Riscos Atmosféricos e Marinhos

É definida pela falta de água induzida pelo desequilíbrio entre a precipitação e a evaporação, a qual depende de outros elementos como a velocidade do vento, temperatura, humidade do ar e insolação.

Refere-se ao estado de armazenamento de albufeiras, lagoas, aquíferos e das linhas de água em geral. Está relacionada com a redução dos níveis médios de água nos reservatórios de superfície e subterrâneos e com a depleção de água no solo.

É o desvio da precipitação em relação ao valor normal (média 1971-2000), indicando a falta de chuva em relação à média histórica.

Um indicador que compara a precipitação atual com a média histórica, utilizando desvio padrão, para determinar a severidade da seca.

Eventos climáticos extremos que resultam em chuva excessiva, causando inundações.

Eventos climáticos extremos caracterizados por ondas de calor intensas e persistentes, que podem causar problemas de saúde e impactos ambientais.

Eventos que resultam em temperaturas muito baixas, abaixo do normal para a época, causando impactos negativos à saúde e à agricultura.

Eventos climáticos extremos caracterizados por ondas de frio intensas e persistentes, que podem causar problemas de saúde e impactos negativos na agricultura e na infraestrutura.

O SPI (Índice Padronizado de Precipitação) indica a probabilidade de um evento de precipitação ocorrer em uma estação. É calculado com base na precipitação padronizada, que é proporcional ao déficit de precipitação.

O valor do SPI é calculado para diferentes períodos de tempo, geralmente em meses. O SPI3 avalia a anomalia de precipitação nos últimos 3 meses, enquanto o SPI12 considera a precipitação acumulada ao longo de 12 meses.

Um SPI3 baixo indica a existência de seca meteorológica, caracterizada por um déficit recente de precipitação. Pode afetar o clima e a agricultura.

Um SPI3 alto indica condições normais de precipitação, indicando que a precipitação no período recente está dentro da média histórica.

Um SPI12 baixo indica a existência de seca hidrológica, caracterizada por um déficit prolongado de precipitação, impactando os recursos hídricos (reservatórios, rios e aquíferos).

Um SPI12 alto indica que a precipitação acumulada ao longo do último ano está acima da média histórica. Pode indicar a existência de um excedente de precipitação.

O SPI3 avalia a seca meteorológica, causada pela falta de chuva em períodos curtos, afetando o clima e a agricultura.

O SPI12 avalia a seca hidrológica, causada pelo déficit prolongado de precipitação, afetando os recursos hídricos (reservatórios, rios e aquíferos).

O sul de Portugal é vulnerável a secas intensas no verão, mas com tendência crescente em outras estações.

O norte de Portugal é relativamente resiliente às secas em comparação com o sul.

As ondas de frio são caracterizadas por temperaturas mínimas diárias baixadas.

Estudos destacam a necessidade de gestão de água e adaptação climática para enfrentar desafios futuros.

A anomalia de temperatura é a diferença entre a temperatura média observada num determinado período e a temperatura média normal para esse período. Em 2012, as maiores anomalias de temperatura negativas foram observadas no noroeste da Rússia e nas regiões próximas ao Mar Negro.

A corrente de jato é um fluxo de ar rápido que circula na atmosfera, separando o ar frio do ar quente. No inverno de 2012, a corrente de jato sofreu uma mudança para sul na região da Europa, permitindo que o ar frio invadisse o continente.

A Oscilação do Ártico (AO) é uma variação de temperatura e pressão atmosférica no Ártico que influencia o padrão da corrente de jato. Quando a AO é negativa, a corrente de jato fica mais fraca e se desloca para sul, levando à intrusão de ar frio.

A temperatura mínima do ar é a temperatura mais baixa registada durante um determinado período de tempo. Em fevereiro de 2012, as temperaturas mínimas registadas em Portugal foram significativamente inferiores às normais, com valores abaixo de -7.7oC em algumas regiões.

A amplitude térmica é a diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registradas num determinado período de tempo. Em fevereiro de 2012, a amplitude térmica em Portugal foi muito elevada, devido à combinação de temperaturas mínimas muito baixas e temperaturas máximas que chegaram a valores acima da média.

Estações meteorológicas são pontos específicos que coletam dados meteorológicos como temperatura, precipitação e vento. Os dados coletados nas estações meteorológicas ajudam a fornecer informações detalhadas sobre as condições climáticas.

A temperatura normal é a temperatura média esperada para um determinado período de tempo, com base em dados históricos. Em fevereiro de 2012, as temperaturas mínimas em Portugal ficaram abaixo da média, com a maior parte do país registrando temperaturas bem inferiores às normais.

Em fevereiro de 2012, muitas estações meteorológicas em Portugal registraram um número de dias com temperatura abaixo de 0 graus Celsius superior ao normal, especialmente no interior Norte e Centro do país.

Um índice que avalia a intensidade e a duração da seca, considerando precipitação, temperatura do ar e humidade do solo.

O PDSI classifica a seca em quatro níveis: fraca, moderada, severa e extrema.

O PDSI compara o estado atual do solo com a média climatológica da região, permitindo avaliar a evolução da seca em termos de frequência e intensidade.

Em 31 de agosto de 2015, 24% do território português estava em situação de seca fraca a moderada, enquanto 74% do território estava em situação de seca severa a extrema.

A seca meteorológica de 2015 foi a segunda mais grave dos últimos 70 anos, com 74% do território afetado por seca severa e extrema, apenas superada por 2005 (100%) e 2012 (73%).

O SPI (Standardized Precipitation Index) baseia-se apenas na precipitação, enquanto o PDSI considera também a temperatura e a humidade do solo.

O SPI é mais adequado para analisar secas meteorológicas de curto prazo, enquanto o PDSI é mais útil para avaliar secas agrícolas e hidrológicas de médio e longo prazo.

O PDSI é mais eficaz em climas temperados, enquanto o SPI se aplica a todos os tipos de climas.

As secas meteorológicas são causadas por processos em grande escala, como a presença de anticiclones, que resultam em tempo quente e seco.

A sobre-exploração dos recursos hídricos, práticas agrícolas inadequadas, má gestão do solo e infraestruturas inadequadas de armazenamento de água podem aumentar a vulnerabilidade das populações às secas.

A desflorestação pode levar à erosão do solo e à destabilização das bacias hidrográficas, aumentando o risco de secas.

Os impactos das secas variam de acordo com a escala espacial e temporal, afetando o abastecimento de água, agricultura, pecuária, produção de energia e recursos hídricos.

Os impactos indiretos de incêndios florestais, degradação da qualidade da água, erosão do solo, escassez de alimentos, inflação de preços e propagação de doenças podem ser consequências das secas.

A gestão sustentável dos recursos hídricos, a conservação de água e estratégias adaptativas como a realocação de água em situações críticas podem minimizar os impactos das secas.

O risco de seca é alto em regiões semiáridas, como o Nordeste e Sul da América do Sul, Norte, Sudoeste e Corno de África, Ásia Central, Austrália, Oeste dos EUA e Península Ibérica.

O risco de seca é baixo em regiões tropicais, como a Amazónia, África Central e Sul da Ásia.