9ª Classe 2024-2025 - Lição 1,2 & 3,4 - PDF
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2024
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This document discusses the origins of the Portuguese language. It details the influence of Latin and Arabic, and factors in the evolution of modern Portuguese. The document also covers the history of language development through time and the expansion of the language throughout the world.
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9ª Classe 2024-2025 Lição Nº...1,2 02/a 06/09|2023 Sumário: - Apresentação e considerações gerais. -Regras de sala de aulas e material necessário para a disciplina. - Avaliação Diagnostica. 9ª Clas...
9ª Classe 2024-2025 Lição Nº...1,2 02/a 06/09|2023 Sumário: - Apresentação e considerações gerais. -Regras de sala de aulas e material necessário para a disciplina. - Avaliação Diagnostica. 9ª Classe 2024-2025 Lição Nº3,4 09/a 13/09|2023 Sumário: - As Origens da Língua Portuguesa A língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar e mais a influência árabe e das tribos que viviam na região. Sua origem está altamente conectada a outra língua (o galego), mas, o português é uma língua própria e independente. Apesar da influência dos tempos tê-la alterado, adicionando vocábulos franceses, ingleses, espanhóis, ela ainda tem sua identidade úni- ca, sem a força que tinha no seu ápice, quando era quase tão di- fundida como agora é o inglês. No oeste da Península Ibérica, na Europa Ocidental, encontram- se Portugal e Espanha. Ambos eram domínio do Império Roma- no há mais de 2000 anos, e estes conquistadores falavam latim, uma língua que eles impuseram aos conquistados. Mas não o latim culto usado pelas pessoas cultas de Roma e escrito pelos poetas e magistrados, mas o popular latim vulgar, falado pela população em geral. Isto aconteceu porque a população local en- trou em contato com soldados e outras pessoas in- cultas,nãomagistrados. Logicamente não podemos simplesmente desprezar a influência linguística dos conquistados. Estes dialetos falados na península e em outros lugares foram regionalizando a língua. Também devemos considerar a influência árabe, que inseriu muitas termos nestes romanços até a Reconquista. Este processo formou vários dialetos, denom- inados cada um deles genericamente de romanço (do latim ro- manice, "falar à maneira dos romanos"). Quando o Império Ro- mano caiu no século V este processo se intensificou e vários di- aletos foram se formando. No caso específico da península, foram línguas como o catalão, o castelhano e o galego-português (falado na faixa ocidental da península). Foi este último que gerou o português e o galego (mais tarde uma língua falada apenas na região de Galiza, na Espanha). O galego-português existiu apenas durante os séculos XII, XIII e XIV o português uniformiza-se e adquiri as características atuais da língua. Em 1536 Fernão de Oliveira publicou a primeira Gramática da Linguagem Portuguesa, consolidando-a definitivamente. A formação da língua portuguesa está resumida em cinco períodos linguísticos: A língua portuguesa teve sua evolução dividida em cinco períodos: 1. Pré-românico: o latim era a língua oficial de Roma e foi levado por soldados para as regiões conquistadas. 2. Românico: línguas que surgiram pela diferen- ciação ou do latim falado pelos soldados ro- manos. As grandes mudanças fizeram o latim ser substituído por dialetos que deram ori- gem ao francês, espanhol e italiano. O portu- guês apareceu no século XIII. 3. Galego-português: foi o idioma da Galiza, uma comunidade autônoma localizada no noroes- te da Espanha, e das regiões de Portugal, Douro e Minho. Essa língua permaneceu até o século XIV. 4. Português arcaico: teve influência de diale- tos dos árabes e do latim, sendo o idioma fa- lado entre o século XIII e a primeira metade do século XVI. Foi nesse contexto que ini- ciaram os estudos da língua portuguesa. 5. Português clássico e moderno: o português arcaico se transformou em clássico (língua de Camões). Esse português teria sido trazido para o Brasil no tempo das grandes navegações. Portanto, a língua portuguesa, utilizada neste século XXI, é re- sultante das transformações do latim-vulgar, de acréscimos linguísticos e de modificações sofridas durante o galego- português, do contato com línguas diversas ao longo das expe- dições marítimas e expansão territorial portuguesa, e dos diver- sos neologismos e estrangeirismos gerados com o processo de globalização mundial. Expansão da Língua Portuguesa A expansão da língua portuguesa pelo mundo inicia-se no século XV com as grandes expedições marítimas e com os processos de colonização para expansão territorial portuguesa. A presença das colônias portuguesas na América (Brasil), na Áfri- ca (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe), na Ásia (Macau, Goa, Damião e Diu) e Oceania (Timor-Leste) fez com que a língua portuguesa se espalhasse pelo mundo. Portugal impôs o português às línguas locais. Dessa forma, a lín- gua portuguesa sobrepôs-se às línguas indígenas no Brasil, às lín- guas bantu nos países africanos e às demais línguas nativas dos outros países. Em cada um desses lugares, a língua portuguesa sofreu trans- formações, incorporando vocábulos nativos, passando por modifi- cações gramaticais e adotando pronúncia própria. Ainda assim, com características específicas de cada país, a língua portuguesa mantém uma unidade linguístico-gramatical em sua estrutura. A língua portuguesa atualmente é língua oficial em dez países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Ma- cau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Bem como se faz presente em comunidades de falantes no Canadá, Japão, França, entre outros. Comunidade de Países de Língua Portu- guesa (CPLP) Para compreender a situação da língua portuguesa no mundo, em 1996, foi criada a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a CPLP. Trata-se de uma organização internacional formadas por países de língua oficial portuguesa que objetivam estreitar relações linguísticas, culturais, educacionais, comerciais, entre outras, visando à promoção e difusão da língua, bem como à cooperação entre os países falantes de português. Em razão disso, com objetivo de unificar a escrita e, conse- quentemente, preservar a língua portuguesa, foi assinado em 1990 o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. No Brasil, o no- vo acordo está em vigor desde 2009 e com uso obrigatório desde 2016. Atualmente apenas nove dos dez países de língua oficial portu- guesa são Estado- Membros da CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. 9ª Classe 2024-20245 Lição Nº…5,6 18/ a 20/09/2024 Sumário: Evolução fonética e semântica A. Processos fonológicos 1. Processo de inserção de segmentos 2. Processo de supressão de segmentos 3. Processo de alteração de segmentos Em síntese: A. Processos fonológicos Inserção Supressão Alteração Protése (início) Aférese (início) Assimilação Epêntese (meio) Síncope (meio) Dissimilação Paragoge (fim) Apócopo (fim) Redução vocálica Metátese 1. Processo de inserção de segmentos Processo que consiste em inserir novos sons ou fonemas numa palavra (no início, no meio ou no final da mesma). 1.1. Prótese - inserção de um fonema no início de uma palavra. Ex.: stare > estar 1.2. Epêntese - inserção de um fonema no meio de uma palavra. Ex.: creo > creio 1.3. Paragoge - inserção de um fonema no final de uma palavra. Ex.: ante >antes 2. Processo de supressão de segmentos Processo que consiste em suprimir sons ou fonemas numa palavra (no início, no meio ou no final da mesma). 2.1. Aférese - supressão de um fonema no início de uma palavra. Ex.: attonitu > tonto 2.2. Síncope - supressão de um fonema no meio de uma palavra. Ex.: malu > mau 2.3. Apócope - supressão de um fonema no final de uma palavra. Ex.: amore >amor 3. Processo de alteração de segmentos Processo que consiste na mudança de sons ou fonemas numa palavra. 3.1. Assimilação - identificação ou aproximação de um fonema com um fonema vizinho, adquirindo os traços fonéticos desse fonema. Ex.: ipsu > isso 3.2. Dissimilação - diferenciação de fonemas vizinhos iguais ou semelhantes. Ex.: liliu > lírio 3.3. Redução vocálica - enfraquecimento de uma vogal em posição átona. Ex.: carta > carteiro Nota: Na palavra "carta", a vogal inicial /a/ é aberta, fazendo parte da sílaba tónica. Na palavra "carteiro", da mesma família, a vogal inicial /a/ passa a ser fechada, pois faz parte da sílaba átona que antecede a sílaba tónica. 3.4. Metátese - troca de fonemas ou de sílabas no interior de uma palavra. Ex.: semper › sempre B. Evolução semântica Ao longo dos tempos, as palavras evoluem ao nível fonológico, originando mudanças no significante (na parte gráfica e acústica da palavra). Para além desta mudança, também é possível verificar um outro tipo de evolução que ocorreu ao nível da semântica - palavras cujo significante não se alterou, mas nas quais houve uma modificação no significado. que está só, solitário - significado inicial Ex.: solitariu > solteiro < que não é casado - significado atual 2 EVOLUÇÃO SEMÂNTICAA evolução semântica consiste na alteração de sentido / significado que se verifica em certas palavras, ao longo dos tempos. Esta alteração está ligada a factores temporais e espaciais 3 EX.: palavra antes hoje parvo parvus solteiro solitarium ministro pequeno, muito novo“estúpido”solteirosolitariumo que vive ou está sóo que ainda não casouministroministruescravo, o que servefunção de grande nível socialgestogesturosto, semblantemovimento do corpo Lição Nº… 30/ a 04/10/2024 Sumário: Estudo da narrativa O que é uma narrativa e os elementos da narrativa? A narrativa é em si a exposição de fatos de forma sequencial: narrada ou contada, que ocorre ao longo de um determinado tempo. Elementos da narrativa e suas características Uma dica para não esquecer esse elementos e muito usada em cursinhos pré- vestibulares, é através da sigla “PENTE”: Personagem Qualquer ser que pratica ações em uma história. Podendo ser não apenas humano como também animais, seres fantásticos, etc. Os personagens são divididos em 3 categorias: Principal ou protagonista: Aquele que aparece na maioria dos capítulos da história e desempenha o papel mais importante. Exemplo: Harry Potter no livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal” Antagonista: Aquele personagem que atrapalha de algum modo o protagonista na conquista de seus objetivos. É o rival, vilão da história. Exemplo: Lord Voldemort no livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal” Coadjuvantes: Todos aqueles que possuem participação na história, mas que não aparecem o tempo todo. Estão ali colocados para auxiliar o protagonista (ou o antagonista). Exemplo: Rony e Hermione no livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Espaço Lugar ou lugares onde a narrativa se passa. O lugar desempenha papel fundamental na história, pois adianta as sensações que o autor pretende passar. Exemplo: Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts no Livro “ Harry Potter e a Pedra Filosofal” Narrador O narrador pode ser: 1ª Pessoa: Quando o narrador é um personagem e, por isso participa da história. Exemplo: “Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi menos a pneumonia, do que uma idéia grandiosa e útil, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia, e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso. Julgue-o por si mesmo.” (Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas, Capítulo 1.) 3ª Pessoa: Quando o narrador não é um personagem e está apenas contando a história. Tempo Existem dois tipos de tempo numa narrativa: Cronológico: Quando a ordem do tempo segue a ordem do relógio. É marcado por algumas palavras como: Ontem, semanas depois, ao meio dia, etc. Psicológico: É o tempo que ocorre quando o personagem se encontra sonhando, imaginando, relembrando ou pensando.Trata-se do tempo “interior” que ocorre dentro dos personagens. Enredo É o “esqueleto” da narrativa e é dividido em três partes: Introdução: Na qual há aparente harmonia, personagens e lugares são apresentados. Conflito: Na qual surge o problema que precisa ser resolvido na história Desfecho ou Clímax: A parte difícil da história onde o protagonista se arrisca em nome de resgatar uma harmonia ainda maior do que a que havia no início da narrativa. O que é contar histórias? Uma narrativa é uma sucessão sequencial de eventos ou ações , realizados por personagens reais ou imaginários, em um determinado lugar e por um determinado período de tempo, contados por alguém de uma maneira específica. Ou seja, de certa forma, uma narrativa equivale a uma história, uma história ou um conto, embora não sejam inteiramente sinônimos. As narrativas são inerentes ao ser humano , e ele as pratica desde os tempos mais remotos até o presente, de formas formais (como na literatura ) ou informais (como na fala do dia-a- dia). A ciência que estuda as narrativas é conhecida como narratologia. Origem da narrativa Inicialmente, as histórias eram carregadas de conteúdo mítico e religioso. A narrativa é tão antiga quanto a própria humanidade. Supomos que as primeiras histórias surgiram no calor das fogueiras, quando a tribo primitiva se reunia para comer e ouvir as histórias da caça, ou os mitos de origem contados pelos antigos sábios. Inicialmente, as histórias eram carregadas de conteúdo mítico e religioso. Eram histórias fundadoras que tentavam responder às grandes questões da humanidade: o que estamos fazendo aqui? Aonde vamos? De onde viemos? Posteriormente, as histórias adquiriram um conteúdo épico-maravilhoso. Serviram para explicar e moldar o sentimento de pertencimento das nações, considerando-as descendentes de heróis míticos e grandes ações, ou fruto de guerras tremendas que não se sabe se realmente ocorreram. Tipos de narração As narrativas podem ser de diferentes tipos, dependendo de seu conteúdo e de suas intenções. Uma classificação possível é a seguinte: Narração oral. Aquilo que é realizado através da linguagem falada e que é marcado pelo modo de falar do indivíduo, pela vida cotidiana, etc. É necessariamente face a face (a menos que seja gravado em fita) e efêmero, pois o som da voz desaparece. Narração escrita. Aquilo que é anotado em algum tipo de linguagem reconhecível e que pode ser lido muito depois de sua escrita, geralmente na ausência de seu autor. São duráveis ao longo do tempo e para isso requerem um suporte físico. Eles podem ser, por sua vez: Narração judicial. Aquelas que são feitas com o propósito de testemunhar um fato. Narração jornalística. Os de tipo não ficcional que aparecem na imprensa e nos meios de comunicação de massa , organizados de acordo com os métodos estilísticos da literatura, mas sem estética ou entretenimento, mas com finalidades e objetivos informativos. Narração literária. Aquelas realizadas com finalidade estética ou lúdica e que constituem o conteúdo da literatura. Eles usam mecanismos e estratégias estilísticas que dão força ou beleza à história. Outra forma de classificar as narrativas depende da veracidade dos acontecimentos relatados, podendo assim falar de uma narração objetiva ou subjetiva. Elementos narrativos Os personagens são os envolvidos na história. Em qualquer narrativa, alguns ou todos os seguintes elementos aparecem: Contador de histórias. A voz e o ponto de vista a partir dos quais a história é contada. Personagens. Esses atores direta ou indiretamente envolvidos na história contada, ocupando nela diferentes papéis: protagonista (em quem a história se concentra), antagonista (que se opõe ao protagonista), companheiro (que acompanha o protagonista); e em diferentes níveis de importância: personagens principais (aqueles sem os quais não haveria história) e personagens secundários (personagens acidentais ou acompanhantes). Lugar. Toda história se passa em um lugar, seja ele real ou imaginário, e os eventos podem ter um nível maior ou menor de interação com o ambiente onde ocorrem. Tempo. Cada história envolve uma quantidade de tempo para a duração total da história (tempo da história), bem como uma quantidade de tempo decorrido entre os eventos que narra (tempo da história). Enredo. O conteúdo da própria história, ou seja, a quantidade de ações que acontecem e que movem a história em direção à sua resolução e desfecho. Estrutura de uma narrativa Os personagens são levados a uma ou mais situações complexas. Narrar significa contar uma série de eventos de forma ordenada, lógica e sequencial , que constrói uma unidade total quando se aproxima do fim, e que tem um sentido de causalidade e plausibilidade, ou seja, que é credível e faz sentido. Nesse sentido, sua estrutura tradicionalmente envolve três partes: Iniciar ou apresentação. Também chamada de situação de equilíbrio ou situação inicial, é o ponto de partida da história, em que os personagens nos são apresentados e sua situação é detalhada no início da trama. Médio ou complicação. Os personagens são conduzidos a uma ou várias situações de complexidade, que ameaçam a satisfação ou a insatisfação de seus desejos e que repensam os esquemas iniciais em que cada personagem foi encontrado. Fim ou desfecho. Parte final em que os conflitos são resolvidos de uma forma ou de outra, para o bem ou para o mal dos personagens, e eles se encontram em uma nova situação de equilíbrio. Tipos de narrador A escolha de um narrador geralmente determina muitas coisas sobre uma história. Em princípio, há duas considerações diferentes a fazer em relação ao narrador: Pessoa narrativa. Refere-se à escolha gramatical da voz do narrador, ou seja, se ele vai falar na primeira pessoa (“eu”, “nós”) ou na terceira pessoa (“ele / ela”, “eles / elas”). Ponto de vista. Refere-se ao ponto de enunciação do narrador quanto ao que conta, podendo ser: Protagonista. Ele narra os eventos que aconteceram com ele, do seu próprio ponto de vista. Testemunha. Conta os eventos que aconteceram a terceiros e podem ou não fazer parte da história. Onisciente. Ele conta os acontecimentos do ponto de vista dele: ele sabe tudo, até o que os personagens pensam, e pode contar todos os ângulos da trama porque sabe tudo. Diálogos e descrições As descrições são pequenas pausas na narração que fornecem detalhes e informações. Diálogo é o momento em que a história reproduz para seus leitores ou espectadores uma conversa entre dois ou mais personagens , observando o que cada um disse. As descrições , por outro lado, são pequenas pausas na narração que fornecem detalhes e informações sobre como são os personagens, as coisas ou o mundo ao seu redor. Importância da narrativa A narração é um ato fundamentalmente humano. Diz-se que junto com a descoberta do fogo , o enterro dos mortos e o tabu do incesto, o surgimento da narrativa é um elemento fundamental para o surgimento da civilização humana. Na verdade, desde os tempos antigos até hoje, continuamos a narrar em muitas áreas de nossa vida. A narrativa literária Os romances são narrativas densas, lentas e divagantes. Narrativas literárias, como vimos, são aquelas que possuem aspirações artísticas ou estéticas, e que se enquadram nos gêneros narrativos conhecidos, que são: Histórias. Histórias de curta a média duração, centradas em uma linha de eventos que é narrada do início ao fim, com o menor número de interrupções. Micro-histórias. Hiper-histórias curtas, muitas vezes menores que uma página, que buscam condensar a experiência narrativa ao mínimo. Romances. Narrativas espessas, lentas e divagantes, nas quais o leitor adentra o universo das personagens e as acompanha em diversos momentos de suas vidas, seguindo um eixo narrativo de forma mais ou menos dispersa. Crônicas. Histórias curtas, geralmente com um domínio reconhecível da realidade, que procuram não só entreter através da trama, mas também fornecer informações e testemunhar algum tipo de realidade. Narração cinematográfica Um filme apresenta personagens, um enredo, um tempo, um lugar e um narrador. O filme, em sua complexidade, é também uma forma de arte que usa narrativas. Quando assistimos a um filme, somos apresentados a personagens, um enredo, um tempo, um lugar e um narrador (neste caso é a própria câmera), para reproduzir uma história audiovisualmente. Por isso, filmes com estratégias semelhantes a romances e contos podem ser estudados. Difere no que é relevante para o próprio gênero do filme, como a divisão em cenas, os tipos de cortes ou os efeitos especiais. Lição Nº…5,6 23/ a 27/09/2024 Sumário: Classificação e estudo das orações Análise Sintática A análise sintática é o estudo da função de cada termo de uma oração. Um termo, ou palavra, pode ser classificado de forma diferente de acordo com a função que desempenha na oração. Assim, é preciso entender o papel de cada um deles para fazer a sua análise sintática. Os termos da oração são classificados em: essenciais (quando a estrutura da oração é feita em torno desses termos), integrantes (quando completam o sentido de outros termos presentes na oração) e acessórios (quando a sua remoção não prejudica o sentido da oração). Termos essenciais da oração Os termos essenciais são os termos que servem de base na construção da oração, motivo pelo qual são chamados de essenciais. Os termos essenciais são dois: sujeito e predicado. 1. Sujeito O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa) O sujeito pode ser: determinado ou indeterminado, simples ou composto e inexistente. Os sujeitos podem ser determinados ou indeterminados, mediante a condição de poder ser ou não ser identificados. Quando identificados, são sujeitos determinados (A Ana acabou de chegar. -Sujeito determinado: A Ana). Quando não identificado, são sujeitos indeterminados (Estão chamando aí à porta.). Quando o sujeito determinado pode ser facilmente identificado pela sua forma verbal, ocorre sujeito determinado oculto (Agi conforme suas orientações. -Sujeito determinado oculto: eu (eu agi...). Os sujeitos determinados podem ser simples ou compostos, conforme contenham um ou mais núcleos - termos mais importantes do sujeito. Quando apresenta apenas um núcleo, são sujeitos determinados simples (Os livros estão na prateleira. - Sujeito determinado simples: os livros, cujo núcleo é “livros”). Quando apresenta dois ou mais núcleos, são sujeitos determinados compostos (O Caderno, três lápis e uma borracha estão na mochila. -Sujeito determinado composto: O Caderno, três lápis e uma borracha, cujos núcleos são “caderno, lápis, borracha”). Os sujeitos podem ser inexistentes quando a oração é composta apenas pelo predicado (Está um calor! - oração sem sujeito). 2. Predicado O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto faz parte do predicado. Por exemplo: Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (Sujeito: uma pessoa. Predicado: ligou, mas não quis se identificar.). O predicado pode ser: verbal, nominal e verbo-nominal. O predicado pode ser verbal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um verbo que expressa uma ação (O velhinho contou uma história. - Predicado: contou uma história, cujo núcleo é “contou”). Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, tem sentido completo e não precisa de complemento, ele é verbo intransitivo (A vítima morreu. - Predicado: morreu, cujo núcleo é “morreu” - predicado verbal: verbo intransitivo). Quando o verbo, ou núcleo do predicado verbal, precisa de complemento, porque não tem sentido completo, ele é verbo transitivo (Vou preparar o jantar. - Predicado: preparar o jantar, cujo núcleo é “preparar” - predicado verbal: verbo transitivo). O predicado pode ser nominal quando o seu núcleo (parte principal do predicado) é um nome e o seu verbo é de ligação, ou seja, liga o sujeito e suas características (Esta matéria é extensa. - Predicado: é extensa, cujo núcleo é “extensa”). O predicado pode ser verbo-nominal quando apresenta dois núcleos (parte principal do predicado), um núcleo verbal e um núcleo nominal (As crianças chegaram felizes. -Predicado: chegaram felizes, cujo núcleo é “chegaram” (e “estavam”) e felizes). Termos integrantes da oração Os termos integrantes são os termos que servem para completar o sentido de outros termos da oração. Os termos integrantes são três: complementos verbais, complemento nominal e agente da passiva. 1. Complementos verbais Com a função de completar o sentido dos verbos, os complementos verbais podem ser: objeto direto e objeto indireto. Os complementos verbais podem ser objeto direto, quando o complemento NÃO é ligado ao verbo através de preposição obrigatória (O poeta recitou poemas. - Predicado verbal: recitou poemas, cujo núcleo é “recitou” - complemento verbal objeto direto: poemas). Os complementos verbais podem ser objeto indireto, quando o complemento é ligado ao verbo através de preposição obrigatória (O doente precisa de cuidados. - Predicado verbal: precisa de cuidados, cujo núcleo é “precisa” - complemento verbal objeto indireto: de cuidados). 2. Complemento nominal O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome, que pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Por exemplo: Os idosos têm necessidade de afeto. (Complemento nominal: "de afeto", pois completa o sentido do substantivo “necessidade".) 3. Agente da passiva O agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva, e vem, geralmente, acompanhado de preposição. Por exemplo: O bolo foi feito por mim. (Agente da passiva: por mim) Termos acessórios da oração Os termos acessórios são os termos que servem para acrescentar uma informação, mas que se forem excluídos da oração não afetam o seu sentido. Os termos acessórios são três: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. 1. Adjunto adnominal O adjunto adnominal é o termo utilizado para caracterizar ou determinar um substantivo através de adjetivos, artigos, numerais, pronomes ou locuções adjetivas. Por exemplo: O homem educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. (Adjuntos adnominais: o, educado, a, sua, de idade) 2. Adjunto adverbial O adjunto adverbial é o termo utilizado para modificar ou intensificar o sentido de um verbo, de um advérbio ou de um adjetivo. Por exemplo: Canta lindamente. (Adjunto adverbial: lindamente) 3. Aposto O aposto é o termo que tem a função de explicar, ampliar outro termo. Por exemplo: Sábado, dia sete, não haverá aula de música. (Aposto: dia sete) Exercícios de análise sintática Vamos pôr em prática o conteúdo estudado acima e analisar sintaticamente os enunciados abaixo: Exercício 1 Falam muito mal dela, agora precisa-se da verdade. Aqui temos um período formado por duas orações: 1.ª oração: Falam muito mal dela, 2.ª oração: agora precisa-se da verdade. Portanto, trata-se de um período composto. O sujeito é indeterminado nas duas orações. Não se pode ou não se quer identificar o sujeito sobre o qual estão sendo dadas as informações: Falam (quem?), precisa-se (quem?). Vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 1.ª oração: Falam (o que ou sobre o que falam?) – uma vez que precisa de complemento, estamos diante de um verbo transitivo. muito - é adjunto adverbial de intensidade. mal – é adjunto adverbial de modo. dela – é objeto indireto, uma vez que complementa o sentido do verbo (falam de quem? dela - o mesmo que "de + ela") e esse complemento precisa de preposição. Agora, vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 2.ª oração: Agora – adjunto adverbial de tempo. precisa-se (do que se precisa?) – uma vez que precisa de complemento com preposição, estamos diante de um verbo transitivo indireto. da verdade – o sentido é completado com a necessidade de preposição, logo o objeto é indireto. Exercício 2 As marchinhas, as cantadas por Carmem Miranda, eram maravilhosas. Aqui temos um período simples. O enunciado é formado por apenas uma oração. O sujeito é simples: As marchinhas. O núcleo do sujeito é marchinhas. as cantadas por Carmem Miranda – está identificando as marchinhas, assim, estamos diante de um aposto. eram – uma vez que indica um estado, é um verbo de ligação. maravilhosas – uma vez que caracteriza o sujeito, estamos diante de um predicativo do sujeito.