elemento do grupo (ou por cada 2 elementos, conforme os autores). Os observadores têm que estar bastante treinados em observação directa e sistemática do comportamento (e.g., SLB). LACUNA: Bales não prevê a influência que o observador (RH: INCERTEZA e POTENCIAL DE CONFLITO) exerce. A ESTRUTURA DOS GRUPOS OBSERVADOR TOTAL ≠ OBSERVADOR PARTICIPANTE ≠ PARTICIPANTE Observa o grupo e não intervêm Faz análise de conteúdo temática OBSERVADOR TOTAL Selecciona o que interessa verdadeiramente Retira um estruturada conjunto de informação A ESTRUTURA DOS GRUPOS OBSERVADOR TOTAL ≠ OBSERVADOR PARTICIPANTE ≠ PARTICIPANTE TOTAL Está ligado à abordagem qualitativa Aborda sociais OBSERVADOR PARTICIPANTE as interpretações dos actores Está a “meio caminho” da linha contínua entre o observador total e o participante total Experiencia algumas tarefas para sentir como se faz A ESTRUTURA DOS GRUPOS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA GRELHA DE BALES → Sistematização dos dados → Objectivação das interacções → Permite ver os membros do grupo que mais intervêm → Permite ver a distribuição das interacções (tanto na área sócio-emocional como na realização da tarefa) → Identifica rapidamente o líder do grupo A ESTRUTURA DOS GRUPOS DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA GRELHA DE BALES → Não contempla a especificidade do contexto e da situação → Não prevê a influência que o observador tem → Assenta em respostas verbais, perdendo alguma informação dada por aspectos não verbais e espaciais → Não regista a qualidade (e intensidade) das interacções e não refere quem prefere trabalhar com quem (a ordem de preferências não se consegue saber: SOCIOGRAMA) A ESTRUTURA DOS GRUPOS GRELHA DE BALES Para observar o comportamento em grupo, é necessário: → partir a interacção em unidades mínimas - os actos → definir categorias mutuamente exclusivas → formar observadores – partilha da subjectividade A ESTRUTURA DOS GRUPOS Resultados replicados da aplicação da grelha de Bales à produtividade dos grupos: 1. As pessoas que falam mais são as que recebem mais atenção do grupo e as que são vistas como líderes. 2. O perfil de interacção de um grupo de trabalho típico é: ● 2/3 dos actos dirigidos para a tarefa (dá sugestões, opinião, informação) ● 1/4 dos actos são comportamentos sócio-emocionais positivos ● 1/12 dos actos para as restantes categorias A ESTRUTURA DOS GRUPOS EXERCICIO FORMATIVO: ANÁLISE DE UMA GRELHA DE BALES A ESTRUTURA DOS GRUPOS 3. ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO NO GRUPO - Trabalhos de Alex Bavelas (1950) - Estudo experimental dos canais de comunicação e sua influência no desempenho de tarefas - Criam-se circuitos informativos em determinados elementos com mais peso relativo dentro do grupo Criação de canais específicos de comunicação A ESTRUTURA DOS GRUPOS CARACTERÍSTICAS DAS REDES DE COMUNICAÇÃO 1. CENTRALIDADE: - soma das distancias internas da configuração - soma das distancias de um ponto “A” da rede a todos os outros. 2. EFICIÊNCIA: - rapidez no desempenho das tarefas - rapidez na organização - número de erros - satisfação dos membros A ESTRUTURA DOS GRUPOS EXERCICIOS FORMATIVOS: 1. O ECLIPSE DO SOL … NUMA ORGANIZAÇÃO 2. O RABO DO GATO A ESTRUTURA DOS GRUPOS TIPOS DE REDES CONSIDERADAS ● ●●●●● ● ● ● ● Cadeia/Corrente Estrela/Roda ● ● ● ● Circulo/Circuito Nº mensagens Moderado Reduzido Elevado Elevadíssimo Tempo/tarefa Moderado Reduzido Elevado Muito elevado Baixo Muito baixo Elevado Muito elevado Emergência do líder Elevado Muito elevado Baixo Muito baixo Satisfação Líder Elevado Muito elevado Baixo Muito baixo Flexibilidade de mudança de líder Baixo Muito baixo Elevado Muito elevado Nº erros Baixo Muito baixo Elevado Muito elevado Alto Baixo Alto Muito alto Moderado Elevado Baixo Muito alto Satisfação Clima intragrupo Capacidade para superar ambiguidades ● ● ● ● ● ● Todos os canais A ESTRUTURA DOS GRUPOS TIPOS DE REDES CONSIDERADAS Existem ainda redes do tipo “Y” (menos frequentes) ● ● ● ● ● A ESTRUTURA DOS GRUPOS TIPOS DE REDES CONSIDERADAS Paralelismo com organogramas: Chefia de departamento Chefia Divisão Chefia Secção Chefia Secção A ESTRUTURA DOS GRUPOS Estrutura de comunicação e produtividade dos grupos: 1. As estruturas centralizadas resolvem problemas simples (tarefas de coordenação de informação) mais rapidamente do que redes descentralizadas. 2. Estruturas descentralizadas resolvem mais rapidamente e mais criativamente problemas complexos. 3. Em estruturas descentralizadas os membros das redes sentem-se mais satisfeitos. A ESTRUTURA DOS GRUPOS Estrutura de comunicação e produtividade dos grupos: 4. As novas tecnologias (correio electrónico, entre outras) abriram novas perspectivas neste campo, e promovem uma participação mais igualitária dos membros do grupo. 5. As interacções face a face (por conterem uma enorme carga de informação não verbal) são, de qualquer modo, mais eficientes em situações de negociação e gestão de conflitos. A ESTRUTURA DOS GRUPOS 4. ESTRUTURA DE PODER NOS GRUPOS Chefe institucionalmente é imposto para dirigir (ou comandar) Líder é o elemento que se destaca do grupo, numa perspectiva de influenciar mais os outros elementos do grupo, do que estes o influenciam a si A ESTRUTURA DOS GRUPOS Um dos primeiros autores que trabalhou o conceito de líder foi Cattel Assim: Líder é a pessoa que consegue a mudança mais eficaz nas situações de grupo (é o que se destaca do grupo por algo relevante) A ESTRUTURA DOS GRUPOS EM SUMA: ● Chefe – imposto pela organização ● Líder – eleito voluntariamente pelos outros elementos do grupo A ESTRUTURA DOS GRUPOS • Um líder eficaz tem que ser também chefe • O líder é determinado pelo próprio grupo Em suma: Não há líder sem grupo e não há líder sem poder A ESTRUTURA DOS GRUPOS Líder é um indivíduo que dispõe de poder e influência sobre as pessoas e tem como função coordenar ou dirigir o grupo na persecução dos seus objectivos. A ESTRUTURA DOS GRUPOS EXERCICIO FORMATIVO: ESCALA DE POTENCIAL DE LIDERANÇA A ESTRUTURA DOS GRUPOS 1as TEORIAS A TRABALHAR O CONCEITO DE LIDERANÇA Teoria dos traços de Keith Davis encontrar um conjunto de traços de personalidade que permitisse definir o líder A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONCLUSÕES: Davis observou 4 aspectos básicos a ter em conta como características dos lideres: 1 - Inteligência 2 - Maturidade 3 - Motivação 4 - Socialização A ESTRUTURA DOS GRUPOS 1) Inteligência o líder deve ser o elemento mais inteligente do grupo 2) Maior maturidade social e leque de interesses mais elevado os lideres tendiam a apresentar maior estabilidade emocional face aos não lideres A ESTRUTURA DOS GRUPOS 3) Os lideres apresentavam um impulso de complemento de tarefas e perfil motivacional os lideres estavam mais motivados para a realização da tarefa e essas motivações eram de natureza intrínseca e não extrínseca 4) Socialização os lideres apresentam maior facilidade em estabelecer relações interpessoais do que os outros elementos A ESTRUTURA DOS GRUPOS Este modelo passa a falar em liderança (e não em líder) e remete-nos para a forma como podem ser definidos os vários TIPOS DE LIDERANÇA A ESTRUTURA DOS GRUPOS ESTUDOS DE MICHIGAN Teorias comportamentais - Estudavam o tipo de comportamentos (e não aspectos internos ), ou seja, como o sujeito interage com o meio envolvente (profissional). - São, então, percursos de abordagem comportamental. - Em 1947 foi realizado um estudo em New Jersey. O grupo de Michigan estudou os aspectos que contribuíram para a produtividade e satisfação dos elementos do grupo. A ESTRUTURA DOS GRUPOS Este estudo observação trabalho, baseou-se na grupos de de tendo avaliado aspectos psicológicos e não psicológicos (tipo de trabalho, instrumentos de trabalho, entre outros). A ESTRUTURA DOS GRUPOS RESULTADOS: Os supervisores mais produtivos apresentavam as seguintes características: - gastavam mais tempo do seu trabalho a supervisionar os seus colaboradores (maior investimento na supervisão geral dos seus grupos de trabalho); - tinham maior responsabilidades; capacidade de delegação de A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONCLUSÃO: A satisfação está, não só relacionada produtividade, com a mas também com o bom ambiente de trabalho A ESTRUTURA DOS GRUPOS ESTUDOS DE OHIO (1945-1957) -O que há de comum com os estudos de Michigan é que, quer um quer outro, tentam identificar estilos de liderança eficazes a partir da observação directa de grupos reais sem utilizarem pressupostos teóricos. - Em Ohio utilizaram um instrumento construído com base na observação de comportamentos: não tem fundamentação teórica. A ESTRUTURA DOS GRUPOS RESULTADOS DO ESTUDO Foram identificadas 2 dimensões de liderança: - Estruturação (área da realização da tarefa) comportamentos do líder que se dirige à organização das actividades do grupo com vista a serem atingidos os objectivos. - Consideração (área da relação/afectividade) – reflecte as relações do líder com os sujeitos do grupo. A ESTRUTURA DOS GRUPOS ESTUDOS DE LIPPIT E WHYTE (1960) - São baseados numa observação do desempenho de grupos (tal como Michigan e Ohio) e comparam a identificação de 3 tipos de liderança: autoritário, permissivo (laissez faire) e participativo (democrático). - Estes 3 estilos estavam relacionados com factores que os permitiam diferenciar-se entre si, isto é: ● tomada de decisão; ● identificação de actividades para o grupo; ● distribuição de funções; ● composição de sub-grupos; ● participação nas actividades e avaliação. A ESTRUTURA DOS GRUPOS ESTILOS PREFERENCIAIS DE LIDERANÇA + Estruturação Autoritário (autocrático) Participativo (democrático) Permissivo Simpático (área tarefa) - - Consideração + (área relacional) O estilo universal de liderança: é o participativo (democrático) A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONCLUSÕES: Estilo autoritário – produtividade elevada com qualidade de desempenho variável e satisfação dos sujeitos com tendência a diminuir ao longo do tempo, variando o seu comportamento entre o desinteresse e a agressividade. A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONCLUSÕES: Estilo participativo (democrático) – produtividade rapidamente melhorada ao longo do tempo, qualidade de desempenho muito elevada, satisfação elevada com fraca agressividade. A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONCLUSÕES: Estilo permissivo – produtividade fraca, qualidade a diminuir ao longo do tempo, fraca satisfação, acompanhada de forte agressividade. A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONCLUSÕES: Estilo simpático – fraca produtividade ao longo do tempo, com ênfase total no relacionamento interpessoal. A ESTRUTURA DOS GRUPOS ASSIM: De acordo com estes autores (Lippit e Whyte, 1960), salienta-se a superioridade do estilo participativo ou democrático em comparação com os outros estilos de liderança. A ESTRUTURA DOS GRUPOS EXERCICIO FORMATIVO: HIERARQUIA DE COMPORTAMENTO A ESTRUTURA DOS GRUPOS MATRIZ DE LIDERANÇA (Blake e Mouton) Partiram da ideia de estilo ideal de liderança, resultante dos trabalhos anteriores (Lippit e Whyte, 1960) Valor de 9 + simpático participativo 5,5 líder equilibrado relações Valor de 1 permissivo autoritário Valor de 1 tarefa + Valor de 9 A ESTRUTURA DOS GRUPOS LOGO: Líder Laissez faire (permissivo) líder 1,1 Líder participativo líder 9,9 este é o líder ideal Líder autoritário (autocrático) líder 1,9 Líder simpático líder 9,1 Líder equilibrado líder 5,5 Capacidade de compromisso entre o desempenho da tarefa e as boas relações dentro do grupo A ESTRUTURA DOS GRUPOS MODELO DE BLAKE E MOUTON - Vai no sentido ideal de uma liderança - É o estilo participativo (é o melhor estilo para estes autores) PORÉM, o estilo participativo pode não ser o melhor, dependendo: → Das características dos elementos dos grupo; → Do tipo de tarefa a realizar; → Da fase de desenvolvimento do grupo. A ESTRUTURA DOS GRUPOS TEORIAS SITUACIONAIS → Dão ênfase à situação enquanto variável explicativa para a emergência de um determinado estilo de liderança eficaz no desenvolvimento de um grupo (INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS SITUACIONAIS) → Esta perspectiva testa a abordagem do estilo ideal de liderança → Continuum de liderança (Tanenbaum & Schmith, 1958) A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONTINUUM DE LIDERANÇA: Este modelo caracteriza o líder como um continuum de liderança PARTICIPATIVO Uso de autoridade face aos seus colaboradores Liberdade dos colaboradores AUTORITÁRIO AUTORITÁRIO – Líder que toma a decisão e comunica-a ao grupo PARTICIPATIVO – Tomada de decisão e consonância com o grupo (o líder aponta os limites da organização e pede ao grupo que tome a decisão) A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONTINUUM DE LIDERANÇA COROLÁRIO: Este modelo já postula um conjunto de comportamentos que são ajustados a diferentes situações pelas quais o grupo passa SÃO MODELOS CONTINGENCIAIS: - Não remetem para características da personalidade do indivíduo - Remetem para líderes adequados a determinados tipos de situações A ESTRUTURA DOS GRUPOS MODELOS CONTINGENCIAIS DE LIDERANÇA → Trabalhos de Fiedler (1964) e Hersey e Blanchard (1982) ● NÃO HÁ NENHUM TIPO DE LÍDER EFICIENTE EM TODAS AS SITUAÇÕES. ● DEPENDE DA ADEQUAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS LÍDERES ÀS CARACTERÍSTICAS DAS DIVERSAS SITUAÇÕES. A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Fiedler (1964) A LIDERANÇA É CONTINGÊNCIA DE VÁRIOS FACTORES: - EU enquanto pessoa - Dinâmica das interacções líder/subordinados - Tarefa do grupo - Outras variáveis mediadoras/moderadoras/contaminadoras Nesta circunstância: o sujeito emerge naturalmente como um líder O LÍDER É CONTINGENCIAL A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Fiedler (1964) 2 ESTILOS FUNDAMENTAIS DE MOTIVAÇÃO NOS INDIVÍDUOS: 1. Para as relações humanas – A sua auto-estima depende do relacionamento com os outros (descreve o pior colega de trabalho como alguém de fácil convivência – LPC Alto: Least Preferred Co-worker = “O pior com quem prefiro trabalhar”). - Isto é: conseguem “distinguir as águas” e dizer apenas que não gostam de trabalhar com essas pessoas. A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Fiedler (1964) 2 ESTILOS FUNDAMENTAIS DE MOTIVAÇÃO NOS INDIVÍDUOS: 2. Para a tarefa – A sua auto-estima depende dos resultados obtidos (descreve negativamente e rejeita o pior colega de trabalho - LPC Baixo). - Isto é: quando pensam numa pessoas que com quem não gostaram de trabalhar, só conseguem dizer mal dela em todas as situações (mesmo sem ser em contexto de trabalho). A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Fiedler (1964) Este modelo refere que a eficácia da liderança depende da interacção entre Personalidade do Líder + Características da Situação O modelo da contingência propõe que não há líderes excepcionais em todas as situações A eficiência da liderança depende da adequação das características do líder e da situação. A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Fiedler (1964) Na definição da situação, o modelo contingêncial identifica 3 variáveis quando pretendemos definir o conceito de liderança: 1. Relação líder/membros do grupo: grau em que o grupo apoia o líder. 2. Estrutura da tarefa: grau em que a tarefa especifica objectivos, procedimentos e linhas de acção; nº de soluções para o problema; a experiência do líder aumenta a estrutura da tarefa. 3. Poder formal: poder que a organização dá ao líder para punir ou gratificar. A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Hersey e Blanchard (1982) Modelo situacional de liderança: → O líder deve-se adaptar aos seus subordinados (colaboradores), de acordo com o grau de maturidade por eles demonstrado. 2 Dimensões fundamentais no estilo do líder que não são incompatíveis: → Componente de apoio (relações humanas) → Componente directiva (realização de tarefas) A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Hersey e Blanchard (1982) Modelo situacional de liderança: → Os modelos tradicionais de liderança têm esquecido uma variável imprescindível da situação de Liderança: Os subordinados (colaboradores) e a sua capacidade para decidir. MATURIDADE DOS SUBORDINADOS caracteriza-se por: - Capacidade de atingir objectivos - Capacidade e vontade de assumir responsabilidades - Facilidade de enfrentar uma tarefa proposta pelo grupo A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Hersey e Blanchard (1982) COMPORTAMENTO DE APOIO ALTO BAIXO Comportamento de tarefa Baixo Alto O LÍDER PARTICIPA O LÍDER DELEGA O LÍDER VENDE O LÍDER ORDENA Maturidade Maturidade Maturidade Maturidade Média elevada Média alta baixa baixa A ESTRUTURA DOS GRUPOS Trabalhos de Hersey e Blanchard (1982) EM SUMA: Comportamento de tarefa BAIXO ALTO Comportamento ALTO de Apoio (relações humanas) BAIXO PARTICIPA VENDE DELEGA ORDENA A ESTRUTURA DOS GRUPOS CONCLUSÕES: A eficácia da liderança depende da capacidade do líder de se adaptar aos diferentes graus de maturidade dos seus subordinados. A ESTRUTURA DOS GRUPOS EXERCICIO FORMATIVO: “A MULHER DESPREZADA” OBJECTIVO: - Promover o hetero-conhecimento do grupo e as suas interacções. INSTRUÇÕES: → O grupo deverá classificar os personagens da história por ordem decrescente de culpabilidade. - Na fase inicial do trabalho cada indivíduo deverá fazer a sua classificação. - Em grupos de 3 deverá chegar a um consenso (NÃO POR VOTAÇÃO) sobre o grau de culpabilidade das pessoas. - O mesmo procedimento mas num grupo com 6 elementos. A ESTRUTURA DOS GRUPOS EXERCICIO FORMATIVO: “EXERCÍCIO NASA” OBJECTIVO: - TOMADA DE DECISÃO EM GRUPO através de consenso. NOTAS: - Argumente a sua ordenação de forma clara e lógica. - Escolha a melhor alternativa do grupo e não se fixe na sua. - Não aceite justificações que não sejam devidamente fundamentadas. - Não mude de opinião só para agradar ao grupo. - Incentive a troca de informações. - Aceite as diferenças de opiniões como vantagem para a tomada de decisão. - Não faça acordos, só para evitar o conflito. A ESTRUTURA DOS GRUPOS PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO “Vou atravessar a rua?” “Vou casar?” “Vou abrir falência da minha empresa?” “Vou aparecer na aula hoje?” “Vou intervir na sala de aula?” → Qualquer comportamento pode ser considerado como fazendo parte de um processo de tomada de decisão – “Fazer VERSUS não fazer” → São decisões tomadas em segundos, ou em anos, e que devem ser abordadas numa teoria do PROCESSO de TD. A ESTRUTURA DOS GRUPOS PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO DECIDIR – é escolher uma acção entre várias possíveis, dirigidas para a resolução de um determinado problema (Ferreira et al., 1996). PROCESSO de TD – é o conjunto de acções e factores dinâmicos que têm inicio com a identificação de um problema desencadeador de uma acção e termina com a escolha especifica de uma determinada acção (Mintzberg et al., 1976). A ESTRUTURA DOS GRUPOS PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO ENTÃO: Porque consideramos que a situação de atravessar uma rua pode ser entendida como definindo um problema de decisão? - Porque diversas opções comportamentais (não atravessar versus atravessar; depressa versus devagar) se podem associar a diferentes acontecimentos (nenhum carro estar a passar, vir um, dois ou mais carros; a velocidade lenta ou rápida) resultando em diferentes consequências para o individuo (não ser ou ser atropelado; de forma mortal ou menos grave). A ESTRUTURA DOS GRUPOS PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO Desde as primeiras abordagens sistemáticas ao tema da TD se destacam como elementos de um problema de decisão as acções, o contexto especifico em que a decisão é tomada e os resultados que lhes estão associados. O comportamento de TD é equacionado como uma escolha pontual de uma acção entre um certo número de acções possíveis. A ESTRUTURA DOS GRUPOS PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO ASSIM: Só é possível falar em TD quando se hipotetiza que o sujeito passou por um processo explicito de comparação de alternativas. Sem comparação de alternativas não é possível que o comportamento reflicta uma escolha: poderá sim reflectir um hábito, um automatismo, uma aprendizagem anterior, mas nunca uma decisão em sentido estrito. A ESTRUTURA DOS GRUPOS PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO A TD pode ser um processo de 2 tipos: A) PROGRAMADO – sempre que o estimulo iniciador da decisão seja habitual e a sua resposta obedeça a um determinado conjunto de acções previamente estabelecido pela Organização. B) NÃO PROGRAMADO – sempre que existe um carácter de novidade no problema encontrado e para o qual não exista uma resposta previamente definida. A ESTRUTURA DOS GRUPOS PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO TD versus PRESSÃO do TEMPO CRISE NÃO CRISE OPORTUNIDADE (Decisão não programada) Pressão do tempo (Decisão programada) ALTA BAIXA 0 A ESTRUTURA DOS GRUPOS PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO MODELO RACIONAL O modelo (clássico) de decisão racional concebe a TD como um processo que pode ser subdividido em várias etapas sequenciais que se relacionam entre si (Feldman e Arnold, 1985). Identificação de um problema Definição de objectivos Problema está resolvido? Objectivos alcançados? Criação de soluções alternativas Recolha de informação Avaliação da eficácia de decisão Avaliação de alternativas Escolha da melhor alternativa Implementação da decisão Modelo clássico de decisão (Adaptado de Feldman e Arnold, 1985) A ESTRUTURA DOS GRUPOS A principal vantagem deste modelo consiste em fornecer um quadro de análise e diagnóstico para o aperfeiçoamento do processo de TD. Koopman e Pool (1990) defendem que o modelo racional é útil apenas num conjunto restrito de situações com as seguintes características: 1- existe apenas um decisor; 2- o decisor tem apenas um único objectivo, que pode ser quantificado; 3- existe um número limitado de soluções possíveis, todas conhecidas pelo decisor; 4- a melhor alternativa pode ser calculada. A ESTRUTURA DOS GRUPOS CRITICAS AO MODELO RACIONAL 1- OS OBJECTIVOS ESTÃO DEFINIDOS À PARTIDA → Na maioria das situações que são percebidas como problemas ou oportunidades, a não existência de objectivos bem definidos é, em si mesmo, uma parte do problema. 2- TODAS AS ALTERNATIVAS SÃO CONSIDERADAS PELO DECISOR → Esta afirmação pode ser verdadeira no caso de decisões operacionais simples e programadas, mas na maioria das decisões não programadas de uma Organização será irrealista pensar que todas as alternativas de acção possam ser identificadas e muito menos avaliadas. A ESTRUTURA DOS GRUPOS 3- TODA A INFORMAÇÃO NECESSÁRIA ESTÁ DISPONÍVEL → Na verdade, quase nunca o decisor está na posse de todos os dados necessários para poder decidir racionalmente. → Existem, também, limitações cognitivas que fazem com que o decisor consiga apenas utilizar uma parte da informação relevante para a TD. → Sabe-se igualmente, através de estudos experimentais, que o decisor avalia de forma diferente o tipo de informação recolhida, nomeadamente privilegiando o peso dos aspectos negativos em detrimento dos aspectos positivos de uma mensagem (Koopman e Pool, 1990). A ESTRUTURA DOS GRUPOS 2- Integração da TD na gestão do comportamento organizacional NIVEL DE ANÁLISE GRUPAL O processo de TD em grupo pode ser interpretado de forma semelhante ao da TD individual, isto é: → Envolve a percepção de um problema e a oportunidade que suscita por parte do GRUPO a escolha de uma determinada resposta; → Do mesmo modo, o GRUPO deverá formular diversas alternativas e escolher aquela que melhor responde aos critérios previamente definidos para a resolução do problema. A ESTRUTURA DOS GRUPOS NO ENTANTO, EM GRUPO: 1. O grau de complexidade deste processo é bastante maior, dado que um grupo pressupõe sempre a existência de múltiplas perspectivas - por vezes contraditórias - acerca de um mesmo problema; 2. Esta diferença de perspectivas decorre das diferenças individuais relativamente aos quadros de referência e visões do mundo, geralmente inquestionáveis, que cada um de nós desenvolve a partir da sua experiência de vida; A ESTRUTURA DOS GRUPOS NO ENTANTO, EM GRUPO: 3. Em geral, as manifestações de poder tornam-se patentes na TD em grupo quando os seus intervenientes utilizam a sua autoridade formal ou a sua competência técnica para conseguirem influenciar as opiniões e os comportamentos no grupo; 4. A eficácia da TD em grupo relaciona-se directamente com a questão da envolvência e do grau de participação de todos os seus integrantes na TD final. A ESTRUTURA DOS GRUPOS PORÉM, a decisão de envolver ou não a participação dos colaboradores na TD deverá ter em conta os seguintes factores (Tannenbaum e Schmidt, 1991): a) Factores do decisor – os seus próprios valores, o grau de confiança nos subordinados, o seu estilo de liderança e a sua tolerância para a ambiguidade; b) Factores associados aos colaboradores – a sua maturidade para assumir responsabilidades, as suas competências, as suas necessidades de autonomia e o grau de identificação com os objectivos da Organização; c) Factores do contexto (situacionais) – incluem aspectos como o grau de urgência da decisão, a natureza da tarefa ou as características da Organização e da sua envolvente. A ESTRUTURA DOS GRUPOS MODELO CONTIGENCIAL DE VROOM E YETTON (1989) PRESSUPOSTOS DO MODELO: → Se é verdade que a participação dos colaboradores pode aumentar a produtividade do grupo em certas situações, pode igualmente diminuir a produtividade noutras. → Os autores produziram um modelo normativo que visa fornecer uma ajuda efectiva aos decisores, nivelando o grau de participação dos seus colaboradores em cada situação. → A utilização prática deste modelo tem revelado que os decisores treinados em identificar e diagnosticar os problemas - quanto ao nível de participação mais adequado dos seus colaboradores - conseguem ser mais eficazes na TD. A ESTRUTURA DOS GRUPOS MODELO CONTIGENCIAL DE VROOM E YETTON (1989) LEGENDA A – Autocrático C – Consultivo G – Grupo D – Delegar A ESTRUTURA DOS GRUPOS Taxonomia de estilos de participação dos colaboradores na TD Estilos de participação na TD em problemas individuais A-I O decisor decide sozinho. A-II O decisor pede informação aos subordinados, mas toma a decisão sozinho. C-I O decisor partilha o problema com os subordinados e pede-lhe sugestões para a resolução do mesmo, embora a decisão final seja do decisor e pode não coincidir com as sugestões que foram dadas. G-I O decisor partilha o problema com os subordinados e juntos chegam a uma solução de consenso mútuo. D-I O decisor delega o problema ao subordinado, partilha com ele toda a informação que dispõe, mas deixa-lhe a responsabilidade para ser ele a tomar a decisão. Adaptado de Vroom e Yetton, 1989 A ESTRUTURA DOS GRUPOS Taxonomia de estilos de participação dos colaboradores na TD Estilos de participação na TD em problemas de grupo A-I O decisor decide sozinho. A-II O decisor pede informação aos subordinados, mas toma a decisão sozinho. Os subordinados podem ser ou não informados de qual é o problema. C-I O decisor partilha o problema com os subordinados e pede-lhes informações e avaliações. As reuniões são feitas com cada subordinado separadamente e não com o grupo. O decisor toma a decisão. C-II O decisor e os subordinados reúnem-se em grupo para discutir o problema, mas é o decisor quem toma a decisão. G-II O decisor e os subordinados reúnem-se para discutir o problema, e é o grupo, como um todo, que toma a decisão. Adaptado de Vroom e Yetton, 1989 Tenho informação Têm os meus O problema é suficiente para subordinados a estruturado? Isto A aceitação do informação tomar uma decisão é, sei qual é a problema faz adicional suficiente de alta qualidade? informação que diferença? para tomar uma preciso, e onde ir decisão de alta busca-la? qualidade? A Se tomar a Posso confiar nos O conflito entre decisão sozinho, meus subordinados subordinados é estou seguro de para uma decisão que provável nas soluções obter aceitação perfilha os meus preferidas? dos meus objectivos na solução subordinados? deste problema? F E D C B A aceitação da decisão pelos subordinados é crítica para uma implementação eficaz? Problema tipo H G 1 não sim sim 2 não 3 não 4 sim 5 sim não não sim 6 sim não não sim não sim sim sim não sim 10 não não 8 9 sim sim 7 11 não sim sim 12 não 13 não não Árvore de contingência para a tomada de decisão (Vroom e Yetton, 1989) 14 A ESTRUTURA DOS GRUPOS Problemas - tipo e métodos de decisão Problema - tipo Métodos de participação aceitáveis 1 AI, AII, CI, CII, GII 2 AI, AII, CI, CII, GII 3 GII 4 AI, AII, CI, CII 5 AI, AII, CI, CII 6 GII 7 CII 8 CI, CII 9 AII, CI, CII 10 AII, CI, CII 11 CII 12 GII 13 CII 14 CII A ESTRUTURA DOS GRUPOS EM RESUMO: → Na análise de Vroom e Yetton (1989) podemos distinguir um processo de diagnostico e um processo de escolha. -No processo de diagnostico, o decisor deverá caracterizar a situação de acordo com determinado problema tipo - Uma vez identificado este problema tipo, são aplicadas as regras de conhecimento de forma a identificar um conjunto de estilos que assegurem a qualidade e aceitação da decisão - No processo de escolha, o decisor selecciona, de entre o conjunto de estilos adequados possíveis, aquele que considera mais adequado. A ESTRUTURA DOS GRUPOS CRITICA AO MODELO NORMATIVO DE VROOM E YETTON (1989) Este modelo toma por critério apenas as características do problema de decisão, sem ter em conta o contexto da decisão, a natureza da tarefa (grau de interdependência) e a existência de estilos próprios relativamente estáveis no comportamento do decisor (padrão personalistico de decisão) (Ferreira et al., 1996). A ESTRUTURA DOS GRUPOS Vantagens e Desvantagens na TD GRUPAL VANTAGENS Os grupos podem conhecimento e factos acumular DESVANTAGENS mais Os grupos tendem a trabalhar mais devagar. Levam mais tempo a chegar a uma decisão, e tempo custa dinheiro Os grupos podem ter uma perspectiva O esforço de grupo resulta mais ampla e considerar mais abordagens frequentemente em compromissos que não e soluções alternativas são óptimos numa perspectiva de eficácia Os indivíduos que participam do processo Os grupos são frequentemente dominados de decisão têm maior probabilidade de por um individuo ou por um pequeno ficar satisfeitos com a decisão e de apoiar a “clã” sua implementação O processo de decisão de grupo constitui Demasiada dependência face a decisões de um importante “mecanismo politico” e grupo pode limitar a aptidão do decisor comunicacional para agir rápida e decisivamente quando necessário A ESTRUTURA DOS GRUPOS EM SUMA: Os resultados de vários estudos têm revelado que, em 80% dos casos, a participação dos colaboradores tem um impacto neutro ou negativo na produtividade do grupo e, em 60% dos casos, a participação apresenta um efeito positivo na satisfação (Mitchell e Larson, 1991). Ou seja, enquanto a participação pode aumentar a satisfação do grupo, não é linear que esta produza um aumento de produtividade no grupo. UMA DECISÃO COM QUALIDADE SERÁ AQUELA QUE MAXIMIZE SIMULTANEAMENTE O CRITÉRIO PRODUTIVIDADE E O CRITÉRIO MOTIVACIONAL (SATISFAÇÃO NO TRABALHO) A ESTRUTURA DOS GRUPOS 5. ESTRUTURA DE TAREFA NO GRUPO - Modelo de classificação das tarefas de Steiner (1972) - Análise da eficiência dos grupos em função da estrutura da tarefa a realizar Classificação das tarefas em duas dimensões: - Aditivas VS compensatórias - Disjuntivas VS conjuntivas A ESTRUTURA DOS GRUPOS ESTRUTURA DA TAREFA: STEINER (1972) Tipo de tarefa ADITIVA COMPENSATÓRIA DISJUNTIVA CONJUNTIVA PRODUTO DO GRUPO DESEMPENHO DO GRUPO É a soma dos desempenhos É melhor do que a de individuais qualquer membro isolado Ex: puxar uma corda É a média dos desempenhos individuais É melhor do que muitos Ex: Equipa de atletismo ou dos membros, mas pior do ciclismo (t.c. europeus OU que a de alguns c.r. equipas) É a resolução de um Pode ser inferior à do problema que tem apenas melhor dos membros, se este não consegue uma resposta certa convencer os outros da Ex: teste resposta múltipla justeza da situação Todos têm de fazer uma parte antes de terminar a tarefa É igual à do pior membro Ex: um grupo a subir uma do grupo montanha (tempo do último elemento) A ESTRUTURA DOS GRUPOS EM QUE TIPOS DE TAREFAS OS GRUPOS SÃO MAIS EFICIENTES QUE OS INDIVÍDUOS? - Em tarefas aditivas: sempre - Em tarefas disjuntivas: quando o grupo reconhece uma boa solução - Em tarefas em que é necessária criatividade: desde que se criem as condições para ela ocorrer (brainstorming, aproveitamento das sinergias) A ESTRUTURA DOS GRUPOS EM RESUMO, A EFICIÊNCIA DOS GRUPOS DEPENDE: - do tipo de tarefa a realizar; - da estrutura de poder; - da estrutura de comunicação; - da estrutura afectiva. Os problemas nos grupos podem ser superados através de técnicas de desenvolvimento de espírito de equipa (team building), a partir do diagnóstico destes tipos de estrutura. ESTRUTURA E PROCESSOS DE GRUPO EXERCICIO FORMATIVO DE DINÂMICA DE GRUPO: “PROVA DO AEROPORTO”