Filo Echinodermata PDF

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Instituto Federal Farroupilha - Alegrete

Dr. Erikcsen Augusto Raimundi

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biology zoology echinoderms anatomy

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This document provides an overview of Echinodermata, a phylum of marine invertebrates. It covers topics including their classification, morphology, physiology, behaviour, and reproduction. The text is well-structured and detailed.

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ZOOLOGIA II Introdução a Deuterostomia Instituto Federal Farroupilha - Alegrete Licenciatura em Ciências Biológicas Dr. Erikcsen Augusto Raimundi Clado Deuterostomia Comparação embriológica entre dois clados...

ZOOLOGIA II Introdução a Deuterostomia Instituto Federal Farroupilha - Alegrete Licenciatura em Ciências Biológicas Dr. Erikcsen Augusto Raimundi Clado Deuterostomia Comparação embriológica entre dois clados – Proto e Deuterostomia Deuterostomia: 3 Filos (77 mil spp.) Protostomia 24 Filos Clado Deuterostomia Clado Deuterostomia Clado Deuterostomia ZOOLOGIA II Filo Echinodermata Instituto Federal Farroupilha - Alegrete Licenciatura em Ciências Biológicas Dr. Erikcsen Augusto Raimundi Quem são os echinodermata? Filo Echinodermata Gr. “pele com espinhos” – 7.000 spp. Animais marinhos e bentônicos* Deuterostômios com endoesqueleto Sistema hidrovascular (=ambulacral) Animais ativos* com simetria pentâmera Estrelas-do-mar, serpentes-do-mar, ouriços-do-mar, bolachas-do-mar, pepinos-do-mar e lírios-do-mar O bauplan dos equinodermos Os equinodermos são únicos tanto no que diz respeito à sua simetria (secundariamente radial) quanto à relação dessa simetria com seu modo de vida geralmente ativo. T O bauplan dos equinodermos B Muito da biologia dos equinodermos é relacionado com uma sinapomorfia do grupo, o sistema hidrovascular ou ambulacral - Ampola & madreporito (bívio e trívio) - Canais pétreo, circular, radiais e laterais - Ambúlacros (ampola, pódio e ventosas) - Vesículas de Poli & Corpúsculos de Tiedemann - Locomoção, alimentação, excreção, respiração Estrela-do-mar caçando ABORAL Superfícies oral e aboral Disco central e braços Sulcos ambulacrais DISCO CENTRAL Boca e ânus* Celoma Fluido hidrovascular BRAÇO Revestimento ciliado ORAL SULCO AMBULACRAL Parede do corpo Epiderme Derme mesodérmica com ossículos (tecido conjuntivo único) Camada muscular Ossículos Placas simples Placas compostas Vértebras Testa - DENSIDADE DE OSSÍCULOS + Os mecanismos de sustentação e locomoção Sustentação & variam entre as cinco classes de equinodermos (Asteroidea, Ophiuroidea, Crinoidea, Echinoidea Locomoção e Holothuroidea) Rastejamento: Asteroidea, Ophiuroidea e Crinoidea Natação: Crinoidea e Holothuroidea* Deslizamento: Asteroidea, Echinoidea, Holothuroidea Crinóide nadando A forma e função do sistema digestório varia Alimentação muito de acordo com cada grupo de equinodermos: & Digestão Crinóides (lírio-do-mar): Equinóides (ouriço e bolacha-do-mar): Braços & Pínulas (filtração) Lanterna-de-Aristóteles (trituração) Ânus na superfície oral (Intestino em U) Ânus na superfície aboral (Intestino em I) Asteróides (estrela-do-mar): Alimentação Estômago cardíaco (eversível) + pilórico & Digestão Ânus na superfície aboral (Intestino ramificado) Cecos pilóricos pares (glândulas) Ofiuróides (serpente-do-mar): Filtração, detritivoria ou predação Ânus ausente (Sistema digestivo incompleto) Holoturóides (pepino-do-mar): Tentáculos orais + placas calcárias (filtração) Esôfago, estômago, intestino em S com reto expandido Lanterna-de-aristóteles Circulação & A circulação em equinodermes é realizada por dois sistemas de trocas gasosas oriem celômica, o sistema hemal e o sistema hidrovascular. Com a exceção das holotúrias e crinóides, o sistema hemal é pouco desenvolvido. O fluido é geralmente despigmentado e circula pelo sistema hemal através de ação ciliar, e sua função não é bem compreendida. A respiração dos equinodermos não ocorre em estruturas especializadas, mas por simples difusão, especialmente através das pápulas do sistema hidrovascular. Excreção & Osmorregulação Os equinodermos não possuem estruturas especializadas para eliminação de excretas nitrogenadas ou regulação osmótica A excreção é realizada pela parede corporal e pelo sistema hidrovascular Equinodermos possuem uma capacidade osmorregulatória muito fraca, sendo osmoconformadores típicos Essa limitação do bauplan implica que provavelmente os equinodermos jamais invadirão sistemas de água doce Esferídios, estatocistos e manchas ocelares. Sistema nervoso & Órgãos dos sentidos O sistema nervoso dos equinodermos reflete o seu modo de vida, sendo bastante descentralizado e sem um gânglio cerebral. - Sistema ectoneural (oral) - Sistema hiponeural (oral profundo) - Sistema entoneural (aboral) Com a exceção dos crinóides, onde predomina o sistema entoneural, as partes mais conspícuas do sistema nervoso de equinodermos (anel nervoso circum-oral, nervos radiais) deriva do sistema ectoneural. Reprodução & desenvolvimento Reprodução Assexuada: A maioria das espécies de equinodermos é A maioria das estrelas-do-mar e serpentes-do-mar capaz de algum grau de regeneração, em é capaz de se regenerar por completo, contanto especial os Asteroidea e Ophiuroidea. Essa que boa parte do disco central esteja intacta. capacidade de regeneração pode incluir a simples autotomia até a complexa fissiparidade Linckia sp. no estágio de “cometa”. Reprodução & desenvolvimento Reprodução Sexuada: Larvas de Asteroidea e Ophiurodea A maioria das espécies de equinodermos é dioica, mas há registros de espécies hermafroditas nos Asteroidea, Holothuroidea e, especialmente, entre os Ophiuroidea. O número de gônadas é variável, podendo ser uma única gônada, múltiplas gônadas ou mesmo não havendo tecido gonadal definido. Geralmente, cada gônada abre-se para o exterior com um gonópodo. As estratégias reprodutivas também variam, incluindo desde fecundação externa até incubação de ovos. METAMORFOSE Classe Asteroidea Estrelas-do-mar - Cerca de 1.500 spp. descritas - Cinco ou mais braços surgindo gradualmente à partir do disco central - Ânus geralmente presente e posicionado na face aboral - Madreporito entre os braços C e D - Com ou sem ventosas nos pódios - Geralmente predadoras - Sistema hidrovascular típico - Frequentemente venenosas/impalatáveis - Algumas spp. podem se tornar pragas (ex: Acanthaster planci em recifes) Estrela-do-mar-girassol (Pycnopodia helianthoides): Até quase 1m de envergadura, criticamente ameaçada de extinção. Estrela-do-mar vs. Anêmona Classe Ophiuroidea Serpentes-do-mar - Cerca de 2.000 spp. descritas - Cinco braços articulados ou não, claramente distintos do disco central - Ânus ausente (sist. dig. incompleto) - Madreporito ventral (oral), entre os braços C e D e frequentemente reduzido - Nunca apresentam ventosas nos pódios - Algumas spp. são capazes de viver em águas salobras/estuarinas - Braços com “vértebras” - Detritívoros de locomoção rápida - Não são venenosas Ofiuróides “brigando” Classe Crinoidea Lírios-do-mar - Cerca de 625 spp. descritas - Cinco ou mais braços, ramificados ou não e em forma de pena - Ânus na superfície oral - Corpo em forma de taça - Não há madreporito, sistema hidrovascular opera totalmente com base no líquido celômico - Sistema ambulacral com pínulas - Alimentação por suspensivoria - São sedentários, embora nem todas as espécies sejam de fato sésseis, prendendo-se ao substrato através dos cirros ou de um pedúnculo Crinóides existindo Classe echinoidea Ouriços-do-mar e bolachas-do-mar Bolacha-do-mar com sulcos alimentares, lúnulas e petalóides - Cerca de 950 spp. descritas - Sem braços, corpo globoso ou em forma de disco, às vezes secundariamente bilateral - Ânus na face oral (bolachas) ou aboral (ouriços) - Madreporito entre os “braços” C e D - Placas esqueléticas fusionadas - Corpo com espinhos móveis - Aparelho bucal mastigador (lanterna de Aristóteles) - Podem se tornar pragas - Consumidos como alimento Preparação do “UNI” Classe Holothuroidea Pepinos-do-mar - Cerca de 1.150 spp. descritas - Sem braços, secundariamente bilaterais, às vezes sem pés ambulacrais - Superfícies oral e aboral convertidas em porções anterior e posterior - Madreporito interno - Ossículos esparsos na derme - Tentáculos orais retráteis - Sistema hemal bem-desenvolvido, podendo conter hemoglobina - Árvores respiratórias & túbulos de Cuvier - Consumidos como alimento Defesa das holotúrias Evolução & relações filogenéticas - Relações filogenéticas internas incertas - Grupo claramente monofilético - Origem no Cambriano (+500 m.a.a.) - Crinóides são as formas viventes mais primitivas - Grupo-irmão dos hemicordados - Fósseis de afinidades incertas - Asteroidea+Ophiuroidea - Echinoidea+Holothuroidea - Bauplan único, com algumas limitações, mas altamente bem-sucedido