História: Petrarca e a Revolução Francesa

Cultura e Patrimônio

• O interesse pela história e literatura antiga propiciou uma nova apreciação por estilos clássicos, diminuindo a influência das formas góticas.
• Francisco Petrarca foi um dos primeiros a clamar pela preservação e atenção aos monumentos históricos, criticando seu estado de abandono.

Revolução Francesa e Vandalismo

• A Revolução Francesa gerou vandalismo, resultando na degradação e desaparecimento de monumentos.
• A necessidade urgente de despertar o interesse público e a intervenção do Estado na salvaguarda do patrimônio histórico tornou-se evidente.

Conservação e Restauro

• Vitet e Merimée impulsionaram a discussão sobre as metodologias de conservação e restauro, influenciando práticas em toda a Europa.
• Surgiu na Itália a ideia de "restauro arqueológico", inspirada nos escritos do Papa Leão XIII sobre a Basílica de São Pedro.

Princípios de Intervenção

• Durante restaurações, buscava-se eliminar acréscimos de épocas posteriores que não pertencessem ao projeto original.
• A análise e estudo dos monumentos para compreender seu aspecto primitivo eram fundamentais, visando à recomposição mediante uso de partes originais (anastilosis).

Anfiteatro de Arles

• O Anfiteatro de Arles foi construído no 1 d.C. e serviu como refúgio, tornando-se uma cidade fortificada.
• O restauro (1809-1830) respeitou seu valor histórico e estético, visando à preservação cultural sem atribuição de nova funcionalidade.

Contribuições de Viollet-le-Duc

• Viollet-le-Duc defendeu que intervenções deviam ser baseadas em pesquisa detalhada e documentação, estabelecendo princípios válidos até hoje.
• Sua abordagem incorporou a análise do projeto original, enfatizando a importância dos levantamentos detalhados.

Corrente Anti-Intervencionista: John Ruskin

• John Ruskin, crítico de arte, criticou a restauração como forma de destruição e defendia o respeito absoluto pelo material original dos monumentos.
• Sua obra "The Stones of Venice" destacou a necessidade de conservar a autenticidade das construções, evidenciando que intervenções alteram sua essência.

Restauro Científico: Camilo Boito

• Camilo Boito ocupou uma posição intermediária entre Ruskin e Viollet-le-Duc, resistindo à morte dos monumentos e evitando recriações fictícias.
• Enfatizava que acréscimos aos edifícios deveriam ser distintos do original, respeitando as várias fases da arquitetura.

Restauro Criativo: Alois Riegel

• Riegel introduziu a prática de compreender os valores dos monumentos para a sociedade, diferenciando valores de rememoração e contemporaneidade.
• Definiu valores de antiguidade e histórico como fundamentais, enfatizando que o estado original deve ser preservado e as intervenções devem ser minimizadas.

Divisões dos Monumentos

• Monumento Histórico: Oferece compreensão factual e imutável de uma sociedade em sua época.
• Monumento Artístico: Representa o estágio avançado das práticas sociais, podendo estimular interpretações subjetivas.

Diretrizes sobre Valor de Rememoração

• Valor de Antiguidade: Realça a falta de integridade e o desgaste natural como representatividade do tempo, defendendo que a deterioração deve ser visível.
• Valor Histórico: Valoriza a preservação do estado original das obras humanas, rejeitando alterações que comprometam a autenticidade.

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