Summary

This document is a lecture on human histology and embryology, focusing on different types of epithelial tissues, their characteristics, functions, and origins. It also covers the basal membrane, tissue renewal, polarity, innervation, and embryological origins. It also describes the structure and function of epithelial tissue, along with various examples and classifications of epithelial types.

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Histologia e Embriologia Humana Sumário: Tipos de tecidos epiteliais, características e funções Membrana Basal Renovação do tecido epitelial Polaridade Inervação Origem embrionária Quatro tipos básicos de tecidos Tecido epitelial Tecido conjuntivo Tecido muscular Tecido nervoso Critérios...

Histologia e Embriologia Humana Sumário: Tipos de tecidos epiteliais, características e funções Membrana Basal Renovação do tecido epitelial Polaridade Inervação Origem embrionária Quatro tipos básicos de tecidos Tecido epitelial Tecido conjuntivo Tecido muscular Tecido nervoso Critérios de estrutura, função e origem embrionária Origem embrionária Ectoderme Epiderme (e posteriormente glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias), epitélio da boca, cornea, ânus e nariz Endoderme Células epiteliais das vias respiratórias e parte do sistema digestivo e posteriormente respetivas glândulas (salivares, fígado, pâncreas) Mesoderme Epitélio do aparelho genital masculino, feminino e urinário, endotélio, revestimentos das cavidades peritoneal, pericárdica e pleural Tecido epitelial (tipos) Epitélio de revestimento Superfície corporal Cavidades internas Canais Tubos Vasos sanguíneos Epitélio glandular Tecido epitelial (funções) Revestimento de superfícies (epitélio de revestimento) Secreção (glândulas) Absorção Proteção mecânica (ex: muco) e imunitária Sensorial (neuroepitélio olfativo e gustativo) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov Tecido epitelial (caraterísticas) Avasculares nutrição e depuração asseguradas por tecido conjuntivo subjacente, separado do tecido epitelial pela membrana basal Polaridade (distribuição assimétrica dos organelos: as diferentes partes das células têm diferentes funções) zona apical, basal e baso-lateral Células justapostas, pouca matriz extracelular associadas por junções intercelulares (de adesão, de oclusão e comunicantes) Os limites entre as células não se distinguem por microscopia ótica, pelo que a forma dos núcleos dá ideia da forma das células Membrana basal Membrana basal Estrutura acelular, abaixo de epitélios Rede macromolecular de finos filamentos Visível ao microscópio ótico (cora por PAS) Geralmente resulta da fusão de uma lâmina basal e reticular ou de duas lâminas basais (estas só visíveis ao ME) Membrana basal Membrana basal Lâmina lúcida (pouco electrodensa) Membrana Lâmina basal basal Lâmina densa (muito electrodensa) Lâmina reticular (com fibras reticulares) Epitélio Lâmina basal Membrana basal Lâmina reticular Membrana basal Membrana basal Membrana basal Lâmina basal Lâmina reticular Ao ME Kierszenbaum, 2004 Membrana basal Ao ME Lâmina basal Fibras de ancoragem Lâmina reticular Colagénio IV Fibras reticulares Colagénio ✓ Proteína fundamental na constituição da matriz extracelular do tecido conjuntivo, sendo responsável por grande parte de suas propriedades físicas (força tênsil) ✓ Proteína mais abundante do corpo humano ✓ 19 tipos diferentes do colagénio ✓ Visível ao MO (colagénio I e III, visíveis ao mo: 1-10 mm) Quais as funções Epitélio da membrana basal? Lâmina basal Membrana basal Lâmina reticular Cláudia Cavadas 2014 FFUC 1. Adesão Estrutural 2. Compartimentalização (separação epitélio -tecido conjuntivo) 3. Filtração de moléculas (regula movimento de substâncias; ex: capilares; lamina basal dupla do corpúsculo renal é importante para barreira de filtração glomerular) 4. Manutenção da “arquitectura” original do tecido no processo de regeneração (“Tissue scaffolding”) 5. Regulação e sinalização: moléculas que residem na lâmina basal (ex. Laminina, fibronectina) interagem com receptores da superfície celular das células epiteliais durante a morfogénese, o desenvolvimento fetal, a cicatrização de feridas, regulação da forma celular, proliferação, diferenciação, e a motilidade, bem como a expressão de genes e apoptose.. Renovação do tecido epitelial ✓Células continuamente renovadas por mitose ✓ Taxa variável (uma semana no epitélio intestinal, um mês na epiderme, lenta no fígado e pâncreas) ✓Nos tecidos estratificados ocorre na camada basal do epitélio (próxima da lâmina basal) Polaridade/Assimetria Zona apical (exposto para o lumen ou meio externo) Zona lateral (em contato com células epiteliais vizinhas) Zona basal (em contato com membrana basal) Características funcionais e estruturais distintas nas diferentes zonas Polaridade/Assimetria Distribuição desigual dos organelos, diferentes partes das células com diferentes funções ✓ No epitélio do intestino delgado a zona apical tem microvilosidades e poderá ter dissacaridases e peptidases ✓ No epitélio do trato respiratório a presença de cílios na zona apical (movimento) ✓ Em epitélio de secreção (ex., ácinos serosos) há organelos de síntese na porção basal, grânulos de secreção na apical e complexo de Golgi entre as duas ✓ Nas células dos tubos dos nefrónio, a bomba Na+/K+ localiza-se na zona basal e os co-transportadores na zona apical (contacta com lumen); na zona basal há transportadores para a difusão facilitada dos solutos co-transportados na membrana apical ✓ Junções intercelulares na zona basolateral para ancorar células epiteliais umas às outras e à membrana basal Polaridade/Assimetria Epithelial tubes are comprised of tightly adhering cells that display strong apico–basal polarity. Lateral membranes possess desmosomes, adherens junctions and tight junctions (TJs), providing cell–cell adhesion and diffusion barriers. Basal membranes interact with underlying basement membrane and extracellular matrix (ECM). Apical membranes are specialized for absorption and secretion, such as for electrolytes, milk or O2. Nat Rev Mol Cell Biol. Nov 2008; 9(11): 887–901. Polaridade/Assimetria Inervação ✓Plexos nervosos (nervos sistema nervoso autonómico - os axónios são as fibras nervosas, que, em conjunto constituem os nervos) originários do tecido conjuntivo subjacente ✓Sensorial ✓Funcional Auto-estudo O que é a metaplasia? Histologia e Embriologia Humana Sumário ✓ Especializações da superfície basolateral das células epiteliais ✓ Interdigitações ✓ Junções intercelulares (junções de adesão, de oclusão e comunicantes) ✓ Especializações da superfície apical das células epiteliais ✓ Microvilosidades ✓ Estereocílios ✓ Cílios ✓ Flagelos Cláudia Cavadas 2014 FFUC 23 Especializações da superfície basolateral das células epiteliais 1)Estruturas associadas à membrana plasmática 2) Coesão e comunicação entre as células 3)Presentes na maioria dos tecidos mas muito abundantes nos epitélios juncões intercelulares (oclusão/tight, adesão, comunicantes/gap) Junções intercelulares 1)Junções de adesão / ancoragem zonas de adesão ou aderência (lateral) Desmossomas (lateral) Hemidesmossomas (basal) 2)Junções impermeáveis (região lateral) zonas de oclusão (tight junctions) 3)Junções comunicantes (região lateral) junções gap In Junqueira e Carneiro Citoesqueleto e proteínas de adesão celular ✓Microfilamentos (7nm, actina): sustentam membrana citoplasmática, locomoção celular ✓Filamentos intermediários (10nm, queratina): resistência mecânica e estrutural da célula ✓Microtúbulos (25nm, tubulina): migração vesículas citoplasma, cílios, flagelos ✓Proteínas de adesão celular (caderinas, selectinas, integrinas) Junções intercelulares 1) Junções de adesão / ancoragem zonas de adesão ou aderência ✓ Circundam toda a célula: aderência ✓ Microfilamentos de actina Placas de ancoragem ricas em caderinas (que ligam a cateninas) desmossomas ✓ Forma de disco ✓ Filamentos de queratina ✓ Placas de ancoragem ricas em caderinas (que ligam a cateninas) hemidesmossomas ✓ Ancoram o domínio basal da célula epitelial à lâmina basal ✓ Filamentos de queratina ✓ Placas de ancoragem ricas em integrinas que podem atuar como recetores para moléculas da ME (laminina, fibronectina, colagénio) Junções intercelulares 2)Junções impermeáveis zonas de oclusão (tight junctions) são as mais apicais e ocorre fusão das 2 membranas citoplasmáticas adjacentes (mediada por claudinas e ocludinas) vedando o espaço intercelular; dificulta movimento de materiais entre células (barreira da via paracelular) 3)Junções de comunicação junções gap Intercâmbio de moléculas com massa molecular até cerca de 1500 Da (AMPc, GMPc, iões, hormonas): comunicação transcelular Junções intercelulares Junções intercelulares Junções de adesão / ancoragem Zonas de adesão ou aderência, Desmossomas, hemidesmossomas caderina caderina queratina actina zonas de Desmossomas adesão ou aderência queratina integrinas Hemidesmossomas Junções impermeáveis zonas de oclusão (tight junctions): claudinas e ocludinas Junções de comunicação - junções gap Pequenos canais hidrofilicos (conexon, formado por 6 conexinas, 1,5-2 nm) Intercâmbio de moléculas com massa molecular até cerca de 1500 Da (AMPc, GMPc, iões, hormonas)-intercâmbio químico e elétrico Junções comunicantes (“GAP”) Conexinas Zona de oclusão Zona de adesão Zona de adesão Desmossoma Desmossoma Hemidesmossoma Complexo unitivo ou juncional Zona de oclusão Zona de adesão Desmossoma Junções intercelulares ✓ Perda de caderinas Comportamento invasivo pelas células tumorais- Metástases Elevada expressão: mecanismo anti-invasão e metastização Baixa expressão: potenciação invasão e metastização (diminuição da expressão ou mutação em tumores) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov Especializações da superfície apical das células epiteliais Superfície livre Porção apical Parede lateral ou pólo apical a) Microvilosidades Porção basal ou pólo basal b) Estereocílios Superfície basal c) Cílios d) Flagelos Aumentar a superfície do epitélio ou mover partículas Microvilosidades ✓ Projeções em forma de dedo ✓ Em células que exercem intensa absorção ✓ Epitélio intestino delgado ✓ Túbulos proximais do nefrónio ✓ Vesícula biliar ✓ 1 mm de comprimento e 0,08 mm expessura ✓ Filamentos de actina (microfilamentos) ✓ Gicocálix+microvilosidades=borda em escova (vísivel ao m.o.) O Glicocálix é uma camada externa à membrana, formada por glicolipídios, esfingolipídios, glicoproteínas e proteoglicanas (barreira mecânica e física) Microvilosidades Microvilosidades glicocálix 45 000 x Filamentos de actina 100 000 x glicocálix Corte longitudinal Corte transversal O Glicocálix é uma camada externa à membrana, formada por glicolipídios, esfingolipídios, glicoproteínas e proteoglicanas (barreira mecânica e física) In Junqueira e Carneiro, 2013 Microvilosidades-intestino Epitélio simples cilíndrico BE=borda em escova In Junqueira e Carneiro, 2013 Estereocílios ✓ Prolongamentos longos e imóveis ✓ Microvilosidades longas e ramificadas ✓ Filamentos de actina (microfilamentos) ✓ Aumentam a área de superfície da célula ✓ No revestimento epitelial do epidídimo e canal deferente ✓ Visíveis ao m.o. Estereocílios-epidídimo NO EPIDIDIMO SERVEM PARA A MATURAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES Estereocílios Cílios ✓ Prolongamentos com mobilidade ✓ 5-10 mm de comprimento e 0,2 mm diâmetro ✓ Envolvidos pela membrana plasmática e contêm dois microtúbulos centrais cercados por nove pares de microtúbulos periféricos (padrão 9+2) ✓ Inseridos em corpusculos basais (no ápice das células e abaixo das membranas) ✓ Possibilita que uma corrente de fluído ou partículas seja impelida numa direção ao longo do epitélio ✓ Depende de ATP ✓ Traqueia, brônquios, trompa falópio Uma célula da traqueia tem 250 cílios Microtúbulos 13 protofilamentos Subunidade que constitui os microtúbulos: Heterodímeros de tubulina Protofilamento ✓ citoesqueleto (conferem rigidez e estabilidade à forma da célula) ✓ permitem o movimento intracelular de organelos e vesículas (depende de ATP) ✓ cílios e flagelos, corpúsculos basais ✓ proteína tubulina ✓ Diâmetro 25 nm Microtúbulos polimerização despolimerização taxol, vimblastina (inibem a polimerização do microtúbulos e bloqueiam a mitose) Microscopia electrónica mostrando a estrutura dos microtúbulos In Junqueira e Carneiro, 2013 A quantidade e comprimento dos microtúbulos é constantemente modificada, de acordo com as necessidades da células (vida média de 1 microtúbulo = 10 minutos) Cílios 5-10 mm de comprimento; 0,2 mm de diâmetro Membrana plasmática microtúbulos que envolve o cílio nexina padrão 9+2 (B) (MV) Microvilosidades Corpúsculo In Junqueira e Carneiro, 2013 basal Cílios Cílio Axonema: 9 pares de microtúbulos periféricos + 2 microtúbulos centrais (padrão 9+2) Corpúsculo basal Cílios-traqueia Transportam para fora dos pulmões, em direção à faringe, poeiras e microrganismos que aderiram ao epitélio Uma célula da traqueia tem 250 cílios Flagelos ✓ No ser humano apenas em espermatozóides ✓ Estrutura semelhante aos cílios, mas mais longos ✓ Apenas um por célula Auto-estudo Mutações que afetam as proteínas dos cílios e flagelos são responsáveis por várias patologias. Quais? Na trompa de Falópio, qual a função dos cílios? Histologia e Embriologia Humana Sumário TECIDO EPITELIAL: Epitélios de revestimento Epitélios I - Revestimento II - Glandular Epitélios I – Revestimento –superfície externa do corpo –cavidades internas –grandes cavidades do corpo –lúmen vasos sanguíneo –lúmen órgãos ocos –tubos de diversos calibres Epitélios de revestimento - Epitélios Simples - Pavimentosos (alvéolos pulmonares, endotélio) - Cúbicos (túbulos do nefrónio) - Cilindricos (epitélio da vesícula biliar, estômago intestino) - Epitélios Estratificados - Pavimentoso (Epiderme, esófago, exocervix) - Cúbico (raro-partes dos canais excretores de glândulas-sudoríparas) - Cilíndrico (conjuntiva do olho, uretra peniana) - Transição (epitélio da bexiga, ureteres) - Epitélios Pseudoestratificados (brônquio, traqueia, epidídimo) Epitélios de revestimento Epitélios de revestimento simples Cúbico Cilíndrico Pavimentoso estratificado/pseudoestratificado pseudo- Epitélios de revestimento estratificado Estratificado pavimentoso Estratificado de transição Epitélio simples pavimentoso ou escamoso ✓ Células achatadas ✓ núcleos alongados N = núcleo Permite trocas de nutrientes, resíduos, gases (mínima resistência à difusão) cápsula de Bowman, alvéolos pulmonares, lúmen dos vasos sanguíneos e linfáticos, grandes cavidades do corpo (cavidade pleural, pericárdica, peritoneal- revestindo os órgãos contidos nessas cavidades: mesotélio) Epitélio simples pavimentoso ou escamoso Alvéolo pulmonar Epitélio simples pavimentoso ou escamoso Endotélio Epitélio simples pavimentoso: mesotélio Mesotélio visceral e parietal (epitélio pavimentoso simples que reveste as cavidades do corpo) Epitélios de revestimento - Epitélios Simples - Pavimentosos - Cúbicos - Cilíndricos, colunar ou prismático - Epitélios Estratificados - Pavimentoso - Cúbico - Cilíndrico - De transição - Epitélios Pseudoestratificados (epidídimo, vias respiratórias) Tecido Epitelial Simples Cúbico N = núcleo Revestimento, secreção e reabsorção de pequenas moléculas -Superfície externa do ovário -Folículos tiroidianos -Túbulos renais - Glândulas (canais excretores) Tecido Epitelial Simples Cúbico Tecido Epitelial Simples ** Cúbico Superfície externa do ovário ovário Tecido Epitelial Simples * cilíndrico/colunar/prismático Ex: - lúmen intestino delgado (microvilosidades) -lúmen estômago -lúmen vesícula biliar (microvilosidades) - útero e trompas de Falópio (ciliado) Tecido Epitelial Simples cilíndrico/colunar/prismático Revestimento, absorção, digestão e produção de muco Tecido Epitelial Simples cilíndrico com microvilosidades Tecido Epitelial Simples cilíndrico com microvilosidades Vesícula biliar Tecido Epitelial Simples cilíndrico ciliado Trompa de Falópio Epitélios de revestimento - Epitélios Simples - Pavimentosos - Cúbicos - Cilíndricos, colunar ou prismático - Epitélios Estratificados - Pavimentoso - Cúbico - Cilíndrico - De transição - Epitélios Pseudoestratificados Tecido Epitelial estratificado Várias camadas de células - pavimentoso - Não queratinizado - Queratinizado - de transição -cúbico - raro-partes dos canais excretores de glândulas (sudorípara, salivar) - cilíndrico - raro-conjuntiva do olho, uretra peniana Tecido Epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado Epitélio Estratificado Pavimentoso não queratinizado Boca, esófago, epiglote, colo uterino (exocervix), vagina ATRITOS, FORÇAS MECÂNICAS Epitélio do Esófago 1. Epitélio estratificado pavimentoso 2. Camada externa pavimentosa 3. Células cúbicas 4. Tecido conjuntivo 5. Lúmen do esófago Epitélio do lábio Epitélio estratificado não queratinizado Tecido Epitelial estratificado pavimentoso queratinizado PROTEÇÃO, IMPERMEABILIZAÇÃO (QUERATINA) Epiderme Epiderme queratina Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Epitélio Estratificado Cúbico - apenas nos canais excretores das glândulas sudoríparas Epitélio Estratificado Transição Ex: reveste ureter, bexiga, porção inicial da uretra Forma das células da camada superficial varia com distensão do órgão (ex. bexiga vazia ou cheia) Kierszenbaum, 2004 Epitélio Estratificado Transição-bexiga VAZIA Adaptado para distensão e resistência à toxicidade da urina CHEIA Cerebrosídeos na membrana citoplasmática In Junqueira e Carneiro 2013 Epitélio Pseudoestratificado UMA CAMADA DE CÉLULAS ASSENTE NA MEMBRANA BASAL MAS COM DIFERENTES ALTURAS Aparelho reprodutor masculino (epidídimo) Kierszenbaum, 2004 epidídimo Todas as células se apoiam na membrana basal mas nem todas atingem a superfície do epitélio (posição dos núcleos é variável) Epitélio Pseudoestratificado Vias respiratórias (epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado) Kierszenbaum, 2004 Traqueia DO NARIZ AOS BRONQUIOS (excepções: orofaringe, epiglote) Resumo dos epitélios de revestimento In Junqueira e Carneiro 2013 Auto-estudo Que tipos de patologias existem quando ocorrem mutações nos genes das queratinas? Histologia e Embriologia Humana Sumário: ✓ Tipos característicos de células epiteliais: Neuroepitélios (exemplo), células serosas, mucosas, produtoras de esteróides, mioepiteliais ✓ Epitélios glandulares ✓ Classificação de glândulas e exemplos Epitélios I – Revestimento A) Simples B) Estratificados C) Pseudo-estratificados Neuroepitélios: II - Glandular Neuroepitélio ✓ Células neuroepiteliais ✓ Origem epitelial ✓ Funções sensoriais especializadas ✓ captação de estímulos (olho, nariz, papilas gustativas) Mucosa olfactiva (Cornetos e septo nasal) Epitélio Olfactivo -Neuroepitélio -epitélio pseudo-estratificado - Células receptoras olfactivas (neurónios bipolares:1 dendrite e 1 axónio) - Células de suporte ou sustentação - - Células basais Lâmina própria com glândulas de Bowman (serosas tubulo-alveolares ramificadas; limpeza e solubilização das substâncias voláteis) Mucosa olfactiva Glândula de Bowman Prolongamentos basais Cérebro Células basais Células olfactivas Receptoras (neurónios) Células de suporte Os cílios são os recetores do estímulo olfactório Epitélio olfactivo Células de suporte Células olfactivas receptoras Células basais Células mioepiteliais ✓ Localizam-se nas Gl. Exócrinas (ex. Mamárias, sudoríparas, salivares, pâncreas exócrino) ✓ Fusiformes ou estreladas ✓ Envolvem unidade secretora da glândula e organizam-se longitudinalmente nos canais excretores ✓ Entre a lâmina basal e a região basal da célula epitelial glandular ✓ Comunicam entre si e com células epiteliais por desmossomas e junções comunicantes ✓ Filamentos de actina e miosina: contração e expulsão da secreção Células mioepiteliais Epitélios I – Revestimento A) Simples B) Estratificados C) Pseudo-estratificados Neuroepitélios II - Glandular Epitélios glandulares: glândulas Células especializadas na atividade de síntese, armazenamento e secreção - Macromoléculas segregadas - Proteínas (pâncreas, tiróide) - Lípidos (gl. sebáceas, suprarrenal, hormonas sexuais) - Complexos de hidratos de carbono e proteínas (gl. salivares) - Proteínas, lípidos, e complexos Hid. Carbono e prot. (gl. mamárias) -Gl. Sudoríparas têm baixa atividade de secreção (substâncias transportadas do sangue ao lúmen da glândula) Epitélios glandulares: classificação 1. Quanto ao número de células que constitui a porção secretora Unicelulares Multicelulares 2. Quanto à existência, ou não, de canal excretor: Exócrinas Endócrinas 3. Quanto ao número de canais excretores (exócrinas): Simples Compostas 4. Quanto ao formato da porção secretora (exócrinas): Tubulosas Acinosas ou alveolares Tubulo-acinosas 5. Quanto à natureza do produto segregado: Mucosas Serosas Produtoras de esteróides 6. Quanto à contribuição celular para o produto segregado (exócrinas): Merócrinas Apócrinas Holócrinas Epitélios glandulares: classificação Quanto ao número de células que constitui a porção secretora Unicelulares Multicelulares Célula caliciforme (célula mucosa): Folículo tiroidiano (multicelular) unicelular Epitélios glandulares: classificação Unicelulares (ex. célula caliciforme-exócrina, células endócrinas no trato digestivo) Canal Multicelulares excretor Porção ✓ Envolvidas por cápsula de tecido Secretora conjuntivo que origina septos e dividem Ou a glândula em lobos e lóbulos; nos septos Adenómero passam vasos sanguíneos e canais excretores de maior calibre (ex, ácino seroso, tubos mucosos) Célula caliciforme (globet cells) Epitelial cell Unicellular exocrine glands are cells interposed in and between epithelium. These glands do not have ducts, yet are single cells that produce mucin (glycoprotein) which becomes mucus when dissolved in water. Example: goblet cells between intestinal columnar epithelium Localização das Células caliciformes Traqueia Célula caliciforme Intestino delgado Intestino grosso (colon) Goblet cell compound exocytosis is a protective response directed at clearing potential threats from the colonic crypts. Goblet cell compound exocytosis resulted in rapid clearance of bacteria from the colonic crypts and restoration of the mucus layer within 240 min of reperfusion. Histologia Aplicada http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3669168/pdf/gmic-4- 232.pdf Epitélios glandulares: classificação Quanto à existência, ou não, de canal excretor: Exócrinas Endócrinas Glândula Exócrina Glândula Endócrina Glândulas: formação a partir de epitélios de revestimento Endócrina Mantêm ligação Perdem a ligação com o epitélio com o epitélio do do qual se qual se originaram originaram através de canais excretores Endócrina Endócrina Exócrina Cordonal. Vesicular ou folicular Ex: suprarrenal, paratiróie Ex: tiróide. In Junqueira e Carneiro, 2013 Glândula Endócrina Cordonal Glândula Endócrina Ex: suprarrenal, paratiroide, lóbulo Vesicular/Folicular anterior da hipófise Ex: tiróide Epitélios glandulares: classificação quanto à natureza do produto segregado - Mucosas - Serosas - produtoras de esteróides Célula mucosa (ex: caliciforme do intestino e trato respiratório (globet cells), células presentes no esófago, estômago, intestino, glândulas salivares e trato genital Produção de glicoproteínas hidrofílicas Ligação glícido-proteína (glicosiltransferases) Mucina (glicoproteína) + água = muco (gel viscoso, elástico e lubrificante) -núcleo achatado, na base da célula, com cromatina condensada (cora bastante com hematoxilina) -grânulos de secreção grandes e pouco corados com muco na região apical (citoplasma pouco corado) In Junqueira e Carneiro, 2013 6) Após estímulo: Célula serosa 5) Grânulos Exocitose Poucos (ex: pâncreas, submandibular, maduros min. parótida) -polaridade bem 4) Grânulos ou vesículas definida: região apical de secreção com complexo de Golgi desenvolvido e muitos 3) Transporte até ao aparelho 60 grânulos de secreção de Golgi (acidofilia) e região min mitocôndria basal com basofilia devido a núcleo e RER 2) retículo núcleo endoplasmático rugoso: síntese de proteínas Poucos min. Seg. Produto de secreção: fluído claro, pouco viscoso, rico em proteínas, parecido com o soro sanguíneo 1) Aminoácidos (do sangue e atravessam várias barreiras) Célula secretora de esteroides (cortisol, aldosterona, hormonas sexuais) (ex: testículos, ovários, suprarrenais) ❖ Células endócrinas ❖ Gotículas de lípidos (precursores dos esteróides) ❖ Com bastante REL onde se sintetisa o colestrol com transformação posterior em cortisol, aldosterona, testosterona, progesterona etc ❖ Células acidófilas, poliédricas, Epitélios glandulares: classificação 1. Quanto ao número de células que constitui a porção secretora Unicelulares Multicelulares 2. Quanto à existência, ou não, de canal excretor: Exócrinas Endócrinas 3. Quanto ao número de canais excretores (exócrinas): Simples Compostas 4. Quanto ao formato da porção secretora (exócrinas): Tubulosas Acinosas ou alveolares Tubulo-acinosas 5. Quanto à natureza do produto segregado: Mucosas Serosas Produtoras de esteróides 6. Quanto à contribuição celular para o produto segregado (exócrinas): Merócrinas Apócrinas Holócrinas Epitélios glandulares: classificação Classificação das glândulas exócrinas pelo modo como o produto de secreção sai da célula (exócrinas) Merocrina Apócrina Holócrina (mais comum: (secreção é (secreção é exocitose da eliminada com eliminada com toda secreção sem pequenas porções a célula) destruição celular) de citoplasma apical) Pâncreas, salivar, mamária sebácea célula caliciforme Histologia Aplicada Carcinoma Tumores malignos derivados das células epiteliais Adenocarcinomas Tumores malignos derivados de tecidos ep. glandulares (exócrinas) (tecido conjuntivo – sarcoma) Auto-estudo: A maioria dos tumores nos adultos tem origem em que tecido? Histologia Aplicada Incidência de tumores ✓ Crianças até 10 anos, Órgãos hematopoiéticos> tecido nervoso > tecido conjuntivo > tecido epitelial ✓ Adultos com mais 45 anos, Maioria dos tumores é de origem epitelial Deteção de muco, hormonas e queratinas nos carcinomas é importante para diagnóstico e tratamento desses tumores Epitélios glandulares: classificação 1. Quanto ao número de células que constitui a porção secretora Unicelulares Multicelulares 2. Quanto à existência, ou não, de canal excretor: Exócrinas Endócrinas 3. Quanto ao número de canais excretores (exócrinas): Simples Compostas 4. Quanto ao formato da porção secretora (exócrinas): Tubulosas Acinosas ou alveolares Tubulo-acinosas 5. Quanto à natureza do produto segregado: Mucosas Serosas Produtoras de esteróides 6. Quanto à contribuição celular para o produto segregado (exócrinas): Merócrinas Apócrinas Holócrinas Epitélios glandulares (exócrinas): classificação ou criptas de Lieberkühn Pâncreas exócrino Parótida Próstata Glândulas de Bowman Glândula tubular simples Célula caliciforme click image to return Colon (Cripta de Lieberkuhn) Glândula tubular simples Cripta de Lieberkuhn Células de absorção (com microvilosidades que produzem enzimas digestivas* e absorvem nutrientes) Células caliciformes (produtoras de muco) Células granulares ou de Paneth (defesa) Células endócrinas (ex: secretina e colecistoquinina: estimulam secreção pancreática e contração da vesícula biliar) Glândulas da Pele Glândula sebácea Glândula sudorípara Glândula (apócrina) sudorípara (merócrina) Glândula tubular simples enovelada Glândula sudorípara Glândula sudorípara Canal excretor Porção secretora Secreção (suor): In Junqueira e Carneiro, 2013 -solução muito diluída: NaCl, K+, ureia, amónia, ácido úrico (elimina produtos do metabolismo celular) - ao atingir a superfície da pele, diminui a temperatura Glândulas merócrinas ou apócrinas ( nas axilas, região perianal, e pubiana, aréola mamária: desembocam num folículo piloso) Glândula sebácea (acinosa simples ramificada) Porção secretora (ácinos ramificados) -Secreção holócrina -Secreção sebácea: mistura complexa de lípidos que contêm triglicerídeos, ácidos gordos livres, colesterol e seus ésteres In Junqueira e Carneiro, 2013 Glândulas exócrinas compostas Canais excretores Canais excretores Submandibular Glândula bulbo-uretral e tubos Pâncreas seminíferos Parótida Sublingual ap. Reprodutor masculino Próstata Gl. mamárias Glândula mista PÂNCREAS Porção exócrina Porção exócrina (acinosa composta) Porção endócrina Anatomohistologia do Pâncreas (Insulina, glucagon, somatostatina) Células dos canais Células dos ácinos intercalares segregam enzimas (segregam NaHCO3) digestivas Porção exócrina dopancreas pâncreas (gl. acinosa composta) Pâncreas exócrino (Gl. composta acinosa serosa) Ácino com células zimogénicas Células centroacinosas ácino Secreção: suco pancreático In Junqueira e Carneiro, 2013 Pâncreas exócrino (Gl. composta acinosa) Canal intercalar Canal excretor Composição e Funções da secreção do pâncreas exócrino Componente Aquoso (céls. epiteliais dos canais intercalares): H 2O Na+, K+ Mecanismo de Secreção de HCO3- HCO3- (neutralizam o quimo ácido) Componente Enzimático (células dos ácinos): Proteases (sob a forma dos zimogénios para não ocorrer digestão dos tecidos: tripsinogénio, quimotripsinogénio e procarboxipeptidase) Amilase pancreática (digere polissacarideos) Lipases (digerem lípidos em colestrol, ac. gordos, glicerídeos) Nucleotidases (desoxirribonucleases e ribonucleases que degradam ADN e ARN em nucleótidos) Pâncreas endócrino (ilhéus de Langerhans) In Junqueira e Carneiro, 2013 Ihéu de Langerhans PÂNCREAS (1,5% do volume do pâncreas) ENDÓCRINO - Aglomerados de células arredondados, imersos no tecido pancreático exócrino e envolvidas por uma fina camada de tecido conjuntivo - Rede de capilares do tipo fenestrado - Vários tipos de células secretoras principais: A ou α – glucagon (aumenta a glicémia) (20%) B ou β – insulina (diminui a glicémia) (70%) D ou δ – somatostatina (regula a libertação das outras hormonas) controlo parácrino (5-10%) F ou PP – polipeptídeo pancreático (inibe secreção de somatostatina e da secreção exócrina) (1-2%) Células minoritárias: Células tipo IV ou DI: peptídeo intestinal vasoactivo (VIP) Células de secreção mista: serotonina, motilina, substância P Pâncreas endócrino (ilhéus de Langerhans) In Junqueira e Carneiro, 2013 REGULAÇÃO DA GLICÉMIA (razão insulina/glucagon) Valores Referência Glicose Jejum Pós prandial (2 horas após) Normal 70- 110 mg/dL

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