Desenvolvimento do Ap. Respiratório PDF
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Mariana Miranda
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This document provides a detailed overview of the development of the respiratory system, encompassing the formation of lung buds, bronchial branching, and the development of the larynx. It also includes anatomical diagrams and clinical correlations.
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Mariana Miranda 1 Desenvolvimento do Ap. respiratório Brotos pulmonares § 4ª semana: o Broto pulmonar ou divertículo respiratório (intestino anterior – ventral) a partir do orifício laringotraqueal ( abertura ) o Estimulado pelo aumento de ácido retinóico no tecido mesenquimal adjacente § Epitélio d...
Mariana Miranda 1 Desenvolvimento do Ap. respiratório Brotos pulmonares § 4ª semana: o Broto pulmonar ou divertículo respiratório (intestino anterior – ventral) a partir do orifício laringotraqueal ( abertura ) o Estimulado pelo aumento de ácido retinóico no tecido mesenquimal adjacente § Epitélio de revestimento e glândulas (laringe, traquéia, brônquios e pulmões): Origem endodérmica ( endoderma do intestino primitivo ) § Tecidos cartilaginosos, muscular e conjuntivo: Origem mesodérmica (mesoderma esplâncnico que reveste o intestino anterior) Pregas traqueoesofágicas se desenvolvem no divertículo laringotraqueal, aproximam-se uma da outra e se fundem formando uma divisória, o septo traqueoesofágico ( separa o traqueia do esôfago) Mariana Miranda 2 § § O septo divide parte cefálica do intestino anterior em: o Porção ventral = Tubo laringotraqueal (primórdio da laringe, traquéia, brônquios e pulmões) o Porção dorsal (primórdio da orofaringe e do esôfago) Divertículo laringotraqueal se separa da faringe primitiva, e mantém uma comunicação com esta através do orifício laríngeo Processo de ramificação Lado direito vai ter um ramo a mais do que o esquerdo Epitélio da laringe origina-se do endoderma do tubo laringotraqueal Mariana Miranda 3 Cartilagem e músculos se originam do mesênquima do 4º e 6º par de desenvolvimento da laringe arcos faríngeos § Epitélio da laringe origina-se do endoderma do tubo laringotraqueal Mesênquima do tubo laringotraqueal prolifera e forma o par de saliências § Cartilagem e músculos se originam do mesênquima do 4º e 6º par de arcos faríngeos aritenóides § Mesênquima do tubo laringotraqueal prolifera e forma o par de saliências aritenóides o Saliências convertendo a abertura em forma de fenda em glote Saliências crescem em crescem direçãoemadireção línguaa língua convertendo a abertura em primitiva, no orifício laríngeo em forma de T forma de fenda em glote primitiva, no orifício laríngeo em forma de T Cartilagens tireoidea, cricoidea, e aritenoidea Orifício laríngeo Proliferação mesenquimal do 4 e 6 arco § § § Epitélio laríngeo se prolifera rapidamente e causa oclusão temporária do lúmen, que depois é vacuolizado e recanalizado, formando dois recessos laterais, os ventrículos laríngeos Ventrículos laríngeos se formam e são limitados por pregas da membrana da mucosa que formam as pregas vocais (cordas) e as pregas vestibulares Músculos laríngeos inervados pelo NC X (nervo vago) o Laríngeo superior: inerva os derivados do 4º arco o Laríngeo recorrente :inerva os derivados do 6º arco Traqueia brônquios e pulmões § § Broto pulmonar: 4ª semana, se divide em 2 evaginações, os brotos brônquicos Brotos crescem dentro dos canais pleurais (pericardioperitoneal) o 5a semana se alargam e formam os brônquios principais direito e esquerdo Mariana Miranda 4 § Brônquios primários subdividem-se em brônquios secundários o Direita (forma 3 brônquios secundários): § Brônquio secundário superior supre lobo superior do pulmão § Brônquio secundário inferior se subdivide em 2 brônquios, um para o lobo médio e outro para lobo inferior. o Esquerda (forma 2 brônquios secundários): § 2 brônquios secundários suprem os lobos superior e inferior o Cada brônquio secundário se ramifica progressivamente § § Brotos pulmonares se expandem para a cavidade corporal, dentro dos canais pericardioperitoneais Pregas pleuroperitoneais e pleuropericárdicas separam os canais pericardioperitoneais da cavidade peritoneal e da pericárdica, formando as cavidades pleurais primitivas Ventralmente já tem tubo cardíaco : formação do coração Laranja : tecido conjuntivo embrionario Vermelho : mesotélio Formam a pleura !! § § § Pregas pleuroperitoneais e pleuropericárdicas separam os canais pericardioperitoneais da cavidade peritoneal e da pericárdica, Mariana Miranda 5 formando as cavidades pleurais primitivas Brônquios secundários se dividem repetidamente: o 10 brônquios terciários (segmentares) no pulmão direito o 8 brônquios terciários (segmentares) no pulmão esquerdo Até 6º mês o 17 subdivisões na vida intrauterina 6 Divisões adicionais na vida pós-natal CORRELAÇÕES CLÍNICAS § Atresia esofágica associada ou não a fístulas traqueoesofágicas (FTE) o Complicação comum: poliidrâmnio – acima de 2.000 mL (excesso de líquido amniótico; estômago/intestinos) líquido o Entre traqueia e esôfago o Alteração no volume do liq. amniótico ( consigo diagnosticar no pré-natal); ar no estomago ( indicio da presença da fistula ) o Problema da fistula : Entrada de secreção no sis. Resp do embrião o Fistula : comunicação que não deveria acontecer A Atresia esofágica com fistula traqueoesofágica tem relação com a formação das pregas e do septo traqueoesofágicos, sendo o tipo mais comum que apresenta parte proximal em fundo cego e fístula na porção distal. Atresia esofágica associada traqueoesofágicas (FTE) ou não a fístulas Mariana Miranda 6 a atresia esofágica pode decorrer de alteração no desenvolvimento do intestino anterior, em especial, na Complicação comum: poliidrâmnio acima de 2.000 mL (excesso de formação do septo traqueoesofágico. líquido amniótico; estômago/intestinos) líquido engolido não passa Mais comum (90% dos casos) para o FTE tipo H (4% dos casos) Atresia esofágica isolada (4% dos casos) Outras variações (1% dos casos, cada) MATURAÇÃO DO PULMÃO Fistula traquiosofagica Maturação do pulmão É dividida emsobreposição 4 períodos: É dividida em 4 períodos: existe desses períodos, isso acontece pq as maturações cefálicas acontecem primeiro do que caudais Período pseudoglandular § Período pseudoglandular Período canalicular § Período canalicular Período do saco terminal § Período do saco terminal Período alveolar § Período alveolar Mariana Miranda 7 Período Pseudoglandular (5ª a 16ª semana) § Pulmão se desenvolve assemelha-se a uma glândula exócrina Período Pseudoglandular (5a a 16a semana) o 17ª Pulmão se desenvolve assemelha - seprincipais a uma glândula semana todos elementos do exócrina pulmão já se formaram o 17ª semana todos os elementos principais do pulmão já se formaram – exceto os envolvidos exceto os envolvidos com as trocas gasosas com as trocas gasosas o Respiração Respiração não não éépossível - os -fetos que nascem durante este períodoeste são incapazes possível os fetos que nascem durante período de são sobreviver incapazes de sobreviver § Período Canalicular vai da 16a à 26a semana o Segmentos cefálicos dos pulmões amadurecem mais rápido que os caudais o Luz dos brônquios e bronquíolos terminais tornam-se maior e o tecido pulmonar fica altamente vascularizado o Bronquíolos terminais se ramificam, formando 2 ou 3 bronquíolos respiratórios, e esse se dividem formando 3 a 6 ductos alveolares (A) o Células cubóides revestem os bronquíolos pulmonares Mariana Miranda 8 § § § § § Período do saco terminal se inicia no final do 6º ou início do 7º mês e dura até o nascimento o Ductos alveolares terminam em sacos alveolares em contato com capilares vizinhos (B) o Células cubóides se tornam achatadas (células alveolares) o Constituição da membrana respiratória (Citoplasma do pneumócito tipo I, lâmina basal dessa célula, lâmina basal do capilar e citoplasma da célula endotelial) Período alveolar vai do 8º mês até a infância o Quantidade de sacos terminais aumenta gradualmente ; forma mais alvéolos o Células alveolares epiteliais do tipo I (pneumócitos do tipo I) tornam- se mais achatadas e os capilares se projetam para dentro dos sacos alveolares o Células alveolares epiteliais do tipo II (pneumócitos do tipo II) se desenvolvem e formam surfactante Surfactante ↑ após 34ª semana e seus fosfolipídios entram no líquido amniótico e estimulam macrófagos da cavidade amniótica Macrófagos migram do córion para o útero e produzem IL-1β o Estimula produção de prostaglandinas que estimulam contração uterina (pode precipitar o parto) Movimentos respiratórios fetais começam antes do parto o Aspiração do líquido amniótico § Mariana Miranda 9 o Estimulação do desenvolvimento pulmonar e condicionamento da musculatura respiratória Após parto, líquido é absorvido pelo sangue e vasos linfáticos e parte pode ser expelido no parto o Surfactante permanece como sobre as membranas alveolares Correlações clínicas § Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (SARRN) = “Doença da membrana hialina” , porque nesses bebes pode acumular um fluido no tecido dos alvéolos , trocas respiratórias ficam ineficientes o Alterações do líquido surfactante ( insuficiências de produção de surfactante ) ; causa primaria : imaturidade dos pneumócitos II, pq eles que produzem liquido surfactante) o Alvéolos parcialmente colapsados o 20% das mortes entre recém-nascidos o Tratamento com surfactante artificial / tratamento da gestante em trabalho de parto prematura com glicocorticóides para estimular a produção fetal de surfactante o Os corticoides estimulam a maturação dos pneumócitos , por isso gestantes diabéticas, por exemplo, que tem risco de ter bebe prematuro recebem esse medicamento Os pneumócitos tipo II secretam o surfactante pulmonar, uma mistura complexa de fosfolipídios e proteínas. O surfactante se forma como uma película monomolecular na parede interna dos sacos alveolares e neutraliza as forças de tensão superficial na interface ar-alvéolo, previnindo a atelectasia (colapso dos sacos durante a expiração). A produção do surfactante aumenta durante os estágios terminais da gestação, particularmente durante as últimas 2 semanas. O quadro pode ter relação com a imaturidade do seu sistema respiratório, relacionando-se, em especial, aos pneumócitos tipo II, pois a deficiência do surfactante é a principal causa da síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido. Caso 1 : Gestante, 30 anos, 83 kg, 162 cm, diabética, com pré-natal realizado de forma adequada após a 5a semana, quando detectou a gestação. Apresentou hipertensão arterial a partir do segundo trimestre. Buscou atendimento médico com 34 semanas e 6 dias de gestação, referindo cólicas intensas e perda de líquido. Ao exame físico e realização do toque, foi constatada ruptura de membrana amniótica. Foi feito o parto por cesárea. O recém-nascido, prematuro de baixa idade gestacional, com peso de nascimento de 1.070 gramas, na sala de parto, já apresentava respiração rápida, difícil e ruidosa, além de retração supra e subesternal e batimento das aletas nasais, evoluindo, posteriormente, para insuficiência respiratória. Após avaliação clínica e exames complementares, foi diagnosticado com síndrome do desconforto respiratório do recémnascido.