Leucose Aviária: Causas e Transmissão

Leucose Aviária

• É uma doença causada por um retrovírus que induz tumores.
• Possui duas formas de transmissão: vertical (da galinha para a prole através do ovo) e horizontal (de ave para ave, por contato direto ou indireto).
• O vírus é conhecido como VLA (Vírus da Leucose Aviária).
• Existem seis subgrupos do vírus, sendo E endógeno e os demais exógenos, capazes de induzir uma variedade de neoplasias.

Tipos de Leucose Aviária

• Leucose Linfóide: Originada dos linfócitos B da bolsa cloacal, causada pelos subgrupos A e B (ALV-A e ALV-B).
• Leucose Mieloide: Originada dos mieloides, causada pelo subgrupo J (ALV-J).

Epidemiologia e Transmissão

• A doença afeta principalmente a produção e qualidade dos ovos, causando perdas significativas na avicultura.
• A transmissão pode ocorrer por contato direto com aves infectadas ou por objetos contaminados.

Diagnóstico

• Os testes utilizados para diagnosticar a leucose aviária incluem ELISA e PCR para detectar antígenos grupo-específicos e RNA viral.
• O PCR é mais específico para identificar o VLA-J, uma variante do vírus que tem maior tropismo por células mielóides.

Lesões Macroscópicas

• Leucose Linfóide: Tumores podem apresentar-se de forma nodular ou difusa, com nódulos esféricos e coloração acinzentada.
• Leucose Mielóide: Aumento de volume em órgãos como fígado e baço, com presença de múltiplos focos puntiformes.

Coccidiose

• É uma doença causada por protozoários do gênero Eimeria, que possuem ciclos de vida complexos.
• As lesões geralmente se concentram na porção média do intestino delgado, com casos leves.

Agente Etiológico

• As espécies de Eimeria mais importantes para a avicultura são E. acervulina, E. brunetti, E. maxima, E. necatrix, E. praecox e E. tenella.

Transmissão

• A coccidiose é transmitida quando aves infectadas eliminam secreções (principalmente fezes) contendo oocistos não esporulados, que se tornam esporulados no ambiente.

Sinais Clínicos

• Diarréia mucóide ou sanguinolenta, desidratação, anemia, despigmentação da pele e prostração.

Controle

• Medidas de biosseguridade, como manejo adequado dentro e fora dos galpões, desinfecção e vacinação.
• Uso de anticoccidianos nas rações e/ou água e rotação deles a cada 6 meses.

Doença de Marek

• É uma doença oncogênica e imunossupressora, causada pelo Gallid alphaherpesvirus 2 (GaHV-2).
• A doença afeta principalmente aves jovens, com menos de 16 semanas de idade.

Sinais Clínicos

• Forma paralítica ou clássica: Caracterizada por paralisias unilaterais, emagrecimento e fraqueza.
• Forma aguda: Resulta em mortalidade rápida e mais grave.

Diagnóstico

• O diagnóstico se dá por meio da avaliação histopatológica dos achados macroscópicos e/ou detecção do genoma viral nos tecidos através do teste de PCR.

Medidas de Biosseguridade

• Isolamento do aviário, quarentena, higienização e desinfecção, vazio sanitário, descarte das aves, controle de roedores, pragas e vetores, controle de tráfego de veículos e pessoas.
• Vacinação é a principal medida de controle para a doença de Marek.### Doenças em Aves

Anemia Infecciosa das Galinhas (AIG)

• Causada pelo vírus Chicken Anemia Virus (CAV)
• Transmissão: horizontal direta e vertical
• Período de incubação: 10 a 21 dias
• Sinais clínicos: redução no ganho de peso, anemia, hemorragia, alta taxa de mortalidade

Aspergilose Aviária

• Causada pelo fungo Aspergillus
• Transmissão: contato direto ou indireto com esporos
• Fatores predisponentes: estresse, doenças infecciosas, desnutrição, corticosteróides exógenos
• Sinais clínicos: sonolência, inapetência, dispnéia, perda de peso, ascite
• Diagnóstico: exame microscópico, cultura, sorologia

Pasteurelose Aviária

• Causada pela bactéria Pasteurella
• Transmissão: contato direto ou indireto com aves infectadas
• Período de incubação: 5 a 8 dias
• Sinais clínicos: dificuldade para respirar, prostração, falta de apetite, temperatura corporal alta
• Tratamento: antibióticos, sulfaquinoxalina, tetraciclina

Bouba Aviária

• Causada pelo vírus do gênero Avipoxvirus
• Transmissão: contato direto ou indireto com aves infectadas
• Sinais clínicos: lesões cutâneas, mucosas, diftérica
• Tratamento: suporte sintomático, antibióticos, antifúngicos

Histoplasmose Aviária

• Causada pelo fungo Histoplasma capsulatum

• Transmissão: contato direto ou indireto com fezes ou cama de frango contaminada

• Sinais clínicos: apatia, perda de peso, anorexia, diarreia, sinais respiratórios

• Diagnóstico: exames complementares, biópsia ou necrópsia### Caracterização da Doença

• Coriza Infecciosa, também conhecida como Gogô

• Agente etiológico: Avibacterium paragallinarum

• Bactéria gram-negativa da família Pasteurellaceae

Epidemiologia

• Transmissão horizontal através de aerossóis, água e alimentos contaminados
• Animais que podem desenvolver a forma mais grave: pintinhos, idosos, imunocomprometidos e aves estressadas

Sinais Clínicos

• Secreção nasal mais clara, que pode se tornar mais densa e acinzentada
• Conjuntivite
• Edema facial uni ou bilateral
• Infecção aguda: secreção nasal mais clara, que pode se tornar mais densa e acinzentada
• Infecção crônica: formação de massa caseosa firme e fétida

Tratamento

• Antibióticos como cloranfenicol, eritromicina, furoxona, gentamicina, ácido nalidíxico, neomicina, novobiocina, espectinomicina e tetraciclina
• Necesário antibiograma atualizado para escolher o tratamento mais efetivo
• Utilização de antimicrobianos mostram resultados positivos no alívio dos sintomas, embora não eliminem completamente o agente causador

Controle

• Vacinação e medidas de biossegurança são fundamentais para prevenir e controlar a coriza infecciosa
• Vacinas foram utilizadas nos anos 70 e eram eficazes, mas estudos recentes mostram que a vacinação não é eficaz em diversos países
• Medidas de biossegurança: isolamento do aviário, controle de tráfego, higienização, vacinação, quarentena, vazio sanitário e controle de vetores