História Cigana no Rio de Janeiro

A História dos Ciganos no Rio de Janeiro

• A presença cigana no Rio de Janeiro data do início do século XVIII, historicamente ligada à área da atual Praça Tiradentes.
• Inicialmente, ocuparam áreas alagadiças e desvalorizadas, conhecidas como brejos, que deram origem ao Campo de Sant’Ana, também chamado de Campo dos Ciganos, o primeiro assentamento cigano na cidade.
• A urbanização promovida pelo vice-rei Luís de Vasconcelos e Souza (1779-1790) forçou os ciganos a se deslocarem.
• A Ordem do Carmo autorizou a instalação em uma chácara, formando uma nova rua perpendicular à Rua de São Jorge, nomeada Rua dos Ciganos, que após a Independência do Brasil, tornou-se a Rua da Constituição.
• No século XIX, a população cigana concentrou-se nessa região, participando ativamente da vida cultural e econômica do Rio de Janeiro.
• A comunidade cigana viveu um período de florescimento nos anos que antecederam a Independência e durante a permanência da Corte Portuguesa.
• Apesar de deportações de Portugal no século XVIII, muitas famílias prosperaram.
• Além das artes, exerciam profissões respeitadas, como a de meirinho.
• Em 1810, participaram das celebrações do casamento da Princesa da Beira, filha de D. João VI.
• Em 1813, Joaquim Antônio Rabelo patrocinou danças e homenagens ciganas no casamento de D. Pedro I com a Princesa Leopoldina.
• Em 1815, D. João VI levou a Corte e delegações estrangeiras ao Campo dos Ciganos para celebrações quando o Brasil foi elevado a Reino Unido.
• Em 1818, os ciganos animaram as festividades do casamento do Príncipe Real D. Pedro.
• Na década de 1810, o Campo dos Ciganos tornou-se o bairro boêmio do Rio de Janeiro.
• Com a Independência e a consolidação do Império, a participação dos ciganos nas festividades da Corte diminuiu.
• No século XIX, questões raciais centralizaram a construção da identidade nacional, elegendo o indígena como símbolo, marginalizando a presença cigana na formação do povo brasileiro.

Ciganos na História e no Presente do Brasil

• Ciganos são parte essencial da construção do Brasil, atuando em várias áreas da sociedade.
• Atuam principalmente de forma autonôma, se destacam no comércio.
• Há registros da presença cigana no Brasil desde 1574, possivelmente chegando antes com as caravelas de Cabral.
• Trouxeram conhecimentos como forja de metais, caldeiraria e ferraria.
• A história cigana é pouco abordada nas escolas, apesar de sua influência na cultura e na identidade nacional.
• É imperativo construir uma sociedade livre, justa e solidária, respeitando os direitos de todos, sem discriminação.
• A Constituição Federal garante a liberdade de expressão e a valorização da diversidade a todos os brasileiros, incluindo os ciganos.