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Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

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demografia população humana estudo populacional

Summary

Este documento fornece uma visão geral da demografia, uma disciplina científica que estuda as populações humanas, incluindo as suas dimensões, estruturas e evolução. Abrange tópicos como taxas de natalidade, mortalidade e migrações, bem como vários ramos da análise demográfica como análises interpretativas e projeções.

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Demografia = Demos povo) + Graphein (descrever) Disciplina científica que tem como objeto de estudo a população humana, tratando da sua dimensão, estrutura, evolução, as suas características gerais, encaradas principalmente do ponto de vista quantitativo. A Demografia define-se como o estudo das po...

Demografia = Demos povo) + Graphein (descrever) Disciplina científica que tem como objeto de estudo a população humana, tratando da sua dimensão, estrutura, evolução, as suas características gerais, encaradas principalmente do ponto de vista quantitativo. A Demografia define-se como o estudo das populações humanas pelo jogo dos nascimentos, dos óbitos e dos movimentos migratórios. - é definida em função de 5 objetivos: 1. Dimensão estática → observa, mede e descreve a dimensão, estrutura e distribuição espacial num dado momento da pop. 2. As mudanças que ocorreram na dimensão, na estrutura e distribuição espacial, de uma população ao longo do tempo; 3. Fenómenos responsáveis por estas mudanças )natalidade, mortalidade e migrações) 4. Explica os efeitos da variação micro demográficas (natalidade, Mortalidade e migrações); 5. Estuda as causas e consequências das variações micro demográficas. A disciplina da Demografia tem 3 vertentes: - Estática em que estuda as características e valores globais de uma população. Esta observa e mede os seus efetivos (volume e ritmos de crescimento); analisa o modo como estes se estruturam no espaço (distribuição da pop.); analisa a sua composição, em termos de idade e sexo (sub-grupos, grupos funcionais, indices) - Dinâmica que analisa as variáveis micro demográficas observadas nessa pop. Como a natalidade e fecundidade; mortalidade; movimentos migratórios - Interpretativa que se apercebe das tendências e característicos que apresenta e dos eventuais alterações verificadas nos comportamentos do universo em estudo. Ramos da análise interpretativista 1. Análise demográfica: faz uma descrição dos fenómenos; utiliza factos demográficos para entender e explicar outros factos demográficos; fornece uma base científica e de unidade da ciência demográfica; 2. Demografia histórica: estuda as pop. do passado 3. Doutrinas demográficas que analisam e sistematizam os fundamentos teóricos da ciência da população. 4. Políticas demográficas que procuram atuar sobre modelos de comportamento das populações humanas - propõe medidas consideradas necessárias para permitir um equilíbrio entre volumes demográficos, tendências de crescimento global e distribuição no espaço. 5. Demografia social que preocupa-se com a compreensão dos fenómenos e consequências dos mesmos. 6. Projeções demográficas é o prolongamento das tendências estatisticamente observáveis 7. Ecologia humana é a análise do conjunto de interações entre as pop humanas, nos seus diferentes ambientes. 8. Análise Prospetiva: é um panorama dos futuros possíveis ou cenários de evolução improváveis. Demografia e Globalização: Dinâmicas das Populações Abrangência de Demografia. - Alterações climatéricas - Mudanças rees estruturas familiares - Envelhecimento - Processo de urbanização - Afetação de recursos económicos e não económicos - Morbilidade e mortalidade - Variações na natalidade - Efeitos das migrações Teoria da Transição Demográfica Teoria da Transição demográfica Variáveis micro demográficas - natalidade, mortalidade e migrações. Esta teoria diz que explica o comportamento/evolução da população tendo em conta a natalidade e mortalidade e a crítica feita é que não entra em limite de conta as migrações. A questão é esta teoria tenta analisar a evolução da população através da natalidade e da mortalidade ao longo do tempo, passando pela existência de 3 períodos temporais. - 1ª fase - No período do regime demográfico permitido, verifica-se que a natalidade e a mortalidade por razões que se prendem à história, antes das consequências da revolução agrícola e industrial, estas (natalidade e mortalidade) tinham valores muito elevados e por isso o crescimento populacional era muito ondulatório e reduzido. - 2ª fase - existem 2 sub-períodos, em que no primeiro período a natalidade continua elevada e assiste-se a uma diminuição da mortalidade, sendo caracterizado por uma explosão demográfica. Na segunda fase deste período a mortalidade continua baixa, mas a natalidade decresceu também. - 3ª fase - Mais tarde num período mais moderno, estas duas variáveis permanecem baixas e por isso alguns países dizem que estão numa fase de envelhecimento demográfico, pois as pessoas passaram a perceber que não precisam de ter tantos filhos. A vida começou a ficar também mais cara e segura, levando a uma descida da natalidade. Assim, caiu o número de nascimentos quase que se igualando ao de mortes, estagnado o crescimento populacional. Ou seja, a teoria só analisa as variáveis demográficas da natalidade e mortalidade. Por isso é que uma das críticas que se faz é à exclusão da análise das migrações e não há uma explicação concreta de como é que afetam estas 2 variáveis que a teoria menciona. Quem inventou esta teoria? - Thompson - Adolfo Landry - Nolas Críticas: - Paradigma evolucionista - Desajustamento dos parâmetros demográficos, definidos como fundamentos da teoria, - Omissão relativamente ao papel de nupcialidade e das migrações externas; - O primado das estruturas socioeconómicos, enquanto causa de transição 5 fases da transição demográfica; 1. Natalidade e mortalidade altas 2. Explosão populacional 3. Crescimento desacelerado 4. Estabilização 5. Possíveis mudanças 3. Princípios de Análise Demográfica As fontes de informação Demográfica partem de dados de momento e de de dos de movimento - Dados de momento são relativos aos efetivos da população: estado e estrutura pe. Recenseamentos - Dados de movimento são relativos aos acontecimentos demográficos, como: - nascimentos - óbitos, por confirmação médica - migrações, porém é difícil, pois a maior parte não é documentada. Para gerir tudo isto, foram criados sistemas de contagem como o passaporte, identificação por impressão digital e os casamentos /registo civil. Os recenseamentos são inquéritos sobre dados sociodemográficos sobre a população com objetivo de contagem e caracterização da população residente no país, levantamento do parque habitacional e tipificações das condições de habitabilidade. - consite em agrupar, recolher e publicar dados demográficos, economicos e sociais relativos a todos os residentes de um país ou território. - vertente estática Características dos recenseamentos. 1. Universalidade - todos têm de ser Contados 2. Simultancidete - são todos contados no mesmo dia e hora 3. Com base no indivíduo. 4. Territorialidade - todos os indivíduos do território nacional 5. Realização periódica - 10 em 10 anos (anos terminados em 1 p.e. 2021) 6. Publicação dos dados - têm de ser publicados 7. Projetados e executados sob os auspícios do Governo - são os Estados que pagam. Os Censos são operações complexas e massivas que envolvem: - Mapeamento do território, - Mobilização e formação de profissionais - Recolha e análise de informações sobre a pop e habitação Tem como objetivo principal fornecer dados fundamentais para entender quantos somos, como somos, onde vivemos e como vivemos, ajudando no diagnóstico, planeamento e intervenção em diversas áreas. Os dados censitários permitem analisar a estrutura social e económica do país, bem como a sua evolução e tendência; comparar entre países ou regiões; servir de base para o planeamento informativo de políticas públicas e decisões em setores públicos ou privados Servem para apoiar o planeamento regional e local, contribuir para os estudos de mercado e investigações sociais; facilitar a definição de prioridades no desenvolvimento nacional. Estes são importantes para entender o capital humano e progresso do bem-estar da sociedade. Assim, os Censos são uma fonte única e renovável de informação e, surgem como um valioso instrumento de: Diagnóstico Planeamento Intervenção, nos mais variados domínios Fases de Recenseamento: - Planeamento e preparação: escolha do momento em que será feita a notação; seleção dos aspetos da população que serão observados, cartografia do país; treino dos agentes; - Notação e recolha - Compilação e verificação - Apuramento e publicação dos dedos. → Os dados censitários são fundamentais para o país, por permitirem a análise da sua estrutura social e económica do país. Outra fonte de recolha de dados são os inquéritos que são um procedimento de recolha por sondagem, de certas características da totalidade da população a partir de uma amostra. - são menos exaustivos, abrange apenas uma parte de pop.-amostra representativa - são questionários mais extensos e com mais detalhe. Enquanto que os Recenseamentos: - são mais exaustivos e abrange toda a população; - Questionários com limitação de dimensão de perguntas, ou seja, menos extensas e com menos detalhes. Ferramentas da Demografia - 3.2.1. Contagens - expressam o número de efetivos de uma população Taxas - expressam a frequência de um fato demográfico no total de população, são expressos por permilagem: p.e. taxa brutas de natalidade e mortalidade Rácios - expressam a frequência de um fato demográfico de um subgrupo da população sobre toda a população ou sob outro subgrupo, são expressos em percentagem: p.e. O Rácio dos sexos ou rácio da masculinidade. Índices - expressam a relação entre um subgrupo com outro subgrupo, em percentagem: - p.e. - índice de dependência (jovens, idosos; total) - p.e. - índice de envelhecimento - p.e. Índice de longevidade - p.e. Índice de juventude - p.e. Índice de renovação de operação em idade ativa... Estrutura da População A composição de população segundo características, consideradas isoladamente ou em associação, como a idade; sexo, nacionalidade; estado civil; nivel de instrução. Grupos Funcionais é a repartição da população em grupos de idade de grande amplitude, como a população jovem (0-14), em idade ativa (15-64( e idosa (65+). NUTS é uma nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos, é um sistema hierárquico de divisão dos territórios em regiões. Tem como objetivo harmonizar as estatísticas. Divide-se em 3 níveis: NUTS 1, NUTS 2, NUTS3 e são definidos de acordo com critérios populacionais, administrativos e geográficos. - NUTS I: Continente; Região Autónoma da Madeira /Açores*, - NUTS II: Norte, Centro; Área metropolitana de Lisboa; Alentejo; * - NUTS III: Alto Minho; Ave; Beira Baixa; Médio Tejo; Área metropolitana de Lisboa; Baixo Alentejo; Alto Alentejo; Algarve; * ,..... 3.3. O movimento e estrutura demográfica Pirâmide etária é o estudo da população sintetizado, num dado momento, atraves de uma representação grática das idades e sexo, esta permite fazer uma leitura da dinâmica da população, como as dinâmicas que emergem a partir de uma “fotografia” do estado de pop num dado momento; comparação e análise evolutiva de uma população que ao longo do tempo, comparações entre diferentes populações na mesma época, identificação de acontecimentos significativos de histórica dos geração Tipos de pirâmide - Pirâmide de acento circunflexo - alta natalidade e alta mortalidade, logo muitos jovens e poucos idosos, com umo esperança de vida baixa - Países não desenvolvidos - Pirâmide em uma baixa natalidade e baixa mortalidade, logo poucos jovens e muitos idosos, com uma esperança de vida elevada - Países desenvolvidos - Pirâmide em ás de espadas - natalidade média e baixa mortalidade, com esperança de vida alta. - Países desenvolvidos As pirâmides dão a imagem de composição da população por idades e o que estas implicam na expressão das necessidades das diferentes categorias da pop. Interpretação das pirâmides através de 2 tipos de eventos históricos que são marcados por: - por conservar memórias de acontecimentos passados vividos por certas gerações, - por reportar grandes tendências que derivam da evolução da natalidade, mortalidade e migrações 3.4. Análise transversal e longitudinal. Diagrama de Lexis. COORTE: conjunto de pessoas que viveram o mesmo acontecimento de origem, no mesmo período de tempo. - se o acontecimento for o nascimento, a coorte toma o nome de gerações; - se o acontecimento for o casamento, a coorte toma o nome de promoção. Diagrama de Léxis: é um instrumento de análise demográfica, na medida em que permite repartir os acontecimentos demográficos por anos de observações e gerações (nascimentos, casamentos, divórcios, óbitos,...) Através deste é possível representar fenómenos demográficos a 3 demensões: 1. Tempo - Idade 2. Tempo - ano de doseruccces 3. Tempo - geração Análise transversal (análise de momento): consiste em observar os acontecimentos demográficos num determinado período de tempo. Análise longitudinal (por coortes): Consiste em observar os acontecimentos ao longo da vida dos indivíduos. Geração é um conjunto de pessoas nascidas num determinado ano civil. 4. Análise da Mortalidade Mobilidade refere-se à taxa de portadores de determinada doença em relação ao número de habitantes sãos, em determinado local e momento. Mortalidade - refere-se à relação entre o número de óbitos e o número de habitantes ou seja, o que co oi para baixar (declínio) da mortalidade Eixos de análise da mortalidade - as suas razões de trás, no topo 1. Características no declínio observado na época contemporânea O declínio da mortalidade é diferencial, ou seja, varia com: época, grupo de idades e área geográfica. Até ao séc. XIX, a taxa de mortalidade era muito elevada: com taxas brutas de mortalidade de 40 por mil, taxas de mortalidade infantil de mais de 250 por mil e esperança de vida abaixo dos 40 anos. A grande característica foi a transição durante o século xix e o século xx dos países mais desenvolvidos para níveis mais baixos, com um aumento da esperança de vida, com taxa bruta de mortalidade de 10 por mil e taxa bruta de mortalidade infantil de 10 por mil. Muitos dos países desenvolvidos só viram estas características a surgir após a 2° GM, como por exemplo Portugal. Os elevados níveis de mortalidade, no passado, deveram-se essencialmente 1. Período de fome (associado à falta de técnicas de armazenamento e transporte); 2. Subnutrição (falta de vitaminas e proteínas); 3. Guerras 4. Epidemias (tifo, varíola, cólera) 5. Pestes (bubônica, peste negra 6. Ausência de condições sanitárias. 2. Fatores responsáveis pelo declínio observado - Fatores educacionais devido à melhoria dos conhecimentos sobre o vestuário e produção de alimentos - Fatores Sanitários devido a melhoria das condições sanitárias e de higiene - Fatores Médicos devido à melhoria e educação dos conhecimentos sobre prevenção, diagnóstico e cura de certas doenças, - Fatores Econômicos devido ao desenvolvimento económico que transformou as economia de subsistência em economias de mercado, desenvolvendo redes de comunicações e aumento dos níveis de rendimento - Fatores sociais com a reforma das condições habitacionais, nº de horas de trabalho, etc Em suma, a melhoria do nível de vida, a melhoria das condições gerais de saúde e a rapidez das comunicações criaram condições para que a mortalidade diminuísse e a esperança de vida tenha quase que duplicado, isto como consequência da evolução dos fatores anteriormente mencionados. 3. Identificação das diferenças observadas entre determinados grupos Apesar da diminuição da taxa bruta de mortalidade, da mortalidade infantil e consequente aumento da esperança de vida, esta transição não ocorreu ao mesmo tempo em todo o mundo. Assim, enquanto os países mais desenvolvidos se verificam restaurados através dos 6 fatores anteriormente mencionados, que permitiram a diminuição da mortalidade, nos países menos desenvolvidos, foram fatores quase exclusivamente, médicos e sanitários. Até, mesmo nos países mais desenvolvidos, o declínio não se registou da mesma forma em todos os países, lugares e grupos. Assim, podemos referir que nos países mais desenvolvidos procura-se eliminar a mortalidade diferencial, ou seja, as causas da morte seja a nível socioeconómico; habitat em relação ao meio urbano e rural; habilitações académicas, características étnicas e raciais, sexo, idade; classe social; profissão. - Taxa de mortalidade infantil: óbitos até 1 ano; - Taxa de mortalidade neonatal: óbitos até 28 dias - Taxa de mortalidade perinatal óbitos até 7 dias + fetos mortos com 28 semanas. Causas de mortalidade infantil: - Causas endógenas derivam de deformações congênitas de causas hereditárias ou traumatismos causados pelo parto, ocorrem normalmente no 1° mês de vida ou nos primeiros dias de vida. - Causas exógenas derivam de causas exteriores, como doenças contagiosas, alimentação insuficiente, cuidados hospitalares insuficientes, acidentes diversos, ocorre normalmente no 1° ano de vida. Quanto maior o grau de desenvolvimento do país, menor a taxa de mortalidade infantil. Tábua da mortalidade - é um conjunto de funções básicas que permitem analisar, numa determinada população, o fenômeno da longevidade e efetuar juízos probabilísticos sobre a redução da mortalidade. É um instrumento convencional que serve para analisar como a pop. evoluiu, e que permite fazer previsões. É também um processo de análise demográfica pelo alto interesse de que se reveste para determinadas operações financeiras e seguros. Pode ser feita de ano em ano ou por grupo etário (5 em 5 anos) Pode ser feita para ambos os Sexos (HM agregados ou separadamente para homens(H) e para mulheres (M) Na elaboração das tábuas completas de mortalidade relativas a cada período, são considerados as seguintes dados de base produzidos pelo INE: - Obitos, sor idade, sexo e ano de nascimento; - Nados vivos, por sexo - Estimativas de população residente, por idade e sexo. 5. Análise da Natalidade o da fecundidade Embora signifiquem o mesmo → nascimento de nados-vivos - representam coisas diferentes. Natalidade: é a relação entre nascimentos vivos e população total. Refere-se à frequência dos nascimentos que ocorrem no conjunto da população total de um país. Fecundidade: é a relação entre nascimentos vivos e mulheres em idade de procriar. Refere-se à frequência dos nascimentos que ocorrem num subconjunto - as mulheres em idade de procriar Fertilidade é a capacidade de uma mulher procriar, ou seja, se a mulher é eticoncio. Enquanto que a Fecundidade é a concretização dessa capacidade. É importante medir a natalidade através de: - Registos obrigatórios dos nascimentos - certidão de nascimento - Nados - vivos - Fetos - mortos - Natureza - Estabelecimento hospitalar/domicílio - Vitalidade A fecundidade apresenta 4 grandes temáticas. 1. Caracterização da diversidade e da evolução das componentes específicas deste fenômeno; 2. O estudo das causas e das consequências do declínio da fecundidade, 3. A ligação com a nupcialidade e com as estruturas familiares, 4. A fecundidade diferencial. Fatores de redução do nº de filhos por mulher: - Valores culturais - se valorizam grandes ou pequenas famílias - Papel social da mulher - o papel de procriar - Realidade económicas - os progenitores tem filhos para terem segurança económica - Prevalência de doenças Variáveis que afetam a fecundidade, ou seja, a capacidade de ter relações sexuais, de conceber e de levar a gravidez até ao seu termo - uniões sexuais - formação e dissolução das uniões; - proporção de mulheres casadas a em unicão; - frequencia das relações sexuais; - Separações temporárias - Contracepção - uso de contracetivos; - esterilização contraceptiva; - abortos induzidos Fecundidade diferencial refere-se às variações na taxa de nascimentos entre diferentes grupos dentro da população, que podem variar consoante. - idade - Habilitações literárias; - Grau de desenvolvimento do país; - Habitat ( se vivem em meio rural com menos acesso à saúde , ou em meio urbano com mais facilidade em aceder aos cuidados médicos); - Religião; - classe Social; - políticas natalistas ou anti-natalistas; - uso de contraceptivos - idade à data do 1° casamento. Causas da sua diminuição em Portugal: - difusão dos métodos contracetivos eficazes; - aumento da probabilidade dos nascidos sobreviverem, no 1º ano de vida; - terciarização da economia e da sociedade e universalização da proteção; - extensão da escolarização e aumento do nº de mulheres no mercado de trabalho; - perda do valor da mão-de-obra enquanto principal recurso de economia; alteração do calendário da maternidade, que se torna mais tardia. Evolução da natalidade - Até ao final do século XVIII a taxa de natalidade era elevada. Mais tarde mesmo no final do séc dá-se uma quebra da natalidade que leva à proibição do trabalho infantil e consequente baixa da natalidade infantil. Nesta época que começaram a avançar com as políticas anti-natalistas. - No Século XIX até 1930 a taxa de natalidade apresenta uma quebra dos seus valores atingindo números mais baixos na década de 30. - 1930 - 1964: Em 1924 deu-se o Crash da Bolsa de Nova York que resultou numa crise económica. Foi de 30 a 45 que se deu o fim da 2 GM. De 45 a 65 de-se o período do Baby-Boom devido ao regresso dos soldados e a um período de grande otimismo. - Entre 1965 e 1985 dá-se uma nova quebra da natalidade e até 85 verifica-se uma estabilidade dessa diminuição. - De 1985 em diante verifica-se algumas oscilações de uma alta natalidade, no entanto os valores não são suficientes para garantir a renovação das gerações em que o valor deveria ser superior a 2,1, porém isso não é o que acontece. Países em vias de desenvolvimento - Evolução da natalidade É em alguns países como África e Ásia que hoje se encontram as taxas de natalidade mais elevadas. Para esta situação contribui o fenómeno: - subdesenvolvimento; - condições económicas; - tradições locais) - Convicções religiosas; - estatuto das mulheres; - Visão da vida Contudo, apesar das elevadas taxas de natalidade nos países menos desenvolvidos, estima-se que no futuro se registe uma redução de valores que podem contribuir para - A melhoria das condições de vida, - maiores qualificações das mulheres; - alteração do estatuto das mulheres, - adoção de políticas anti-natalistas. 6. Migrações / Movimentos Migratórios Migração - é um movimento temporário a permanente efetuado pelos indivíduos de um lugar para o outro. Esta pode subdividir-se em. - migração internacional -entre países - migração interna - de uma região para outra, dentro do país. Migração permanente - deslocação de uma pessoa através de um determinado limite espacial, com o objetivo de se fixar por um período igual ou Superior a 1 ano. Migração temporária- deslocação de uma pessoa através de um determinado limite espacial, com o objetivo de fixar residência por um período inferior a 1 ano. O mesmo pode-se definir por emigrante temporário ou permanente (ex: um portugues que vá viver para o exterior) ou imigrante temporário ou permanente (um estrangeiro que venha viver para Portugal) Por migrações internas, entendem-se como movimentos das populações dentro de um país, território ou área restrita. Estes podem ser : - Definitivas, como o êxodo rural, saindo do campo para a cidade; - Sazonais, que são constituídas por grupos de pessoas coletivamente organizadas em resposta a ofertas de trabalho qualificado fora das suas regiões de residência durante determinadas estações do ano. Causas das migrações internas pode derivar - infertilidade das terras; - acesso a águapotável; - Desemprego; - Dificuldades de comunicação; - inexistência de infraestrutura de serviços (saúde, escolas, universidades,...) Consequências - Despovoamento das áreas rurais/ interior; - Envelhecimento da população do interior; - Surgimento de mega cide des devido à crescente urbanização Por migrações internacionais entende-se os movimentos populacionais que ocorrem para um país estrangeiro dando origem aos conceitos de emigrante e imigrante. - Emigrante: indivíduo que scido seu país para ir viver noutro país (p.e. uma indivíduo que sai de Portugal e vai para França); - Um indivíduo que saia de frança e venha para Portugal é um imigrante. 1° Migrações transoceânicas surgiram a partir do século XVI e prolongaram-se até ao século XIX entre a Europa e outros continentes. 2° Migrações atuais - os principais movimentos migratórios que ocorrem desde o início da década de 90. Os grandes fluxos passam a fazer-se entre a América latina e Ásia para EUA, Europa oriental, Ex-União Soviética e do Norte de África para a Europa do Norte e Ocidental. E ainda, da África e Ásia Para o Médio Oriente Em suma, existem diversos tipos de migrações, que podem variar - Quanto ao espaço (externas /internas); - Quanto à duração (definitiva/temporária) - Quanto à tomada de deciscio (forçada/ votontárice) - Quanto à relação com alei (legal /itegal) No entanto, também têm as suas causas, que podem ser: - Bélicas - Religiosas - Económicas - Naturais - Socioculturais vantagens para os países de destino: remessas socioeconómicas e + mão de obra. Desvantagens para os países de origem/saída: despovoamento; perda de população; envelhecimento; diminuição de população jovem. População estrangeira com estatuto legal residente - conjunto de estrangeiros com autorização de residência em conformidade com a legislação Atribuição de nacionalidade Portuguesa é através da lei ou declaração da vontade, cujos efeitos reportam à data de nascimento. Aquisição de nacionalidade portuguesa é através da declaração de vontade, naturalização ou adoção plena. - Na questão da naturalização o indivíduo deve residir no território portugues há pelo menos 6 meses; se for filho de estrangeiro mas tenha nascido em território português; desde que um dos progenitores resida legalmente em portugal lá pelo menos 5 anos; se for descendente de um português. - Quanto à declaração de vontade, se um estrangeiro estiver casado ou em uma união de facto com um portugues lá mais de 3 anos; estrangeiro que seja menor ou incapaz em que o pai ou mãe tenha adquirido a nacionalidade Para permanecer em Portugal é necessário ter uma autorização paramecia que permite a um estrangeiro estar em Portugal se reunir as seguintes condições: - não ter sido condenado - não ter sido sujeito a nenhuma medida de afastamento - ser titular de um contrato de trabalho com informação favorável Visto temporário, que normalmente é adquirido para algum: - tratamento médico - acompanhamento familiar sujeito a tratamento; - exercício de atividade profissional; - exercício de uma atividade desportiva; - exercício de programas de estudo, intercâmbio, estágio profissional ou voluntariado. Visto de residência - com objetivo de solicitar autorização para estabelecer residência para: - exercício de atividade profissional - exercício de atividade independente ou para imigrantes empreendedores - para atividade de investigação - para estudo, intercâmbio, estágio profissional ou voluntariado - para efeitos de reagrupamento familiar Visto - é uma autorização emitida por um Estado que habilita a portador a apresentar-se num ponto de fronteira e solicitar a entrada no país. Migrantes, saem do seu país de origem à procura de melhores condições de vida, saem voluntariamente. Refugiados, saem do seu país de origem por motivos de segurança, muitas das vezes devido a perseguições, guerras, questões climáticas, sendo obrigados a sair, ou seja, saem forçados. Recenseamento permite aferir e obter informação da pop. Censos - permitem aferir a informação da habitação e das pessoas. A partir dos anos 80 é realizado o 1º censo de aferição das questões habitacionais. Movimentos migratórios são aqueles que levam os indivíduos a sair de um lugar para outro. Movimento pendular é também um movimento/deslocação de um local para outro mas diariamente enquanto que os migratórios envolvem as questões de decisão de permanência no local. (p.e. 1 pessoa vive em Almada, mas trabalha em Lisboa, esta deslocação entre Almada e Lisboa é um movimento pendular. Para ser um movimento migratório significa que as pessoas têm de passar a residir e fazer vida para o local onde foi temporariamente (1). Os movimentos pendulares também podem ser externos (p.e. 1 pessoas que vive em Tavira mas trabalha em Ayamonte, isto é um movimento pendular desde que resida neste caso em Tavira, se for viver para Ayamonte para ir trabalhar já passa a ser um movimento migratório. Ou seja, a ideia de que o pensamento demográfico teve a ideia, de como é que a pop. pode evoluir, passando por momentos de aumento de pop. e crises de políticas natalistas para ao longo do tempo irmos verificando se há a ideia de baixar a mortalidade e políticas que influenciem. E a natalidade em alguns momentos baixá-la, como aconteceu no séc. passado em países em vias de desenvolvimento e que agora estão no oposto, no aumento de natalidade em países desenvolvidos do ponto de vista económico, como Portugal entre países da UE. Ao longo do tempo os padrões das migrações foram diferentes. Até ao início do séc. XIX de Europa para o resto do mundo (eram estes padrões de migrações internacionais), depois começou-se a verificar é a saída da Ásia (China e Japão) , a partir do início do século começa-se a verificar que nas migrações portuguesas os indivíduos já não vão tanto para a África ou Ásia e América Latina como iam anteriormente e passam a ir mais para a Europa. Depois há outro tipo de migrações ao longo do tempo, que são as saídas de indivíduos que vêm de África, da Ásia e da América latina para a Europa e países desenvolvidos. No caso Portugues o que se começa a verificar é que com a queda do muro de Berlim em 1989, e com a questão da independência das colônias começam-se a verificar o aumento dos fluxos de migrações para Portugal, isto ao longo do tempo observa-se a maior entrada no país dos indivíduos que vieram das ex-colónias e de indivíduos provenientes da Europa do leste. Mais recentemente os fluxos que nós temos mais são de brasileiros e provenientes da américa latina, depois de África (angola e Cabo Verde), depois da Ásia (Índia, Bangladesh e Nepal) e que se concentram em portugal conforme as diferentes áreas. Relativamente às migrações é importante saber como as migrações internas e externas (internacionais) podem afetar os países de origem e os países de destino.

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