Aula 2: Exame Físico Geral e Regional PDF
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Universidade Privada de Angola
Dra. Aniet Reyes Carvajal
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This document provides an overview of techniques for conducting physical exams, emphasizing general and regional assessments. It details the steps involved in evaluating different body systems, including skin, hair, and nails.
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Disciplina: Semiotécnica em Medicina 2do Ano Carreira Medicina Disciplina: Semiotécnica em Medicina. Professora Dra. Aniet Reyes Carvajal CONTEÚDO 1. Técnicas gerais de exame físico gral. 2. Técnicas gerais de exame físico regional. Objetivos Explicar as tecnicas de...
Disciplina: Semiotécnica em Medicina 2do Ano Carreira Medicina Disciplina: Semiotécnica em Medicina. Professora Dra. Aniet Reyes Carvajal CONTEÚDO 1. Técnicas gerais de exame físico gral. 2. Técnicas gerais de exame físico regional. Objetivos Explicar as tecnicas de exploração do exame fisico: 1. Exame físico geral. 2. Exame físico regional. Exame físico completo O exame físico completo consiste em três partes: 1. Exame físico geral. 2. Exame físico regional. 3. Exame físico por sistemas. Exame Físico Geral São subdivididos na exploração : Marcha Biotipo Atitude e face. Altura, peso e temperatura Pele, mucosa e fanera (cabelos e unhas). Tecido celular subcutâneo Panículo adiposo Marcha Livremente Limitado, em maior ou menor grau Forçado a permanecer sentado ou na cama, Dificuldade ou dor ao ficar em pé ou sentado Tiques, tremores, espasticidade, Amplitude de movimento das articulações usadas para caminhar Biótipo Biotipo brevilíneo: De baixa estatura, bastante grossos, têm pescoço curto, tórax largo, ângulo costal epigástrico muito aberto, musculatura obtusa, bem desenvolvida e extremidades relativamente pequenas: são curtos, Biotipo Longilíneos: são geralmente mais altas, mais magras, com pescoço e tórax alongados, ângulo costal epigástrico fechado e agudo, musculatura pobre e extremidades longas. Biotipo Normolineares: normoplâncnicos ou estênicos constituem o grupo intermediário com formação corporal harmoniosa. Postura em pé. A boa postura ou atitude normal em pé é caracterizada pelo alinhamento adequado das partes do corpo. A atitude adotada quando a pessoa está deitada (chamada “atitude de cama”) Atitude Atitude A postura, atitude ou permanência refere-se à posição que o indivíduo assume quando está em pé ou sentado ou deitado. Atitude deitada : É variável dentro do a normalidade e sua importância reside nas atitudes patológicas que um paciente acamado pode assumir. Atitude de pé: È caracterizada pelo alinhamento adequado das partes do corpo. Fácies Á aparência e configuração da face, expressão facial ou fisionômica da pessoa. Avaliar a simetria facial: Estática e movimento. Fácies pode ser: ansiosa zangada alegre triste dolorida inexpressiva TAMANHO E PESO A altura também é usada para estimar o peso ideal. Peso: Indivíduo descalço Mínimo de roupa possível, Após esvaziar a bexiga e nunca após comer. Anote o peso em quilogramas. Registre ao lado do peso atual, o peso habitual que você determina a pessoa e o peso ideal, de acordo com o tamanho Temperatura Temperatura A temperatura é determinada por um termômetro, que pode ser o termômetro clínico de mercúrio ou um termômetro eletrônico. A temperatura pode ser medida em diferentes locais do corpo: Boca, reto, axila, região inguinal. A temperatura axilar é a mais utilizada. As temperaturas retais são geralmente mais altas que as temperaturas oral As temperaturas axilares são de 0,6 °C mais baixas que as orais A temperatura oral de uma pessoa saudável é de 37°C. A temperatura inguinal ou axilar de uma pessoa saudável é 36,5°C. A temperatura axilar não deve ultrapassar 37 °C. A temperatura bucal até 37,3 °C A temperatura retal até 37,5 °C. Guia para medição da temperatura corporal axilar Prepare o equipamento: a)Termômetro de mercúrio (Hg) ou vidro. Tira da caixa protectora e desinfeste Limpe-o com um pano ou enxágue com água e sabonete. Seque da ponta do bulbo. Se a leitura do termômetro for superior a 35°C, 95°F, agite-o. Segure o termômetro com o dedo indicador e médio e agite balançando o pulso. Tenha cuidado para não quebrar o termômetro agitando-o. b) Termômetro eletrônico. Tira da caixa protectora e desinfeste Colocar os termômetros : a) Exponha a axila e coloque a ponta do termômetro na axila. Cruze o braço sobre o peito e mantenha-o no lugar. b) Mantenha o termômetro de vidro no local por 4 a 5 minutos c) Termômetro eletrônico, conforme instruções do fabricante geralmente até ouvir um sinal. Guia para medição da temperatura corporal axilar Leia o termômetro Termômetro de vidro. Segure o termômetro na altura dos olhos e leia na parte inferior da coluna de mercúrio. Termômetro eletrônico. Remova o termômetro e observe a leitura digital exibida. Guarde o termômetro: Termômetro de vidro. Lave com água e sabão; em seguida, seque o limpie com substância desinfetante e guarde em sua caixa protetora. Termômetro eletrônico. Limpe com álcool,seque e guarde em sua caixa protetora. PELE, MUCOSIDADE E FANERA (CABELOS E UNHAS) Exame de cabelo É explorado por inspeção e palpação, Quantidade. Distribuição. Implantação. Qualidade: aparência, cor, comprimento, espessura, resistência e estado trófico em geral. Essas características são representadas por: idade e sexo, tipo constitucional e raça PELE Para um exame minucioso da pele, devemos tirar a roupa do paciente. A pessoa pode permanecer de roupa íntima e cobrir-se com lençol, toalha ou pano apropriado. Guia para exame de pele Os aspectos que devem ser explorados são: 1. Inspeção: a) Cor e pigmentação. b) Higiene e lesões. 2. Palpação: a) Umidade. b) Temperatura. c) Textura e espessura. d) Turgor e mobilidade. Palpação da pele A palpação da pele deve ser superficial e leve. As seguintes qualidades são estudadas. Umidade A pele normal geralmente é seca ao toque. Uma sensação ligeiramente quente e úmida quando a pessoa está em um ambiente quente e durante o exercício. A ansiedade pode causar palmas das mãos úmidas e suor nas axilas. Especifique sempre sim as condições são generalizadas ou localizadas em certas áreas Unhas Guia para exame de unhas 1. Forma e configuração: a) Superfície dorsal ligeiramente convexa. b) Espessura. 2. Cor. Uniforme. Cor rosa em indivíduos brancos Cor azulados ou pretos. 3. Tempo de recarga capilar. Menos de 3s. Aperte a unha entre o polegar e o indicador; quando a pressão for liberada, ela ficará esbranquiçada. O período de tempo em que o leito ungueal recupera sua cor base. EXAME DO TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO E PANICULO ADIPOSO Tecido celular subcutâneo (TCS). Sem infiltração (proeminências ósseas visíveis, sem impressão ou godet na pressão). Panículo adiposo :tecido composto por células de gordura (adipócitos) é encontrado debaixo da pele Preservado Aumentado Diminuído. MODELO DE REGISTRO DE EXAME FÍSICO GERAL 1. Biótipo. Normolinear, brevilíneo, longilíneo. 2. Fácies. Inexpressivo, feliz, ansioso, irritado, triste, dolorido, etc. 3. Atitude ou postura: a) Em pé e sentado. Ereto, correto. b) Deitado ou na cama: Decúbito ativo, não obrigatório. (supino, prono, lateral). 4. Deambulação ou marcha (fluência e coordenação de movimentos). Marcha fluida e coordenada. 5. Peso. 6. Tamanho. 7. Temperatura. 8. Pele. Cor e pigmentação, umidade e turgor, temperatura, elasticidade e espessura, mobilidade, higiene e lesões. (Se as lesões descrevem quantidade, localização, cor, tipo, forma, tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade). 9. Membranas mucosas. Cor e umidade (normocolorida e normohídrico). Pigmentação e lesões. 10. Cabelo. Cor e pigmentação, distribuição, quantidade, textura e espessura, implantação e higiene. 11. Unhas. Forma e configuração, cor, tempo de enchimento capilar. Lesões. 12. Tecido celular subcutâneo (TCS). Não infiltrado (proeminências ósseas visíveis, sem godet de pressão). 13. Panículo adiposo. Preservado, aumentado ou diminuído EXAME FÍSICO REGIONAL Cabeça: crânio e face Pescoço. Tórax. Coluna vertebral. Extremidades. Abdome. EXPLORAÇÃO DA CABEÇA Inspeção. 1. Posição 2. Forma e proporções da cabeça Biótipo 3. Altura. FACE (Cara) 1. Inspeção e palpação da face. 2. Exploração das estruturas externas do olho. 3. Exame do nariz e seios nasais. 4. Exploração das estruturas externas e internas da boca. 5. Exame da orelha exterior. 1.Inspeção e palpação da face. Inspeção Forma Trofismo Simetria dos sulcos da testa, Os músculos e lábios: repouso, ao movimento espontâneo ao falar ou ordenadamente Mandíbula e do queixo e a forma e simetria Palpação A existência de dor ou tumores. Explorar os seios nasais palpando pontos que são dolorosos 2.Exploração das estruturas externas do olho Aparelho lacrimal. Conjuntiva: palpebral e bulbar. Esclera, córnea, íris e pupilas: forma, tamanho, cor. Pressão intraocular. Sobrancelhas. Cílios. 3.Exame do nariz e seios perinasais e ouvido externo Inspeção: forma, tamanho e descartar lesões e deformidades. O nariz interno é inspecionado inclinando a cabeça para trás e olhando pela narina externa para visualizar o vestíbulo, o septo e os cornetos inferior e médio. Exame dos seios perinasais Os seios frontal e maxilar são examinados por palpação, para detectar dor relacionada à inflamação. Exame de ouvido externo Orelha: forma, tamanho, simetria, posição, integridade da pele, resposta à palpação do tragus e região mastóide. Orifício e conduto auditivo externo: secreção, inflamação, crescimento de pelos, cerúmen. Exame de ouvido interno Membrana timpânica: Cor normal: cinza perolado, brilhante EXAME DO PESCOÇO Inspeção do pescoço como um todo. – Exame da glândula tireoide. – Exame dos gânglios linfáticos. – Exame dos vasos do pescoço. – Exploração do resto das estruturas Inspeção do pescoço como um todo. Forma (curto, longo, normal), Volume (largo, fino, normal), Posição (central, com desvio lateral, em flexão, em extensão) , Mobilidade, batimentos cardíacos Presença ou ausência de tumores. Regiões cervicais ,regiões parótida, submandibular e sublingual, regiões supraclavicular e nucal. EXPLORAÇÃO DA GLÂNDULA TIREÓIDE Inspeção Visualize o pescoço Istmo glandular durante a deglutição. Observe qualquer desvio da traquéia, bem como os limites da cartilagem tireoide e cricoide Observe o movimento ascendente simétrico do istmo. Palpação Abordagem posterior (técnica de Quervain) Abordagem anterior (manobra de Crile) EXAME DOS NÓDULOS LINFÁTICOS DA CABEÇA E PESCOÇO Localização 1. Pré-auricular Tamanho (mm ou cm) 2. Retroauricular ou Forma mastóide Consistência 3. Occipitais Delimitação 4. Tonsilar ou gânglio Mobilidade tonsilar Sensibilidade 5. Submaxilar 6. Submentais 7. Cadeia cervical superficial 8. Cadeia cervical posterior 9. Cadeia cervical profunda EXPLORAÇÃO DO TORAX (vamos examinar o sistema respiratório) Exame físico das mamas e axilas Inspeção e palpação, realizados com a pessoa sentada e deitada. A mama pode ser descrita : o método horário ou do relógio e o método do quadrante. Tamanho Forma Simetria. Cor lesões e padrões vasculares da pele. Qualidade do tecido. Secreção mamilar Técnicas Exploratórias Mamas 1. Sentada com os braços ao lado do corpo. 2. Sentado com os braços levantados acima da cabeça. 3. Sentado, inclinado para a frente. 4. Sentado com as mãos pressionando os quadris. 5. Deitado. Palpação. O tecido mamário deve ser liso, elástico, macio e facilmente móvel Os mamilos devem ser lisos Não deve haver secreção mamilar Sinal de retração Técnicas exploratórias axilas Explorou todos os planos simetricamente Técnica: Braço do paciente sobre o ombro do examinador ou flexionado sobre o braço do examinador COLUNA VERTEBRAL E MEMBROS A posição do exame é sentado e em pé Inspeção Simetria dos membros superiores e inferiores. Deformidades da coluna vertebral e/ou membros. Mudança de cor Movimentos articulares EXPLORAÇÃO DO ABDÔMEN Inspeção: contorno, simetria, movimentos respiratórios, pulsações, peristaltismo, integridade da pele, massas. Ausculta: sons intestinais (sons hidroaéreos), sons vasculares. Palpação: tônus muscular, características dos órgãos, sensibilidade, massas, pulsações, acúmulo de líquido. Percussão: tônus, limites dos órgãos abdominais. Ausculta: Se os sons estiverem hipoativos ou ausentes, auscultar todos os quadrantes por um a dois minutos. Os ruídos normais dos fluidos de ar são sons gorgolejantes. Palpação Posicione-se preferencialmente à direita do paciente Palpação superficial: Com uma mão, deprimir o abdome cerca de 1 cm.O abdome deve ficar relaxado com a expiração. Palpação visceral, (palpação profunda): Com uma mão (monomanual) ou ambas as mãos (bimanual). Com os dedos indicadores em contato Com as mãos sobrepostas. Percussão O som predominante é o timpanismo,indica gás no intestino EXPLORAÇÃO DO ABDÔMEN ÁREAS DO ABDOMEN Hipocondrio direito :Hipocôndrio direito. Lobo direito do fígado; parte inferior da vesícula biliar; parte do cólon transverso e flexura hepática; extremidade superior do rim direito e cápsula adrenal Epigastrio: Lobo esquerdo do fígado; uma porção da superfície anterior do estômago com parte do corpo, o antro e o piloro,pâncreas; artéria mesentérica superior; aorta Hipocondrio Esquerdo:Lobo esquerdo do fígado; baço; extremidade superior do rim esquerdo glândula adrenal pequena porção do cólon descendente. Flanco Direito: Parte do intestino delgado e cólon direito Mesogastrio: Omento maior (epiplon); porção gástrica inferior; cólon transverso; alças do intestino delgado; mesentério; cava e aorta. Flanco Esquerdo: Parte do intestino delgado e cólon esquerdo. Fosa Iliaca Direita: Cego e apêndice; alças finas; psoas; genitais em mulheres; ureter; vasos ilíacos Hipogastrio: Omento maior; parte do intestino delgado; bexiga e ureter, bem como o útero nas mulheres. Fosa Iliaca Esquerda: Sigmóide; porção inferior do cólon descendente; alças finas; genitais em mulheres; vasos ilíacos e psoas. AMOSTRA DE REGISTRO ESCRITO DE EXAME ABDOMINAL NORMAL 1. Inspeção: 2. Estática: abdome plano, simétrico, com musculatura bem desenvolvida. Sem massas ou pulsações visíveis, sem dor ou saliências pele intacta, sem lesões. 3. Dinámica: siga os movimentos respiratórios; batimentos epigastricos 4. Ausculta: ruídos hidroaéreos ativos, audíveis e normais, em todos os quadrantes. Sem ruídos vasculares. 5. Palpação: não sensível à palpação superficial ou profunda, sem massas palpáveis. 6. Percussão: som do abdome normal. Bibliografia 1. NAVARRO R. et al. Propdeútica Clinica y Semiologia Médica. Editorial Ciencias Médicas. Tomo I. 2010. 2. PORTO, Celmo Celeno. Exame Clínico. 5ª. Edição, Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2008. 3. BICKLEY, Lynn S.Propedêutica Médica Essencial. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 4. BICKLEY, Lynn S. BATES - Propedêutica Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 5. https://editora.fgv.br/vitrine/ebooks-gratuitos 6. https://www5.usp.br/pesquisa/bibliotecas/