Anatomia Cefalométrica e Telerradiografia

Anatomia Cefalométrica

• A telerradiografia em norma lateral e a cefalometria são registos e estudos obrigatórios no diagnóstico ortodôntico.
• A telerradiografia em norma lateral deve ser colocada sobre o negatoscópio com o perfil orientado para a direita.
• A Telerradiografia introduzida em 1931, demonstrou rápida importância clínica e na pesquisa.

Posição Natural da Cabeça

• A técnica radiográfica deve estabelecer uma linha de referência.
• O Plano de Frankfurt, que passa pelo bordo superior do canal auditivo externo (porion) e pelo bordo inferior do rebordo externo da órbita (orbitale), é usado como referência horizontal.
• A Posição Natural da Cabeça (PNC) é a melhor referência para as telerradiografias.

Normas de montagem da folha de acetato

• A folha de acetato deve ser orientada de forma que a margem superior e inferior fiquem paralelas ao Plano Horizontal Verdadeiro.
• A folha de acetato deve ser posicionada pelo menos 2,5 cm acima do násion e 2,5 cm à frente da ponta do nariz.
• A fixação da folha de acetato à radiografia é feita com fita adesiva na margem superior, evitando a sua báscula.

Regra da duplicidade de imagem

• As estruturas na linha média normalmente aparecem como uma única imagem.
• Quanto mais afastadas da linha média, maior o risco de uma dupla imagem.
• Em casos de desdobramento, a média das imagens deve ser usada.

Identificação e traçado de estruturas anatómicas (tecidos moles)

• O traçado deve começar pelo contorno externo do perfil cutâneo, do frontal ao pescoço.
• As estruturas a serem traçadas incluem as órbitas, curvatura da pupila, asas do nariz e lábios.
• O contorno palpebral e a curvatura pupilar podem ter duplicidade de imagens.

Complexo Nasofrontal

• A cortical externa do frontal, paralela à linha cutânea do frontal, limitada inferiormente pela sutura naso-frontal, é visível.
• Os ossos nasais são representados por uma imagem triangular.
• O seio frontal é uma imagem radiotransparente entre as corticais externa e interna do frontal.

Cavidade Orbitária

• O pavimento da órbita possui concavidade superior, podendo atingir 1 ou 2 cm.
• O rebordo orbitário externo representa o bordo anterior do osso zigomático.
• O tecto da órbita, que representa a face exocraniana do frontal.
• As estruturas de interesse a serem traçadas são o rebordo orbitário externo.

Fossa Pterigomaxilar

• A fossa pterigomaxilar apresenta formato de uma gota invertida.
• A parede posterior é constituída pela apófise pterigóide do esfenóide e a parede anterior pela tuberosidade maxilar.
• A abertura do buraco redondo maior é crucial neste ponto.

Esfenóide

• A sela turca, uma estrutura mediana arredondada, é limitada pelas apófise clinóide anterior e posterior.
• O clivus esfenoidal e o planum esfenoidal são partes importantes de serem visualizadas.
• O seio esfenoidal, uma imagem radiotransparente que pode preencher o corpo do esfenóide, é facilmente identificável.

Complexo Vertebro-Occipital

• A apófise basilar do occipital, de forma triangular, articula-se com a face posterior do esfenóide na sutura esfeno-occipital.
• O clivus occipital está entre a sutura esfeno-occipital e a face exocraniana da apófise basilar.
• O côndilo occipital, caracterizado por uma imagem triangular radiopaca, apresenta sua face anterior visível.

Complexo Temporal

• O canal auditivo externo (CAE) possui formato ovalado, com maior diâmetro oblíquo para cima e para a frente.
• O canal auditivo interno (CAI), mais interno e superior ao CAE, é identificado por uma intensa rádiotranslucidez.
• O côndilo temporal, de grande densidade óssea, apresenta contorno inferior convexo.

Mandíbula

• A sínfise mandibular e a sua cortical são importantes na visualização.
• O bordo posterior do ramo da mandíbula vai do colo do côndilo até ao ângulo goníaco.
• A chanfradura sigmoide, com concavidade superior, estende-se do colo do côndilo à apófise coronóide.

Dentes Mandibulares e Maxilares

• Os incisivos e primeiros molares definitivos devem ser identificados e traçados.
• O escantilhão de transferidor cefalométrico pode ser usado para o traçado.
• Para os molares, a imagem deve apresentar as cúspides e raízes.