Segurança em Operações de Resgate

Operação de Salvamento em Colisões de Veículos

• A segurança é fundamental em uma operação de salvamento, pois existem vários perigos envolvidos, como incêndio, instabilidade dos veículos, ferragens pontiagudas, estilhaços de vidro, produtos perigosos, etc.

Fases do Desencarceramento

• Estacionamento das viaturas:
  • A viatura de salvamento deve ser posicionada junto à calçada, a uma distância mínima de 5 metros à frente do evento.
  • A viatura de socorro médico deve ser posicionada à frente, a uma distância máxima de 5 metros do ponto da colisão.
• Sinalização/isolamento do local:
  • A sinalização do local deve ser feita desde a distância de 1 x velocidade máxima da pista.
  • Deve ser utilizada sinalização fotoluminescente, com no mínimo sete cones.
  • O isolamento do local deve ser feito para limitar o acesso apenas àqueles que trabalham na ocorrência.
• Uso do EPI:
  • Todos os bombeiros devem estar usando o EPI adequado, como capacete, capa de aproximação, luvas cirúrgicas, etc.
  • Em casos que envolvam riscos elétricos, deve ser acrescido o EPI com materiais específicos, como capacete de segurança, calçado de segurança, etc.
• Armação da linha de prevenção:
  • Deve ser armada uma linha de prevenção com esguicho de vazão regulável (EVR) ou mangotinho, em carga e fechado, com o corpo de bomba funcionando em regime de baixa rotação.
• Estabilização do veículo:
  • Deve ser feita antes da abordagem dos veículos acidentados, para evitar tombamento, esmagamento do teto, deslizamento ou qualquer outro movimento que venha a pôr em risco o sucesso da operação.
• Desligamento ou corte dos cabos da bateria e fechamento da válvula do GNV:
  • Deve ser feito com a prevenção de uma linha direta, o corte da alimentação de energia elétrica do veículo, retirando primeiramente o cabo ligado ao borne negativo (-) da bateria.
• Manuseio dos vidros:
  • Os vidros podem ser removidos, partidos ou cortados.
  • Deve ser utilizada proteção transparente, segura e maleável para proteger a vítima e as equipes de salvamento.
• Desencarceramento da vítima:
  • Deve ser feito em etapas, caso sejam necessárias, como remoção do teto, remoção da porta, afastamento do painel, etc.
  • O protocolo a ser seguido inclui a remoção de teto e portas, corte do pilar "A", uso do cilindro na coluna "B", etc.

Considerações Adicionais

• No caso de incêndio, as distâncias de sinalização e isolamento devem ser de 20 metros do ponto de colisão e, caso haja risco de explosão, de no mínimo 200 metros.
• No caso de atropelamento com vítima sob o veículo, o protocolo inclui levantar o veículo utilizando cilindros extensivos, macacos e/ou expansores hidráulicos, e estabilizar progressivamente.

Serviço de Corte de Árvore

• O serviço de corte de árvore, realizado pelo CBMERJ, compreende o abate ou retirada e o desbaste ou poda, apenas aplicado em situações emergenciais.
• Situações emergenciais: são acontecimentos mórbidos e inesperados, que requerem tratamento imediato devido ao risco extremo.

Definições

• Risco iminente: perigo ou possibilidade de perigo que está em via de efetivação imediata.
• Abate seccionado: técnica de corte que consiste em seccionar a árvore em pedaços menores, utilizando técnicas variadas.
• Corte de abate pleno: realizado acima do corte direcional, mantendo uma faixa de fratura igual a 1/10 do diâmetro da árvore.
• Sistema de elevador: técnica de corte que consiste em remover os galhos parcialmente, aos pedaços, em vez de abatê-los totalmente de um só golpe.

Considerações Gerais

• O CBMERJ é responsável apenas pela retirada das árvores ou poda dos galhos de grande porte já caídos nas vias públicas, que podem provocar acidentes.
• A retirada das árvores ou poda dos galhos é realizada apenas em casos de risco iminente de queda, oferecendo risco real à integridade física das pessoas ou de seus bens.

Ameaça de Queda

• Em casos de solicitação de "ameaça de queda", é necessário que seja apresentado ao CBMERJ um relatório de um profissional habilitado, atestando que o vegetal se encontra em risco de queda iminente.

Procedimentos

• A viatura de autobusca e salvamento deve se posicionar afastada do local onde será efetuado o corte de árvore, a uma distância segura para possíveis incidentes.
• O isolamento do local deve obedecer a uma distância de, no mínimo, duas vezes o tamanho real da árvore a ser cortada, utilizando faixas de sinalização, cordas e/ou cones de sinalização.
• Antes de efetuar o corte, deve-se fazer uma avaliação técnica e uma avaliação do tipo de terreno, considerando fatores como edificações próximas, fiação elétrica e condições climáticas.

Equipamentos de Proteção

• Os equipamentos de proteção individual devem ser usados pelos elementos da guarnição, incluindo capacete, óculos de proteção, protetor auricular, equipamentos de altura e luvas.
• A motosserra deve ser usada com cuidado, observando a tensão, a lubrificação e a afiação da corrente antes e após o corte.

Cuidados com Árvores Próximas a Rede Elétrica

• Em casos de árvores próximas a rede elétrica, é necessário que a companhia de eletricidade local seja acionada e apoie o CBMERJ, devido à complexidade do evento.
• A tabela do manual MTB-35 apresenta a distância mínima necessária de um ponto energizado para que uma pessoa possa se movimentar sem o risco de abertura de arco elétrico em relação ao seu corpo.

Operações com Elevadores

• Conjunto de equipamentos com acionamento eletromecânico ou hidráulico para realizar transporte vertical de passageiros, cargas ou ambos concomitantemente entre os pavimentos de uma edificação.
• Equipamentos possuem itens de segurança e proteção aos usuários, como reguladores de velocidade, freios de segurança, limites de parada, botões de emergência, etc.

Definições

• Cabina: compartimento onde é transportada a carga e/ou as pessoas.
• Caixa de corrida: espaço entre a casa de máquinas e o piso do poço, onde se movimentam a cabina e o contrapeso.
• Contrapeso: utilizado para diminuir a força realizada pelo motor do elevador, tem normalmente a metade do peso suportado pelo aparelho acrescido do peso da cabina.
• Pavimento de acesso: locais de parada da cabina, compostos por porta de pavimento, sinalização de pavimento, botoeira de pavimento.
• Casa de máquinas: local onde normalmente são instalados os equipamentos, abriga os aparelhos que comandam e controlam o elevador.
• Poço: parte inferior da caixa, onde ficam instalados dispositivos de segurança para proteção de limites de percurso do elevador.
• Limitador de velocidade: tem a finalidade de travar o elevador em caso de aumento de velocidade acima do padrão de segurança.
• Quadro de comandos: gerencia as informações elétricas do elevador para a realização dos comandos de parada e partida.
• Máquina de tração: conjunto motriz que tem a finalidade de realizar a força no transporte vertical.

Possíveis Defeitos

• Falta de força geral ou por defeito localizado na edificação.
• Sobrecargas devido ao excessivo número de passageiros.
• Defeito no freio pode causar a ultrapassagem dos limites de percurso.
• Defeito no regulador de velocidade pode fazer atuar o freio de segurança.
• Defeitos no comando elétrico podem causar a paralisação em qualquer ponto do percurso.

Procedimentos

• Guarnição padrão para esse tipo de ocorrência é formada com no mínimo três Bombeiros.
• O Chefe da Guarnição deverá abrir e operar junto à porta de pavimento mais próxima da cabina.
• Os outros dois componentes da guarnição deverão operar acima da caixa de corrida, na casa de máquinas do elevador.
• Coletar, durante o deslocamento, o máximo de informações possível junto à SsCO.

Conduta Operacional para Vítimas Retidas no Interior da Cabina

• LOCALIZAR a posição da cabina em relação aos pavimentos.
• DIVIDIR a guarnição, devidamente equipada com rádios transceptores e lanternas, entre a casa de máquinas e o local próximo à cabina com as vítimas.
• CORTAR a energia elétrica do elevador, por meio do desligamento da chave geral correspondente.
• ABERTURA da porta do andar mais próximo à cabina com as vítimas.
• NIVELAMENTO será processado por meio da liberação do freio hidromecânico e rotação lenta e contínua do volante de inércia da máquina de tração.

Inviolabilidade Domiciliar

• A casa é considerada um asilo inviolável do indivíduo, e ninguém pode entrá-la sem o consentimento do morador, exceto em casos de flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro.
• É necessário tomar cuidado com todos os bens dentro de um domicílio antes de passá-lo à autoridade competente, para evitar perdas ou danos.

Cautela e Proteção

• A cautela é a precaução ou diligência que se emprega para a execução de um ato, de modo que não cause contrariedade a quem o faz ou a quem o mesmo possa aproveitar.
• A medida acautelatória consiste na documentação ou registro da existência ou estado de bens, evitando assim o receio de extravio ou de dissipação.

Abertura de Portas e Janelas

• Abertura de portas comuns:
  • Verificar o sentido da abertura da porta, que pode ser para dentro ou para fora do ambiente.
  • Identificar a localização dos trincos e fechaduras.
  • Colocar a ponta da alavanca imediatamente acima ou abaixo do trinco e forçar a porta.
• Abertura de portas de enrolar:
  • Existem dois tipos de travas: uma junto ao chão e outra nas laterais.
  • Pode ser necessário cortar a trava junto ao chão com o tesourão ou utilizar a pinça hidráulica do desencarcerador.
  • Cortar as travas laterais com o moto-cortador.
• Abertura de janelas com painéis de vidro:
  • Buscar a abertura da janela sem quebrar o vidro.
  • Quebrar um dos painéis de vidro e proceder a liberação dos trincos ou trancas.
• Abertura de portas de vidro:
  • Podem ser encontradas portas de vidro comum e de vidro temperado.
  • A porta de vidro temperado é mais resistente e pode ser aberta com a chave de grifo ou retirando os pinos da dobradiça.

Abertura de Outras Estruturas

• Abertura de grades:
  • Cortar as grades com o moto-cortador ou com as pinças hidráulicas do desencarcerador.
• Abertura de paredes:
  • Utilizar malho, talhadeira e alavanca.
  • Ter cuidado em não atingir paredes estruturais, colunas e vigas.
• Abertura de paredes em estruturas colapsadas:
  • Traçar um triângulo de 1m de lado com tinta spray.
  • Fazer um orifício para comunicação e, após resposta positiva, arrombar o restante do triângulo.
• Abertura de telhados:
  • Utilizar uma escada para distribuir o peso pela estrutura fixa do telhado.
  • Retirar as telhas.
• Abertura de lajes:
  • Demarcar um quadrado de 1m de lado.
  • Fazer um orifício e utilizar uma alavanca com um cabo para segurar o quadrado maior.
• Abertura de forros:
  • Utilizar o croque para puxar os forros para baixo.
• Abertura de divisórias:
  • Utilizar duas alavancas, uma na parte de cima da placa e outra próxima ao chão.

Here are the study notes:

Salvamento em Alturas

• O material mais importante em salvamento em alturas é a corda.
• Terminologia das partes de uma corda:
  • Abertura de divisórias (parte da corda que está livre)
  • Partes da corda (alma, capa, chicote, firme, etc.)
• Definições importantes:
  • Acochar: ajuste de um cabo quando de sua utilização ou manuseio.
  • Aduchar: acondicionamento de um cabo com vista ao seu pronto emprego.
  • Alça: uma volta ou curva em forma de “U”.
  • Anel: é uma volta onde se verifica a interseção da corda.
  • Bitola: é o diâmetro do cabo.
  • Cabo guia: é o cabo utilizado para direcionar o içamento ou a descida de uma vítima ou objeto.

Carga de Ruptura e Carga de Trabalho

• Carga de ruptura: é a tensão mínima necessária para o rompimento de um cabo.
• Carga de trabalho: é a carga máxima à qual deve ser submetida à corda quando empregada nos serviços de salvamento.
  • Para cargas: 1/5 do valor da carga de ruptura.
  • Para cargas vivas: 1/10 do valor da carga de ruptura.

Manutenção e Vida Útil de uma Corda

• A manutenção e vida útil de uma corda dependem de:
  • Frequência de utilização.
  • Forma de emprego (rapel, escaladas, espelunca, sob tensão, etc.).
  • Manutenção adequada.
  • Excesso de trabalhos mecânicos.
  • Processos de abrasão sofridos pela corda.
  • Quantidade de raios ultravioletas e umidade que absorve, degradando pouco a pouco as propriedades da corda.

Avaliação da Vida Útil de uma Corda

• Formas de avaliação:
  • Enrolar e acomodar as cordas corretamente e em local adequado.
  • Sempre “falcacear” os chicotes.
  • Sempre identificar o comprimento da corda nos seus chicotes.
  • Secar sempre à sombra e sem tração (as que são feitas de fibras vegetais diminuem em até 10% seu comprimento).
  • Respeitar sempre a carga de trabalho da corda.
  • Sempre verificar se há coças.
  • Guardar as cordas em local fresco e ventilado, longe de lugares úmidos e livres da ação de roedores.
  • Cortar a corda quando apresentar avaria (retirando a parte danificada).
  • Utilizar nós adequados à atividade.

Nós e Voltas

• Características dos nós:
  • Fácil confecção.
  • Não estar trepado, pois assim diminuirá a resistência da corda.
  • Ser específico e próprio para a função que o exige.
  • Apresentar o máximo de segurança.
  • Acochar conforme recebe tensão, sem correr o risco de se desfazer.
  • Ser de fácil soltura.
• Finalidade dos nós:
  • Ancoragem.
  • Confecção de alças.
  • Asseguramento.
  • União de cabos.
  • Confeção de cadeiras.
  • Encordamento.
  • Reforço ou encurtamento.
  • Blocagem.
  • Amarrações especiais.
  • Arremate.

Nós Específicos

• Nó simples.
• Pescador duplo.
• Frade.
• Nó duplo.
• Nó direito.
• Nó de envergue.
• Nó esquerdo.
• Escota simples ou singela.
• Escota dobrada.
• Nó de aboço.
• Volta do fiel pelo seio ou Nó de Porco.
• Volta do fiel pelo chicote ou Nó de Barqueiro.
• UIAA.
• Pata de gato.
• Boca de lobo.
• Prussik.
• Marchand.
• Bachman.
• Cabrestante simples ou Lais de Guia ou Nó de Salvação.
• Cabrestante duplo.
• Azelha simples pelo seio.
• Azelha simples pelo chicote.
• Azelha dobrada pelo seio.
• Azelha dobrada pelo chicote.
• Azelha equalizada.
• Nó de catau.
• Encapeladura simples.
• Encapeladura dobrada.
• Volta do calabrote.
• Pescador duplo de correr.
• Pescador fixo.
• Harnês.
• Nó de moringa.
• Nó de borboleta.
• Balso pelo seio fixo.
• Balso pelo seio de correr.
• Nó de trapa.
• Nó de prender mangueira.
• Nó de mula.
• Fraldão.
• Cadeira brasileira.
• Nó paulista.
• Cariocão.

Métodos de Enrolar a Corda

• Método de prontidão: deixa-se 1,5m de chicote e começa a enrolar a corda na mão e no pé fazendo um desenho de “8”
• Método de corrente simples: começa-se com um nó de azelha ou de laçada rápida em um dos chicotes da corda
• Método de corrente dupla: começa-se com o nó de encapeladura simples em um dos chicotes da corda
• Método de corrente tripla: começa-se da mesma forma que a corrente simples, com a diferença de se puxar o seio da corda acima do nó principal
• Método de corrente quádrupla: começa-se fazendo um nó de azelha dobrada, passa-se a corda por cima de um ombro e por baixo do outro
• Coroa japonesa: método onde se faz um nó de azelha dobrada, passa-se a corda por cima de um ombro e por baixo do outro
• Coroa japonesa dobrada: método bem parecido com a coroa japonesa, com a diferença de ser feito com a corda permeada
• Método vai-e-vem: método para guardar uma corda na seção ou em local onde ela ficará guardada por algum tempo

Métodos de Ancoragem

• Ancoragem padrão do CBMERJ: utiliza a Volta do Fiel com três cotes, em dois pontos, ancoragem principal e ancoragem secundária
• Ancoragem com fita tubular: utiliza fitas tubulares e mosquetões
• Ancoragem com nó de trapa: preserva a resistência da corda

Técnicas de Salvamento em Alturas

• Descida livre: forma como o bombeiro fará uma descida pela corda
• Descida com vítima: checagem da vítima é incluída na checagem do equipamento
• Ascensão: técnica empregada para ascender na corda, pode ser feita com uso dos aparelhos ascensores ou com uso dos nós prussik, marchand ou bachmann
• Freio fixo: sistema pelo qual permite o bombeiro resgatar a vítima sem ter que descer com a mesma
• Resgate de suicida: técnica utilizada para resgate de suicidas em alturas

Salvamento Aquático

• Noções básicas de salvamento aquático são necessárias para bombeiros militares em serviço diário de suas unidades, incluindo salvamentos em rios, enchentes, inundações e alagamentos.

Conceitos Básicos

• Alagamento: Água acumulada no leito das ruas e no perímetro urbano por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de drenagem deficientes.
• Enchente: Elevação do nível de água de um rio, acima de sua vazão normal.
• Inundação: Transbordamento de água da calha normal de rios, mares, lagos e açudes, ou acúmulo de água por drenagem deficiente, em áreas habitualmente secas.
• Enxurrada: Escoamento superficial concentrado e com alta energia de transporte, que pode ou não estar associado a áreas de domínio dos processos fluviais.

Conseqüências de Enchentes e Inundações

• Afogamentos;
• Pessoas ilhadas em residências e automóveis;
• Pessoas arrastadas pelas correntezas.

Equipamentos para Salvamento Aquático

• Capacete de salvamento aquático:
  • Protege a cabeça do militar em salvamentos aquáticos.
  • Injetado em Polipropileno, com regulagem interna de tamanho feita com Neoprene, o que proporciona melhor ajuste, mais segurança e conforto para o usuário.
  • Possui protetor de orelhas que não prejudicam a audição e furos para ventilação e escoamento d'água.
• Colete salva-vidas:
  • Auxilia na flutuação do militar.
  • Possui fivela de soltura rápida, onde pelo olhal das costas serve de ancoragem para o militar realizar determinadas técnicas.
• Roupa de neoprene:
  • Protege o militar de objetos cortantes durante a operação de salvamento aquático e tem a função de isolante térmico.
• Apito:
  • Instrumento sonoro que tem por finalidade a comunicação dos militares durante as operações.
• Sacos de arremesso:
  • Saco confeccionado em nylon 500 cordura, possuindo em seu interior um cabo de 15 a 20m de comprimento e 10 mm de diâmetro.
  • A base do saco de arremesso é feita com uma espuma flutuadora que além de dar o formato impede que o mesmo afunde.

Embarcações

• Tipos de embarcações a serem utilizadas nas operações de salvamento devem ser de acordo com o local de operação.
• Em águas abrigadas, o ideal é a utilização de botes infláveis de fundo rígido ou semi-rígido com no máximo 5m de comprimento e motor de popa com potência para vencer correntezas.

Procedimentos para Casos de Bote Emborcado

• Certificar-se que o bote esteja em um local seguro, preferencialmente sem correnteza.
• Guarnecer um cabo com diâmetro mínimo de 8mm, dividindo-o ao meio.
• Amarrar as extremidades do cabo no flutuante submerso, sendo uma extremidade amarrada na popa e a outra na proa, devendo o seio do cabo passar sobre o bote.

Motor de Popa

• Definição: Motor com um ou mais hélices, destinado a possibilitar o deslocamento de canoa ou bote, ou também em alguns navios e lanchas, em determinado meio aquático.
• Dicas para bom funcionamento do motor de popa:
  • Para motores "2 tempos", use sempre óleo TCW3.
  • Lembre-se de ter o óleo de reserva.

Segurança nas Operações

• Toda operação Bombeiro Militar é pautada pela proteção da equipe e do meio em que se vai desenvolver o cenário da ocorrência.
• Os bombeiros devem ter sempre em mente o seguinte: 1º) Utilizar o método que apresenta o menor risco, deixando os métodos de alto risco como uma segunda alternativa. 2º) Todas as equipes de salvamento devem se assegurar que estão preparados para:
• Salvar a si próprio como sua primeira prioridade;
• Zelar pela segurança uns dos outros e ser capaz de realizar o salvamento da própria equipe como sua segunda prioridade;
• E apenas quando os itens anteriores estiverem assegurados, devem realizar as ações de salvamento das vítimas.

Comunicação nas Operações

• Em ambientes de enchentes e inundações, principalmente quando está chovendo, a comunicação se torna muito difícil devido ao barulho do meio externo.
• Sinais sonoros e visuais devem ser utilizados para facilitar os trabalhos.

Dinâmica do Rio

• Para efeitos de eficácia na comunicação em uma operação que aconteça em um ambiente fluvial, devemos estar cientes dos termos que definem a orientação em um rio.

Características da Correnteza

• A lâmina de água situada mais ao fundo e nas laterais tende a ser mais lenta.
• As correntes mais fortes estão no flor da água e no meio da correnteza tendem a ser mais lentas as camadas mais profundas de fluxo de água.
• O movimento helicoidal tende a empurrar um objeto que está flutuando para o meio da correnteza.

Leitura das Corredeiras

• Remanso: lugar onde a água fica parada e, às vezes, até pega um sentido contrário ao da corrente, geralmente atrás de um obstáculo dentro da correnteza (pedra, poste, carro etc.).
• Refluxo: é uma turbulência causada pela passagem da água por cima de algum obstáculo, causando um efeito parecido com o de um liquidificador, podendo até puxar para o fundo algum objeto que esteja flutuando entre a linha d'água e o obstáculo que o criou.

Ângulo de Travessia

• O ângulo de travessia é de suma importância para que se consiga atravessar de um lado para o outro de um leito de um rio ou de uma área inundada.
• O ângulo de travessia varia com a correnteza, sendo que o mínimo é de 45º.
• Conforme a força da correnteza vai aumentando, o ângulo de travessia vai diminuindo.

Técnicas de Salvamento

• Alcançar: técnica que se caracteriza por tentar alcançar a vítima com um remo, escada, ganchos, desde a margem sem que o resgatista tenha que entrar na água.
• Arremessar: técnica que compreende arremessar algum dispositivo flutuante, como bóia com corda, bolsa de arremesso.
• Entrar: técnica que envolve bastante habilidade, que consiste no adentramento da água para tentar realizar salvamentos.

Natação Defensiva

• A posição de natação defensiva deve ser tomada por todo bombeiro que cair na água acidentalmente, como parte de uma tática para o salvamento ou em instrução prática em um rio com correnteza e corredeira.
• A posição consiste em ficar em decúbito dorsal, ou seja, "boiando de costas", com os pés voltados para RIO ABAIXO e braços estendidos na lateral do corpo para dar estabilidade à natação.

Posição de Nado Agressivo

• É necessário adotar uma posição de nado ofensivo em algumas situações em que o nado defensivo não é suficiente para o militar chegar em algum local desejado.
• O nado ofensivo é simplesmente a adoção da posição de "crawl" ou a que o militar tenha o melhor domínio para nadar mais rapidamente, para alcançar o local que desejar ou desviar de um obstáculo.

Salvamento com Nadador de Alta Velocidade ou Isca Viva

• Esta é uma técnica que só deve ser empregada com nadadores experientes, com alta velocidade e força de nado.
• A técnica é utilizada quando uma vítima passa por um ponto onde não houve tempo de se colocar militares rio abaixo, armar sistemas de captura ou em pontos onde o curso d'água é inviável de realizar outra técnicas.

Importância da segurança em operações de resgate, considerando riscos e ameaças à integridade física