Perturbações Alimentares na Infância

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Questions and Answers

Qual das seguintes opções descreve melhor o Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE/ARFID)?

  • Comportamento alimentar perturbado sem prejuízo ao crescimento.
  • Ingestão oral prejudicada não apropriada para a idade.
  • Recusa alimentar devido à falta de interesse ou aversão sensorial. (correct)
  • Dificuldade de deglutição que compromete a segurança alimentar.

Em relação à disfagia, qual das seguintes opções representa o maior risco para a segurança do paciente?

  • Aversão a certas texturas de alimentos.
  • Aspiração de alimentos ou líquidos para os pulmões. (correct)
  • Ingestão de alimentos desajustados para a idade.
  • Recusa alimentar seletiva.

Crianças com quais condições podem apresentar maior probabilidade de desenvolver distúrbios alimentares?

  • Refluxo gastroesofágico tratado com medicação.
  • Pele atópica controlada.
  • Alergias alimentares leves.
  • Transtornos do espectro autista ou síndromes genéticas. (correct)

Qual dos seguintes não é um sinal de alarme relacionado a problemas de alimentação em crianças?

<p>Interesse seletivo por certos alimentos. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual o objetivo principal da avaliação em crianças com perturbações alimentares?

<p>Relacionar a alimentação com o desenvolvimento sensoriomotor global. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual a área de intervenção que se foca na manipulação de objetos com diferentes texturas?

<p>Competências de dessensibilização tátil oral e intraoral. (A)</p> Signup and view all the answers

Para estimular as competências sensoriais orais, qual das seguintes estratégias seria mais apropriada?

<p>Promover movimentos das bochechas e lábios em atividades funcionais. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal função da Articulação Temporomandibular (ATM) no processo de mastigação?

<p>Possibilitar o movimento da mandíbula. (B)</p> Signup and view all the answers

Na avaliação da mastigação, qual aspecto não deve ser considerado na caracterização dos alimentos?

<p>Preço. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual característica define a mastigação bilateral alternada?

<p>Quantidade de ciclos no lado mais utilizado inferior a 66% do total de ciclos (B)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes opções está associada a perturbações na mastigação?

<p>Interferências oclusais e de mordida. (C)</p> Signup and view all the answers

Em casos de mastigação unilateral crônica, qual é a característica principal do padrão mastigatório?

<p>Uso de um lado da boca em mais de 95,1% dos ciclos. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual a causa mais comum da Disfunção Temporomandibular (DTM)?

<p>Tensão muscular e problemas anatómicos nas ATM. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual dos seguintes sinais é indicativo de deslocamento do disco com redução na ATM?

<p>Duplo ruído na abertura e no encerramento. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual o objetivo principal da intervenção em Disfunção Temporomandibular (DTM)?

<p>Aliviar os sintomas e restaurar a função normal da ATM. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes opções descreve uma abordagem conservadora e reversível para o tratamento de DTM?

<p>Orientação de autocuidado e exercícios musculares. (D)</p> Signup and view all the answers

Em relação às Perturbações Miofuncionais Orofaciais, qual das seguintes opções é um objetivo da terapia?

<p>Recuperar a musculatura orofacial e o melhor desempenho das funções estomatognáticas. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual o objetivo principal da avaliação nasofaringoscópica na área da fala?

<p>Visualizar diretamente a válvula velofaríngea. (B)</p> Signup and view all the answers

Na Classificação de Spina das fendas lábio palatinas, qual ponto anatómico é usado como referência?

<p>Forâmen incisivo. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes opções descreve uma característica comum de fendas submucosas?

<p>Alterações palatinas “escondidas” sob a camada mucosa. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual a função principal do mecanismo velofaríngeo durante a fala e deglutição?

<p>Atuar como uma válvula para vedar a cavidade nasal. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes dificuldades NO aleitamento está associada a fendas lábio palatinas?

<p>Falta de pressão intra-oral. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual o objetivo da palatoplastia?

<p>Melhorar a funcionalidade da trompa de Eustáquio e permitir o desenvolvimento fonológico sem hipernasalidade. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual o principal objetivo da eletromiografia na avaliação da disfagia?

<p>Avaliar a atividade elétrica dos músculos envolvidos na deglutição. (A)</p> Signup and view all the answers

Na Functional Oral Intake Scale (FOIS), o que indica o nível 1?

<p>Incapacidade de ingestão por via oral. (B)</p> Signup and view all the answers

Flashcards

O que é dificuldade alimentar?

Dificuldade alimentar associada a crianças que comem pouco e têm medo de se alimentar.

O que é Distúrbio Alimentar Pediátrico (DAP)?

Ingestão oral inadequada para a idade, com fatores médicos, sensoriais, familiares, motores e comportamentais.

O que é Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE/ARFID)?

Recusa alimentar ou ingestão limitada por falta de interesse ou aversão sensorial aos alimentos.

O que causa a dificuldade de alimentação associada a problemas médicos?

Problemas alimentares devido a refluxo, alergias ou distúrbios neurológicos.

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O que é Disfagia?

É a dificuldade de deglutição, que compromete a segurança alimentar e pode causar aspiração.

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O que são dificuldades alimentares de base na competência?

Incapacidade de realizar sucção, mastigação ou deglutição por problemas fisiológicos ou congénitos.

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Quais são os fatores na base sensorial?

Coordenação, Modulação e Discriminação

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Quais são os primeiros sinais de problemas alimentares?

Incoordenação na sucção ou deglutição, uso e recusa da sonda.

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O que incluir na anamnese alimentar?

Prematuridade, paralisia cerebral, malformações gastrointestinais e stress familiar.

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Quais são os sinais de alarme em perturbações alimentares?

Disfagia, odinofagia, descoordenação na deglutição.

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Como realizar uma avaliação de problemas alimentares?

Relacionar a alimentação com o desenvolvimento sensório-motor e usar protocolos de avaliação.

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O que é intervenção em competências sensoriomotoras?

Relacionada a como estimular habilidades para mastigar e funções sensoriais orais

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O que são competências motivacionais na alimentação?

Utilizar recompensas, estratégias e negociação para facilitar a alimentação.

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Qual a função da ATM?

Possibilitar o movimento mandibular

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O que avaliar na mastigação?

Consistência, textura, volume, viscosidade e temperatura.

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O que avaliar no lado dominante (onde o aimento fica mais tempo)?

Unilateral inadequado, bilateral adequado

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O que é Mastigação Bilateral Alternada?

Quantidade de ciclos no lado mais usado inferior a 66% do total de ciclos

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Quais são as causas de perturbações na mastigação?

Interferências oclusais, disfunções da ATM, alimentação mole.

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Quais estruturas estão envolvidas na Disfunção Temporomandibular?

Músculos mastigatórios, ATM, estruturas adjacentes. Causa dor crónica > 3 meses.

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Qual a intervenção em DTM?

Orientações de autocuidado, terapia psicológica/farmacológica, fisioterapia e terapias manuais.

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O que acontece nas Perturbações miofuncionais orofaciais?

Contrações atípicas, padrão mastigatório unilateral e escape prematuro.

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Quais são as 3 etapas da terapia miofuncional?

Conscientização dos hábitos, percepção de tensões e eliminação de hábitos orais.

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O que é Oral Placement Therapy?

Técnica tátil- proprioceptiva, usada para melhorar a consciência do articulador e posicionamento

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Qual o efeito da uranoplastia e palatoplastia?

Melhorar a funcionalidade da trompa de eustáquio

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Que alterações existem na Voz, na Disfunção Velofaríngea?

Alterações articulatórias decorrentes da anatomofisiologia

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Study Notes

Perturbações Alimentares na Infância

  • Dificuldade alimentar surge em crianças que comem pouco, têm dietas restritivas, ou medo de comer.
  • Distúrbio alimentar pediátrico (DAP) é ingestão oral inadequada para a idade, com causas médicas, sensoriais, familiares, motoras e comportamentais.
  • Transtorno alimentar restritivo/evitativo (TARE/ARFID) é caracterizado por recusa alimentar ou ingestão limitada devido a falta de interesse ou aversão sensorial.
  • Dificuldades alimentares em crianças com refluxo gastroesofágico, alergias alimentares ou distúrbios neurológicos.
  • Disfagia é uma dificuldade de deglutição que compromete a segurança alimentar, levando à aspiração pulmonar de alimentos ou líquidos.
  • Crianças no espectro autista, com síndromes genéticas ou deficiência intelectual podem ter distúrbios alimentares.
  • Comportamento alimentar perturbado (CAP) envolve ingestão inadequada para a idade sem afetar o crescimento (comedores seletivos).
  • Perturbações alimentares de base motivacional estão ligadas ao ambiente da criança, competência e sensorialidade.

Causas das Perturbações Alimentares

  • Base motivacional: relacionadas ao ambiente da criança.
  • Competências: incapacidade de sucção, mastigação ou deglutição devido a problemas fisiológicos ou de desenvolvimento.
  • Sensorial: podem ocorrer vômitos, engasgos, choro, ausência de resposta, hipersensibilidade ou comportamentos de procura.
  • Pode existir recusa a comer certos alimentos ou com certas texturas.

Anamnese e Sinais de Alarme

  • Primeiros sinais incluem incoordenação na sucção, deglutição e respiração, uso de sonda, sucção fraca, recusa alimentar, reflexos orais anormais, letargia, engasgos e refluxo nasal ou gastrofaríngeo.
  • Deve constar na anamnese prematuridade, paralisia cerebral, malformações congénitas do trato gastrointestinal ou vias aéreas, comorbilidades de neurodesenvolvimento, detalhes da alimentação, antecedentes familiares e ambiente familiar com fatores de stresse.
  • Sinais de alarme incluem disfagia, odinofagia, descoordenação da deglutição, vómitos, diarreia, exacerbação de eczema atópico e má evolução ponderal.

Avaliação e Intervenção

  • A avaliação deve relacionar a alimentação com o desenvolvimento sensoriomotor global e incluir perfis sensoriais, protocolos clínicos de disfagia pediátrica, avaliação da sensibilidade facial e intraoral, reflexos orais (PAOF), AMIOFE lactantes e PADAPE.
  • A intervenção inclui competências sensoriomotoras (posicionamento do tronco, dissociação de cinturas, musculatura abdominal), dessensibilização tátil global (corpo e mãos) e oral/intraoral (escovagem, diferentes texturas).
  • Estimular as competências sensoriais orais através de movimentos das bochechas e lábios em atividades funcionais, adequação do input sensorial e estímulos vibratórios.
  • Incentivar a utilização de brinquedos para a boca, seguir diretrizes para o sucesso alimentar, motivar a criança, acompanhar o peso e considerar o desenvolvimento motor, sensorial e a comunicação durante a refeição.
  • Utilizar estratégias que facilitem a interação e negociar com a criança.
  • Envolver a criança na confeção dos alimentos e nas idas ao supermercado.

Mastigação

  • A ATM possibilita o movimento, os músculos o realizam e os ligamentos o limitam; a membrana sinovial produz o líquido sinovial.
  • O disco articular deve estar bem posicionado sob a cabeça do côndilo.
  • Avaliar a mastigação caracterizando os tipos de alimentos.
  • Realizar 3 provas de mastigação com alimentos habituais (pão/maçã), avaliando a coordenação e a deglutição. e observar o tipo mastigatório, movimentação da ATM, movimento de anteriorização da cabeça, mímica facial, projeção lingual, ruído, engasgos/tosse e odinofagia.

Processo de Mastigação

  • Palpar a musculatura mastigatória, avaliando o disparo e o volume do músculo e verificar a alternância/simultaneidade.
  • Analisar o lado preferencial e predominante na mastigação, atentando à oclusão labial e localização do bolo alimentar.
  • Observar os movimentos mandibulares (rotatórios/verticais) e os alimentos remanescentes.
  • Classificação do tipo mastigatório com contagem dos ciclos orais bilaterais alternada (mais de 66%), unilateral preferencial (entre 66,1% a 95%) e unilateral crónica (mais de 95,1%).
  • A mastigação bilateral alternada é o tipo ideal, utilizando movimentos verticais e laterais para crescimento craniofacial, erupção dentária, oclusão aceitável e estimulação das estruturas de suporte.

Perturbações e Etiologias da Mastigação

  • As etiologias incluem interferências oclusais, disfunções da ATM, dieta de consistência mole, hábitos orais nocivos, doenças neurológicas e freios linguais restritivos.
  • A mastigação unilateral leva à distribuição inadequada do crescimento, impede a estabilização das estruturas e leva a assimetrias faciais.
  • Na mastigação em charneira/bilateral simultânea predominam movimentos verticais sem movimentos laterais, comum em Classe III de Angle e disfunção da ATM.
  • Pode haver mastigação sem encerramento labial em casos de respiração oral ou oronasal ou devido à hipofunção dos músculos elevadores.
  • A mastigação anterior decorre de hipersensibilidade intraoral posterior, ausência de dentes ou freio lingual restritivo.
  • Mastigação acompanhada de ruído pode indicar hipofunção ou atividade exagerada da língua.

Disfunção Temporomandibular

  • Envolve músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular e estruturas adjacentes, causando dor crónica por mais de 3 meses, dores irradiadas, na ATM, nos músculos, limitação ou desvios na amplitude, estalidos e sintomas auditivos.
  • Há tensão muscular, problemas anatómicos ATM, componente psicológico, bruxismo, distúrbios sistémicos, infeções e desalinhamento da oclusão.
  • Deslocamento do disco sem redução é unilateral ou bilateral, o disco não retorna à fossa temporal, há ausência de ruído articular e há limitação do movimento.
  • Deslocamento do disco com redução envolve o disco retornando à fossa temporal, hiperatividade do pterigoideu lateral e duplo ruído.
  • Anamnese inclui história clínica, dores/desconforto, ruídos articulares, sintomas auditivos, hábitos, funções estomatognáticas, alimentação, sono e aspetos emocionais.
  • Abertura reduzida com dor muscular indica problema muscular; abertura limitada com desvio sem correção indica deslocamento de disco ou problema muscular; desvio com correção indica deslocamento de disco com redução.
  • Trauma da ATM ou recuperação pós-cirúrgica ortognática causa dor, redução da mobilidade e contração muscular.
  • Considerar as características dentárias, oclusão e tipologia facial.
  • Hipermobilidade articular generalizada pode ocorrer por fraqueza de ligamentos.

Intervenção em DTM

  • O método deve ser conservador, reversível e não invasivo: orientações de autocuidado, terapia farmacológica, fisioterapia, acupuntura, laserterapia, placas de oclusão, exercícios musculares e terapias manuais.
  • Tratamentos incluem comer alimentos macios, calor/frio, exercícios, medicação e redução de hábitos (apertar a mandíbula, mascar pastilhas, roer as unhas).
  • Se não houver melhora procurar um especialista para avaliação e intervenção.
  • O dentista interfere no comportamento articular e muscular com tratamentos oclusais ou placas interoclusais.
  • O fisioterapeuta melhora o movimento e a função física, alongando os tecidos.
  • Abordagens de autogestão incluem meditação, definição de metas e manutenção de atividades.
  • A terapia cognitivo-comportamental identifica e muda pensamentos negativos e biofeedback monitora respiração/contração muscular.
  • O médico pode recomendar medicação. Terapias complementares são acupuntura e estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS).
  • Intervenções médicas incluem cirurgia (Proloterapia, Artrocentese, Artroscopia e implantes ATM).

Perturbações Miofuncionais Orofaciais

  • São comuns na DTM e incluem contrações musculares atípicas, comportamentos atípicos da língua na deglutição (interposição lingual), padrão mastigatório unilateral crónico, escape prematuro, resíduos pós-deglutição, excesso de deglutições e penetração laríngea/aspiração traqueal.
  • Recuperar a musculatura orofacial, melhorando as funções estomatognáticas, e viabilizar a mastigação e deglutição sem dor, removendo interferências funcionais.
  • As FEG atuam de forma involuntária e o comportamento muscular deve ser consciente.
  • Abordagem genérica de orientação, sensibilização e abordagem específica de tratamento.
  • Os procedimentos são diferenciados dependendo do tipo de alteração se, musculatura, articulação ou ambos.
  • Métodos utilizados: termoterapia para tensão muscular, laserterapia para conforto e Kinesio taping para troca de informações.

Fendas Lábio Palatinas

  • Malformação orofacial devido a descontinuidade isolada ou associada do lábio superior e palato, com etiologia multifatorial e genética.

Classificação de Spina

  • Tem como ponto de referência o forâmen incisivo, pois este é a junção do palato primário com o palato secundário.
  • Grupo I (pré-foramen incisivo): falta de fusão dos processos maxilares com nasais medianos.
  • Grupo II (trans-foramen incisivo): falta de fusão dos processos palatinos entre si com o septo nasal.
  • Grupo III (pós-foramen incisivo): falta de fusão do mesênquima lateral com palato primário e septo nasal.
  • Grupo IV: fendas raras da face.
  • Fenda submucosa: alterações na fusão palatina escondidas pela camada mucosa.
  • Fendas mediais: rara deficiência mesenquimal na formação palatina.
  • Fendas cicatriciais do lábio (Keith): alterações com aparência de cirurgia.
  • Dificuldades iniciais na alimentação por sucção ineficiente, cáries, mordida cruzada, fala incompreensível e otites.

Mecanismo Velofaríngeo

  • As alterações podem causar problemas articulatórios e de ressonância devidas à dificuldade na pressão de ar na cavidade oral.
  • Funciona como uma válvula que se fecha de forma esfincteriana e é essencial para a fala, sopro, sucção, deglutição e mastigação.
  • As implicações do mecanismo velofaríngeo são a audição prejudicada por mau funcionamento da trompa de Eustáquio, levando as crianças a criar comportamentos compensatórios.
  • Pode ocorrer voz hiponasal ou hipernasal, redução da intensidade vocal, privação sensorial e qualidade vocal tensa.
  • Ocorrem alterações na fala devido à anatomofisiologia alterada e as crianças preferem consoantes nasais ou líquidas devido à fraca pressão muscular e a ocorrência de articulações compensatórias.

Outras Perturbações na Deglutição e Mastigação

  • Falta de pressão intra-oral, vedamento labial, força insuficiente e regurgitação nasal.
  • Há alterações labiais e dentárias e dificuldade de formar e direcionar o bolo, além de problemas na incisão e trituração.

Anamnese e Avaliação da Disfunção Velofaríngea

  • Focar nas queixas, problemas específicos, histórico, sintomas auditivos, funções estomatognáticas e hábitos.
  • Verificar a descrição da dieta, sono, tratamentos e aspetos emocionais.
  • Na avaliação objetiva realizar nasofaringoscopia, avaliar a ressonância, emissão nasal e postura.
  • Para examinar utilizar avaliação miofuncional orofacial, características dentárias e tipologia facial.
  • Realizar nasofaringoscopia para visualizar a válvula velofaríngea e sua função.

Processos Subjetivos

  • Incompetência ocorre devido à ausência ou pouco movimento das estruturas na fala.
  • A nasometria analisa a acústica emitida na produção da fala.
  • A amostra de fala avalia sons encadeados, determinando o tipo de ressonância.
  • Determinar se há emissão nasal e testar a estimulabilidade para mudança na articulação através de palhinha ou tubo.
  • No exame intraoral avaliar as estruturas e verificar a presença de fístulas, sinais de fenda submucosa, mobilidade, posição da úvula, amígdalas, dentição e sinais de disfunção.

Protocolos e Procedimentos Cirúrgicos

  • Utilizar protocolo de avaliação de MBGR (avaliação orofacial do bebê), AMIOFE (exame miofuncional orofacial) e protocolo miofuncional orofacial (PROTIFI).
  • Queiloplastia e veloplastia envolvem o encerramento labial e palatino facilitando a deglutição e a produção de sons.
  • A uranoplastia/palatoplastia encerra o palato duro, permitindo o desenvolvimento fonético sem hipernasalidade.
  • Reforçar a importância da estimulabilidade para a mudança na articulação, através de avaliação com palhinha ou tubo.
  • Examinar intra-oralmente as estruturas para observar as fístulas, sinais de fenda submucosa, mobilidade da úvula e disfunção motora orofacial.
  • Os protocolos incluem MBGR, AMIOFE e PROTIFI; o tratamento cirúrgico consiste em queiloplastia e veloplastia para fechar o lábio e o palato, facilitando a deglutição e fala; a uranoplastia/palatoplastia encerra o palato duro, permitindo desenvolvimento fonético sem hipernasalidade.

Orientações para o Aleitamento

  • Deve-se aos reflexos de morder, gáudio, sucção e deglutição que vêm do útero, o trabalho de sensibilidade propriocepriv deve ocorrer no 1º ano de vida.
  • Desenvolvimento muscular essencial para redução da alteração da fala
  • Ter precauções com a posição, fendas e pausas para arrotar.

Sucção e Alimentação com Biberão

  • Manter verticalizada, não evitar a fenda e evitar o biberão.

Cuidados Pós-operatórios

  • Evitar utilização de chupeta e sucção.

Cicatrização

  • Cicatrização pode ser prejudicada por alterações musculares e facilitar a adequação da tensão muscular

Intervenção- Fala

  • Se houver hipo atividade fechar a fala.

Prótese

  • Utilizar exercícios com espalhamento para melhorar a função da fala.

Intervenção Neuromuscular

  • Utilização de paralisia cerebral e distúrbios causados pelo mesmo.
  • Verificar os estados ósseos, motores e ósseos.

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