2ª Aula - Coagulação/Floculação PDF
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This document discusses the processes of coagulation and flocculation in water treatment. It explains how these processes are used to remove colloidal particles from water, improving its quality and clarifies some of the reasons why these processes are needed.
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16/09/24 COAGULAÇÃO / FLOCULAÇÃO 1 1 DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DE PARTÍCULAS EM ÁGUAS NATURAIS 10 -3 μm...
16/09/24 COAGULAÇÃO / FLOCULAÇÃO 1 1 DISTRIBUIÇÃO DE TAMANHO DE PARTÍCULAS EM ÁGUAS NATURAIS 10 -3 μm 1 μm Partículas Partículas Coloidais Partículas em dissolvidas suspensão (argilas, substâncias húmicas, polifenóis, complexos organometálicos e fitoplâncton...) § Processos de separação § Tratamento convencional e suas variantes por membrana: filtração em linha osmose inversa filtração directa nanofiltração filtração lenta ultrafiltração (côr real, SDT, (turvação, côr aparente, SST) compostos dissolvidos) 0,45 μm 2 2 1 16/09/24 TRATAMENTO CONVENCIONAL DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO Agente oxidante ? ? Alcalinizante Coagulante Polímero CAP Captação Coagulação Floculação Sedimentação Água tratada Correção de pH Desinfecção Filtração Alcalinizante desinfectante Agente 3 3 A eliminação das partículas coloidais é realizada pelo processo de coagulação - floculação, que consiste na agregação mútua dos colóides em suspensão para formar pequenos aglomerados (flocos) de dimensões e peso suficiente para serem removidos do seio da suspensão por decantação ou filtração. Esta agregação implica: - redução da estabilidade da suspensão de modo a que se verifique a adesão de partículas postas em contacto (DESESTABILIZAÇÃO); - o favorecimento das colisões entre partículas destabilizadas. A probabilidade de colisão determina a cinética do processo (AGREGAÇÃO). 4 4 2 16/09/24 COAGULAÇÃO Processo unitário responsável pela desestabilização das partículas coloidais presentes num sistema aquoso, preparando-as para a sua remoção nas etapas subsequentes do processo de tratamento. Mistura rápida FLOCULAÇÃO É um processo físico (operação unitária) no qual as partículas coloidais são colocadas em contacto umas com as outras, de modo a permitir o aumento do seu tamanho físico (floco), alterando, desta forma, a sua distribuição granulométrica. Mistura lenta No tratamento de águas é utilizado para: ü remoção da turvação; ü remoção de cor (verdadeira e aparente); ü eliminação de bactérias, vírus e outros organismos patogénicos; ü remoção de algas e outros organismos planctónicos; ü eliminação (parcial) de substâncias responsáveis por gostos e cheiro; ü remoção de fosfatos; ü remoção de metais pesados. 5 5 COAGULANTES UTILIZADOS EM TRATAMENTO DE ÁGUA - Sulfato de alumínio (sólido ou líquido) - Cloreto férrico (líquido) - Sulfato férrico (líquido) - Cloreto de polialumínio (sólido ou líquido) - Coagulantes orgânicos catiónicos (sólido ou líquido) 6 6 3 16/09/24 Relembrar/estudar (material de apoio) A desestabilização das partículas coloidais, em tratamento de água, pode ser conseguida por três mecanismos diferentes: - Adsorção com neutralização de carga (coloides hidrófobos); - Arrastamento de partículas por formação de precipitados volumosos; - Formação de pontes químicas entre partículas (adição de polímeros orgânicos sintéticos, denominados polielectrólitos). 7 7 Relembrar/estudar (material de apoio) COAGULANTES UTILIZADOS EM TRATAMENTO DE ÁGUA - Sulfato de alumínio (sólido ou líquido) - Cloreto férrico (líquido) - Sulfato férrico (líquido) - Cloreto de polialumínio (sólido ou líquido) - Coagulantes orgânicos catiónicos (sólido ou líquido) REACÇÕES DE HIDRÓLISE Em solução aquosa os catiões metálicos apresentam-se como iões hidratados (iões solvatados), neste caso Al(H2O) 6 3+ ou Fe (H2O) 6 3+ funcionando como ácidos (dadores de protões). Reagem com a água e mais facilmente com as bases constituintes da alcalinidade. Forma instável (ácido 1) (base 2) (base conjugada) (ácido 2) 8 em meio alcalino a diminuição do pH é muito mais lenta 8 4 16/09/24 Relembrar/estudar (material de apoio) Forma instável na ausência de alcalinidade a diminuição do pH é muito rápida ……daí a necessidade de adicionar um agente alcalinizante quando não existe alcalinidade suficiente para reagir com o sulfato de alumínio. 9 9 Relembrar/estudar (material de apoio) 1 mg.L-1 de sulfato de aluminio reage com: 0,50 mg.L-1 de alcalinidade natural, expressa em CaCO3; 0,33 mg.L-1 de CaO (85%); 0,39 mg.L-1 de Ca(OH)2 (95%); 0,54 mg.L-1 de Na2CO3; e origina 0,26 mg.L-1 de Al(OH)3 (O sulfato de alumínio é adicionado à água em solução (1 - 5%)) 1 mg.L-1 de sulfato férrico (Fe2(SO4)3)reage com: 0,75 mg.L-1 de alcalinidade natural, expressa em CaCO3 e origina 0,5 mg.L-1 de Fe(OH)3 10 10 5 16/09/24 11 11 Relembrar/estudar (material de apoio) 594 486 1 mg de sulfato de aluminio hidratado reage com 0,818 mg de bicarbonato de cálcio PM(162) Peso equivalente do: Ca ( HCO3 )2 = = 81g / mol 2 PM(100) CaCO3 = = 50g / mol 2 0,818 mg em bicarbonato de cálcio = 0,50 mg em CaCO3 12 12 6 16/09/24 Relembrar/estudar (material de apoio) DOSAGENS DE COAGULANTE UTILIZADAS USUALMENTE ü Sulfato de alumínio (5 mg/l a 100 mg/l) ü Cloreto férrico (5 mg/l a 70 mg/l) ü Sulfato férrico (8 mg/l a 80 mg/l) ü Coagulantes orgânicos catiónicos (1 mg/l a 4 mg/l) 13 13 Relembrar/estudar (material de apoio) JAR-TEST Ver vídeo no moodle 14 14 7 16/09/24 Relembrar/estudar (material de apoio) - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL A - Considerando que a água bruta tem alcalinidade natural suficiente e um pH óptimo conhecido de floculação. 1 - colocar 6 copos de 1 litro na plataforma do aparelho de Jar-Te s t ; 2 – encher os copos com água bruta até a marca de 1000 ml; 3 - ligar o aparelho na velocidade máxima 100 - 120 r.p.m; 4 - adicionar simultaneamente nos c opos a q uantidade de c oagulante (sulfato de alumínio) que foi calculada para cada copo; 5 - deixar agitar nessa velocidade por 2 a 3 minutos (tempo de detenção na câmara de mistura rápida); 6 - reduzir a velocidade de agitação para 40 - 50 r.p.m durante 10 a 30 minutos (tempo de detenção nos floculadores); 7 - deixar as amostras decantar por algum tempo (esse tempo seria o correspondente à velocidade de sedimentação no decantador – 10 a 30 minutos); 8 - recolher o sobrenadante de todos os copos e analisar os parâmetros necessários para verificar qual deles apresentou melhor resultado; 9 - normalmente o melhor resultado é aquele que apresentou maior redução de cor e turvação e essa dosagem deverá ser a escolhida. 15 15 Relembrar/estudar (material de apoio) 16 16 8 16/09/24 Relembrar/estudar (material de apoio) REMOÇÃO DE TURVAÇÃO 17 17 Relembrar/estudar (material de apoio) MISTURA RÁPIDA Objectivo: - garantir condições de elevada dispersão do reagente em tempos reduzidos. Como avaliar? Pelo gradiente de velocidade (G), parâmetro fundamental no projecto de unidades de coagulação floculação. O G permite avaliar o grau de mistura, quanto maior for o valor numérico, mais forte será a mistura. Expressão desenvolvida por Camp & Stein em 1943 18 18 9 16/09/24 EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS - Canal Parshall / Medidores Parshall - Ressaltos hidráulicos (ex: descarregadores) - Misturadores in-line (injectores e malhas difusora) 19 19 Informação adicional EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS UTILIZADOS PARA PROMOVER A DISPERSÃO DOS AGENTES COAGULANTES (MISTURA RÁPIDA) MEDIDOR (CANAL) PARSHALL 20 20 10 16/09/24 Informação adicional CANAL PARSHALL ressalto hidráulico Doseamento de reagente (sistema difusor) sentido do escoamento 21 21 DESCARREGADORES RETANGULARES 22 22 11 16/09/24 Descarregadores rectangulares 23 23 Relembrar/estudar (material de apoio) INJECTORES MALHAS DIFUSORAS Sistemas difusores Dispersão de reagentes no interior de uma tubagem 24 24 12 16/09/24 Relembrar/estudar (material de apoio) UNIDADES DE MISTURA RÁPIDA DIMENSIONAMENTO (EQUIPAMENTO HIDRÁULICO) Gradiente de velocidade - G, s-1 Tempo de mistura (tempo de retenção hidráulico) Tempo de retenção hidráulico ≤ 1 s 25 25 Relembrar/estudar (material de apoio) UNIDADES DE MISTURA RÁPIDA DIMENSIONAMENTO (EQUIPAMENTO HIDRÁULICO) Gradiente de velocidade - G, s-1 Tempo de mistura (tempo de retenção hidráulico) Tempo de retenção hidráulico ≤ 1 s Gradiente de velocidade 5000 s -1 > G > 800 s -1 Tempo de retenção hidráulico ≤ 1 s 26 26 13 16/09/24 Fonte_Brito,A.G; J.M.Oliveira; J.M. Peixoto 2014,Tratamento de água para consumo humano e uso industria, 2º edição, Publindústria 27 27 Dimensões estandardizadas relativas aos medidores Parshall- apoio ao dimensionamento CANAL PARSHALL Canal (medidor) Parshall, e dimensões padronizadas W(pol, cm) 28 28 14 16/09/24 Dimensões estandardizadas relativas aos medidores Parshall- apoio ao dimensionamento H 0 = kQ n , Q, m 3.s −1 29 29 Canal Parshall – sequência de cálculo utilizada na avaliação do equipamento para materializar a coagulação apoio ao dimensionamento Número de Froude = 4,5 a 9 Número de Froude = 1,7 a 2,5 (ressalto fraco mas estável) 30 30 15 16/09/24 Relembrar/estudar (material de apoio) EQUIPAMENTOS MECÂNICOS - Tanques com misturadores de pás verticais 31 31 O dimensionamento da câmara deve garantir a inexistência de zonas de curto-circuito, apresentando normalmente uma secção quadrada ou rectangular, de acordo com o número de agitador(es), sendo a relação altura útil : largura , de 1:1 ou 2:1, dependendo do tipo de agitador. Caso a opção passe por uma câmara de secção circular, dever-se-á recorrer à colocação de anteparos verticais com relação largura do anteparo: diâmetro da câmara de 1:10, por forma a evitar a formação de vórtex (sobrelevação do nível de água junto às paredes e abaixamento junto ao eixo de rotação), provocando uma dissipação de energia não útil em termos de mistura. 2,7 < L /D < 3,3; 2,7 < H/D < 3,9; 0,75 < h/D < 1,3; B = D/4; b = D/5; x / D = 0,10 32 32 16 16/09/24 UNIDADES DE MISTURA RÁPIDA DIMENSIONAMENTO (EQUIPAMENTO MECÂNICO) P = Potência útil, W (Nm/s); µ = viscosidade dinâmica da água, Ns/m2; V = volume do tanque, m3 Tipo de agitador Valor de KT Propulsor, passo 1, 3 laminas 0,32 P = Potência útil, W (Nm/s); Propulsor, passo 2, 3 laminas 1,00 KT = constante de proprcionalidade adimensional; Turbina, seis laminas planas 6,3 µ = viscosidade dinâmica da água, Ns/m2; D = diâmetro das pás do agitador, m Turbina, seis laminas curvas 4,8 n = número de rotações por segundo da turbina,rps; ρ= massa específica da água Kg/m3 onde: n = número de rotações por segundo da turbina,rps; ρ= massa específica da água Kg/m3; D = diâmetro das pás do agitador, m.; μ = viscosidade dinâmica da água, Kgf.s/m2 (0,1* Ns/m2 ) 33 33 Gradiente de velocidade G: 700 s-1 - 1000 s-1 Mecanismo de coagulação por adsorção-neutralização Gradiente de velocidade G: 300 s-1 – 700 s-1 Mecanismo de coagulação por arrastamento Tempo de retenção hidráulico T< 2 min G- gradiente de velocidade, s-1 T- tempo de mistura óptimo, s C- concentração de sulfato de alumínio, mg/L 34 34 17 16/09/24 FLOCULAÇÃO MECANISMOS DE AGREGAÇÃO DE PARTÍCULAS Floculação Pericinética (Movimento Browniano) As partículas coloidais (