FHTM - 1

O Serviço Social surgiu no final do século XIX e início do XX como resposta a problemas sociais da Revolução Industrial, como urbanização, pobreza e exploração do trabalho.

A origem do Serviço Social está na necessidade de gerenciar tensões sociais, mediando conflitos entre classes e promovendo ações assistenciais emergenciais.

O Serviço Social tornou-se mais estruturado com políticas sociais e organizações profissionais, inicialmente com foco em controle social, influenciado pela Igreja Católica e sua Doutrina Social.

As primeiras escolas da região foram influenciadas por modelos europeus, especialmente belgas, franceses e italianos, com princípios cristãos.

Fundada em 1925, com iniciativa da Igreja Católica no Chile.

Criada em 1936 em São Paulo, por um grupo ligado à Ação Católica.

Os trabalhadores se organizaram em sindicatos e movimentos sociais para reivindicar melhores salários, jornadas de trabalho reduzidas e melhores condições de vida.

O Serviço Social surgiu no Brasil com uma ligação à ação assistencial técnica e religiosa, formando profissionais para trabalhar em instituições de caridade, hospitais e empresas. Esses primeiros cursos priorizavam a prática assistencial e a moral cristã, criando profissionais conservadores e focados na manutenção da ordem social.

O Serviço Social surgiu para 'racionalizar' as demandas sociais dos trabalhadores, evitando radicalização política.

A Doutrina Social da Igreja Católica, especialmente a encíclica Rerum Novarum, foi crucial na consolidação inicial do Serviço Social. Ela defendia conciliação entre capital e trabalho, promovendo justiça social dentro de um contexto hierárquico, com base na caridade e moral cristã.

Documentos papais que influenciaram o desenvolvimento de políticas sociais, especialmente sobre a questão social.

O Serviço Social, inicialmente, atuou como uma extensão das ações caritativas da Igreja. Isso significava desempenhar um papel moralizador e de mediação de conflitos sociais, sem desafiar as estruturas capitalistas.

A identidade do Serviço Social, segundo Fátima Martinelli, não é estática; foi construída historicamente com contradições entre atender as necessidades das classes populares e os interesses de controle social das instituições.

Primeira encíclica a tratar da questão social, defendendo a dignidade dos trabalhadores, o direito à propriedade e a intervenção do Estado para justiça social.

Influenciado pelo Marxismo, o Serviço Social adquiriu uma perspectiva crítica nas décadas de 60 e 70 com foco em transformação social, rompendo com um foco apenas na manutenção da ordem vigente.

Encíclica que reafirmou os princípios da Rerum Novarum, condenando o socialismo e defendendo a colaboração entre classes.

O Serviço Social, de acordo com Martinelli, opera em duas dimensões: reproduzir a ordem social existente ou lutar por transformações estruturais.

Fundadora do Serviço Social moderno, que sistematizou as práticas assistenciais, tornando-o uma ciência/profissão.

A partir do século XIX, a assistência aos pobres deixou de ser vista apenas como ato de caridade e passou a ser tratada como questão social. Surgia a necessidade de organizar e estruturar a ação assistencial, com critérios e métodos técnicos.

Livro de Mary Richmond com métodos de diagnóstico e intervenção social baseados em estudo de caso.

Técnica introduzida por Mary Richmond, para aprimorar o trabalho assistencial.

Técnica introduzida por Mary Richmond, para aprimorar o estudo de caso.

Abordagem clássica do Serviço Social, influenciado por Mary Richmond, focando em intervenções individuais.

Método de Serviço Social focado no atendimento individualizado de pessoas ou famílias, buscando soluções para problemas específicos.

Abordagem que considera necessidades específicas de cada indivíduo/família.

Análise aprofundada da situação pessoal, necessidades, contexto socioeconômico e recursos de uma pessoa/família.

Avaliação da situação social de uma pessoa/família, identificando suas necessidades e contexto.

Uso de técnicas como entrevistas, visitas domiciliares e análise de documentos para entender a realidade.

Conjunto de ações propostas para ajudar um indivíduo/família a superar os seus problemas.

Tendência inicial de focar em ajudar pessoas/famílias sem considerar as causas estruturais dos problemas.

Consideração das desigualdades sociais, opressões e outros fatores que afetam as pessoas/famílias.

Críticas apontam o caráter assistencialista e individualista, que desconsidera dimensões estruturais.

Mudança de foco para práticas coletivas e críticas, alinhadas com a mudança social.