Fisiologia_Aula 4 16-17 - Adaptações cardiovasculares PDF

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ISCE

2016

Armando Costa

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cardiovascular adaptations physiology exercise physiology human biology

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This document, part of a course on physical education and sport, presents lecture notes on cardiovascular adaptations to exercise. It discusses the structure and function of the heart and circulatory system, including cardiac output, blood pressure, and oxygen consumption during different types of exercise.

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO Fisiologia do Exercício Professor Armando Costa [email protected] 2016/2017 recapitulando a aula anterior Aparelho Cardiovascular Aparelho Cardiovascular Objectivos: • Descrever a estrutura e função do Coração e sistema vascular. • Caracterizar Déb...

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO Fisiologia do Exercício Professor Armando Costa [email protected] 2016/2017 recapitulando a aula anterior Aparelho Cardiovascular Aparelho Cardiovascular Objectivos: • Descrever a estrutura e função do Coração e sistema vascular. • Caracterizar Débito Cardíaco, Volume Sistólico, Pressão Arterial, diferença arterio-venosa e consumo de oxigénio. • Descrever as respostas e cardiovasculares ao esforço e ao treino. adaptações Sistema Respiratório Ventilação Pulmonar Ventilação Perfusão Difusão Sistema Cardiovascular O2 Plasma Hemoglobina Ião bicarbonato Pressões Diferenciais Funcionamento Integrado (a-v) O2 CO2 Aparelho Cardiovascular Componentes do Aparelho Cardiovascular Uma Bomba Um sistema de canais Um fluído mediador Coração Veias e Artérias Sangue Aparelho Cardiovascular Ciclo Cardíaco A acção de bombeamento do sangue divide-se em três fases:  Diástole  Sístole auricular  Sístole ventricular Aparelho Cardiovascular Ciclo Cardíaco  Diástole (relaxamento) – os músculos distendem- se, as aurículas enchem-se de sangue e as válvulas à entrada dos pulmões e da aorta fecham-se para impedir o retrocesso do sangue.  Sístole (contração) auricular – contraem-se e o sangue é expulso para as os aurículas respectivos ventrículos  Sístole ventricular – os dois ventrículos contraem-se para bombear o sangue para os pulmões e para o resto do corpo. Aparelho Cardiovascular Ciclo Cardíaco Em repouso coração passa 60 % do ciclo cardíaco em diástole e 40 % em sístole. Em exercício esta relação inverte-se. Volume Diastólico Final (VDF) – sangue que preenche o ventrículo no final da diástole; Volume Sistólico Final (VSF) – sangue que preenche o ventrículo no final da sístole. Volume Sistólico – sangue expulso do coração em cada sístole – VS = VDF - VSF Aparelho Cardiovascular Ciclo Cardíaco Ao ciclo cardíaco associa-se um sistema de condução eléctrico intrínseco podendo sofrer a influência do controle extrínseco do coração. Aparelho Cardiovascular Controlo extrínseco do coração Apesar do coração possuir a sua própria estimulação(eléctrica), podem existir alterações através de diversos sitemas: • Sistema Nervoso Simpático • Sistema Nervoso Parassimpático • Sistema Endócrino Aparelho Cardiovascular Sistema nervoso simpático • + FC e força de contracção do coração • Dilatação das coronárias abastecimento sanguíneo ao coração • Vasodilatação periférica – sangue músculos • Vasoconstrição nos outros tecidos • PA – melhor perfusão e retorno venoso Aparelho Cardiovascular Sistema nervoso parassimpático • Processos digestivos, urinários, secreção glandular e conservação de energia • Mais activo em repouso • Antagonista ao SNS - FC; constrição das coronárias e broncoconstrição • Nervo vagal liberta hiperpolarização do SA e AV. acetilcolina causando Aparelho Cardiovascular O Sistema Simpático acelera o ritmo cardíaco durante o exercício ou quando estimulado em situações de stress. O Sistema Parassimpático abranda O ritmo cardíaco após exercício Físico, diminui a glicose sanguínea e a adrenalina. Sistema Endócrino Aparelho Cardiovascular Contribuição relativa do sistema nervoso parassimpático e simpático no aumento do ritmo cardíaco durante o exercício Aparelho Cardiovascular Veias e Artérias Vasos Sanguíneos São de três tipos: Artérias Veias Capilares Sanguíneos Aparelho Cardiovascular Sistema Vascular Aparelho Cardiovascular Sistema Vascular RETORNO DO SANGUE AO CORAÇÃO Respiração – Mudanças de pressão aquando da inspiração e expiração facilitam o retorno do sangue ao coração. Bomba muscular – As contracções musculares facilitam o retorno do sangue ao coração. Válvulas – Permitem e forçam a circulação do sangue numa só direcção. Aparelho Cardiovascular Resposta da Circulação Venosa Devido à força da gravidade o retorno venoso da metade inferior do corpo tem que ser auxiliado por mecanismos. Os mais importantes são: Bomba muscular dos membros inferiores; Aspiração torácica Posição do corpo Bomba muscular – A contracção dos músculos permite que o sangue tenha um maior impulso no sentido do coração. Exemplo: A marcha, o saltar à corda são os que mais facilitam o retorno venoso Aparelho Cardiovascular Resposta da Circulação Venosa Aspiração torácica – Resulta das pressões negativas intra pleurais que se desenvolvem durante a inspiração, facilitando o retorno venoso. Posição do corpo - A posição horizontal facilita o RV da metade inferior do organismo. Aparelho Cardiovascular DISTRIBUIÇÃO DO SANGUE • Em repouso, os rins (27%) e o fígado (22%) recebem quase metade do sangue em circulação. Os músculos recebem cerca de 15%. • Durante o exercício, o sangue é redireccionado para os locais onde são mais precisos. • Por exemplo: Durante uma actividade de resistência, os músculos chegam a receber 80% do sangue disponível. • Por exemplo: depois de uma refeição, o sistema digestivo recebe mais sangue do que quando estás em jejum. • A distribuição do sangue é controlada primariamente pelas arteriolas. Aparelho Cardiovascular Respostas Circulatórias Agudas ao Esforço Ciclo Cardíaco – Eventos que ocorrem entre dois batimentos do coração (Diástole e sístole). Volume Sistólico- Volume de sangue que é bombeado pelo ventrículo esquerdo por contracção. Frequência Cardíaca – Batimentos Cardíacos por minuto. Débito Cardíaco (DC) – quantidade de sangue bombeado por minuto. DC = FC (frequência cardíaca) x VS (volume sistólico) Para uma mesma intensidade de esforço, a FC é tanto menor quanto maior for o VS. Aparelho Cardiovascular Respostas do Débito Cardíaco (DC) ao esforço O débito cardíaco é calculado como produto da frequência cardíaca(FC) e pelo volume ejectado em cada sístole (VS): DC = FC x VS Débito cardíaco está intimamente relacionado com o VO2. Repouso – Existe pouca diferença entre indivíduos treinados e destreinados, com valores médios entre 5 a 6L/min. Aparelho Cardiovascular Respostas do Débito Cardíaco (DC) ao esforço Débito cardíaco está intimamente relacionado com o VO2 – Lei de Fick VO2 = DC x diff(a-v) O2 Ou seja: VO2 = FC x VS x diff(a-v) O2 Consequência prática: Para trabalharmos ao nível do VO2max, a FC tem de estar no máximo (Parâmetro facilmente controlável) Frequência Cardíaca (FC) Número de vezes que o coração bate por minuto (bpm) Determinação fácil para prescrição e controlo de treino Relação Directa com o Consumo de Oxigénio Depois do Esforço atletas recuperam a FC basal mais rapidamente FC repouso é inferior nos atletas FC Máx = 208 – (0.7 x idade) Respostas da Frequência Cardíaca (FC) ao esforço FCMax 220-idade 208-(0.7x age) + correcto FCR 60-80 bpm Utilização da FC para cáculo indirecto da Potência Aéróbia Máxima (VO2max e Potência Mecânica) FCMax 220-idade 208-(0.7x age) + correcto (Kenney et al., 2011) Sujeito A – Sedentário Sujeito B – Fisicamente activo. Respostas da Frequência Cardíaca (FC) ao esforço + FC antes do inicio exercício Activação SNSimpático Supra-renais (medula) Libertação neurotransmissores (norepinefrina e epinefrina) A FC pré-exercício não é fidedigna para caracterizar a FC de repouso Respostas do Volume Sistólico (VS) ao esforço + retorno venoso + força de contracção (Mecanismo Frank Starling) + contractibilidade + estimulação neural + catecolaminas dominantes - Resistência vascular periférica VS só aumenta proporcionalmente à carga até aproximadamente 50 % do VO2max Aparelho Cardiovascular Respostas da Frequência Cardíaca (FC) ao esforço Durante o esforço aeróbio, tal como o DC, a FC também aumenta.  Quando se atinge o VO2 máximo atinge-se a FC máxima. Aparelho Cardiovascular Respostas da Pressão Arterial (PA) ao esforço Pressão arterial - É a pressão exercida pelo sangue contra as paredes das artérias. PA = DC x Resistência Periférica Total (RPT) A resposta fisiológica da pressão arterial ao esforço é diferente conforme se trate de:  Exercícios aeróbios gerais sub-máximos  Exercícios de Força Aparelho Cardiovascular Respostas da Pressão Arterial (PA) ao esforço PA sistólica – Representa a pressão contra as paredes arteriais durante contracção ventricular. PA diastólica – Representa a pressão contra as paredes arteriais durante a diástole ventricular. Em repouso – PAS ≈ 120 ; PAD ≈ 80 mmHG (saudável) Em exercício aeróbio – PAS sobe proporcionalmente à intensidade de exercício e PAD mantêm-se ou desce. Aparelho Cardiovascular  Exercícios aeróbios gerais sub-máximos – A pressão sistólica aumenta em função da elevação do DC. Para esforços sub-máximos de intensidade constante, a pressão arterial atinge um steady-state.  Exercícios de Força - A subida da pressão sistólica é mais pronunciada do que no caso anterior e é acompanhada por uma subida notória da diastólica. Aparelho Cardiovascular Exercícios dos membros superiores vs inferiores A capacidade e as repercussões cardiovasculares do exercício são diferentes consoante seja feito com os membros superiores ou com os inferiores, devido à menor massa muscular dos primeiros. Esforços sub-máximos- Uma mesma carga efectuada pelos membros superiores origina maior subida da pressão arterial e da FC do que se efectuada pelos membros inferiores. Esforços máximos - A capacidade de esforço máximo é maior com os membros inferiores do que com os superiores, devido à quantidade de fibras. Aparelho Cardiovascular Respostas da Pressão Arterial (PA) ao esforço (Kenney et al., 2011) Adaptações Cardiovasculares ao Esforço (Agudas) Aumento do Débito Cardíaco - Aumento Linear da FC - Aumento linear do VS até 50%do VO2max Redistribuição do Fluxo Sanguíneo - Aumento do aporte sanguíneo aos músculos, coração e pulmões Aumento da dif (a-v) O2 Adaptações Cardiovasculares ao Treino (Crónicas) Frequência Cardiaca - Diminuição da FC repouso - Diminuição da FC para uma determinada velocidade - Não existe aumento da FC máxima com o treino Volume Sistólico - Aumento do VS de repouso - Aumento do VS para uma determinada Velocidade Aumento da eficiência cardíaca (+ sangue bombeado por cada batimento) Adaptações Cardiovasculares ao Treino (Crónicas) Adaptações Cardiovasculares ao Treino (Crónicas) Verde – Elite Azul – Activo Vermelho - Sedentário Atletas de Elite (endurance) conseguem fazer subir VS mesmo com FC muito elevadas. (Kenney et al., 2011) Adaptações Cardiovasculares ao Treino (Crónicas) Débito Cardíaco - Em repouso existem poucas alterações - Os atletas treinados atingem valores superiores no esforço máximo Hipertrofia Miocárdica Adaptações Cardiovasculares ao Treino (Crónicas) Aumento da dif (a-v) O2 – Capacidade de extrair e utilizar O2 a nível tecidual - Maior quantidade de mioglobina - Maior densidade capilar - Adaptações mitocondriais Aumento Volémia (qtd de sangue a circular no organismo) Diminuição do Hematócrito (aumenta mais a volémia do que a massa eritrocitária) Adaptações Cardiovasculares ao Treino (Crónicas) VO2 = DC x dif (a-v) O2 Consumo de oxigénio mais elevado em atletas treinados Maior utilização da via aeróbia Sobretudo devido ao aumento do VS e da dif (a-v) O2 Consumo Máximo de Oxigénio (VO2 max) Máxima quantidade de O2 que o organismo consegue captar, fixar, transportar e utilizar Indicador da Potência Aeróbia Associado ao EEML é um indicador do desempenho em esforços aeróbios Controlo e Prescrição do Treino - % VO2 max Indicador do Funcionamento integrado dos sistemas respiratório e cardiovascular. Consumo Máximo de Oxigénio (VO2 max) Consumo Máximo de Oxigénio (VO2 max) Superior em atletas Específico da Modalidade treinada VO2 max – Referências Consumo Máximo de Oxigénio (VO2 max) Obrigado pela atenção dispensada Armando Costa Joana Reis

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