ABORDAGEM ÀS FRATURAS DE PELVE E EXTREMIDADES

Abordagem às Fraturas de Pelve e Extremidades

• As informações sobre abordagem às fraturas foram retiradas do Procedimento Operacional Padrão (POP) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).

Princípios Gerais da Imobilização de Fraturas

• Remover relógio e joias antes de imobilizar para evitar edema.
• Alinhar fraturas por leve tração manual antes de imobilizar, interrompendo se piorar a dor ou houver resistência.
• Acolchoar lateralmente a imobilização.
• Imobilizar as articulações proximal e distal à fratura, exceto em fraturas articulares (joelho, tornozelo e punho).
• Avaliar sempre perfusão antes e após a imobilização, atentando ao pulso distal, enchimento capilar e coloração.

Imobilização de Membros Inferiores

• Imobilizar no mínimo com 2 nós (direitos) proximais e 2 distais ao ponto de fratura, envolvendo as articulações proximal e distal.
• Não apertar nós diretamente sobre o ponto de fratura.
• Afrouxar caso note má circulação.

Imobilização do Antebraço/Cotovelo

• Utilizar a ponta da gandola ou cinto para suportar antebraço fraturado, apoiando no ombro oposto à fratura.
• Manter mão acima do nível do cotovelo para evitar inchaço.
• Utilizar bandagem triangular, passando as pontas pela frente do tórax e amarradas atrás do pescoço ou por baixo da axila e pela frente, cada qual passando em volta de um dos ombros e amarradas às costas.

Imobilização do Braço

• Utilizar a ponta da gandola ou cinto para suportar antebraço fraturado, apoiando no ombro oposto à fratura.
• Manter mão acima do nível do cotovelo para evitar inchaço.
• Utilizar bandagem triangular e tirantes improvisados para imobilizar o braço (úmero) fraturado junto ao gradil costal.

Imobilização do Punho/Mão

• Imobilizar o punho e mão utilizando bandagem triangular.

Imobilização da Pelve

• Utilizar lençol ou tala pélvica para imobilizar a pelve, passando sob a vítima pelo espaço natural abaixo da lordose lombar ou dos ocos poplíteos e deslizando até o nível dos trocânteres.
• Evitar movimentar a coluna lombar, a qual também se encontra em risco em caso de fratura de bacia.

Imobilização do Quadril/Coxa

• A imobilização do quadril e coxa é realizada com um lençol ou dispositivo de estabilização pélvica.
• O lençol deve ser passado sob a lordose lombar ou os côndilos poplíteos e deslizado em vai e vem até ficar ao nível dos trocanteres.
• A estabilização pélvica deve ser feita antes da extricação veicular.
• O dispositivo de estabilização pélvica pode ser posicionado à esquerda do paciente.
• A imobilização é utilizada em casos de suspeita de fratura da pelve.

Figuras Relevantes

• A Figura 53 mostra a imobilização de fratura do quadril e coxa.
• A Figura 54 mostra como passar o lençol sob a lordose lombar ou os côndilos poplíteos.
• A Figura 55 mostra o posicionamento dos dispositivos de estabilização pélvica, incluindo lençol.
• A Figura 56 e 57 mostram a estabilização de suspeita de fratura da pelve com lençol.