Zoologia II - Subfilo Crustacea

Zoologia II - Subfilo Crustacea

• O Instituto Federal Farroupilha, em Alegrete, oferece uma licenciatura em Ciências Biológicas.
• O Dr. Erikcsen Augusto Raimundi é o professor da disciplina Zoologia II.
• O subfilo Crustacea inclui uma ampla variedade de animais, como camarões, caranguejos, siris, lagostas, tatuzinhos-de-jardim, cracas, e outros organismos aquáticos e terrestres.
• Estes animais são caracterizados por um corpo segmentado, exoesqueleto quitinoso e apêndices articulados.

Principais grupos de Crustáceos

• Ostracoda: Grupo com diferentes formas, muitas vezes minúsculas, com carapaça em forma de concha.
• Copepoda: Pequenos crustáceos com importância ecológica, frequentemente encontrados em ambientes aquáticos, e com diversos modos de vida.
• Branchiopoda: Crustáceos aquáticos, com apêndices respiratórios semelhantes a brânquias, muitas vezes com modos de vida filtradores.
• Cirripedia: Crustáceos marinhos que muitas vezes são sésseis, como as cracas, apresentando complexas estruturas de fixação.
• Malacostraca: Classe de crustáceos que abrange uma grande variedade de tamanhos, frequentemente maiores em porte, e com uma ampla diversidade de espécies.

Os Crustáceos

• São artrópodes marinhos, dulcícolas e terrestres, que dominam ecossistemas aquáticos.
• Apresentam grande diversidade morfológica.
• Apresentam aproximadamente 67.000 espécies divididas em cerca de 900 famílias.
• Possuem características comuns, apesar da diversidade.

Características dos Crustáceos

• Cabeça com 5 segmentos e um ácron pré-segmentar.
• Apresentam dois pares de antenas e um par de mandíbulas e dois de maxilas.
• Possuem pernas uni ou birremes.
• Possuem carapaça.
• Larva típicas são do tipo náuplio, mas há variações em diferentes grupos.
• A respiração é principalmente branquial, mas também pode ocorrer através de tegumento ou outros apêndices.
• Apresentam estruturas excretoras nefridiais.
• Muitos táxons têm ocelos simples e olhos compostos.

O Bauplan dos Crustáceos

• O corpo dos crustáceos é basicamente dividido em cabeça, cefalotórax e abdômen.
• O tronco pode ser dividido em cefalotórax e abdômen, exceto em alguns poucos grupos.
• A cabeça apresenta 5 segmentos fundidos.
• Os apêndices da cabeça são os maxilípedes.
• O tórax pode ter diferentes tipos de pereiópodos, adaptados para diferentes funções como alimentação, defesa, locomoção.
• O abdômen é composto por segmentos, com apêndices dependendo das funções, como os pleópodos e urópodos.

Abdomen

• Com número variável de segmentos, terminando em um somito anal (télson).
• Apêndices como os pleópodos (em forma de remos) e urópodos são encontrados no abdômen, com funções variadas.

Apêndices dos Crustáceos

• Geralmente são birremes, com endopódios e exopodios, exceto em alguns grupos.
• Possuem enditos (ex: gnatobases) ou exit (brânquias), com funções diversas.

Locomoção

• Crustáceos movem-se através de seus apêndices, com diferentes modos de locomoção.
• As formas de locomoção incluem nadar, andar, cavar, se prender a outros organismos ou mesmo não se locomover.

Alimentação

• Crustáceos demonstram diversos modos de alimentação, que podem envolver suspender partículas na água, como filtradores, ou predação, ou outros métodos de alimentação.

Crustáceos parasitas

• Muitas espécies de crustáceos desenvolveram adaptações para parasitismo, como a Cymothoa exigua, conhecida como "pulga que come a língua", onde a fêmea se fixa na língua de um peixe.

Sistema digestório

• O sistema digestório típico dos artrópodes é composto por estomodeu, mesêntero e proctodeu, com adaptações variadas entre os grupos.
• Possui esôfago, estômago e intestino, com estruturas especializadas para processamento de alimentos.

Circulação & trocas gasosas

• Crustáceos podem utilizar hemolinfa e apresentar coração tubular.
• Algumas espécies usam brânquias, pulmones ou tegumento para respiração, com diferentes estruturas e adaptações respiratórias.
• A hemolinfa pode levar oxigênio em formas diversas.

Excreção & Osmorregulação

• Crustáceos excretam amônia e utilizam glândulas antenais e maxilares para excreção, com diferentes adaptações de acordo com o ambiente.
• As brânquias e outros pontos de superfície corporal também auxiliam na excreção.
• A osmorregulação é fundamental para a sobrevivência em ambientes aquáticos e terrestres.

Reprodução & desenvolvimento

• A maioria das espécies são dioicas (sexos separados), mas existem casos de hermafroditismo, com variações entre os grupos.
• Podem apresentar desenvolvimentos diretos ou indiretos, a partir de diferentes estágios larvais.
• Larva náuplio é uma forma larval comum em muitos crustáceos, mas existem outras formas larvais.

Classificação

• O subfilo Crustacea apresenta várias classes, ordens e subordens, com complexos padrões evolutivos e de adaptação.

Classe Remipedia

• Crustáceos com corpo alongado e apêndices semelhantes a remos.

Classe Copepoda

• Pequenos crustáceos marinhos e de água doce, com importante função ecológica em alguns ambientes.

Classe Ostracoda

• Crustáceos com carapaça em forma de concha, com ampla diversidade morfológica, em ambientes diversos.

Classe Malacostraca (incluindo Decapoda e Isopoda)

• Classe diversa com ordens como Decapoda (ex: camarões, caranguejos) e Isopoda (ex: tatuzinhos-de-jardim), cada uma com suas características e modos de vida.

Sistema nervoso & órgãos dos sentidos

• Os crustáceos têm um sistema nervoso semelhante ao dos outros artrópodes, com gânglios nervosos e nervos.
• Apresentam uma grande diversidade de órgãos sensoriais, incluindo olhos compostos, cerdas mecanorreceptoras, quimiorreceptoras e estatocistos.

Importância

• Muitos crustáceos, especialmente decápodos, são importantes fontes de alimento.
• Algumas espécies podem causar prejuízos econômicos (invasões biológicas), com adaptações ou consequências negativas em outros ecossistemas.

Filogenia & Evolução

• Análises filogenômicas sugerem que os hexápodes surgiram de uma linhagem de crustáceos, provavelmente os remipédios.
• Há contínuas pesquisas sobre a filogenia dos crustáceos e suas relações evolutivas.