Inês Pereira: Ambiciosa e Sonhadora

Inês Pereira: Rapariga Ambiciosa e Sonhadora (Pequena Burguesia)

• Quando solteira, demonstra ser ociosa e despreza a vida rústica e campestre.
• Seu dia a dia é entediante, ocupando-se com costura, bordados e fiação.
• Alegre e com desejo de sair de casa para se divertir, enfrenta a oposição da mãe.
• Ambiciona casar-se com um homem discreto, gentil e que saiba cantar e tocar viola, mesmo que pobre.
• Idealiza uma vida alegre e com ascensão social, distante da realidade que possui.
• Não se agrada da carta enviada por Pero Marques, considerando-o simplório e sem imaginação.

Inês Pereira: Casada e Viúva

• Casa-se com Brás da Mata, o Escudeiro, sem conhecer sua pobreza e interesse.
• Passa a residir na casa da mãe, que se muda para um casebre.
• Vive infeliz, pois o marido a impede de cantar e a mantém reclusa.
• Fica só quando o marido parte para Marrocos para combater os mouros.
• É constantemente vigiada pelo Moço.
• Reconhece o erro em ter rejeitado Pero Marques e casado com o Escudeiro.
• Deseja a morte do marido e planeja se casar novamente com um homem submisso.
• Seu objetivo é desfrutar a vida e vingar-se dos sofrimentos do casamento com o Escudeiro.
• Não demonstra tristeza com a morte do marido, sentindo-se aliviada.

Inês Pereira: Casada em Segundas Núpcias

• Adota uma postura materialista, pragmática e calculista ao decidir se casar com Pero Marques.
• Canta e sai livremente de casa, com a permissão do marido.
• Tem o hábito de dar esmola ao Ermitão de Cupido.
• Inicialmente, não reconhece o Ermitão como um antigo amor, mas planeja trair o marido com ele.
• Abusa da ingenuidade de Pero Marques, pedindo para ser acompanhada à ermida para se encontrar com o Ermitão.

Escudeiro Brás da Mata: Baixa Nobreza (Fidalgo)

• Duvida da descrição perfeita de Inês feita pelos judeus casamenteiros.
• É pobre, mas tenta aparentar riqueza e desinteresse material.
• É cortejador, elegante, possui boa oratória, sabe ler, escrever, cantar e tocar viola, sendo considerado "discreto".
• Apresenta-se como o homem ideal que Inês procura.
• É desonesto, ambicioso e calculista, planeando viver às custas de Inês.
• Casa-se com Inês, mas revela-se autoritário e agressivo.
• Parte para a guerra em Marrocos em busca do título de cavaleiro, deixando Inês e o Moço sem recursos.
• Morre de forma covarde em Arzila, assassinado por um pastor mouro.

Pero Marques: Lavrador Abastado (Povo)

• É o pretendente desprezado por Inês.
• Possui riqueza e é trabalhador, herdando a maior parte do gado do pai e uma fazenda de mil cruzados.
• Apresenta-se como um homem de bom caráter, honesto e com boas intenções.
• É um homem do campo, com desconhecimento das normas sociais, sendo ingénuo e ignorante.
• Torna-se alvo de riso devido à sua forma de se vestir, falar e agir.
• Sofre com a rejeição de Inês e promete não se casar até ser aceito por ela.
• Casa-se com Inês Pereira após a morte do Escudeiro.
• Concede total liberdade a Inês, sendo traído por ela.

Lianor Vaz: Alcaviteira Casamenteira (Povo)

• Conhecida da mãe de Inês, almeja o casamento de Inês com Pero Marques.
• Demonstra ser honesta e desinteressada nas vantagens financeiras do casamento de Inês.
• Aconselha Inês a não esperar pelo marido ideal e a aceitar o pretendente disponível.
• Preocupa-se com o futuro de Inês.
• Após a morte do Escudeiro, convence Inês a se casar com Pero Marques.

Mãe: Mulher Simples (Pequena Burguesia)

• Demonstra religiosidade.
• Exerce autoridade, impedindo Inês de sair de casa e obrigando-a a trabalhar.
• Defende o casamento de Inês com Pero Marques.
• Atua como conselheira e demonstra preocupação com o futuro da filha.
• Desaprova o envolvimento da filha com o Escudeiro.
• Aceita o casamento de Inês com Brás da Mata, concedendo-lhes a sua casa.

Ermitão: Antigo Apaixonado de Inês (Clero)

• É de origem castelhana.
• Apresenta um discurso mais voltado ao amor do que à religião, quase blasfemo.
• É solitário e triste.
• Ganha a vida pedindo esmolas pelas ruas.
• A paixão não correspondida por Inês o levou a se tornar um ermitão.
• Envolve-se amorosamente com Inês.

Os Judeus Casamenteiros – Latão e Vidal: Alcauviteiros Casamenteiros

• Têm a missão de encontrar um marido para Inês.
• Agem como uma só entidade, perceptível no discurso.
• Conferem comicidade à obra com a fala: "Tu e eu não somos eu?".
• Procuram o marido ideal para Inês Pereira.
• Sem escrúpulos e oportunistas.
• Visam apenas uma compensação material.
• Exageram as qualidades de Inês e do Escudeiro para atingir o objetivo.
• Desonestos, falsos, materialistas e astutos.

Moço (Fernando): Criado do Escudeiro (Povo)

• Contribui para a crítica presente na obra denunciando o verdadeiro caráter do seu patrão.
• Denúncia de avareza, manias de grandeza, privações e sonhos de ascensão social através do casamento com Inês.
• Reclama da pobreza e fome impostas pelo Escudeiro.
• É encarregue de vigiar Inês quando o Escudeiro viaja para África.
• Tranca-a em casa enquanto ele sai com outras mulheres.
• Recebe com tristeza a notícia da morte do amo em Arzila.
• É despedido por Inês após a morte do Escudeiro.

Moças e Mancebos (Luzia e Fernando): Amigos (Povo)

• São convidados para a festa do primeiro casamento de Inês, animando o evento com cantos e danças.

Análise da personagem Inês Pereira, uma jovem ambiciosa que anseia por uma vida melhor. O texto explora suas características enquanto solteira e casada, revelando seus sonhos e desilusões em busca de ascensão social e felicidade no casamento.