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Este documento fornece informações teóricas sobre parasitas intestinais e parasitas parasitas internos chamados de Enoplida e Capillaria e suas características, como localização no corpo, hospedeiros, e ciclos de vida. O texto inclui imagens de organismos e descrições detalhadas.

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Enoplida Enoplida Trichuris Parasitos de intestino grosso de mamíferos. Conhecidos como vermes chicote (extremidade anterior mais comprida e delgada que a posterior que é mais espessa). Enoplida Trichuris Medem de 3,5 a 8 cm de compri...

Enoplida Enoplida Trichuris Parasitos de intestino grosso de mamíferos. Conhecidos como vermes chicote (extremidade anterior mais comprida e delgada que a posterior que é mais espessa). Enoplida Trichuris Medem de 3,5 a 8 cm de comprimento. Ovos bioperculados, muito resistentes ao ambiente Localização: Intestino grosso, particularmente o ceco. Trichuris HOSPEDEIROS T. vulpis em cães; T. discolor em ruminantes; T. campanula em gatos; T. suis em suínos e T. trichiura em homens e macaco. O ovo embrionado ao ser ingerido libera a L1 no intestino delgado, a qual migra até o intestino grosso invadindo a mucosa. Neste Os adultos ficam fixados local fazem 4 mudas. pela parte anterior no epitélio intestinal, onde copulam. A fêmea faz postura (2- 5mil/ovos/dia) que saem nas fezes. L1 Os ovos saem nas fezes do hospedeiro e PPP – 7-10 embrionam em 30 dias. Os ovos larvados podem semanas permanecer viáveis no ambiente por anos L1 Estágio infectante 25/10/19 O estágio infectante é o ovo com a L1. Em condições ideias os ovos larvados podem sobreviver e permanecer viáveis por vários anos. Após a ingestão, os tampões dos polos dos ovos são digeridos e as larvas L1 são liberadas e penetram nas glândulas da mucosa do íleo, ceco e colon. Subsequentemente todas as quatro mudas acontecem nestas glânculas. Os adultos emergem para repousar na superfície da mucosa, com sua extremidade anterior incrustada na mucosa. Trichuris Apesar da grande eliminação diária de ovos, somente infecções muito elevadas produzem sinais clínicos que afetam principalmente animais jovens. Um intenso parasitismo, leva a lesão da mucosa cecal, provocando enterite e diarreia com sangue. A lesão abre um porta de entrada para infecções secundárias. A maioria das infecções é assintomática, mas há relatos de prolapso de reto em humanos e cães muito parasitados. Fig. 2. Histopathological study of the colon after staining with hematoxylin and eosin. (A) A part of the dissected colon after formalin fixation. Whipworms are found embedded in the intestinal mucosa. The bar represents 1 cm. (B) Microscopic observation of the intestinal tissue embedded with whipworms. Free-hanging segments of worms in the intestinal lumen (arrowheads) and the slender anterior parts of Trichuris spp. embedded in the colon mucosa (white arrows). Inset: Note the eggs within the uterus of the whipworms, showing smooth walls and bipolar plugs (black arrows). (C) Fecal microscopy shows a barrel-shaped egg with hyaline plugs at each end (arrows). (D) The anterior parts (arrows) of the whipworms invade into the large intestinal wall. Fig. 1. External appearance and gross findings at necropsy of a 3-year-old male hamadryas baboon exhibited at a zoo. (A) Loose body hair and light emaciation are observed. (B) A blood clot is seen at the anus. (C) Thickening of the intestinal wall is observed from the cecum to the rectum. (D) Numerous adult whipworms are firmly attached to the intestinal wall of the colon, with their anterior ends embedded in the mucosa. 25/10/19 Enoplida Capillaria Há muitas espécies de Capillaria. São listadas, a seguir, as mais frequentes, seus hospedeiros e sua localização: Capillaria plica: cães, gatos e raposas; rim e bexiga. C. feliscati: gatos; rim e bexiga. C. bovis: bovinos; intestino delgado C. hepatica: cães, gatos, humanos e roedores; fígado. C. annulata : galinhas e perus; esôfago e inglúvio (papo) C. caudinflata: galinhas e perus; intestino delgado C. obsignata: galinhas, perus e pombos; intestino delgado C. aerophila: cães, gatos; traqueia, brônquios e vias nasais. Capillaria Ciclo de vida No ciclo das espécies que vivem no sistema digestório, os ovos saem nas fezes, no ambiente tornam-se larvados (L1). O ovo com a L1 é ingerido pelo hospedeiro. A L1 é Desenvolvimento liberada no tubo digestivo, onde faz na mucosa intestinal mudas para L2, L3, L4 e adultos.. Ovos nas fezes L1 3-4 semanas A L1 infectante se desenvolve no ovo em cerca de 3 a 4 semanas No ciclo da Capillaria hepatica, as fêmeas adultas vivem no parênquima hepático do hospedeiro, onde fazem postura, porém os ovos somente são liberados do fígado em duas ocasiões: quando ocorre a digestão do fígado parasitado no trato digestivo do predador carnívoro, o qual eliminará ovos nas fezes; ou quando ocorre a morte do hospedeiro e a consequente decomposição da carcaça e do fígado, com liberação de ovos no meio externo e contaminação dos hospedeiros através da ingestão desses ovos. Após ingestão, as larvas eclodidas penetram a parede intestinal e, pela veia porta, atingem o tecido hepático, onde tornam-se adultos. (A) Multiple liver lobes contain locally extensive tortuous, white nematode tracks. (B) Adult nematodes and eggs replace the liver parenchyma. The eggs are characteristically bioperculate. Inflammation is lymphoplasmacytic to granulomatous and may be associated with fibrosis in chronic infections. C. aerophila, os ovos são depositados nos pulmões e seguem até a glote com a secreção bronquial, são deglutidos e eliminados nas fezes. No ambiente a L1 se desenvolve dentro do ovo. Ao ser ingerido a L1 eclode e via corrente sanguinea migra até o pulmão onde evolui para L2, L3, L4 e adultos. Nematoides adultos de C. plica e C. feliscati fixam-se na mucosa da bexiga, onde eliminam ovos, que são expelidos para o meio ambiente com a urina. O ovo com a L1 precisa ser ingerido para que a infecção ocorra. A minhoca parece atuar como hospedeiro paratênico. Somente em um grande parasitismo ocorrem reações inflamatórias originadas pela inserção profunda da porção anterior na mucosa. Geralmente os sinais clínicos são leves  associados à localização. O parasito é encontrado frequentemente no rim direito, porém pode ser observado em rim esquerdo, cavidade abdominal, cavidade torácica, ureteres, bexiga e tecido subcutâneo de animais domésticos e silvestres. No rim direito de um cão observa-se espessamento da cápsula fibrosa e acentuada atrofia do parênquima renal (aspecto cístico) associados a exemplares de Dioctophyma renale. Na cavidade abdominal de um cão observa- se acentuada peritonite caracterizada por hiperemia da serosa, filamentos de fibrina aderidos na serosa dos órgãos associado a exemplares de Dioctophyma renale livres na cavidade. Nota-se a hiperemia do peritônio e a maior concentração dos parasitos próximo ao fígado. Região paraprepucial de um cão com circunvoluções elevadas no subcutâneo, associadas à migração errática de exemplar de Dioctophyma renale. Ultrassonografia do abdome de cadela em plano transversal. Notam-se múltiplas estruturas com morfologia característica de Dioctophyma renale em rim direito (cabeça de seta). As estruturas são cilíndricas com parede hiperecoica e centro hipoecoico, envoltas por cápsula fibrosa. Observam-se estruturas semelhantes livres na cavidade abdominal (seta). Sedimento de urina de cão com ovos de nematoda com até 80 μm de comprimento com morfologia compatível com Dioctophyma renale. Podem ser observados ovos de casca espessa com depressões na superfície e polos lisos, em meio a grande quantidade de hemácias. Barra = 100μm. Embora, na maioria dos casos, não sejam observados sinais clínicos, os cães podem apresentar apatia, anorexia, emagrecimento, marcha vacilante e hematúria O aparecimento de animais parasitados por Dioctophyma renale no Brasil pode estar intimamente relacionado ao potencial hídrico de algumas regiões do país, onde diversas cidades encontram-se localizadas à margem de rios. Essa característica favorece o acesso dos HD a áreas propícias ao desenvolvimento dos HI do nematódeo Os cães errantes são os mais afetados - vivem nas ruas e possuem acesso a áreas contaminadas e a grande diversidade de alimentos, como peixe cru.

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