Apostila de Bridge Team Management 2021 PDF

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Escola de ParticipaĆ§Ć£o

2021

Thiago Martiniano Couto

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bridge team management maritime navigation ship handling maritime operations

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This document is an instructional manual on bridge team management for maritime professionals. It covers crucial topics, including training and coaching, change management, and factors of error chains. A good summary is provided of the content in separate chapter summaries that will help users.

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ESCOLA DE PRATICAGEM APOSTILA DE BRIDGE TEAM MANAGEMENT escoladepraticagem.com 2021 Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT...

ESCOLA DE PRATICAGEM APOSTILA DE BRIDGE TEAM MANAGEMENT escoladepraticagem.com 2021 Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 01 SUMƁRIO BRIDGE TEAM MANAGEMENT CHAPTER 1 - BRIDGE TEAM MANAGEMENT ------ PG 02 CHAPTER 2 - PASSAGE APPRAISAL ------ PG 07 CHAPTER 3 - PASSAGE PLANING ------ PG 09 CHAPTER 4 - PASSAGE EXECUTION ------ PG 23 CHAPTER 5 - MONITORING PROGRESS ------ PG 26 CHAPTER 6 - TEAMWORK ------ PG 31 CHAPTER 7 - NAVIGATING WITH A PILOT ------ PG 34 Onde C H A P T EEstamos R 8 ā€“ NAVIGATING WITH IBS ------ PG 37 HOJE escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 02 CHAPTER 1 - BRIDGE TEAM MANAGEMENT A maioria dos acidentes no mar Ć© causada por falha humana. Em muitos destes acidentes, a informaĆ§Ć£o que poderia preveni-los estava disponĆ­vel e foi negligenciada. A maioria destes acidentes ocorre em funĆ§Ć£o da inexistĆŖncia de um sistema de detecĆ§Ć£o e, conseqĆ¼entemente, prevenĆ§Ć£o de erros humanos. Aqui entra a gestĆ£o de equipes de passadiƧo ou Bridge Team Management. Training and Coaching Training ā€“ Instruir uma pessoa na execuĆ§Ć£o de vĆ”rias tarefas ou procedimentos, a fim de atingir um padrĆ£o exigido. Coaching ā€“ Envolve o desenvolvimento de habilidades existentes por meio de delegaĆ§Ć£o e monitoramento. GestĆ£o de mudanƧa Integrantes do quarto de serviƧo devem, a todo momento, estar preparados para reagir de maneira eficiente e eficaz Ć s mudanƧas nas circunstĆ¢ncias. O foco estĆ” na mudanƧa. NĆ£o importa quĆ£o bom seja o seu plano, as coisas podem mudar subitamente. Nesses momentos Ć© que o trabalho em equipe entra em cena, obrigando integrantes mais novatos da equipe de passadiƧo a tomar decisƵes. Esse trabalho efetivo de toda a equipe sĆ³ serĆ” possĆ­vel com um bom planejamento da derrota (passage planning) e um sistema de 'bridge team management' efetivo. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 03 Bridge Team Management 'Bridge Team Management' significa um sistema que garanta que os indivĆ­duos interajam e se comuniquem por meio da execuĆ§Ć£o efetiva de seus papĆ©is designados. Esta gestĆ£o efetiva da equipe de passadiƧo serĆ” alcanƧada por meio de: - Treinamento e Coaching; - PapĆ©is e responsabilidades bem definidos; - Boa comunicaĆ§Ć£o; - Bem estar fĆ­sico e mental; - Moral elevada. ConsciĆŖncia da SituaĆ§Ć£o CiĆŖncia do que estĆ” acontecendo no navio e ao redor dele. Essa consciĆŖncia situacional ajuda o oficial de quarto a reconhecer o inĆ­cio de uma cadeia de erros e interrompĆŖ-la. Incidentes ou desastres marĆ­timos sĆ£o raramente resultados de um Ćŗnico evento. Eles sĆ£o quase sempre resultados de uma sĆ©rie de pequenos incidentes menos relevantes, ou uma cadeia de erros. Fatores de uma Cadeia de Erros Ambiguidade ā€“ Momento em que as coisas nĆ£o estĆ£o caminhando como deveria, como por exemplo, uma possĆ­vel situaĆ§Ć£o de dois aparelhos/mĆ©todos de se definir uma posiĆ§Ć£o de um objeto, os dois ā€œsistemasā€ independentes entre si, mostram dois resultados. Para se evitar uma complicaĆ§Ć£o maior, deve-se imediatamente definir-se qual dos dois resultados estĆ” correto. Uma situaĆ§Ć£o mais sutil pode ser simplesmente, quando a leitura de um ecobatĆ­metro, nĆ£o condiz com a Carta. Ou quando dois membros da equipe nĆ£o concordam com um detalhe, e etc. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 04 DistraĆ§Ć£o ā€“ A distraĆ§Ć£o pode ser causada por uma carga de trabalho excessiva, estresse ou fadiga, condiƧƵes de emergĆŖncia ou simplesmente, por falta de atenĆ§Ć£o aos detalhes. InadequaĆ§Ć£o e ConfusĆ£o ā€“ InadequaĆ§Ć£o e confusĆ£o nĆ£o devem ser confundidas com a confusĆ£o de um oficial subalterno que simplesmente nĆ£o tem a experiĆŖncia ou conhecimento para lidar com uma situaĆ§Ć£o complexa. Colapsos das ComunicaƧƵes ā€“ HĆ” muitos motivos pela falha de comunicaĆ§Ć£o, desde o motivo funcional dos equipamentos eletrĆ“nicos. AtĆ© uma diferenƧa de Idiomas entres os envolvidos ou procedimentos ou Canais diferentes. Governo / VigilĆ¢ncia Inadequada ā€“ Um governo inadequado e uma vigilĆ¢ncia ineficiente. NĆ£o Cumprimento do Plano de Viagem ā€“ Deixar de cumprir o plano de Derrota pode ser uma indicaĆ§Ć£o que o conhecimento situacional estĆ” entrando em Colapso. Quebra de Regra / Procedimento ā€“ Ocorre quando existe uma regra ou um procedimento que deve ser cumprido e nĆ£o Ć© cumprido de forma correta. Causas de acidentes Maiores causas de acidentes (abalroamentos, colisƵes e encalhes) 1. deficiĆŖncia na organizaĆ§Ć£o do passadiƧo; e 2. deficiĆŖncia para manter uma boa vigilĆ¢ncia. Estes acidentes poderiam ter sido evitados: - Duplicando vigilĆ¢ncia em algumas situaƧƵes; - Garantindo nĆŗmero suficiente de profissionais; - InstruƧƵes apropriadas para quando chamar o comandante ao passadiƧo; - Estabelecendo vigilĆ¢ncia apropriada; escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 05 - Designando um timoneiro no lugar do piloto automĆ”tico; - Exercitando a passagem de governo automĆ”tico para manual; - Estabelecendo instruƧƵes claras sobre velocidade limite em baixa visibilidade. Maiores causas de encalhes - Falha no planejamento da derrota (pernas, rumos, etc.); - Falha no monitoramento do progresso do navio na derrota planejada; - Falha na nĆ£o-imediata retomada da derrota planejada quando desvia-se da mesma; - Falha na nĆ£o-comparaĆ§Ć£o entre posiƧƵes determinadas por diferentes meios (ex: GPS e Radar); - Falha na nĆ£o-determinaĆ§Ć£o de posiĆ§Ć£o por meios visuais, quando disponĆ­vel; - Falha no uso de ecobatĆ­metro em aterragens ou navegaĆ§Ć£o em Ć”guas restritas; - Falha na identificaĆ§Ć£o de luzes de navegaĆ§Ć£o; - Falha no uso de checagem independente em decisƵes importantes de navegaĆ§Ć£o. OrganizaĆ§Ć£o do passadiƧo Uma eficiente organizaĆ§Ć£o do passadiƧo incluirĆ” procedimentos que: 1- Eliminem os riscos de que um erro por parte de uma pessoa possa resultar em uma situaĆ§Ć£o perigosa; 2- Enfatizem a necessidade de manter uma boa vigilĆ¢ncia visual e executar rotinas para evitar colisĆ£o; 3- Encorajem o uso de todos os meios para determinar a posiĆ§Ć£o do Navio porque se um mĆ©todo se torna inseguro outros estĆ£o imediatamente disponĆ­veis; 4- FaƧam uso do planejamento da travessia e dos sistemas navegacionais que permitem o monitoramento contĆ­nuo e a detecĆ§Ć£o do desvio da derrota quando em Ć”guas costeiras; escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 06 5- Assegurem que todos os erros instrumentais sĆ£o conhecidos e corretamente aplicados; 6- Aceitem o PrĆ”tico como uma adiĆ§Ć£o valiosa para a equipe do passadiƧo. O plano Toda viagem pode ser dividida em 2 principais grandes fases; 1- PreparaĆ§Ć£o a) AvaliaĆ§Ć£o (Passage Appraisal) b) Planejamento (Passage Planning) O planejamento deve ser considerado em duas etapas: - oceĆ¢nico e em Ć”guas restritas; - costeiro e em estuĆ”rio. 2- ExecuĆ§Ć£o a) OrganizaĆ§Ć£o b) Monitoramento (Monitoring Progress) *Nos prĆ³ximos capĆ­tulos, o livro BTM discorre sobre estas etapas. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 07 CHAPTER 2 - PASSAGE APPRAISAL AvaliaĆ§Ć£o da derrota Esta etapa inicial de preparaĆ§Ć£o visa analisar os riscos envolvidos. O estudo da derrota a ser empreendida pode ser considerado a parte mais importante do planejamento, pois aqui toda informaĆ§Ć£o relevante Ć© levantada e servirĆ” de fundaĆ§Ć£o para o plano que serĆ” construĆ­do. ApreciaĆ§Ć£o da derrota Reunindo as informaƧƵes: O autor propƵe uma lista genĆ©rica de publicaƧƵes e fontes de informaƧƵes que podem ser usadas para esta etapa de coleta de informaƧƵes (claro que nĆ£o hĆ” uma lista que atenda toda e qualquer derrota): 1. CatĆ”logo de cartas nĆ”uticas; 2. Cartas nĆ”uticas; 3. InformaƧƵes gerais de derrotas comuns; 4. Cartas piloto; 5. Roteiro (DHN); 6. Lista de farĆ³is; 7. TĆ”bua de marĆ©s. Derrota oceĆ¢nica Vale relembrar para grandes derrotas que circulo mĆ”ximo Ć© a distĆ¢ncia mais curta entre dois pontos na superfĆ­cie terrestre. CondiƧƵes meteorolĆ³gicas e correntes oceĆ¢nicas precisam ser levadas em consideraĆ§Ć£o. A rota mais curta pode nĆ£o ser a mais rĆ”pida. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 08 Derrota costeira A primeira consideraĆ§Ć£o Ć© a distĆ¢ncia da costa que o navio passarĆ”. Existem situaƧƵes onde as empresas de navegaĆ§Ć£o determinarĆ£o a distĆ¢ncia mĆ­nima necessĆ”ria e situaƧƵes onde existirĆ£o esquemas de separaĆ§Ć£o de trĆ”fego a serem seguidos, definidos pela Autoridade MarĆ­tima. Outro ponto relevante Ć© a detecĆ§Ć£o de Ć”reas onde a praticagem Ć© obrigatĆ³ria. Independente das obrigaƧƵes e responsabilidades dos prĆ”ticos a bordo dos navios, sua presenƧa nĆ£o isenta o oficial de quarto de suas obrigaƧƵes e responsabilidades para com a seguranƧa do navio. O planejamento da derrota deverĆ” sempre ser realizado de berƧo-a-berƧo (berth to berth), mesmo sabendo que existirĆ” um prĆ”tico a bordo em algum estĆ”gio da derrota. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 09 CHAPTER 3 - PASSAGE PLANING Planejamento da derrota Como acabamos de ver, o planejamento da derrota envolve dois estĆ”gios, embora eventualmente se sobreponham: - Oceano e Ć”guas abertas; - Costas e Ć”guas em estuĆ”rios. Veremos diversos conceitos e definiƧƵes envolvidas no planejamento de uma derrota. Cartas NĆ”uticas 1.Selecione e coloque as Cartas NĆ”uticas na ordem de uso. TambĆ©m inclua: - cartas adjacentes Ć s Ć”reas a atravessar e; - cartas de escala muito grande, como os planos da parte costeira (portplans) da travessia (Essas cartas, embora possam nĆ£o ser usadas, podem conter informaƧƵes Ćŗteis). 2. Atualize as cartas e demais publicaƧƵes de acordo com os Avisos aos Navegantes e os Avisos-RĆ”dio. No-Go Areas Ɓguas costeiras e estuĆ”rias devem ser examinadas e Ć”reas onde o navio nĆ£o possa navegar (No-Go) devem ser iluminadas. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 10 Em geral, Ć”reas marcadas como No-Go sĆ£o determinadas da seguinte forma: Amplitude de marĆ© pequena: incluem as Ć”reas de profundidades cartografadas menor que o calado do navio mais uma margem de seguranƧa. Em geral, nĆ£o serĆ£o menores que calado + 10%, Ć  exceĆ§Ć£o quando da existĆŖncia de caturro, balanƧo e squat. Ɓguas confinadas com amplitude de marĆ© significativa: as 'no-go areas' variarĆ£o de acordo com a hora da passagem. Inicialmente, considere como "no-go" as Ć”reas onde profundidades cartografadas forem menores que o calado do navio mais uma margem de seguranƧa. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 11 Ao conhecer a hora da passagem, as "no-go" poderĆ£o ser ajustadas. Essas Ć”reas devem ser marcadas mostrando-se as horas e o estado da marĆ© no qual elas sĆ£o seguras. Margens de SeguranƧa Ɖ a distĆ¢ncia segura em torno das "no-go areas" em que o passadiƧo nĆ£o deverĆ” entrar/passar (pois uma determinaĆ§Ć£o de posiĆ§Ć£o representa a posiĆ§Ć£o de alguma parte do passadiƧo onde estĆ£o os instrumentos, e pode ser que outras partes do navio estejam jĆ” dentro de uma no-go area). escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 12 As Margens de SeguranƧa mostram, ainda, o quanto se pode desviar da derrota e ainda permanecer em Ć”guas seguras. Para determinaĆ§Ć£o do tamanho da margem de seguranƧa, considere: - as dimensƵes do navio; - a precisĆ£o do sistema de navegaĆ§Ć£o; - as correntes de marĆ©; e - as caracterĆ­sticas de manobra. Como regra geral, as margens de seguranƧa vĆ£o assegurar que o navio permaneƧa em Ć”guas de profundidade maior que o calado + 20%. Casos em que se deve aumentar esta margem de 20%: - batimetria (survey) antiga ou nĆ£o confiĆ”vel; - navio com muito balanƧo ou caturro; - squat; e - quando o navio tiver aumentado o seu calado ao passar para Ć”gua doce. Para monitorar as margens de seguranƧa, devemos relacionĆ”-las sempre a um sistemas de navegaĆ§Ć£o em uso. Em alguns casos, elas podem ser facilmente monitoradas a olho nu, usando-se as bĆ³ias de um canal de navegaĆ§Ć£o ou marcaƧƵes de pontos notĆ”veis facilmente identificĆ”veis. Ɓguas seguras Ɓreas por onde o navio pode seguramente desviar-se numa contingĆŖncia (ou ter liberdade de navegar). Os limites dessas Ć”reas sĆ£o justamente as margens de seguranƧa. NavegaĆ§Ć£o oceĆ¢nica ou mar aberto SĆ£o inicialmente traƧadas nas cartas de pequena escala. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 13 NavegaĆ§Ć£o ortodrĆ“mica (great circle or composite great circle tracks): sĆ£o obtidas dos sistemas de navegaĆ§Ć£o satĆ©lite (GNSS ou GPS) ou das Cartas de CĆ­rculos MĆ”ximos. NavegaĆ§Ć£o loxodrĆ“mica (rhumb lines): retas traƧadas nas cartas de Mercator. NavegaĆ§Ć£o costeira ou em EstuĆ”rios SĆ£o tambĆ©m inicialmente traƧadas nas cartas de menor escala, cobrindo grandes Ć”reas (a maior possĆ­vel na derrota). A partir desse plano inicial (derrotas iniciais), serĆ£o obtidas as distĆ¢ncias e os tempos estimados. Ao conhecer o ETD (departure) , calcular-se-Ć” o ETA (estimated time of arrival) dos diversos pontos da derrota (waypoints). A direĆ§Ć£o verdadeira da pernada deve ser anotada/mostrada bem prĆ³ximo desta. Depois de planejada a derrota na carta de menor escala, transfira as pernadas para as cartas de maior escala (usando marcaĆ§Ć£o e distĆ¢ncia de pontos notĆ”veis conhecidos e confirmando por meio de latitude / longitude). Troca de Carta (Chart Change): este momento precisa estar claramente identificado na carta de origem, mostrando o nĆŗmero da prĆ³xima carta. Desvio da Derrota (Deviation from Track): se tiver que desviar da derrota, limite o desvio para nĆ£o colocar o navio em risco ou se aproximar muito das margens de seguranƧa. DistĆ¢ncia de Perigos Ć  NavegaĆ§Ć£o NĆ£o hĆ” uma regra Ćŗnica quanto Ć  distĆ¢ncia mĆ­nima de perigos a se manter, pois ela depende de: 1. calado em relaĆ§Ć£o Ć  profundidade; escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 14 2. condiƧƵes meteorolĆ³gicas; 3. corrente ou marĆ©; 4. volume de trĆ”fego; 5. confiabilidade nas sondagens batimĆ©tricas da carta; e 6. disponibilidade de Ć”guas seguras. Under Keel Clearance Se tiver que navegar com uma UKC reduzida, planeje e mostre isso claramente na carta nĆ”utica. Onde UKC < 10% do calado (ou outro valor determinado no planejamento), o oficial de quarto deverĆ” estar ciente, principalmente da necessidade de reduzir velocidade em funĆ§Ć£o do efeito SQUAT. Janela de MarĆ© Nas Ć”reas com amplitudes de marĆ© onde o navio sĆ³ possa passar num determinado perĆ­odo (chamado de tidal window), esta restriĆ§Ć£o deve ser mostrada para que o oficial de quarto saiba se Ć© ou nĆ£o seguro prosseguir. Fora desse perĆ­odo de janela de mare, a Ć”rea serĆ” considerada "no-go". Correntes e marĆ©s Em mar aberto: as correƧƵes de rumo sĆ£o feitas depois que o navio desvia, em funĆ§Ć£o da grande distĆ¢ncia de perigos. Navegando prĆ³ximo Ć  costa: correƧƵes para marĆ©s e correntes precisam ser feitas antes que elas tirem o navio da rota. Quando a hora de passagem for conhecida, calcule as alturas das marĆ©s e das correntes, e calcule a proa/aproamento para compensar essas correntes. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 15 AlteraƧƵes de Rumo e Wheel Over Positions Em mar aberto/navegando em cartas de pequena escala: AlteraƧƵes de rumo acontecerĆ£o tipicamente com a planejada intersecĆ§Ć£o entre pernadas. Em Ć”guas confinadas/ navegando em cartas de grande escala /com margens de seguranƧa prĆ³ximas: Ɖ necessĆ”rio comeƧar a alterar o rumo na posiĆ§Ć£o de guinada (wheel over position), um pouco antes da interseĆ§Ć£o. PrĆ”ticos determinam esta posiĆ§Ć£o ou ponto de guinada por experiĆŖncia. Ainda assim, oficiais de navegaĆ§Ć£o devem planejar os wheel over positions com os dados de manobra e marcĆ”-los na Carta. Pontos notĆ”veis no visual ou no radar devem ser usados para saber quando estarĆ” na posiĆ§Ć£o de guinada. Para grandes guinadas, as melhores referĆŖncias sĆ£o as paralelas indexadas ou marcaƧƵes paralelas Ć  nova pernada (para entrar corretamente na prĆ³xima pernada). Para pequenas guinadas, Ć© melhor uma marcaĆ§Ć£o pelo travĆ©s. Paralelas Indexadas (PI) As paralelas indexadas constituem um excelente mĆ©todo de monitoramento radar de tendĆŖncia de abatimento (cross-track tendency) em qualquer condiĆ§Ć£o de visibilidade. TambĆ©m servem para monitorar as wheel over positions. As paralelas indexadas devem ser marcadas na carta durante planejamento da derrota. Este mĆ©todo funciona melhor com o radar em "north-up, relative motion, ship centered". escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 16 Waypoints Ɖ uma posiĆ§Ć£o mostrada na carta onde uma mudanƧa planejada de situaĆ§Ć£o (status) ocorrerĆ”, tal como: - mudanƧa de rumo; - inicio ou fim de derrota; - mudanƧa de velocidade; - embarque de prĆ”tico; - chegada ao fundeadouro; - monitoramento de horĆ”rios e cronograma. Point of No Return 'Ponto de nĆ£o retorno' Ć© o ponto a partir do qual as Ć”guas sĆ£o tĆ£o restritas/estreitas que nĆ£o hĆ” espaƧo para retornar, ou nĆ£o Ć© possĆ­vel retraƧar a derrota devido a uma marĆ© vazante (falling tide) ou UKC insuficiente. A partir desta posiĆ§Ć£o, o navio estĆ” obrigado a prosseguir (committed to proceed). Abort Point Uma posiĆ§Ć£o 'Abort Point' deverĆ” ser marcada na carta mostrando o Ćŗltimo ponto antes de chegar ao 'ponto de nĆ£o retorno', em que a derrota ainda pode ser abortada e a embarcaĆ§Ć£o ainda nĆ£o esteja comprometida a prosseguir. PossĆ­veis razƵes para nĆ£o passar do 'ponto de nĆ£o retorno' e abortar a derrota: - desvios da linha (rumo) de aproximaĆ§Ć£o/aterragem; - falha de mĆ”quina; - indisponibilidade de rebocadores e berƧos de atracaĆ§Ć£o; - perigos em terra ou no porto; - deterioraĆ§Ć£o das condiƧƵes meteorolĆ³gicas; escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 17 - falhas de instrumentos; - qualquer situaĆ§Ć£o insegura para prosseguir. NĆ£o importa quĆ£o bem planejada seja uma derrota. Sempre poderĆ£o surgir mudanƧas nas condiƧƵes que demandam o abandono do plano em curso. ContingĆŖncias Os planos e aƧƵes de contingĆŖncia sĆ£o feitos no planejamento e marcados claramente na carta. Esses planos devem conter: - rotas alternativas; - fundeadouros seguros; - Ć”reas de espera; - atracadouros de emergĆŖncia. Depois de marcadas as 'no-go areas', as margens de seguranƧa e a derrota (pernadas + PI), o planejamento deve focar em tentar assegurar que nĆ£o acontecerĆ” nada que nĆ£o possa ser esperado ou corrigido. DeterminaĆ§Ć£o de posiĆ§Ć£o do navio MĆ©todos primĆ”rios e secundĆ”rios (backup) para determinaĆ§Ć£o da posiĆ§Ć£o devem ser determinados no planejamento, visando tornar o processo simples, objetivo e entendido por todos envolvidos. Exemplos: Em mar aberto: 1Ā° GPS / 2Ā° LORAN C PrĆ³ximo da costa: 1Ā° GPS / 2Ā° radar/ 3Ā° LORAN C Em Ć”guas restritas: 1Ā° radar-visual / 2Ā° DGPS Nem todos os mĆ©todos de determinaĆ§Ć£o de posiĆ§Ć£o do navio servem a todas as situaƧƵes. O navegador planejarĆ” os pontos notĆ”veis "visuais" e "radar" a serem usados em cada estĆ”gio da travessia. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 18 Alvos Radar Os alvos-radar a serem usados devem ser determinados no planejamento. Ilumine na carta os RACONS e objetos conspĆ­cuos ao radar. Ilumine tambĆ©m os auxĆ­lios Ć  navegaĆ§Ć£o visuais, diferenciando-os entre fixos e flutuantes, e entre as luzes de alta e baixa potĆŖncia. Sistema de BĆ³ias Se for usar bĆ³ias ou outros sinais flutuantes para determinar sua posiĆ§Ć£o, primeiro confirme se estĆ£o posicionadas como na carta nĆ”utica. Quando o uso de bĆ³ias for critico, determine tais posiƧƵes no planejamento, anotando a sua marcaĆ§Ć£o e distĆ¢ncia a partir de um objeto fixo conhecido, ou confirmando com o VTS local (ou Autoridade MarĆ­tima) que todos os auxĆ­lios Ć  navegaĆ§Ć£o estejam conforme cartografados. DeterminaĆ§Ć£o da PosiĆ§Ć£o do Navio FrequĆŖncia: Deve ser estabelecida no planejamento. Deve ser tal que o navio nĆ£o possa ser colocado em perigo entre posiƧƵes determinados (fixes). Se nĆ£o for possĆ­vel determinar uma posiĆ§Ć£o nessa frequĆŖncia, use outro mĆ©todo primĆ”rio de navegaĆ§Ć£o (ex: Paralelas Indexadas). Regularidade: Ao oficial de quarto, nĆ£o cabe mudar a frequĆŖncia estabelecida, exceto se estiver em fainas de maior prioridade, tais como: prĆ³ximo de um ponto de guinada (estabeleƧa a posiĆ§Ć£o imediatamente antes da guinada e logo apĆ³s completĆ”-la) ou manobras anti-colisĆ£o. Outros meios de obter a posiĆ§Ć£o do navio O oficial de navegaĆ§Ć£o precisa saber a posiĆ§Ć£o do navio com relaĆ§Ć£o Ć  derrota planejada e a tendĆŖncia desse desvio aumentar ou diminuir. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 19 Embora a determinaĆ§Ć£o regular indique essa informaĆ§Ć£o, hĆ” outras maneiras de obtĆŖ-la que requerem apenas pequenos inputs alĆ©m da observaĆ§Ć£o de caracterĆ­sticas naturais (pontos notĆ”veis). Muitas delas podem ser planejadas e marcadas na carta, como veremos nos prĆ³ximos slides. Alinhamentos Transit (alinhamento) Ć© uma linha na qual se observam dois objetos alinhados. Ɖ uma Ćŗnica linha de posiĆ§Ć£o (LDP), que nĆ£o necessita instrumento para observaĆ§Ć£o. Podem vir impressos nas cartas, mas tambĆ©m pode-se usar alinhamentos naturais que se marcam na carta no planejamento. SĆ£o usados: 1. como uma referencia para uma aĆ§Ć£o (ex: ponto de guinada); 2. como um lembrete de que algum evento estĆ” para acontecer; 3. para determinar os erros das agulhas giroscĆ³picas e magnĆ©ticas, comparando marcaƧƵes cartografadas e medidas. Para Ć³tima precisĆ£o, Ć© recomendado que a distĆ¢ncia do observador ao objeto mais prĆ³ximo seja menor que 3 vezes a distĆ¢ncia entre os objetos observados (embora alinhamentos Ć  distĆ¢ncias maiores possam ser ainda bastante Ćŗteis). Leading Lines (alinhamento)*: normalmente figuram nas cartas. Nesse caso o alinhamento impresso na carta Ć© uma derrota a ser seguida quando os pontos estiverem alinhados. *Em portuguĆŖs, usa-se apenas alinhamento, mas no livro BTM usa-se 'transit' para um alinhamento pelo travĆ©s, e 'leading line' quando pela proa. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 20 Marca de proa (heading mark) Adequada para seguir numa derrota em Ć”guas restritas sem um alinhamento. Clearing marks (linha de seguranƧa ou marcas de seguranƧa) Usa o alinhamento de 2 objetos para garantir que o navio fique numa Ć”rea segura e nĆ£o se aproxime do perigo. Clearing bearings (linha de seguranƧa ou marcaƧƵes de seguranƧa) Se nĆ£o houver clearing marks, pode-se usar marcaƧƵes de um sĆ³ objeto de forma similar. Clearing marks e clearing bearings nĆ£o determinam posiĆ§Ć£o, mas nos asseguram que o navio nĆ£o estĆ” rumando para um perigo. Alcance das luzes O alcance mĆ”ximo das luzes depende de: escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 21 - altura combinada do olho do observador e da altura da luz; - intensidade da luz; - claridade da atmosfera. Luzes para Aterragem As luzes que serĆ£o avistadas primeiro devem ser estudadas no planejamento (e mostradas na carta junto com seus alcances mĆ”ximos), para que o oficial de quarto possa buscĆ”-las no horizonte e nĆ£o na carta. Todas as luzes mostradas na carta parecem similares, e devem ser individualmente estudadas no planejamento. Pela marcaĆ§Ć£o e distĆ¢ncia (alcance mĆ”ximo) de uma sinalizaĆ§Ć£o nĆ”utica luminosa, o oficial de quarto pode obter uma posiĆ§Ć£o aproximada, com frequĆŖncia, bem antes do radar detectar essa estrutura. As vezes, luzes fortes serĆ£o avistadas antes que o radar as detecte. Embora nĆ£o possa ser considerada uma posiĆ§Ć£o do navio segura, observar a marcaĆ§Ć£o no momento da 'avistagem' e plotĆ”-la no alcance mĆ”ximo (geogrĆ”fico ou nominal) da luz contribuirĆ” para a consciĆŖncia situacional. No caso de uma luz nĆ£o ser vista conforme esperado, teremos consciĆŖncia que: - navio nĆ£o estĆ” onde deveria; - a luz estĆ” apagada ou obscura; - existe baixa visibilidade entre o navio e a luz. EcobatĆ­metro Ɖ boa prĆ”tica ligar o ecobatĆ­metro antes de aterrar. O decrĆ©scimo da profundidade nĆ£o Ć© uma posiĆ§Ć£o determinada do navio (fix), mas indica que se estĆ” aproximando de perigo. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 22 Passage Planning - outros detalhes Excesso de informaĆ§Ć£o na Carta: Pode cobrir detalhes importantes. Escreva informaƧƵes fora da derrota, usando uma linha de conexĆ£o ou letra de referencia. Planning Book: Ć© melhor escrever certas informaƧƵes num livro de planejamento do que na Carta. Quem visita um porto regularmente pode colocar todo o planejamento no livro, alĆ©m da Carta. Conning Note Book: Ć© uma ediĆ§Ć£o abreviada do planejamento para certas partes da travessia (feita numa agenda), para que o navegador possa se atualizar sem abandonar a 'conning station' para ver a Carta. AprovaĆ§Ć£o do Comandante e mudanƧas no planejamento: o planejamento deve ser submetido ao Comandante para aprovaĆ§Ć£o. Se houver mudanƧas durante a travessia, quem fez a alteraĆ§Ć£o deve obter a novamente a aprovaĆ§Ć£o do Comandante e avisar a toda a tripulaĆ§Ć£o. Automatic Identification System (AIS): disponibiliza informaƧƵes que nĆ£o poderiam ser obtidas de outra maneira. De particular importĆ¢ncia, citamos a capacidade de identificar navios escondidos por terra ou chuva, ou de observar guinadas dos alvos com mais antecedĆŖncia. Devido Ć s informaƧƵes manuais requeridas pelo AIS, devemos ter cuidado no uso das mesmas nas decisƵes a bordo. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 23 CHAPTER 4 - PASSAGE EXECUTION ExecuĆ§Ć£o do plano Ao se determinar a execuĆ§Ć£o do plano, definem-se os mĆ©todos que serĆ£o usados para realizĆ”-lo, incluindo o uso otimizado dos recursos disponĆ­veis. Detalhes finais terĆ£o que ser confirmados quando a hora de partida for conhecida. Deve-se, entĆ£o, determinar as tĆ”ticas que serĆ£o usadas para executar o plano. Veremos algumas nas abas laterais. ETAs (estimated time for arrival) Para marĆ©s e horĆ”rios diurnos: escolha os ETAs de pontos crĆ­ticos para poder tirar vantagem de correntes de marĆ©s favorĆ”veis, da luz do dia ou luz solar pela popa. No destino: manipule o ETA no destino, particularmente se nĆ£o houver vantagens de se chegar mais cedo, ou quando o horĆ”rio de embarque do prĆ”tico tiver sido confirmado. Fique atento: condiƧƵes de trĆ”fego nos pontos focais. Correntes de marĆ© (tidal streams) Determine-as quando souber a hora da travessia (pode-se colocĆ”-las na carta). O ideal Ć© calcular as proas a governar antes da travessia; mas se nos ativermos fielmente Ć  derrota planejada, as correntes de marĆ© serĆ£o compensadas. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 24 ModificaƧƵes no planejamento Modifique o plano se equipamentos de navegaĆ§Ć£o tornarem-se imprecisos ou defeituosos, ou em caso de necessidade mudanƧas de horĆ”rios (atraso na chegada). Equipe adicional Deve-se buscar gerenciar os riscos por meio da adiĆ§Ć£o de pessoal no passadiƧo ou mĆ”quinas. Isto inclui posiƧƵes que serĆ£o necessĆ”rias para: - chamar o Comandante ao passadiƧo para situaƧƵes rotineiras (Ć”guas restritas, aproximaĆ§Ć£o da costa ou da estaĆ§Ć£o de praticagem); - guarnecer as mĆ”quinas (passando para controle manual); - disponibilizar pessoal para certas tarefas no passadiƧo (timĆ£o, manter vigilĆ¢ncia, etc.) ou convĆ©s (preparar a escada do prĆ”tico, o ferro, as espias, amarraĆ§Ć£o de rebocadores, etc). Fadiga O comandante deve assegurar que haverĆ” pessoal descansado disponĆ­vel. Briefing O 'briefing' dĆ” ciĆŖncia aos indivĆ­duos de seus respectivos papĆ©is e responsabilidades no plano, contribuindo para a satisfaĆ§Ć£o no trabalho, e dĆ” ainda Ć  tripulaĆ§Ć£o uma oportunidade de questionar ou comentar quaisquer partes do plano nĆ£o compreendidas. Repasse o plano com todo o pessoal antes do comeƧo da passagem. Quando o comeƧo da viagem se aproxima, pessoas especĆ­ficas tem que ser "brifadas" para que os horĆ”rios de trabalho (quartos) e necessidades possam ser planejadas. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 25 PreparaĆ§Ć£o do passadiƧo A preparaĆ§Ć£o do passadiƧo para travessia normalmente caberĆ” a um oficial mais "novato". Alguns itens tĆ­picos: - Cartas NĆ”uticas; - AIS; - NAVTEX; - RĆ©guas paralelas, compassos, lĆ”pis, caneta, transferidores, etc; - BinĆ³culos, alidades, lanternas, etc; - Agulha giroscĆ³pica e magnĆ©tica operacionais; - LĆ¢mpadas de iluminaĆ§Ć£o dos instrumentos funcionando; - Verificar luzes de navegaĆ§Ć£o e de sinalizaĆ§Ć£o; - Ligar os equipamentos eletrĆ“nicos de navegaĆ§Ć£o. Confirmar o seu modo de operaĆ§Ć£o e posiĆ§Ć£o; - Ligar e confirmar as leituras de ecobatĆ­metros e logs, e verificar os equipamentos de gravaĆ§Ć£o associados; - Ligar e testar: equipamentos de controle de comunicaĆ§Ć£o internos (rĆ”dios portĆ”teis) e externos (VHF, SSB, Inmarsat); - RelĆ³gios e equipamentos de gravaĆ§Ć£o sincronizados; - Local de trabalho em ordem: iluminaĆ§Ć£o e temperatura adequadas, portas e janelas abrindo facilmente, mĆ³veis em seus lugares, etc. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 26 CHAPTER 5 - MONITORING PROGRESS Monitoramento Monitorar e assegurar que o navio esteja seguindo o plano consiste em executar uma sĆ©rie de funƧƵes, analisar os resultados e tomar aƧƵes com base nessas anĆ”lises. Monitorar Ć© a funĆ§Ć£o primĆ”ria do oficial de quarto no passadiƧo(OOW) que para tal pode estar sozinho, ajudado por outros tripulantes, ou pode estar servindo de backup ou fonte de informaĆ§Ć£o para outro oficial que estĆ” com a manobra. MĆ©todo para determinaĆ§Ć£o de posiĆ§Ć£o A primeira exigĆŖncia do monitoramento Ć© determinar a posiĆ§Ć£o do navio. Isso pode ser feito por vĆ”rios mĆ©todos, desde o uso de 3 tipos de marcaĆ§Ć£o, marcaĆ§Ć£o/distĆ¢ncia utilizando RADAR, ou mesmo rĆ”pida leitura de posiĆ§Ć£o GPS. Qualquer que seja o mĆ©todo, o resultado Ć© o mesmo, uma posiĆ§Ć£o. O importante Ć© como a informaĆ§Ć£o Ć© usada MarcaƧƵes visuais O mĆ­nimo para se assegurar precisĆ£o sĆ£o 3 LDPs. Se nĆ£o der para obter 3 marcaƧƵes visuais, distĆ¢ncias-radar podem ser incluĆ­das na determinaĆ§Ć£o de posiĆ§Ć£o. Ɖ aceitĆ”vel misturar marcaƧƵes visuais ou radar com distĆ¢ncias- radar. Outros mĆ©todos podem ser usados, como por exemplo marcaƧƵes sucessivas (que podem ser imprecisas por depender de um elemento estimado), Ć¢ngulos de sextante, etc, mas estes mĆ©todos raramente sĆ£o empregados em navios modernos. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 27 MĆ©todos eletrĆ“nicos de determinaĆ§Ć£o de posiĆ§Ć£o tambĆ©m podem ser usados, particularmente onde nĆ£o existam objetos em terra para observar e onde a linha da costa nĆ£o seja distinguĆ­vel. No caso dos mĆ©todos eletrĆ“nicos, compreenda seus princĆ­pios e falhas para evitar uma falsa sensaĆ§Ć£o de seguranƧa. PosiĆ§Ć£o estimada A tomada de posiƧƵes precisa de regularidade, nĆ£o apenas acurĆ”cia e frequĆŖncia. Sempre que uma posiĆ§Ć£o for determinada, estime a prĆ³xima posiĆ§Ć£o que o navio ocuparĆ”. Se a prĆ³xima posiĆ§Ć£o determinada coincidir com a posiĆ§Ć£o estimada, obteremos um evidĆŖncia adicional de que o navio estĆ” mantendo a derrota e velocidade planejadas. Caso contrĆ”rio: - primeiro cheque a posiĆ§Ć£o estimada; - depois verifique a posiĆ§Ć£o determinada; - depois o rumo governado ou se a RPM mudou; - por Ćŗltimo, se o vento e/ou a correnteza mudaram; - entĆ£o, faƧa as correƧƵes imediatamente. EcobatĆ­metro Observe a sondagem (profundidade) ao determinar uma posiĆ§Ć£o por outros mĆ©todos, e anote ao lado deste. Se a leitura da profundidade, quando comparada com a Carta, nĆ£o for a esperada, a carta pode estar errada ou o navio pode estar rumando para um perigo. Ao executar leitura da sondagem, vocĆŖ pode precisar acrescentar o calado do navio, como tambĆ©m poderĆ” considerar a variaĆ§Ć£o de marĆ© para uma maior precisĆ£o. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 28 Desvio da rota Se o navio estiver desviando (abatendo) da derrota, determine se isso o colocarĆ” em perigo e que aĆ§Ć£o deverĆ” serĆ” tomada para correĆ§Ć£o. O Ć¢ngulo de guinada para retornar Ć  derrota planejada dependerĆ” do julgamento do OOW. ApĆ³s retornar Ć  derrota, pode ser preciso manter parte da correĆ§Ć£o de rumo (Ć¢ngulo) para compensar a causa do desvio. EmergĆŖncia "nĆ£o navegacional" Apesar do planejamento da derrota contemplar os planos de contingĆŖncias para as principais emergĆŖncias, identificar todas as situaƧƵes Ć© impossĆ­vel. A equipe de passadiƧo nĆ£o deve permitir que a reaĆ§Ć£o a uma emergĆŖncia domine toda a atenĆ§Ć£o a ponto de desviar o navio para um perigo. A consciĆŖncia, a avaliaĆ§Ć£o da situaĆ§Ć£o e os princĆ­pios de "Bridge Team Management" evitam que uma situaĆ§Ć£o ruim se complique ainda mais. Lookout / VigilĆ¢ncia Uma boa equipe de passadiƧo e uma boa vigilĆ¢ncia aumenta a consciĆŖncia situacional do OOW (isso nĆ£o significa que sĆ³ ele deva vigiar). Regra 5 do RIPEAM: "toda embarcaĆ§Ć£o deverĆ” manter, permanentemente, vigilĆ¢ncia apropriada, visual e auditiva, bem como atravĆ©s de todos os meios apropriados Ć s circunstĆ¢ncias e condiƧƵes predominantes, afim de obter inteira apreciaĆ§Ć£o da situaĆ§Ć£o e do risco de colisĆ£o." escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 29 A manutenĆ§Ć£o de uma vigilĆ¢ncia eficiente tem um sentido mais amplo, incluindo: 1. Uma constante vigilĆ¢ncia visual de 360Ā° que possibilite uma total compreensĆ£o da situaĆ§Ć£o. 2. A observaĆ§Ć£o visual permite verificar as mudanƧas do ambiente, particularmente do vento e visibilidade. 3. A observaĆ§Ć£o visual da marcaĆ§Ć£o de um navio mostra rapidamente se ele deve ou nĆ£o ser considerado um perigo (marcaĆ§Ć£o constante e distĆ¢ncia diminuindo). 4. A observaĆ§Ć£o das caracterĆ­sticas das luzes e seus perĆ­odos Ć© a Ćŗnica maneira de identificĆ”- las, o que aumenta a consciĆŖncia situacional. 5. O monitoramento do controle do navio e dos sistemas de alarme (ex: comparar as agulhas padrĆ£o e giro, verificar se o rumo correto estĆ” sendo governado, etc). 6. Saber que instrumentos eletrĆ“nicos, tais como ecobatĆ­metros, radares, etc., sĆ£o auxĆ­lios Ć  navegaĆ§Ć£o e nĆ£o meios onipresentes de navegaĆ§Ć£o. 7. O monitoramento de canais apropriados de VHF nos avisa de situaƧƵes que vĆ£o ocorrer adiante. 8. EstabeleƧa uma rotina antes de grandes guinadas (verificar a rĆ© e na marcaĆ§Ć£o da nova derrota, visualmente e por radar). Outros meios de monitoramento A consciĆŖncia situacional (situational awareness) do OOW serĆ” melhorada pela observaĆ§Ć£o do ambiente usando todos os meios disponĆ­veis, nĆ£o se limitando a rotina de determinaĆ§Ć£o de posiĆ§Ć£o do navio e suas correƧƵes. Por exemplo: - UKC; - Waypoints; escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 30 - Alinhamentos; - Marcas e MarcaƧƵes; - Luzes; - Luzes de setor. GPS Quando navegando por meio eletrĆ“nico, dois fatores importantes devem ser monitorados: 1. possibilidade de uma falha nos equipamentos eletrĆ“nicos. 2. a referĆŖncia geogrĆ”fica (Datum Horizontal) dos GPS em comparaĆ§Ć£o com a Carta NĆ”utica. Quando um navio possui dois ā€œreceptores GPSā€ ou mais, os dois podem estar recebendo dados errados do mesmo satĆ©lite, portanto, dois sistemas de GPS separados, ainda assim nĆ£o podem assegurar a conferĆŖncia de funcionamento um do outro. Em Ć”guas costeiras, uma excelente forma de confirmar o GPS Ć© operar com um sistema de paralelas indexadas. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 31 CHAPTER 6 - TEAMWORK Se o oficial de quarto (OOW) se envolver em outras fainas que requeiram que ele abandone as suas tarefas de vigilĆ¢ncia, ele deverĆ” chamar outro vigia para assumir. Ɖ responsabilidade do OOW assegurar que esse vigia: 1. tenha sido instruĆ­do sobre as tarefas de vigilĆ¢ncia; 2. saiba como reportar as observaƧƵes; 3. esteja vestido e protegido; 4. seja rendido na frequĆŖncia adequada; e 5. seja posicionado onde ele melhor possa atuar como vigia. O OOW tambĆ©m pode solicitar um timoneiro, alem do vigia, e Ć© sua responsabilidade assegurar que esses 2 homens estejam cientes de suas tarefas e que as executem corretamente. Quando chamar o Comandante ao passadiƧo? 1. nas circunstĆ¢ncias indicadas no planejamento; 2. quando as Standing Orders ou Night Orders do Comandante preverem; 3. quando o OOW perceber que a situaĆ§Ć£o requer a experiĆŖncia do Comandante. ChamĆ”-Io ao passadiƧo nĆ£o Ihe transfere a manobra (o OOW deve continuar a fazer tudo o que vinha fazendo). Uma vez que o Comandante assuma a manobra e o evento seja registrado, o OOW assume um papel de suporte, mas ainda fica responsĆ”vel pelas aƧƵes do pessoal do seu quarto de serviƧo. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 32 FunƧƵes Comandante (Master): controla o movimento do navio de acordo com o RIPEAM e os esquemas de trĆ”fego recomendados, regula o rumo e a velocidade, supervisiona a navegaĆ§Ć£o e coordena e supervisiona a organizaĆ§Ć£o geral do quarto de serviƧo. OOW (Officer On Watch): continua a navegar, reportando as informaƧƵes relevantes ao Comandante e assegurando que tais informaƧƵes sejam recebidas e entendidas. Ele passa a posiĆ§Ć£o do navio e outras informaƧƵes, monitora a execuĆ§Ć£o das ordens de leme e maquina, coordena todas as comunicaƧƵes internas e externas, faz as entradas nos logbooks e outras fainas determinadas pelo Comandante. O Comandante poderĆ” colocar 2 Oficiais de NavegaĆ§Ć£o (um como OOW, outro como back up) em situaƧƵes de alto risco, por exemplo: - pequenas margens de seguranƧa que requeiram cuidadosa manutenĆ§Ć£o da derrota; - UKC reduzida; - trĆ”fego intenso; - baixa visibilidade ou outra combinaĆ§Ć£o de fatores; As responsabilidades do Comandante se mantĆ©m, e as dos 2 Oficiais tem que ser bem definidas: OOW - manterĆ” as suas tarefas descritas acima, e serĆ” responsĆ”vel pelo quarto de serviƧo. Additional Officer - proverĆ” ao Comandante informaƧƵes do radar sobre o trĆ”fego, servirĆ” de back up do OOW nas demais funƧƵes. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 33 Fluxograma de informaƧƵes entre o Oficial de Governo, Oficial de Quarto, Oficial Reserva, Vigia e Timoneiro: Em muitos casos, o treinamento em simulador de manobras de toda a equipe de passadiƧo Ć© considerado o melhor mĆ©todo para treinamento em conceitos e situaƧƵes de "Bridge Team Management". Algumas vantagens de exercĆ­cios executados em simulador de manobras: 1. simulaƧƵes podem envolver diversos grupos paralelamente; 2. exercĆ­cios podem ser repetidos; 3. problemas diferentes (tempo, corrente, emergĆŖncias, etc.); 4. nĆ£o existe risco real; 5. cada estudante pode assumir diferentes papĆ©is; 6. comunicaƧƵes via VHF com VTS, atalaias, etc., podem ser introduzidas, visando testar estas habilidades; 7. o valor do trabalho em equipe pode ser demonstrado; 8. conhecimentos diversos podem ser testados, medidos e melhorados. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 34 CHAPTER 7 - NAVIGATING WITH A PILOT ON BOARD A relaĆ§Ć£o entre a tripulaĆ§Ć£o do navio e o PrĆ”tico Ć© primariamente profissional. O Comandante tem a responsabilidade pela seguranƧa do navio, jĆ” ao PrĆ”tico, cabe auxiliar com a navegaĆ§Ć£o em Ć”guas restritas e "assistir" na aproximaĆ§Ć£o ao porto, na atracaĆ§Ć£o e na partida. O Comandante tem a responsabilidade fina na manobra e tem o direito e o dever de assumir a manobra nos casos raros de inexperiĆŖncia ou mau julgamento do PrĆ”tico. O ideal Ć© que Comandante e equipe estejam cientes das intenƧƵes do PrĆ”tico, e que estejam em posiĆ§Ć£o de apoiĆ”-lo e de poder questionar suas aƧƵes em qualquer estĆ”gio da travessia (o que nem sempre acontece). Isso sĆ³ poderĆ” acontecer se: - a equipe do passadiƧo estiver ciente das dificuldades e restriƧƵes da Zona de Praticagem; - o PrĆ”tico estiver ciente das caracterĆ­sticas e peculiaridades do navio, e - o PrĆ”tico estiver familiarizado com o equipamento Ć  sua disposiĆ§Ć£o e ciĆŖncia do grau de apoio que ele pode esperar do pessoal do navio. Planejamento Uma travessia/derrota bem planejada nĆ£o para no ponto de embarque do PrĆ”tico, mas continua do mar ate o berƧo de atracaĆ§Ć£o, ou vice versa (sendo o embarque do PrĆ”tico parte do plano). Isso permite ao Comandante e ao OOW comparar o progresso do navio com a derrota planejada, e tambĆ©m permite que eles estejam cientes das restriƧƵes, limitaƧƵes e outros detalhes da travessia. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 35 Master and Pilot Exchange (MPX) Deve ser estabelecida uma rotina para essa troca de informaƧƵes (MPX). InformaƧƵes do PrĆ”tico para o Comandante: a derrota planejada (rumos e distĆ¢ncias), as velocidades e ETAs, que auxĆ­lios ele espera de terra (como rebocadores e VTS), e que contingĆŖncias ele tem em mente. InformaƧƵes do Comandante para o PrĆ”tico: as caracterĆ­sticas de manobra do navio; em particular, quaisquer caracterĆ­sticas nĆ£o usuais e informaƧƵes relevantes (ex: condiƧƵes dos ferros, tipo e controle da mĆ”quina, disponibilidade de pessoal). FunƧƵes Do Comandante em uma ZP: - total responsabilidade pelo navio, operaĆ§Ć£o; - equipe de serviƧo competente; - assegurar que correta vigilĆ¢ncia seja mantida; - cumprir todos os regulamentos, normas, etc; - ter competĆŖncia para julgar o trabalho do PrĆ”tico; - estudar as rotas e suas peculiaridades. O Comandante tem o dever de aconselhar ou dispensar o PrĆ”tico: - por intoxicaĆ§Ć£o, incompetĆŖncia do PrĆ”tico; - navio correndo perigo que nĆ£o estĆ” Ć³bvio para PrĆ”tico; - aƧƵes erradas do PrĆ”tico por falta de apreciar circunstĆ¢ncias particulares, incluindo o tipo de navio. Monitoramento O progresso do navio tambĆ©m tem que ser monitorado quando o PrĆ”tico estĆ” com a manobra. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 36 Esse monitoramento Ć© feito pelo OOW, que deve dar ciĆŖncia ao Comandante dos desvios de velocidade e rumos (como se o Comandante tivesse com a manobra). Com essas informaƧƵes, o Comandante estarĆ” em posiĆ§Ć£o de poder questionar o PrĆ”tico com diplomacia e confianƧa. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 37 CHAPTER 8 ā€“ NAVIGATING WITH IBS Navegando com Sistemas Integrados do PassadiƧo IBS ā€“ Integrated Bridge System Um Sistema Integrado de PassadiƧo (IBS) Ć© uma combinaĆ§Ć£o de sistemas, que sĆ£o interconectados para permitir acesso centralizado Ć s informaƧƵes de sensores ou comando/controle de estaƧƵes de trabalho individuais. A IMO vem chamando esta integraĆ§Ć£o de sistemas eletrĆ“nicos no passadiƧo de e- navigation. As cartas selecionadas sĆ£o as de maior escala disponĆ­vel para a Ć”rea a navegar e as Cartas e PublicaƧƵes sĆ£o atualizadas de acordo com a Ćŗltima informaĆ§Ć£o correta disponĆ­vel. ISM Code - CĆ³digo Internacional para a OperaĆ§Ć£o Segura de Navios e para PrevenĆ§Ć£o da PoluiĆ§Ć£o As plataformas mĆ³veis autopropulsadas deverĆ£o cumprir o CĆ³digo ISM. As plataformas mĆ³veis sem propulsĆ£o e as plataformas fixas nĆ£o estĆ£o sujeitas ao CĆ³digo ISM. Mesmo na ausĆŖncia de legislaĆ§Ć£o especĆ­fica para treinamento em ECDIS ou IBS, existe uma obrigaĆ§Ć£o clara dos armadores de garantir que os marinheiros que navegam com ECDIS (ou IBS) sejam treinados adequadamente para usar com seguranƧa esses equipamentos. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 38 Em relaĆ§Ć£o ao ISM Code, as Companhias de Navios tem a responsabilidade de: ā€œEstabelecer procedimentos para garantir que o novo pessoal transferido para novas atribuiƧƵes relacionadas Ć  seguranƧa e proteĆ§Ć£o do meio marinho sejam familiarizados adequadamente com suas funƧƵesā€. ECDIS ā€“ Electronic Chart Display and Information System Em particular, todo o pessoal envolvido com uso do equipamento (ECDIS, IBS ou ECS) deve estar familiarizado com os seguintes aspectos de sua operaĆ§Ć£o: 1. operaĆ§Ć£o prĆ”tica dos sistemas; 2. como reverter para funƧƵes manuais/ou piloto automĆ”tico e vice-versa no caso de necessidade de alterar curso para outro trĆ”fego marĆ­timo; 3. manuseio e monitoramento de alarmes; 4. monitoramento e verificaĆ§Ć£o da precisĆ£o do sistema; 5. conhecimento dos benefĆ­cios e limitaƧƵes do sistema; 6. manutenĆ§Ć£o da navegaĆ§Ć£o segura em caso de falha do sistema. O Oficial de Quarto deve tambĆ©m "cruzar" a posiĆ§Ć£o exibida (no equipamento) com a posiĆ§Ć£o obtida pelos mĆ©todos "tradicionais". Mesmo com um ECDIS totalmente aprovado, a aprovaĆ§Ć£o Ć© vĆ”lida apenas nas Ć”reas marĆ­timas para as quais os dados oficiais da carta S-57 (ENC) foram instalados no sistema e corrigidos para incluir as atualizaƧƵes mais recentes. Em todas as outras situaƧƵes, as cartas nĆ”uticas atualizadas devem ser mantidas a bordo para cumprir o Regulamento SOLAS. De acordo com IMO, todos os navios, independentemente do tamanho, devem ter: escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 39 Cartas e publicaƧƵes nĆ”uticas para planejar e exibir a rota do navio para a viagem pretendida e para traƧar e monitorar as posiƧƵes ao longo da viagem (um display de Cartas EletrĆ“nicas e um sistema de informaƧƵes 'ECDIS' podem ser aceitos como cumprindo os requisitos de transporte de cartas NĆ”uticas). Obs.: em locais onde exista Carta S-57 instaladas no sistema do Navio. Para muitos navegadores em navios equipados com Sistemas EletrĆ“nico de Cartas e NavegaĆ§Ć£o, eles estĆ£o operando com um Sistema de Cartas EletrĆ“nicas (ECS) e nĆ£o com um display de cartas eletrĆ“nicas e Sistema de InformaĆ§Ć£o (ECDIS). Voyage Recording De seu modo, o ECDIS Ć© um mini gravador de dados de viagem. O ECDIS deve armazenar e poder reproduzir certos elementos mĆ­nimos necessĆ”rios para reconstruir a navegaĆ§Ć£o e verificar o banco de dados oficial usado nas 12 horas anteriores. Os seguintes dados devem ser registrados em intervalos de 1 minuto. As informaƧƵes guardadas devem mostrar a trajetĆ³ria passada do prĆ³prio navio, incluindo tempo, posiĆ§Ć£o, rumo e velocidade, bem como um registro da ENC oficial usada, incluindo origem, ediĆ§Ć£o, data, ā€œcĆ©lulaā€ e histĆ³rico de atualizaƧƵes. NĆ£o deve ser possĆ­vel manipular ou alterar a informaĆ§Ć£o gravada. HĆ” vĆ”rias opƧƵes possĆ­veis que podem atender a esses requisitos de um Backup do ECDIS e incluem: 1. um segundo, e totalmente independente ECDIS homologado; 2. um ECDIS operando no modo RCDS; 3. um fĆ³lio completo de Cartas em papel corrigidas para o Ćŗltimo Aviso aos Navegantes, cobrindo e mostrando o plano de viagem pretendido. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 40 Precautions for IBS operators Sistema Integrado de PassadiƧo (IBS) Ć© um tipo de sistema de navegaĆ§Ć£o que liga outros sistemas que fornecem todos os detalhes relacionados ao navio e a navegaĆ§Ć£o em um lugar. O IBS Ć© alimentado por dados com sensores, portanto, Ć© necessĆ”rio sempre fazer uma verificaĆ§Ć£o se todos os sensores estĆ£o corretamente calibrados, assim como a qualidade da Carta NĆ”utica que o sistema estĆ” trabalhando. Marinheiros experientes sabem que Ć© perigoso depositar total confianƧa em uma Ćŗnica ferramenta de navegaĆ§Ć£o. Ɖ essencial que a tripulaĆ§Ć£o tenha familiaridade com os dados e sensores, assim como a carta eletrĆ“nica utilizada no sistema. Typical IBS Configuration with ECDIS O objetivo do IBS Ć© prover vĆ”rias informaƧƵes em um sĆ³ local, melhorando dessa forma e eficiĆŖncia das operaƧƵes do passadiƧo. A tabela apresenta os principais dados fornecidos pelos seus sensores respectivos: escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 41 O sistema IBS reconhece informaƧƵes seriais e analĆ³gicas: InformaƧƵes Seriais ā€“ InformaƧƵes no formato padrĆ£o NMEA (GPS) InformaƧƵes AnalĆ³gicas ā€“ InformaƧƵes como Ƃngulo de Leme e RPM da MĆ”quina. Eletronic Charts - Cartas EletrĆ“nicas Se o navio possuir ECS (Eletronic Chart System) ou um ECIDS (Eletronic Chart Display and Information System), serĆ” necessĆ”rio ECā€™s (Eletronic Charts). Ɖ essencial que o usuĆ”rio tenha conhecimento das capacidades e limitaƧƵes da carta eletrĆ“nica em uso. Rasters Charts (RNC) - Cartas tipo Raster Ɖ uma imagem "digitalizada" de uma Carta NĆ”utica tradicional em papel. NĆ£o possui as camadas (layering) de apresentado da ENC (S57), logo, o usuĆ”rio nĆ£o controla a informaĆ§Ć£o que serĆ” apresentada. Pode ser atualizada eletronicamente. Vector Charts - Cartas tipo Vector Ɖ um sistema amplo de banco de dados de informaƧƵes geogrĆ”ficas, utilizado pelos ECDIS. Possuem diversos formatos, tais como ENC (S57), DNC, C-Map, etc. Suportam a apresentado das informaƧƵes em camadas (layering) permitindo a customizaĆ§Ć£o daquilo que ser serĆ” ou nĆ£o apresentado. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 42 Permite checagem de seguranƧa durante navegaĆ§Ć£o, incluindo avisos e alarmes. Quando a configuraĆ§Ć£o de seguranƧa Ć© inserida no sistema, as "Ć”guas segurasā€œ serĆ£o indicadas, onde a profundidade for menor que a especificada. O usuĆ”rio pode "questionar" qualquer sĆ­mbolo na Carta para obter suas caracterĆ­sticas. Caracteristicas das Vector Charts "Layering of Information" permite que funcionalidades do display nĆ£o desejadas naquele momento sejam desligadas. O ECDIS checa a derrota do navio e avisa se houverem perigos Ć  navegaĆ§Ć£o no caminho planejado. Quando devidamente configurado, as "Ć”guas seguras" serĆ£o claramente indicadas, de forma que as Ć”reas com profundidades abaixo da profundidade de seguranƧa serĆ£o marcadas em cor diferente, e a aproximaĆ§Ć£o destas Ć”reas farĆ” soar um alarme. O usuĆ”rio pode solicitar qualquer funcionalidade na carta, e o sistema vai apresentar todas as informaƧƵes de navegaĆ§Ć£o associadas a tal funcionalidade. As cartas podem ser apresentadas com simbologia simplificada ou tradicional, o que tambĆ©m Ć© Ćŗtil para o operador que ainda estĆ” se familiarizando com o sistema. AcurĆ”cia do ECDIS As principais causas de comprometimento da acurĆ”cia do equipamento sĆ£o as seguintes: escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 43 Excesso de confianƧa: O navegante deve saber que a precisĆ£o de qualquer ECDIS varia com a precisĆ£o dos sensores, da carta eletrĆ“nica, da configuraĆ§Ć£o, e outras variĆ”veis que podem mudar de um navio para outro. O navegador prudente vai frequentemente utilizar outros mĆ©todos independentes para determinar a posiĆ§Ć£o, rumo e velocidade do navio. Erros no display: - Datum - Boias fora de posiĆ§Ć£o - Hidrografia imprecisa - LimitaĆ§Ć£o dos sensores - Baixa resoluĆ§Ć£o da carta - Erros de configuraĆ§Ć£o do usuĆ”rio - MĆ” calibragem - Defeito nos sensores Erros de interpretaĆ§Ć£o: NĆ£o sĆ£o erros de precisĆ£o, mas podem ter impacto semelhante. Por exemplo, o operador pode achar que os alvos radar apresentados na carta estĆ£o indicando vetores de velocidade verdadeira, enquanto na verdade sĆ£o vetores relativos. Somente o treinamento pode minimizar estas falhas Backup: O navegador deve saber ao que recorrer em caso de falha no sistema em uso. O backup pode ser outro ECDIS independente, ou as prĆ³prias cartas de papel. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 44 Pratical Navigation With Eletronic Chart and Integrated System Existem vĆ”rios sistemas diferentes de ECDIS que trabalham de formas diferentes buscando sempre o mesmo objetivo. NĆ£o se pode esperar que os PrĆ”ticos sejam totalmente familiarizados e proficientes no uso de todos os sistemas atualmente disponĆ­veis. Nenhum recurso do equipamento do Sistema Integrado de Cartas EletrĆ“nicas exonera a responsabilidade do oficial de quarto (ou PrĆ”tico) de manter constante vigilĆ¢ncia em todo momento da navegaĆ§Ć£o. Olhe pela janela! Passage Planning Alguns sistemas nĆ£o permitirĆ£o um ā€œPassage Planning inseguroā€, devendo o navegador corrigir isso primeiro. Pilotage Waters Em discussƵes durante a Master/Pilot Exchange, quando o PrĆ”tico embarca, pode ser possĆ­vel exibir a rota pretendida pelo PrĆ”tico e permitir que todos os membros da equipe de passadiƧo monitorem efetivamente a navegaĆ§Ć£o segura do navio durante esta fase da viagem. Sem indicaĆ§Ć£o da rota pretendida, uma exibiĆ§Ć£o em tempo real da posiĆ§Ć£o do navio tem benefĆ­cios limitados para qualquer pessoa que nĆ£o seja o PrĆ”tico. Waypoints O Sistema de Cartas EletrĆ“nicas permite ao usuĆ”rio utilizar um nĆŗmero de ferramentas ā€œtradicionaisā€ para estabelecer um waypoint, como EBL / ERBL e VRM. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 45 ERBL = Electronic Range & Bearing Line Safety Checking Um dos benefĆ­cios do ECS Ć© que o sistema verificarĆ” automaticamente os perigos ao longo do curso ou ā€œplano de viagem atualā€ do navio, desde que os parĆ¢metros apropriados tenham sido definidos em primeiro lugar. Estes incluem profundidade e altura seguras. Onde um perigo Ć© detectado, o sistema destacarĆ” a Ć”rea de perigo de alguma forma (por ex.: a Ć”gua rasa pode ser sombreada por hachuras de cores distintas e o navegador receberĆ” um aviso sonoro). Deve-se lembrar, Ć© claro, que isso sĆ³ ocorrerĆ” se o sistema estiver trabalhando com Vector Charts (Cartas tipo Vector), cartas tambĆ©m chamadas de "dados espaciais inteligentes", nos quais a Vector Charts sĆ£o, na verdade, um banco de dados de objetos espacialmente relacionados que podem ser ā€œinterrogadosā€ pelo software. Chart Additions A maioria dos sistemas permitirĆ” que o usuĆ”rio adicione suas prĆ³prias informaƧƵes a uma carta, em ambos os formatos (Raster e Vector). Quando Ć”reas de perigo e alguns outros recursos sĆ£o adicionados a Raster Chart (carta de varredura) pelo navegador, o sistema fornece um aviso de perigo. Route monitoring ECS / ECDIS pode, para o marinheiro, dar uma oportunidade de "olhar para o futuro" percorrendo as Cartas para se familiarizar com as Ć”reas de perigo em potencial (a frente), alteraƧƵes de curso, travessias de trĆ”fego e assim por diante. escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 BRIDGE TEAM MANAGEMENT PƁGINA | 46 Embora ele possa optar por fazer isso, um Ćŗnico clique do mouse o trarĆ” de volta Ć  posiĆ§Ć£o de seu prĆ³prio navio. Muitas das ferramentas ā€œmĆ©todos/ferramentas de navegaĆ§Ć£oā€ estĆ£o disponĆ­veis para o marinheiro em formato eletrĆ“nico, e ele pode utilizar delas na tela para verificar a acurĆ”cia das informaƧƵes apresentadas pelo sistema (ECS / ECDIS e etc). escoladepraticagem.com Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56 ESCOLA DE PRATICAGEM APOSTILA DE BRIDGE TEAM MANAGEMENT escoladepraticagem.com 2021 Licensed to THIAGO MARTINIANO COUTO - [email protected] - 285.984.298-56

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