Economia: Lei de Okun e Curva de Phillips

A curva de Phillips mostra a relação inversa entre a inflação e o desemprego: quanto menor o desemprego, maior a inflação, e vice-versa.

A curva de Phillips original mostrava uma relação estável entre inflação e desemprego. No entanto, na década de 1970, a curva começou a se mover e se deslocar, tornando-se mais complexa.

Milton Friedman e Edmund Phelps propuseram adicionar as expectativas de inflação à curva original. A curva de Phillips aumentada pelas expectativas explica a mudança na curva original na década de 1970.

A curva de Phillips aumentada pelas expectativas é definida como: π = πe − ω(U−Un), onde π é a taxa de inflação, πe é a taxa de inflação esperada, U é a taxa de desemprego, Un é a taxa natural de desemprego, ω é um parâmetro.

Aumentos repentinos nos preços do petróleo podem afetar os custos de produção e influenciar a relação entre inflação e desemprego, pois levam a um aumento na inflação para cada nível de desemprego.

A curva de Phillips é afetada pelos choques de oferta como os aumentos nos preços do petróleo. Esses choques alteram a relação entre inflação e desemprego, levando a um aumento da inflação para todos os níveis de desemprego.

A pandemia de Covid-19 é um exemplo de choque de oferta colossal que afetou a economia global, impactando a relação entre inflação e desemprego.

A curva de Phillips, apesar de útil, possui limitações, principalmente quando afetada por eventos externos, como choques de oferta. Assim, a curva de Phillips deve ser interpretada com cautela e acompanhada de outras ferramentas analíticas.

A Curva de Oferta Agregada (AS) de curto prazo mostra a relação entre o nível de preços e a quantidade de bens e serviços que as empresas estão dispostas a produzir, dado um determinado nível de preços.

Em sua forma simplificada, a Curva de Oferta Agregada de Curto Prazo (AS) é dada pela equação: π = πe + γY - YP + ρ. π representa a inflação, πe é a inflação esperada, γ é um parâmetro que captura a sensibilidade da oferta agregada à produção, Y é o produto real, Y é o produto de equilíbrio a longo prazo, P é o preço, e ρ é uma variável que representa choques de oferta.

A Curva de Oferta Agregada (AS) de longo prazo mostra a relação entre o nível de preços e a quantidade de bens e serviços que as empresas podem produzir quando todos os fatores de produção estão plenamente empregados. Assume-se que a economia está em seu potencial de produção.

Em uma situação ideal, sem choques de oferta e com expectativas de inflação ancoradas, a Curva de Oferta Agregada de Longo Prazo (AS) se torna vertical. Isso indica que o produto real (Y) é igual ao produto potencial (YP) e a capacidade produtiva da economia está totalmente utilizada.

A Curva de Oferta Agregada pode ser alterada por diversos fatores, tanto no curto prazo como no longo prazo. No curto prazo, mudanças nas expectativas de inflação (πe) ou choques de oferta (ρ) deslocam a curva. No longo prazo, a curva desloca-se com mudanças no estoque de capital (K), trabalho (L), tecnologia ou outros fatores que afetam a capacidade produtiva da economia.

A Lei de Okun é uma relação empírica que descreve a correlação negativa entre o hiato do produto (a diferença entre o produto real e o produto potencial) e o desemprego cíclico. Essencialmente, ela afirma que um aumento no desemprego cíclico está associado a uma redução no produto real. Isso implica que quando a economia está operando abaixo de sua capacidade, o desemprego é maior.

O parâmetro θ na Lei de Okun representa a sensibilidade do hiato de produção ao desemprego cíclico. Um θ maior significa que um aumento no desemprego cíclico está associado a uma redução maior no produto real. Para a economia dos EUA, o valor típico é de 0,5.

A curva de oferta agregada de curto prazo (AS) é derivada da Lei de Okun e da Curva de Phillips. Inserir a Lei de Okun na Curva de Phillips permite relacionar a inflação com o hiato de produção. Assim, a forma da curva AS é determinada pela sensibilidade do hiato de produção ao desemprego (θ) e pela sensibilidade da inflação ao desemprego (ω).

A equação π = πe − ωθ (Y − YP ) + ρ representa a curva de oferta agregada de curto prazo (AS), derivada da Lei de Okun e da Curva de Phillips. Ela estabelece uma relação entre a inflação (π), as expectativas de inflação (πe), o hiato de produção (Y − YP) e um termo de choque (ρ). Os parâmetros ωθ e ρ influenciam a inclinação e a posição da curva AS, respectivamente.

O termo γ = ωθ na equação da curva AS é derivado da multiplicação dos parâmetros da Curva de Phillips (ω) e da Lei de Okun (θ). Ele representa a sensibilidade da inflação ao hiato de produção. Um valor maior de γ indica que a inflação é mais sensível a mudanças no hiato de produção.

A Curva de Phillips (CP) é uma ferramenta para analisar a relação entre inflação e desemprego, geralmente representada por um gráfico. O gráfico mostra que, em geral, uma taxa de inflação mais alta está associada a uma taxa de desemprego mais baixa, e vice-versa.

A Curva de Phillips com expectativas adaptativas inclui três componentes principais: expectativas adaptativas, desemprego cíclico e choques. As expectativas adaptativas assumem que a inflação esperada é igual à inflação passada, enquanto o desemprego cíclico mede a diferença entre a taxa de desemprego atual e sua taxa natural. Os choques são eventos inesperados que afetam a economia, como aumentos repentinos nos preços do petróleo.

A Curva de Phillips mostra que, para diminuir a taxa de desemprego, a taxa de inflação precisa aumentar, assumindo que a taxa natural de desemprego, as expectativas de inflação e os choques permanecem constantes.

A Curva de Phillips pode se deslocar para a direita (maior inflação para um determinado nível de desemprego) devido a vários fatores. Aumentos nas expectativas de inflação, na taxa natural de desemprego ou choques de oferta negativos (como aumentos nos preços do petróleo, guerras ou pandemias) podem causar esse deslocamento.

A Curva de Phillips de Longo Prazo (CPLP) é um conceito que surge a partir dos deslocamentos da Curva de Phillips. A CPLP é vertical e representa a taxa natural de desemprego, mostrando que a taxa de inflação não afeta o desemprego de longo prazo.

Um processo deflacionário pode ser causado por uma redução nas expectativas de inflação. Isso leva a um deslocamento para a esquerda na Curva de Phillips, resultando em menor inflação para um dado nível de desemprego.

A Curva de Phillips é afetada por choques de oferta, como a pandemia de Covid-19, que causaram interrupções nas cadeias de suprimentos e afetaram a relação entre inflação e desemprego. Esses choques podem levar a uma maior inflação para todos os níveis de desemprego.

A Curva de Phillips, embora útil, tem limitações, especialmente quando afetada por eventos externos como choques de oferta. É importante interpretar a curva com cautela e complementá-la com outras ferramentas de análise.