Exame de Português: Os Lusíadas
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Questions and Answers

Quem é o autor de 'Os Lusíadas'?

  • Camões (correct)
  • Eça de Queirós
  • Fernando Pessoa
  • Gil Vicente
  • Qual é o nome da personagem feminina central em 'Os Lusíadas'? Inês de _______

    Castro

    O narrador de 'Os Lusíadas' é omnisciente.

    True

    Quantos cantos constituem 'Os Lusíadas'?

    <p>10</p> Signup and view all the answers

    Quantos versos tem cada estância ('estrofe') nos 'Os Lusíadas'?

    <p>8 versos</p> Signup and view all the answers

    Relacione os planos narrativos de 'Os Lusíadas' com as suas descrições:

    <p>Plano da Viagem = Relatos sobre a jornada marítima dos Portugueses Plano Mitológico = Episódios relacionados com as divindades e mitos Plano da História de Portugal = Narrações sobre feitos históricos portugueses Plano das reflexões/considerações do Poeta = Pensamentos e reflexões do autor durante a obra</p> Signup and view all the answers

    Quais são os 4 planos distintos em que 'Os Lusíadas' é dividido?

    <p>Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração</p> Signup and view all the answers

    Quem é o narrador da obra 'Os Lusíadas'?

    <p>Vasco da Gama</p> Signup and view all the answers

    Qual é o motivo do aparecimento do Adamastor durante a viagem dos navegadores lusos?

    <p>Para intimidar os navegadores e contar profecias</p> Signup and view all the answers

    O Adamastor representa o Cabo da Boa Esperança.

    <p>True</p> Signup and view all the answers

    Quantas miniações existem na cena inicial de 'Auto da Barca do Inferno'? Existem __ miniações.

    <p>10</p> Signup and view all the answers

    Corresponda as classes sociais com as personagens do 'Auto da Barca do Inferno':

    <p>Fidalgo = Nobreza Onzeneiro = Burguesia comercial Parvo = Pobre de espírito Sapateiro = Povo/Artesãos Frade = Clero</p> Signup and view all the answers

    Quais são os argumentos de defesa da Alcoviteira? (Selecione todas as opções corretas)

    <p>Comparava a sua missão com a dos apóstolos</p> Signup and view all the answers

    O Judeu tem argumentos de defesa contra as acusações?

    <p>False</p> Signup and view all the answers

    Quais eram os símbolos cénicos presentes na caracterização do Corregedor?

    <p>Vara e os feitos (processos)</p> Signup and view all the answers

    Relacione os seguintes destinos finais com os personagens correspondentes:

    <p>Inferno = Alcoviteira, Corregedor, Procurador, Enforcado Paraíso = Quatro Cavaleiros</p> Signup and view all the answers

    Study Notes

    Os Lusíadas

    • Estrutura Externa: Os Lusíadas são divididos em 10 Cantos, cada canto com um certo número de Episódios, cada episódio tem um certo número de estâncias (estrofes), cada estância é composta por 8 versos (oitavas) e todos os versos são decassilábicos (10 silabas métricas).
    • Estrutura Interna: Os Lusíadas são divididos em 4 partes diferentes: Proposição, Invocação, Dedicatória e Narração.
    • Planos narrativos: A obra também é dividida em 4 planos distintos: Plano da Viagem, Plano Mitológico, Plano da História de Portugal e Plano das reflexões/considerações do Poeta.
    • Episódios: A obra contém vários episódios, sendo estes: Mitológico (Consílio dos Deuses), Lírico (Inês de Castro), Simbólico (Adamastor) e Naturalista (Tempestade e Chegada à Índia).
    • Narração “in medias res”: A narração nos Lusíadas não segue uma ordem cronológica, tendo início quando os Portugueses estão já no Oceano Índico.

    Proposição

    • Estrutura Externa: Canto I
    • Estrutura Interna: Proposição
    • Planos: Viagem (1.ª Estância), História de Portugal (2.ª Estância) e Reflexões do Poeta (últimos 2 versos)
    • Narrador: Poeta
    • Tipo de Narrador: Heterodiegético
    • Recursos Expressivos:
      • Perífrase para Portugal (“Ocidental praia Lusitana”)
      • Hipérbole (“Mais do que prometia a força humana”)
      • Hipérbatos (1.º e 2.º ; 3.º e 4.º ; 7.º e 8.º versos)
      • Sinédoque (“peito ilustre lusitano”)
      • Enumeração (“A Fé, o Império, e as terras viciosas”)
    • Sinopse: A proposição pode ser dividida em 2 partes:
      • 1.ª Parte (1ª e 2ª estâncias): O poeta propõe-se a cantar/divulgar os feitos dos heróis e dos seus feitos gloriosos através de uma epopeia.
      • 2.ª Parte (3.ª Estância): Classificação do propósito.

    Consílio dos Deuses

    • Estrutura Externa: Canto I
    • Estrutura Interna: Narração
    • Plano: Viagem (Est. 19) e Mitológico (Est. 20 – fim)
    • Episódio: Mitológico
    • Narrador: Poeta (Heterodiegético)
    • Viagem: As naus Portuguesas encontram-se no Oceano Índico navegando tranquilamente e com ventos favoráveis.
    • Consílio – Cronologia:
      • 1.º -» Convocatória por parte de Mercúrio
      • 2.º -» Apresentação do tema da reunião
      • 3.º -» Argumentos de Júpiter
      • 4.º -» Argumentos de Baco
      • 5.º -» Argumentos de Vénus
      • 6.º -» Discussão (Comparação com uma tempestade)
      • 7.º -» Ação (bater com o cetro no chão) e Argumentos de Marte
      • 8.º -» Decisão Final (Apoiar os Portugueses) e fim do Consílio
    • Consílio – Convocatória: Júpiter ordena a Mercúrio que vá chamar todos os Deuses para uma reunião acerca do futuro dos Portugueses no Oriente.
    • Consílio – Argumentos de Júpiter: Júpiter decide apoiar os Portugueses devido à coragem, ao valor, ao passado, ao presente e ao destino.
    • Consílio – Argumentos de Baco: Baco decide não apoiar os Portugueses pois tinha medo de ser esquecido no Oriente.
    • Consílio – Argumentos de Vénus: Vénus decide apoiar os Portugueses devido às qualidades do seu povo (Romano) e à língua falada.### Discussão – Vénus
    • Vénus bate o bastão no chão para silenciar a discussão
    • Marte apoia os Portugueses devido ao amor antigo por Vénus, à coragem e valor dos Portugueses e à inveja/falsidade de Baco
    • Júpiter decide que os Deuses irão apoiar os Portugueses na sua viagem até à Índia

    Inês de Castro

    • Estrutura externa: Canto III
    • Estrutura interna: Narração
    • Plano: História de Portugal
    • Episódio: Lírico
    • Narrador: Vasco da Gama (Heterodiegético)
    • Narratário: Rei de Melinde
    • Contextualização histórica: Após a vitória do rei D.Afonso IV na Batalha do Salado e o período de paz entre Portugal e Castela
    • Inês de Castro era Castelhana e parente de certas pessoas que tinham más intenções para com o rei/corte de Castela
    • D.Pedro I é filho de D.Afonso IV e D.Beatriz de Castela
    • Cronologia do episódio:
      • Introdução
      • Apresentação de Inês e dos seus confidentes (Natureza)
      • Solução para o problema (mandar matar Inês)
      • Inês é chamada à presença do Rei
      • Argumentos de defesa de Inês
      • Comoção do rei, no entanto, não é suficiente
      • Morte de Inês
      • Consequências na Natureza (Tristeza)

    Despedidas em Belém

    • Estrutura externa: Canto IV
    • Estrutura interna: Narração
    • Plano: Viagem
    • Episódio: Lírico
    • Narrador: Vasco da Gama (Autodiegético)
    • Narratário: Rei de Melinde
    • Os preparativos:
      • Localização: Praia do Restelo
      • Preparação: Física, psicológica, mental, espiritual, material, etc.
      • Pedido a Deus pelos marinheiros para que Ele os guie e os proteja
    • A separação:
      • Os marinheiros partem em procissão desde a Igreja de Santa Maria de Belém até ao batéis que se encontram no rio Tejo
      • Ao longo da praia estava uma multidão de gente desde familiares a pessoas que apenas queriam ver a partida dos navegadores
      • As mulheres choravam enquanto que os homens suspiravam
      • Uma mãe e uma esposa discursam e exprimem o seu desagrado e receio por aqueles que as vão deixar
    • Vasco da Gama não permite que os marinheiros se despeçam dos seus familiares para não permitir que estes sofram ou que alterem a sua decisão de partir

    O Adamastor

    • Estrutura externa: Canto V
    • Estrutura interna: Narração
    • Plano: Viagem
    • Episódio: Simbólico
    • Narrador: Vasco da Gama (Autodiegético)
    • Narratário: Rei de Melinde
    • O decorrer da viagem:
      • Clima/tempo tranquilo, com ventos favoráveis propícios à navegação
      • Numa noite, uma nuvem aparece de súbito e o mar começa a agitar
      • Os marinheiros assustam-se com o aparecimento súbito da nuvem e Vasco da Gama tenta falar com Deus
    • O aparecimento do Adamastor:
      • De súbito uma figura aparece diante das naus, esta é caracterizada como assustadora provocando medo nos navegadores
      • O medo intensifica-se à medida que a figura se começa a ver com maior clareza
    • O Discurso do Adamastor:
      • O Adamastor começa por criticar a ousadia mostrada pelos navegadores lusos enfurecendo-o
      • Procura intimidar os portugueses através de profecias que faz no momento
    • As profecias:
      • Morte de Bartolomeu Dias (“De quem me descobriu”)
      • Morte de D.Francisco de Almeida (“o primeiro Ilustre”)
      • Naufrágio de Manuel de Sousa Sepúlveda e a família (“Liberal, cavaleiro, enamorado”)
    • A pergunta de Vasco da Gama e a história do Gigante:
      • Vasco da Gama questiona ao Adamastor quem seria ele (“Quem és tu?”)
      • Adamastor conta a sua história
      • O gigante representa o Cabo da Boa Esperança (anteriormente denominado Cabo das Tormentas)
      • Este resultou de um amor não correspondido por Tétis que o enganou e o levou a ser “amaldiçoado” e a tornar-se num “penedo”

    Tempestade e Chegada à Índia

    • Estrutura externa: Canto VI

    • Estrutura interna: Narração

    • Plano: Viagem

    • Episódio: Naturalista

    • Narrador: Poeta (Heterodiegético)

    • Tempest### Representatividade

    • O representante da justiça humana, corrupta e parcial tem características de corrupção, arrogância e falsa religiosidade.

    Características

    • O representante da justiça é corrupto, arrogante e falso religioso.
    • Ele segue um percurso cênico que inclui o Diabo e o Anjo.

    Argumentos de Defesa e Acusação

    • O representante da justiça se defende alegando que não se confessou pois não sabia que ia morrer e que tem estatuto de bacharel.
    • Já os argumentos de acusação incluem corrupção e não se confessou.

    Destino Final e Crítica Social

    • O representante da justiça tem como destino final o Inferno.
    • A crítica social é feita à corrupção dos elementos da justiça e ao desrespeito pelos sacramentos.

    Enforcado

    • O Enforcado representa o símbolo da sua condenação por um crime cometido.
    • Ele tem características de criminoso, ingénuo, simples, influenciável e desresponsabilizado pelo seu crime.

    Percurso Cênico e Argumentos de Defesa e Acusação

    • O Enforcado segue um percurso cênico que inclui o Diabo.
    • Ele se defende alegando que já pagou pelos seus crimes e que Garcia Moniz disse-lhe que já tinha sofrido muito por isso iria para o Paraíso.

    Destino Final e Crítica Social

    • O Enforcado tem como destino final o Inferno.
    • A crítica social é feita à corrupção judicial pois Garcia Moniz era, provavelmente, um tesoureiro da Casa da moeda e manipulou o Enforcado.

    Quatro Cavaleiros

    • Os Quatro Cavaleiros representam a luta pela expansão da fé cristã.
    • Eles têm características de confiantes, seguros, defensores da fé cristã e desprendidos dos bens materiais.

    Percurso Cênico e Argumentos de Defesa e Acusação

    • Os Quatro Cavaleiros seguem um percurso cênico que inclui o Diabo e o Anjo.
    • Eles se defendem alegando que morreram a combater por Cristo e que quem morre por Cristo merece a vida eterna.

    Destino Final e Crítica Social

    • Os Quatro Cavaleiros têm como destino final o Paraíso.
    • Não há crítica social explícita relacionada aos Quatro Cavaleiros.

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    Quiz Team

    Description

    Preparação para o exame de Português com base nos apontamentos sobre Os Lusíadas. Inclui estrutura externa, interna, planos narrativos e episódios.

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