2ª Frequência - Farmacologia PDF
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Summary
This document provides a summary of pharmacology in nursing, covering topics such as antidepressants, inhibitors of MAO, and ISRS. It also discusses cognitive impairment and dementia, with examples of related conditions like Alzheimer's disease.
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Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Sistema Nervoso Central Antidepressivos Depressão Sintomatologia variada Etiologia multifatorial Erros comuns Deteção tardia da doença Tratamento insuficiente Prescrição de ansiolíticos (ma...
Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Sistema Nervoso Central Antidepressivos Depressão Sintomatologia variada Etiologia multifatorial Erros comuns Deteção tardia da doença Tratamento insuficiente Prescrição de ansiolíticos (mau diagnóstico) Indicações terapêuticas Doença depressiva Neurose obsessivo-convulsiva Stress pós-traumático Fobias e perturbação de pânico Perturbações alimentares Adjuvantes no tratamento da dor crónica Não provocam euforia ou sensação de bem-estar → baixo potencial de habituação/dependência. Tricíclicos e afins Mais utilizados na depressão Doses personalizadas Efeitos secundários Xerostomia e gosto metálico Efeitos anticolinérgicos (epigastralgias, obstipação e retenção urinária) Hipotensão ortostática Transição brusca entre depressão/mania (efeito comum a todos os antidepressores) Aumento de peso Exemplos Amitriptilina Clomipramina Maprotilina Mirtazapina Trazodona 1 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Inibidores da MAO (monoaminoxidase) Incompatíveis com fármacos e alimentos ricos em tiramina (queijo, fígado, frango, salmão, etc.) Moclobemida (risco de interações é praticamente nulo) Interesse terapêutico na bulimia, reações de stress pós-traumático, neurose obsessivo- compulsiva e determinados estados fóbicos ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina) Maior segurança e tolerância Efeitos secundários Anorexia e perda de peso Náuseas e diarreia Diminuição da libido Distinguem-se dos tricíclicos pela ausência de efeitos anticolinérgicos e anti- histaminérgicos Exemplos Fluvoxamina Fluoxetina Paroxetina Sertralina Venlafaxina Farmacoterapia da depressão 1. Nem sempre é necessário ou desejável recorrer a fármacos 2. Características do doente (p.ex. idosos – fármaco sem atividade anticolinérgica) 3. Aparecimento do efeito terapêutico: 2 a 3 semanas a instalar-se 4. Queixas predominantes Insónia, inquietação e ansiedade: amitriptilina, dozepina, dozepina, dotiepina, maprotilina, mianserina ou mirtazapina (propriedades sedativas) Grande inibição psicomotra: imipramina, clomipramina, fluoxetina, moclobemida (desinibidores) 5. Eficácia a rondar os 60% 6. Duração do tratamento Primeiro acesso – resposta favorável (4 a 6 meses após remissão dos sintomas) Episódios repetidos: doses inferiores às usadas inicialmente (tratamento crónico) 2 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Lítio Utilizados na forma de carbonato de lítio Bloqueia a libertação de noradrenalina Tratamento e profilaxia da mania, doença bipolar e depressão recorrente Indicado também na terapêutica de comportamentos agressivos ou automutilantes Compromisso Cognitivo Défice Cognitivo Ligeiro Queixas individuais e familiares subjetivas Dificuldade em atividades complexas Pode existir ou não comprometimento noutros componentes cognitivos além da memória Sem alterações nas atividades (básicas) instrumentais da vida diária Pode progredir para demência Demência Múltiplos défices cognitivos que envolvem perda de memória Diminuição da capacidade funcional o Doença de Alzheimer o Demência vascular o Demência dos corpos de Lewis (Lewy, Levy) o Demência frontotemporal o Doença de Creutzfeldt-Jakob o Hidrocefalia de pressão normal o Demência no estado avançado da doença de Parkinson Doença de Alzheimer Prevenir a doença e atrasar a sua progressão Nenhum medicamento demonstrou (ainda) eficácia na prevenção/estabilização Medicamentos utilizados permitem corrigir os desequilíbrios Menos eficazes na fase inicial da doença Têm efeito temporário 3 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Tratar os sintomas primários (cognitivos) Inibidores das acetilcolinesterases o Donezepilo, rivastigmina e galantamina Antagonistas dos recetores glutamatérgicos (NMDA) o Memantina ▪ Administrada 1x/dia, sempre à mesma hora ▪ Com ou sem alimento e ingestão adequada de líquidos durante o tratamento ▪ 5mg 1x/dia com aumento semanal de 5mg até dose de manutenção (dose máxima recomendada: 20mg 2x/dia) ▪ Pode provocar agitação, delírios e alucinações Inibidores das acetilcolinesterases (donezepilo, rivastigmina e galantamina) Integridade do sistema colinérgico o Fundamental para o funcionamento dos processos mnésicos o Gravemente perturbada nas doentes com Alzheimer Aumentam a eficiência da neurotransmissão Efeito benéfico na função cognitiva de doentes numa fase inicial ou moderada Doentes que respondem à sua utilização demonstram melhoria funcional Efeitos secundários (entre outros) Cefaleias, dores generalizadas, fadiga e cãibras Náuseas, vómitos e anorexias Insónia, tonturas e depressão A terapêutica não deve ser suspensa bruscamente pelo risco de causar uma deterioração da função cognitiva Donezepilo Administrado numa dose única diária (sem titulação) à noite (em caso de insónia, administrar de manhã) Com ou sem alimentos 5mg/dia durante 1 mês (máximo 10mg/dia) Rivastigmina Administrada 2x/dia, com as refeições da manhã e da noite Aumento gradual da dose 1,5mg 2x/dia durante pelo menos 2 semanas (dose máxima recomendada: 6mg 2x/dia) Galantamina Administrada 2x/dia, com as refeições da manhã e da noite Aumento gradual da dose Ingestão adequada de líquidos durante o tratamento 4mg 2x/dia durante 4 semanas (dose máxima recomendada: 12mg 2x/dia) 4 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Tratar os sintomas secundários (comportamentais e psiquiátricos) Fatores desencadeantes Mudança de ambiente Novas doenças Trocas de cuidador Novos medicamentos Depressão ISRS (fluoxetina, paroxetina, reboxetina) Melhoria da instabilidade, inquietude, ansiedade, medos e episódios de confusão o Fluoxetina (toma matinal) – pode causar anorexia o Paroxetina – administrada a doentes mais ansiosos o Reboxetina – pode ser útil em doente apáticos Insónia Benzodiazepinas com perfil hipnótico durante um período de tempo limitado Agitação psicomotora Neuroléticos (atípicos – risperidona, clozapina ou olanzapina) Benzodiazepinas: doses baixas e divididas ao longo do dia Terapêutica farmacológica – Titulação de doses Donezepilo (5mg/dia) – titulação 4 semanas – 10mg/dia Galantamina (4mg/ 2xdia) – titulação 4 semanas – 12mg/ 2xdia Rivastigmina (1,5mg/ 2xdia) – titulação 4 semanas – 6mg/ 2xdia Rivastigmina (transdérmico) (4,6mg/dia) – titulação 4 semanas – 9,5mg/dia Memantina (5mg/dia) – titulação 1 semana – 10mg/ 2xdia Doença de Parkinson Tratamento Controlo dos sintomas característicos do síndrome parkinsónico (tremor, rigidez, bradicinesia) Controlo das complicações que surgem no contexto do tratamento com levodopa (flutuações da resposta motora, movimentos involuntários) Prevenção/ retardamento do aparecimento das complicações anteriores Levodopa Precursor metabólico da dopamina Uso isolado limitado pelo seu espetro de reações adversas Associação com um inibidor da descarboxilase (carbidopa ou benzerazida) 5 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Utilização crónica associada ao desenvolvimento de flutuações motoras e movimentos involuntários Partir/dissolver em pequeno volume de água (nunca leite) Administrar fora das refeições Evitar a ingestão de refeições de elevado teor proteico Utilizar domperidona (10-20mg 3x/dia) Evitar a administração de doses elevadas de vitamina C e B6 Melhor absorção intestinal da levodopa Terapêutica Farmacológica – Titulação de doses Precursores da dopamina o Levodopa (200 – 2000mg/dia): associação com carbidopa ou benzerazida o Carbidopa (25 – 75mg/dia) o Amantadina (200 – 400mg/dia) Agonistas da dopamina o Bromocriptina (15 – 90mg/dia) – Tratamento sintomático o Ropinirol (2 – 24mg/dia) – Monoterapia ou adjuvante Duração de ação após dose única: maior que a da levodopa Inibidores da catecol-O-metil-transferase (COMT) o Entacapona (200 – 2000mg/dia) o Normalmente em associação com a levodopa Inibidores seletivos na monoaminoxidase tipo B (IMAO) o Selegilina (5 – 10mg/dia) o Rasagilina (0,5 – 1mg/dia) Anticolinérgicos – quando há predomínio de tremor o Biperideno (1 – 12mg/ 2xdia) o Tri-hexifenidilo (1mg/dia e em manutenção 2 – 15mg/dia) Anti-infecciosos - Antibacterianos Princípios gerais Fármacos etiotrópicos Não atuam diretamente em nenhuma função orgânica Têm como finalidade matar ou impedir a multiplicação de microrganismos patogénicos presentes no organismo Ação dos antibacterianos sobre a multiplicação e vida das bactérias Bactericida - Concentração que inibe a bactéria é semelhante à que mata Bacteriostática - Concentração que inibe a bactéria é diferente da que mata 6 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Sensibilidade das bactérias CIM – concentração inibitória mínima Representa a concentração que o antibacteriano deve atingir para inibir a multiplicação das bactérias CBM – concentração bactericida mínima Representa a concentração que o antibacteriano deve atingir para eliminar as bactérias do organismo Classificação dos mecanismos de ação 1. Inibição da síntese da parede bacteriana 2. Modificação da permeabilidade da membrana plasmática 3. Inibição de sistemas enzimáticos da membrana plasmática 4. Alteração da síntese dos ácidos nucleicos 5. Inibição da síntese proteica por ação sobre os ribossomas 6. Inibição de diversas enzimas do metabolismo citoplasmático Espetro de ação Espetro de bactérias relativamente às quais pelo menos as CIM podem ser atingidas, no local de infeção Apesar de muitas vezes ser classificado, não existe uma definição uniforme Estirpes de uma mesma bactéria não apresentam a mesma sensibilidade Conceito em constante mutação Aparecimento de novas resistências bacterianas Tratamento individualizado Considerar: perfil do doente, local da infeção e etiologia da doença Seleção do antimicrobiano Considerar: eficácia, segurança, custo e efeitos resultantes da atividade microbiana O antibiótico eficaz de menor espectro de atividade deverá ser a primeira escolha Causas da falência da terapêutica antimicrobiana: Diagnóstico errado (seleção errada do fármaco) Posologia ou modo de administração incorreto Resistência durante o tratamento Sobre infeção por agente resistente Doença subjacente 7 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Mecanismos de resistência microbiana Enzimas microbianas que inativamos antimicrobianos Recetores microbianos com baixa afinidade Baixas concentrações intramicrobianas (permeabilidade reduzida, saída por transporte ativo) Vias metabólicas microbianas que substituem as vias inativadas antimicrobianos Ausência de biotransformação pelo microrganismo de um antimicrobiano num metabolito ativo Antibacterianos 1. β Lactâmicos Características comuns Anel β lactâmico na sua estrutura Mecanismo de ação Inibição da síntese da parede bacteriana PBP – penicilin-binding proteins 1.1. Penicilinas Reações adversas e toxicidade das penicilinas Rash cutâneo Febre Broncospasmo Vasculite Dermatite esfoliativa Síndrome de Stevens-Johnson Anafilaxia Efeitos por ação direta Flebite e tromboflebite (principalmente por via IV) Dor e reações inflamatórias estéreis (via IM) Sintomas dispépticos (via oral) 1.1.1. Benzilpenicilina e Fenoximetilpenicilina – Naturais Benzilpenicilina: Penicilina G (IV ou IM) indicada em Faringite e amigdalite agudas, sinusite e otites médias agudas Escarlatina, eriplesa e sífilis Pneumonia “estreptocócica” Infeções por S. Pneumoniae e N. Meningitidis 8 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Principais efeitos adversos: hipersensibilidade (5% dos casos), erupções cutâneas, choque anafilático e efeitos neurotóxicos (IV e intratecal) Desvantagem: clivagem do anel β-lactâmico: 1) pelo ácido gástrico, logo não se usa por via oral; 2) pelas β-lactamases produzidas pelos estafilococos Fenoximetilpenicilina: Penicilina V (Oral) 1.1.2. Penicilinas de espetro alargado Resistentes ao acido gástrico, logo permitema via oral Maior espectro de ação Necessário usar doses mais elevadas para obter o mesmo efeito terapêutico Ureidopenicilinas: piperacilina Carboxipenicilinas: ticarcilina Aminopenicilinas: Amoxicilina; Ampicilina; Bacampicilina Amoxicilina Oral o Infeções dos tratos respiratório, urinário, intestinal e biliar o Infeções ginecológicas mistas o Uretrites gonocócicas não complicadas IM e IV o Mesmas infeções que por via oral (maior gravidade) o Pneumonia grave por Haemophilus influenzae (associada a um aminoglicosídeo) o Septicemia, endocardite e outras infeções de alto risco Ampicilina Absorção via oral reduzida (comparação com a amoxicilina) Isoladamente por via IM ou IV Mesmas indicações que a amoxicilina 1.1.3. Isozaxolpenicilinas (dicloxacilina e flucloxacilina) - Penicilinas resistentes à inativação pelas β lactamases estafilocócicas Menor espectro de ação. Resistentes à inativação pelas β lactamases estafilocócicas (Gram (+)), mas facilmente inativadas pelas Gram (-) Via oral Infeções estafilocócicas (otite externa, pneumonia, impetigo, dérmicas e dos tecidos moles) 9 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência 1.1.4. Penicilinas Anti-pseudomonas Carboxipenicilinas: ticarcilina Ureidopenicilinas: piperacilina Generalidade das bactérias desde que não produtoras de b lactamases (ativa contra múltiplas estirpes de pseudomonas) Mais potentes que as restantes penicilinas IM ou IV Infeções graves hospitalares (bactérias sensíveis) Perde o interesse para as cefalosporinas de 3ª geração 1.1.5. Amidinopenicilinas - Pivmecilinam Pró-fármaco → forma ativa é o mecilinam Via oral Gram(-) aeróbias, exceto pseudomonas Infeções urinárias não complicadas e gastroenterites bacterianas 1.2. Cefalosporinas Semelhantes às penicilinas: Estrutura química Mecanismo de ação Toxicidade Mais resistentes à inativação pelas β lactamases (maior espectro de ação) Inibição da síntese da parede bacteriana Agente bacteriano (Gram (+)) Cefalosporinas de 1ª geração Agente bacteriano (Gram (-)) Ceftizoxima ou cefotaxima (exceto pesudomonas, enterobacter ou B.fragilis) Se pseudomonas: ceftazidima Se enterobacter: cefepima Se B. fragilis: cefoxitina ou cefotetan 10 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência 1ª Geração Eficaz contra Gram (+) Moderadamente eficazes contra Gram (-) Infeções urinárias Lesões estafilocócicas não graves Infeções polimicrobianas (benignas) Cefazolina (1ª escolha – profilaxia das infeções cirúrgicas) Alternativa às isoxazolpenicilinas em doentes alérgicos 2ª Geração 1ª escolha em sinusites, otites ou infeções do trato respiratório inferior Cefoxitina: peritonites e diverticulites Cefuroxima: pneumonia adquirida na comunidade 3ª Geração Ceftriazona (injeção única de 125mg) e cefixima (dose oral única de 400mg) - 1ª escolha no tratamento da gonorreia Meningites causadas por pneumococos, meningococos, H.influenzae, enterobactérias, P. Aeruginosa (associação com um aminoglicosídeo) Algumas têm a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica 4ª Geração Infeções nosocomiais graves Mais resistente às β lactamases Boa penetração no líquido cefalorraquidiano Reações adversas Mais frequentes Hipersensibilidade Urticária e reação cutânea Dermatite esfoliativa Menos frequentes Febre, dores articulares, nefrite, granulocitopenia, anemia hemolítica Excecionalmente Reação anafilática grave Risco de hipersensibilidade parece ser o mesmo para todas as cefalosporinas Alergenicidade cruzada compenicilinas (5 a 10%) Doentes comreação alérgica grave a penicilinas não devemtomar cefalosporinas 11 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Toxicidade Irritação local: intensa dor local (IM) e tromboflebites (IV) Cefaloridina Nefrotóxica (nefrite intersticial e necrose tubular aguda) A sua utilização foi abandonada Cefalotina (+ aminoglicosídeo) Aumenta a nefrotoxicidade do aminoglicosídeo Cefalosporinas com anel metiltiotetrazol (cefamandol, moxalactam) Hipotrombinemia e perturbações hemorrágicas Reações alérgicas Intolerância ao álcool (acumulação de aldeído acético) 1.3. Monobactamos - Aztreonam Grande estabilidade perante a generalidade das β lactamases Atividade bactericida muito intensa sobre a maioria das bactérias Gram(-) aeróbias (mesmo produtoras de β lactamases) Algumas pseudomonas possuem β lactamases que inativam o aztreonam Com aminoglicosídeos e piperaciclina → efeito sinérgico IM e IV (muitos usado em pediatria) Alternativa aos aminoglicosídeos para Gram(-) (não são oto nem nefrotóxicos) Reações adversas e toxicidade: Náuseas e vómitos Diarreia Elevação das transaminases Astenia Erupções cutâneas pruriginosas 1.4. Carbapenemes Uso exclusivo hospitalar Amplo espectro de atividade (Gram(+), (-) e anaeróbios) Infeções nosocomiais graves multirresistentes Derivados da tienamicina (molécula isolada de um fungo) Meropenem Não sensível à inativação pela desidropeptidase I Atividade semelhante à do imipenem Eficazes contra algumas estirpes de P.aeruginosa resistentes ao imipenem (aconselha-se a associação comaminoglicosídeos) Menos ativo contra cocos Gram(+) 12 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Imipenem Utilizado em associação com a cilastatina (inibidor reversível da desidropeptidase I) Resistente à inativação pelas β lactamases Espectro de ação abrange tanto bactérias Gram(+) como Gram(-) Administração IV ou IM Infeções do trato respiratório inferior, infeções do aparelho urinário, septicemia, endocardite, infeções intra-abdominais Reações adversas e toxicidade Sintomas de estimulação central (p.ex. mioclonias, convulsões) resultantes de elevadas concentrações atingidas comas doses terapêuticas Aumento transitório da ureia e da creatinina sérica (≈2%dos doentes) 1.5. Associações Penicilinas + Inibidores das β lactamases Ácido clavulânico, sulbactame tazobactam Sem atividade antibacteriana marcada Grande afinidade para as β lactamases → inibição da sua atividade Permitem alargar o espectro de ação Conhecidos como fármacos kamikaze Amoxicilina + Ácido clavulânico Piperacilina + Tazobac Sulbactam(isolado ou com penicilina G ou ampicilina) 2. Cloranfenicol e tetraciclinas Cloranfenicol Espectro de ação bastante largo Nas doses usuais é primariamente bacteriostático Pode ser bactericida sobre algumas estirpes de H.influenzae Toxicidade hematológica significativa Supressão da eritropoiese, dose dependente e reversível Aplasia medular, não dependente da dose, quase sempre irreversível Indicações terapêuticas Utilizado apenas quando estritamente necessário Febre tifóide (em doente refratários às quinolonas) Infeções oculares Infeções sistémicas graves, quando outros antibióticos estão contraindicados 13 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Reações adversas Manifestações hematológicas da depressão medular (leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia) Síndrome do bebé cinzento (morte em poucos dias, por colapso cardiovascular; manifestações iniciais: vómitos/recusa de alimentos, alterações respiratórias, distensão abdominal e cianose) Alterações GI (náuseas, vómitos, diarreia, irritação perianal, paladar desagradável (via oral)) Erupção cutânea, vesicular ou macular (rara) Febre Nevrite ótica retrobulbar (só após longos períodos de tratamento) Contra-indicações Infeções “banais” Insuficiência hepática grave História prévia de alergia Últimas semanas de gravidez Primeiras semanas após o nascimento Em caso de hemopatia Tetraciclinas Mais largo espectro de ação (semelhante para todas as tetraciclinas) Atuam por inibição da síntese proteica Ação bacteriostática Gram(+) e (-) Micoplasmas Clamídias Riquétsias Alguns tipos de protozoários Tipos Doxiciclina (é a tetraciclina mais ativa) Minociclina Tetraciclina Indicações terapêuticas (*Tetraciclina + aminoglicosídeo) Bronquites crónicas Pneumonia atípica por Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia psittaci ou Coxiella burneti Uretrites não gonocócicas Linfogranulomatose inguinal Prostatites Tracoma Brucelose*, riquetsiose, leptospirose Tularémia* 14 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Absorção digestiva incompleta (prejudicada pela presença de iões metálicos, p.ex. Ca2+) Formação de quelatos (p.ex. Tetraciclina + leite = pigmentação dentária) Evitar leite, antiácidos e todos os produtos que contenhamferro Não administrar a grávidas Perturbações GI Agressão da mucosa intestinal Alterações da flora Náuseas, vómitos e diarreia Permite a colonização por Candida Aparecimento de resistências por algumas bactérias Uso frequente Consumo de carne de animais tratados com tetraciclinas Reações adversas – ação direta sobre os ossos e os dentes Deposição no tecido ósseo e dentina (pode afetar o crescimento e provocar hipoplasia do esmalte dentário e coloração acastanhada dos dentes) Contraindicado até aos 9 anos de idade (fim da 2ª dentição) Reações adversas – ação direta – fototoxicidade Dermatose que pode ser pruriginosa e edematosa Evitar a exposição ao sol durante o tratamento Não corresponde a uma reação alérgica Reações adversas – ação direta – reações SNC Cefaleias e náuseas Fotofobia Ataxia (falta de coordenação dos movimentos) reversível Hipertensão intracraniana Reações adversas – ação direta – hepatotoxicidade Degenerescência gorda do fígado Pancreatite Reações adversas – ação direta – nefrotoxicidade Em associação com diuréticos: retenção azotada Reações adversas – ação direta – efeitos catabólicos Alterações hemáticas Aumento da ureia plasmática e subida da creatinina Aumento da excreção de ácido ascórbico Proteinúria 15 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência 3. Aminoglicosídeos Ligam-se comelevada afinidade aos ribossomas, interferindo coma síntese proteica Entra na bactéria por transporte ativo Efeito bactericida (Gram(-) aeróbios) dependente da dose Ação pós-antibiótica Atividade residual após atingir a CIM Exemplo Estreptomicina Canamicina Amicacina Neomicina Gentamicina Netilmicina Tobramicina Efeito sinérgico: aminoglicosídeo + β lactâmicos Bacilos Gram(-) aeróbios < Bacilos Gram(+) e Bacilo de Koch Inativos em casos de anaerobiose Canamicina e estreptomicina apresentam atividade inferior relativamente a aminoglicosídeos mais recentes Não são absorvidos por via entérica (polaresàfraca permeabilidade membranar Absorção oral < 1%(intacto nas fezes) Interesse terapêutico – obtenção e efeito tópico no tubo GI (Ex. Neomicina – erradicação de bactérias intestinais, em caso de cirurgia) Administração parentérica (IM) Reações adversas Limitam o interesse terapêutico, pois há dificuldade em separar o efeito terapêutico do efeito tóxico Estreita margem terapêutica Oto e nefrotoxicidade Ototoxicidade o Risco superior em crianças e em adultos com mais de 40 anos o Relacionada com a dose total administrada o Efeito mais importante e mais grave o Irreversível o Lesão do 8º par craniano, que resulta em lesão coclear (zumbido elevado, surdez progressiva, quase irreversível) e lesão vestibular (náuseas, tonturas, vertigens e perturbações do equilíbrio) 16 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Nefrotoxicidade o Acumulação de aminoglicosídeo no tubo proximal o Deve-se a necrose tubular aguda o Redução da capacidade de concentração da urina o Redução da filtração glomerular o Potenciação em idosos (hipotensão e lesão renal prévia) o Reversível Outras o Bloqueio da transmissão neuromuscular (cada vez menor incidência) o Reações irritativas (local – IM, diarreia – oral) o Infeções secundárias (tubo GI, após administração oral – p.ex. Candidíase) 4. Macrólidos Inibidores da síntese proteica (inibe o prosseguimento do ribossoma) Ação bacteriostática Ativos contra Gram(+) Eficazes por via oral Restantes derivamda eritromicina (opção no caso de alergia à penicilina) Espiramicina, claritromicina e azitromicina - Doses menores e menor número de tomas Eritromicina Fármaco padrão Limitada – o que leva à pesquisa de novos fármacos Bemabsorvida pelo duodeno, mas inativada pelo HCl Administrada em formas gastro-resistentes Administração oral também pode processar-se com recurso a sais (estearato), ésteres (propionato ou etilsuccionato), sais de ésteres (estolato) – estáveis em meio ácido Indicações terapêuticas Alternativa à penicilina G 1ª escolha: pneumonia adquirida na comunidade Melhor tratamento para pneumonia por Mycoplama pneumoniae e Legionella Uretrites por Chlamydia trachomatis Tratamento do cancróide (úlcera mole de transmissão sexual) Reações adversas GI (mais frequentes) Náuseas, vómitos, dores abdominais e diarreia Resultado de doses elevadas (raramente levam a paragem do tratamento) Febre, eosinofilia e artralgias (raramente) Via IV – tromboflebites IM – dores violentas no local de injeção e possibilidade de formação de abcessos assépticos 17 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Quadro tóxico: hepatite colestática * Sintomas surgem cerca de 10 dias após o início do tratamento ou imediatamente após uma 2ª exposição * Melhoria rápida após interrupção do tratamento Claritromicina Resistência cruzada comeritromicina Estável em meio ácido e bemabsorvida pelo trato GI Bemtolerada (melhor que a eritromicina) o Pode provocar náuseas, diarreia, dor abdominal, sabor metálico e cefaleias o Maior incidência de efeitos adversos em doente HIV Inibe o sistema enzimático do citocromo P450 hepático o Aumento significativo das concentrações plasmáticas de outros fármacos Indicações terapêuticas Infeções respiratórias inferiores e superiores o Sinusites o Bronquite aguda o Exacerbação aguda infeciosa da bronquite crónica o Pneumonia adquirida na comunidade Erradicação da H.pylori (em associação com amoxicilina ou metronidazol e um inibidor da bomba de protão) Azitromicina Estável em meio ácido o Boa disponibilidade e rápida absorção oral Ingestão de alimentos e toma simultânea de antiácidos diminuem a biodisponibilidade Toma em jejum ou 1h antes ou 2h depois das refeições Indicações terapêuticas 18 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência 5. Sulfonamidas e suas associações Inibidores da síntese de tetra-hidrofolato Sulfonamidas Inibidor competitivo do ácido para- aminobenzóico Ação bacteriostática Indicações terapêuticas Sulfadiazina e sulfametoxazol Uso isolado praticamente inexistente devido às resistências (exceto no tratamento de infeções por Nocardia asteroides) Podem ser úteis na profilaxia o De infeções por estreptococos em doentes com antecedentes de febre reumática alérgicos à penicilina o Entre proxies de doentes atingidos por meningite meningocócica Reações adversas Febre, alterações sanguíneas, renais, hepáticas e da pele – devem interditar definitivamente o seu uso Irritação GI, cefaleias, vertigens (limitadas) Cristalúria – efeito clássico das sulfonamidas o Precipitação na urina o Aconselha-se o consumo de líquidos em maiores quantidades Trimetoprim Inibidor da DHF reductase Intensa ação bacteriostática Indicações terapêuticas Infeções urinárias não complicadas Permitem evitar os efeitos secundários das sulfonamidas Exacerbações agudas de bronquites crónicas Menores CIM Cotrimoxazol Efeito sinérgico e bactericida Atua em dois passos de uma cadeia metabólica necessária à vida das bactérias Associação de uma sulfonamida (sulfametoxazol) com trimetoprim Indicações terapêuticas Pielonefrites e infeções urinárias masculinas Tratamento de escolha para as pneumonias por Pneumocystis carinii Diarreias crónicas ou intermitentes por Cyclospora Exacerbações agudas da DPOC 19 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Otite média aguda nas crianças Pneumonia por Legionella pneumophila e micdadei: quando eritromicina ou outro macrólido não pode ser utilizado Febre tifóide provocada por estirpes resistentes ao cloranfenicol e à ampicilina (embora atualmente se recomende a ciprofloxacina e a cefatriazona) Alternativa para o tratamento da brucelose Reações adversas Provocadas mas pela sulfonamida do que pelo trimetoprim Lesões cutâneas graves com necroses extensas da pele (rara) Doentes com SIDA tratados com doses elevadas de cotrimoxazol o Erupções cutâneas, alterações hematológicas, alterações megaloblásticas, elevação das transaminases 6. Quinolonas Alteração da síntese dos ácidos nucleicos Inibidores da girase bacteriana Maioria das Gram(-) e Gram(+) são sensíveis (exceção dos estreptococos e anaeróbios) Grande maioria são bem absorvidas por via oral – vantagem face a outros antibióticos de largo espectro Exemplos Ciprofloxacina (+ eficaz) Norfloxacina (- eficaz) Levofloxacina Moxifloxacina Reações adversas Lesões articulares (erosões cartilagíneas nas articulações que suportammais peso) Descrição de tendinite em adultos Sintomas GI (náuseas, vómitos, diarreia e dores abdominais) SNC Insónia, vertigens e cefaleias Uso simultâneo de teofilina aumenta o risco de convulsões e alucinações Reações de fotossensibilidade Prurido, vermelhidão, urticária, petéquias hemorrágicas Normalmente desaparecem ao fim de cerca de 6 dias Alterações cardíacas: no intervalo QT do ECG 7. Outros antibacterianos 8. Antituberculosos 9. Antilepróticos 20 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Sistema Cardiovascular 1. Cardiotónicos Insuficiência cardíaca (IC) Síndrome complexa composta por uma função cardíaca fora do normal Resposta global do organismo a essa alteração HTA, diabetes e doença isquémica podem estar na base da IC Dois tipos: i) débito elevado; ii) débito reduzido (IC congestiva) Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Deficiência da função sistólica do ventrículo esquerdo Gravidade da ICC (limitação da capacidade de exercício) o Classe I: sem limitação o Classe II: ligeira limitação da atividade física o Classe III: marcada limitação da atividade física o Classe IV: incapacidade de desenvolver qualquer atividade física Objetivos do tratamento: melhoria dos sintomas, da qualidade de vida e aumento da sobrevida Terapêutica: Não farmacológica: o Medidas dietéticas o Redução dos comportamentos de risco o Exercício físico programado Medidas cirúrgicas: o Transplante cardíaco o Pacemakers Farmacológica: o Diuréticos (tiazidas ou da ansa + IECA): se sintomas de congestão circulatória - Se hipocaliemia: diuréticos poupadores de potássio - Melhoria sintomática: redução ou interrupção dos diuréticos o IECA’s e ARA’s (inibidores do sistemareninaangiotensin-aldosterona) IECA’s (substituição por ARA’s em caso de tosse) - Nitratos ou hidralazina se os IECA’s forem insuficientes ou contra-indicados o Digitálicos (se agravamento dos sintomas) o Vasodilatadores o Bloqueadores beta e/ou antagonistas da aldosterona (se agravamento dos sintomas) o Agonistas dopaminérgicos o Agente ionotrópicos positivos (sem resposta às anteriores) o Anticoagulantes e antiarrítmicos 21 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Cardiotónicos Efeito inotrópico positivo: aumento da força de contração do coração Incluem: o Aminas simpaticomiméticas: dopamina e dobutamina o Inibidores das fosfodiesterases (PDI): milrinona o Digitálicos 1.1. Digitálicos Redução da arritmia associada à IC Melhoria da dinâmica cardíaca Margem terapêutica muito estreita Digoxina e metildigoxina: mais utilizados Principais indicações: IC, fibrilhação e flutter auricular Redução da condução dos impulsos auriculares Restabelecimento de um enchimento ventricular suficiente Efeitos hemodinâmicos: ligeira subida da pressão arterial e ligeira redução da função e débito cardíacos Na IC sistólica: aumentam a força de contração ventricular e o débito cardíaco; reduzem o volume sistólico Toxicidade: Perturbações GI (anorexia, vómitos, diarreia e náuseas) Perturbações visuais (escotomas, diplopia, discromatopsia) Perturbações do ritmo cardíaco (bloqueios aurículo-ventriculares, extrassístoles auriculares e ventriculares, bigeminismo) Alucinações, desorientação, tonturas, astenia, sonolência e ginecomastia 1.2. Outros cardiotónicos 2. Antiarrítmicos Arritmias Perturbações do ritmo cardíaco ocorrem com uma frequência elevada Na maior parte dos casos são um fenómeno banal Podem representar uma das causas mais frequentes de morte no enfarte do miocárdio Podem dever-se a modificações na terapêutica, no ritmo, na génese e na condução do impulso Classificam-se como: o Arritmias auriculares o Arritmias juncionais o Arritmias ventriculares o Bradicardias o Taquiarritmias o Arritmias extrassistólicas 22 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Fases do potencial de ação Antiarrítmicos Ação dos antiarrítmicos Terapêutica correta Diagnóstico correto do tipo de arritmia Escolha do fármaco mais adequado (ponderação entre benefícios e riscos) Vigilância rigorosa Classificam-se em: Bloqueadores dos canais de sódio (classe I) o Classe Ia (tipo quinidina) o Classe Ib (tipo lidocaína) o Classe Ic (tipo flecainida) Bloqueadores adrenérgicos beta (classe II) Prolongadores da repolarização (classe III) Bloqueadores da entrada de cálcio (classe IV) Outros antiarrítmicos 23 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Características comuns: Efeito pro-arrítmico potencial Possibilidade de interação com outros fármacos (sobretudo com os da mesma classe): pode significar um aumento significativo dos efeitos laterais Arritmias associadas a exercício físico: bloqueadores beta Arritmias por prolapso mitral: bloqueadores beta Arritmias pós-enfarte: lidocaína Profilaxia e uso a longo prazo: bloqueadores beta Arritmias em IC: amiodarona e IECA’s Doentes com IR: quinidina, mexiletina e amiodarona sem alteração da dose Doentes com IH: disopiramida e flecainida 3. Simpaticomiméticos Interesse terapêutico no tratamento do choque e da hipotensão arterial sintomática O tratamento depende da correção da situação subjacente Hemorragia e outros quadros hipovolémicos Hiponatremia Insuficiência suprarrenal Enfarte do miocárdio Determinadas infeções agudas Infeções Catecolaminas endógenas (dopamina, noradrenalina e adrenalina) Atividade adrenérgica sobre a vasculatura periférica Indicadas em situações de falência cardíaca associada a hipotensão e resistência vascular periférica diminuída Catecolaminas sintéticas (dobutamina e isoprenalina) Atividade predominantemente adrenérgica beta-2 (inodilatadores) Indicadas em situações de falência cardíaca com resistência vascular periférica normal ou aumentada Vasopressores podem ser utilizados por via: Parentérica (infusão): Dopamina, dobutamina e adrenalina (em caso de paragem cardiorrespiratória) Oral: Etilefrina (indicada na hipotensão arterial sintomática) 24 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência 4. Anti-hipertensores Hipertensão arterial (HTA) Doença cardiovascular mais comum: o Risco cardiovascular aumenta com a elevação da PA o Relacionada com a mortalidade por doença cardiovascular Associada a lesões de órgãos-alvo: rim, coração, retina e cérebro Aumento da incidência de AVC (hemorrágico e isquémico), insuficiência renal, doença coronária, insuficiência cardíaca e doença vascular periférica Terapêutica deve ser individualizada: Fármacos utilizados em monoterapia ou em associação Considerar fatores externos à HTA Geralmente considera-se HTA: PAS ≥140mmHg PAD ≤90mmHg Classificação em vários estádios de gravidade Orientações internacionais (p.ex. JNC VII) Normas da DGS 25 Farmacologia em Enfermagem – 2ª frequência Objetivo do tratamento da HTA: prevenir o aumento da morbilidade e da mortalidade Coexistência de HTA e outros fatores de risco aumenta o risco CV (tratamento personalizado) Medidas não farmacológicas: Redução de peso (em caso de excesso) Exercício físico Restrição ao consumo de sal e álcool Fatores de risco modificáveis e não modificáveis Pressão arterial sistólica e diastólica Pressão de pulso (nos idosos) Idade (homens >55 anos; mulheres >65 anos) Tabagismo Dislipidemia o TC >5,0 mmol/l (190 mg/dl) o LDL >3,0 mmol/l (115 mg/dl) o HDL (homens 102cm (homens) e >88cm (mulheres) História familiar de doença cardiovascular prematura (homens com idade