Geografia A - Tema 1 e 2 PDF
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This document provides an overview of population distribution in Portugal, including factors impacting distribution such as soil types, climate, and relief. The text also covers aspects of regionalization and trends in population distribution, and how this impacts the country's development. The document is suited to secondary school students studying geography in Portugal.
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Índice: Distribuição da população em Portugal Ordenamento do território Recursos do subsolo Diversidade de minerais Unidades geomorfológicas Limitações e riscos Valorização dos recursos geológicos Geografia A Tema 1 e 2 Distribuição da população em Portugal...
Índice: Distribuição da população em Portugal Ordenamento do território Recursos do subsolo Diversidade de minerais Unidades geomorfológicas Limitações e riscos Valorização dos recursos geológicos Geografia A Tema 1 e 2 Distribuição da população em Portugal Densidade Populacional: relação entre o número de habitantes e a área do território onde habita. Expressa-se em hab./km2 𝑃𝑜𝑝. 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑛º 𝑑𝑒 𝐻𝐴𝐵𝐼𝑇𝐴𝑁𝑇𝐸𝑆) 𝐷𝐸𝑁𝑆𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 𝑃𝑂𝑃𝑈𝐿𝐴𝐶𝐼𝑂𝑁𝐴𝐿= 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑖𝑡ó𝑟𝑖𝑜 (𝑘𝑚2) Assimetrias Desigualdades na distribuição da população no Continente, opõem, sobretudo as áreas do litoral, mais atrativas, às do interior, com menor capacidade de atrair e fixar população; nas regiões autónomas, realçam o contraste entre os municípios das cidades capitais e os que lhes são próximos, face aos restantes. A densidade populacional é... Maior No litoral ocidental de Viana do Castelo a Setúbal, destacando-se a AM de Lisboa e a AM do Porto; No litoral algarvio de Olhão a Lagos; No Funchal e municípios vizinhos, na madeira; Em Ponta delgada e Lagoa, em São Miguel nos Açores; Menor Em todo o interior No litoral alentejano; Na maioria dos municípios das regiões autónomas Madeira Geografia A Tema 1 e 2 → Vertente Sul (soalheira- maior radiação solar): maior concentração da população → Vertente Norte (umbria- menor radiação solar): área mais despovoada Tendências Em Portugal, a distribuição teve sempre tendência a ser mais concentrada no litoral. Tal, acentuou muito com o êxodo rural, mais intenso a partir dos anos de 1960, graças ao desenvolvimento das áreas urbanas, e com o crescimento da imigração que também se fixa mais nas áreas urbanas do litoral. Assim, o litoral é mais atrativo do que o interior. Tendências que caracterizam a distribuição da população → Litorização: distribuição da população e das atividades económicas no litoral, mais urbanizado, com perda de população no interior, predominante rural. → Bipolarização: densidade populacional e das atividades económicas muito mais elevada em duas áreas: Lisboa e Porto. Geografia A Tema 1 e 2 Entretanto, devido ao elevado custo da habitação, os municípios de Lisboa e Porto têm perdido população. Atração pelo litoral urbano e despovoamento do interior Atração pelo litoral urbano Despovoamento do interior Solos No litoral, o relevo e o clima No interior, predominam solos favorecem a formação de solos mais pobres, principalmente nas mais férteis e produtivos montanhas sobretudo nas planícies Clima No interior, registam-se No litoral, sobretudo a Norte do Tejo, pela influência do atlântico, temperaturas mais baixas no o clima é mais húmido e mais inverno e mais elevadas no verão ameno, com diferenças menores e, sobretudo no Sul, o clima entre as temperaturas de inverno caracteriza-se por uma secura e verão acentuada Relevo Na faixa litoral, entre Viana do Nas regiões do interior, a norte Castelo e Setúbal, e na faixa do rio Tejo, o relevo é mais litoral algarvia predomina um acidentado, predominando as relevo menos acidentado, com montanhas e os No interior, há planaltos. menos cidades e planícies como as do Mondego de maior dimensão Áreas No litoral, existem mais cidades No interior, as empresas urbanas e com menor dimensão Atividades No litoral, localiza-se a grande económicas maioria das empresas industriais industriais e terciárias são e terciárias e também as de menos numerosas e de menor maior dimensão dimensão Vias de No litoral, existe maior No interior, há menos vias de comunicação densidade e qualidade de rede comunicação e de menor de transporte qualidade A emigração contribuiu para o Migrações O êxodo rural deslocou grande despovoamento de muitas parte da população do interior aldeias rural para as áreas urbanas do litoral. A imigração tende a fixar- se nas áreas urbanas, sobretudo nos distritos de Lisboa e Faro Nas regiões autónomas, as zonas costeiras são privilegiadas em acessibilidade, recursos e localização de atividades económicas. Destacam-se, pelo maior Geografia A Tema 1 e 2 dinamismo demográfico e económico e pela influência que exercem nos respetivos arquipélagos, as cidades de Ponta Delgada e do Funchal. RESUMINDO: Atração pelo litoral urbano Nas áreas mais densamente povoadas do litoral, ou seja, nos municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, e também do litoral das regiões Centro e Algarve, conjugam-se fatores físicos e humanos, que facilitaram um progressivo aumento do dinamismo demográfico e económico. Despovoamento do interior Despovoamento: perda progressiva de população, que leva a uma baixa ou muito baixa densidade populacional, ou até ao abandono total de aldeias. A perda e envelhecimento da população nas regiões do interior deve-se a fatores menos favoráveis. Problemas A desigual distribuição da população inviabiliza o aproveitamento de boa parte dos recursos endógenos e dificulta a complementaridade inter-regional. Levanta, também, problemas que têm custos económicos, sociais e ambientais. Geografia A Tema 1 e 2 Carga humana: quantidade de população num dado território...no litoral Em muitas áreas urbanas, a capacidade de cargo humana é ultrapassada pela excessiva com concentração de pessoas e atividades, surgindo problemas, tais como: ▫ Saturação de equipamentos infraestruturas e serviços, O que reduz a qualidade de vida e a produtividade da empresa. ▫ Saturação do espaço construído, sem jardins de espaços de passeio e lazer, bairros de gravados, etc. ▫ Congestionamento de trânsito e insuficiência de transportes públicos. ▫ Degradação ambiental, pela poluição atmosférica, produção excessiva de resíduos, impermeabilização do solo e ocupação indevida de solos com aptidão agrícola. ▫ Elevado com esta habitação, que consome a parte do rendimento familiar e dificulta a autonomização dos jovens adultos. ▫ Desigualdade social e humana, devido ao desemprego, trabalho precário e mal pago, pobreza, marginalidade, insegurança, stress.... no interior A perda demográfica no interior tem vindo a gravar-se e a evidenciar problemas, tais como: ▫ Marginalidade funcional de muitos territórios do interior, pela fraca oferta de bens e serviços ▫ Abandono espaço agrícolas e florestais, o que favorece os incêndios e põe em risco a população, a biodiversidade, os solos e os recursos hídricos. ▫ Falta de mão de obra para atividades de proteção da floresta, dos solos, das paisagens tradicionais e do património cultural. ▫ Falta de ligação às redes públicas de água, saneamento, energia e telecomunicação, onde a baixa densidade não compensa os investimentos. ▫ Extensas áreas desocupadas e respostas à erosão e risco de desertificação. Recursos Endógenos Recursos próprios de uma determinada região Exemplos: ▫ Cereja do Fundão Geografia A Tema 1 e 2 ▫ Galo de Barcelos ▫ Oliveira do Alentejo ▫ Queijada dos Açores ▫ Ovos moles de Aveiro Usar recursos locais significa explorar minerais que sejam característicos da região, valorizando o que ela tem de especial. Ordenamento do território → Organização, planeamento da determinada região Para ultrapassar os problemas resultantes das assimetrias na ocupação humana do território tendo em conta as orientações da política europeia para a coesão territorial é fundamental proceder ao correto ordenamento do território, considerando o país como um todo e cada região nas suas especificidades. Assim, será possível valorizar e aproveitar todos os recursos naturais e humanos, mobilizando as diferenças e especificidades locais e regionais. O planeamento é fundamental para o desenvolvimento e para a coesão territorial. Instrumentos de gestão territorial Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território (PNPOT): instrumento de topo do sistema de gestão territorial, define objetivos e opções estratégicas de Geografia A Tema 1 e 2 desenvolvimento territorial e estabelece o modelo de organização do território nacional. O PNPOT constitui-se como o quadro de referência para os demais programas e panos territoriais e como um instrumento orientador das estratégias com incidência territorial. Valorização do interior Para conseguirmos alcançar a coesão territorial e diminuir as desigualdades entre regiões, são necessárias medidas de valorização dos territórios do interior. Medidas → Melhorar as infraestruturas, as acessibilidades e a oferta de serviços; → Valorizar as potencialidades e os recursos endógenos; → Fomentar a cooperação intermunicipal e inter-regional (Quadrado Urbano); → Mobilidade de profissionais qualificados; → Parques empresariais; → Incentivos fiscais e financeiros. Geografia A Tema 1 e 2 Recursos do Subsolo Existem em abundância no nosso território, mas encontram-se distribuídos de forma desigual, tendo em conta as características geomorfológicas. A exploração dos recursos do subsolo vai contribuir para a economia nacional: → Compra e venda nos mercados internos; → Aposta na exportação. RECURSOS DO SUBSOLO- Não Renováveis Geografia A Tema 1 e 2 RECURSOS MINERAIS- Renováveis Águas Minerais de Nascente Setores de exploração dos recursos minerais LÍTIO: Mineral metálico, altamente inflamável, utilizado, por exemplo, na conceção de baterias, encontrado em sais e fragmentos de outros minerais. Geografia A Tema 1 e 2 Como se faz a extração destes recursos? Minas Pedreiras Engarrafamento de Águas Indústria Extrativa: Procede à extração dos recursos minerais do subsolo Jazida: grande concentração de minerais no subsolo A Indústria Extrativa gera riqueza: → Cria postos de trabalho; → Potencia o investimento estrangeiro; → Contribuem +ara o desenvolvimento das áreas rurais e áreas envolventes. Gera riqueza a nível regional: A indústria extrativa localiza-se mais no Alentejo UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS − Áreas com as mesmas características do solo; − Áreas da mesma época geológica. 1 Maciço Hespérico ou Maciço Antigo Está dividido em duas partes Geografia A Tema 1 e 2 ▫ A norte da cordilheira (Estrela, Açor e da Lousã) ▫ A sul da cordilheira A norte da cordilheira central: Conjuntos montanhosos, de vales profundos e encaixados, dificultando a prática da indústria extrativa; A sul da cordilheira central: Planícies alentejanas e planaltos de baixa altitude, o que facilita a indústria extrativa Nas planícies, onde predomina a baixa altitude, sobressai a Serra de São Mamede. No Sul, destacam-se as Serras do Caldeirão e do Monchique É a unidade geomorfológica mais antiga e rica em minerais e a que ocupa a maior parte do território nacional. São extraídos: Granito, mármore, xisto, minérios metálicos em geral, urânio (mineral energético), águas minerais e termais 2 Orlas Sedimentares Estão divididas em duas orlas ▫ Ocidental (junto ao litoral); ▫ Meridional (sul, no algarve). Mais recentes que o Maciço Hespérico e com menor variedade geológica. São extraídas rochas sedimentares: Argila, sal-gema, calcário, caulino. Utilizadas na indústria e na construção civil. Geografia A Tema 1 e 2 3 Bacia do Tejo e do Sado Mais recente de todas, surgiu devido à ação dos rios (Tejo e Sado) que depositaram sedimentos nestas áreas. São extraídas rochas sedimentares detríticas: Areia, arenitos, argila, pouco calcário. Utlizadas na indústria e construção. Em relação aos arquipélagos, de origem vulcânica existe a pedra-pomes e o basalto como minerais de origem magmática. Caracterização, a nível geológico, das três unidades geomorfológicas Maciço Antigo com uma grande variedade geológica, de rochas muito antigas e de grande dureza, como o granito, o xisto e outras rochas plutónicas. Geografia A Tema 1 e 2 As orlas sedimentares, com rochas sedimentares, como o calcário, as magdas, a argila, as areias e os arenitos. A orla ocidental, de Espinho à Serra da Arrábida, inclui rochas, como o Basalto, em antigas áreas de vulcanismo, como a Serra de Sintra. A Bacia do Tejo e do Sado, constituída por rochas sedimentares detríticas, como a argila, a areia e o calcário. Minerais Metálicos -Metal na sua composição. Encontram-se agregados a rochas plutónicas. Encontram- se sobretudo no Maciço Antigo. -Cobre e Zinco (Baixo Alentejo, Mina de Neves Corvo) -Estanho e Titânio (Norte) -Jazida de Ferro (Maior da Europa- Moncorvo, Bragança) -Minas da Panasqueira ▫ Centro de Portugal, na Covilhã; ▫ Grande produtor de volfrâmio à escala mundial, pela sua qualidade e volume de produção. ▫ Portugal, é o maior depósito de volfrâmio da U.E; ▫ Utilização: lâmpadas, armamento e aço. Minerais para construção Os minerais pra construção constituem matérias-primas essenciais na construção civil e nas obras públicas. Os centros de produção distribuem-se de acordo coma origem dos minerais que extraem: ▫ basaltos e pedras-pomes: extraídos nas regiões autónomas; materiais de construção, obras públicas e efeitos decorativos (calçada portuguesa) ▫ calcários para cimento e cal, pedra britada, areias e saibros e calcários decorativos: extraídos nas orlas sedimentares ▫ rochas ornamentais de origem plutónicas exploram-se no Maciço Antigo, -Mármores: na faixa de Estremoz-Borba-Vila Viçosa -Uma grande diversidade de granitos, xistos e ardósias: no Centro e Norte Destacam-se as rochas ornamentais na produção e nas exportações. Geografia A Tema 1 e 2 Nos minerais para construção sobressaem as rochas ornamentais, com destaque para os mármores e calcários decorativos. Este subsetor detém o segundo lugar nas exportações, graças às rochas ornamentais. Hidrominerais Águas com características minerais e termais Águas termais: ricas em sais minerais e gás carbónico, com temperaturas elevadas. Águas minerais: com características especificas adquiridas pelo contacto com minerais do subsolo. Nos recursos hidrominerais distinguem-se as: ▫ águas termais com indicações terapêuticas reconhecidas, pela temperatura e constituição mineral, que ocorrem, sobretudo, no Norte e Centro, a maioria no Maciço Hespérico, associadas ao traçado das falhas tectónicas, onde a água é aquecida pelo calor interno da Terra ▫ águas minerais naturais e de nascente, quase sempre ligadas às ocorrências termais, encontram-se principalmente no norte do Tejo, devido à grande diversidade mineral do Maciço Antigo, mas também à disponibilidade hídrica subterrânea, na Orla Ocidental, cuja geologia facilita a infiltração e retenção de água no subsolo (ciclo da água) A tendência crescente da produção e consumo de águas engarrafadas é maior nas águas de nascente. Este acréscimo resulta do aumento: do consumo interno das exportações A frequência das termas associa-se ao turismo e tende a aumentar. Minerais energéticos Combustíveis Fósseis Carvão Petróleo Gás Natural Portugal não possui para exploração no território nacional estes recursos. Geografia A Tema 1 e 2 Nota: O Urânio é um combustível também utilizado, mas a sua exploração é muito cara. Descarbonização: Visa a substituição dos combustíveis fósseis, por energias renováveis. Energias renováveis: Solar, Eólica, Ondas e Marés, Hídrica, Geotérmica, Biomassa (aproveitamento dos dejetos dos animais) Portugal não possui para exploração os combustíveis fósseis, então necessita importar. Ao importar, Portugal vai estar sujeito à variação de preços. Portugal importa: Gás Natural de Argélia (através dos gasodutos) Petróleo de Angola (através dos oleodutos) Carvão da Colômbia O consumo de energia O maior consumo de energia nos municípios do litoral, no Funchal e em Ponta Delgada, e menor no interior e restantes municípios insulares, justificam-se pela litorização na distribuição da população e das atividades secundárias e terciárias que são grandes consumidores de energia. No interior, os municípios com maior consumo correspondem a áreas urbanas como Viseu, Castelo Branco e Évora. Limitações e riscos Localização das Jazidas Presença em áreas de relevo acidentado, especialmente no Centro e Norte de Portugal. Grandes profundidades, elevando custos de extração Áreas protegidas, limitando ou inviabilizando exploração. Recursos dos fundos marinhos Pouco explorados e caracterizados. Geografia A Tema 1 e 2 Necessidade de grandes investimentos em investigação. Fraca competividade no mercado internacional Causas das dificuldades Altos custos de produção devido à localização Concorrência desvantajosa com países como China e Chile. Limitações das empresas Pequena dimensão de muitas empresas, especialmente no setor de rochas ornamentais. Fraca ligação à indústria transformadora, que limita o valor agregado dos produtos. Ambiente e Segurança na Extração de Recursos Geológicos A extração de recursos geológicos é fundamental para muitas atividades económicas, mas também traz grandes desafios ambientais e sociais. Impactos ambientais: Um dos maiores problemas é a contaminação de solos e águas, devido ao despejo de resíduos químicos, tóxicos e, muitas vezes, radioativos. Estes resíduos podem infiltrar- se no solo ou alcançar lençóis freáticos, afetando tanto os ecossistemas como a saúde humana. Também há a destruição de paisagens e habitats naturais. Nas pedreiras e minas, o impacto visual e ecológico é enorme, levando à perda de biodiversidade e ao desequilíbrio ambiental. Riscos para as populações: A atividade extrativa também representa um risco direto para as pessoas. Um exemplo é o acidente em Borba, em 2018, onde deslizamentos de terra e rochas causaram a morte de cinco pessoas. Este evento trágico ocorreu devido à instabilidade do solo em pedreiras desativadas, o que destaca a importância de um planeamento adequado e de inspeções regulares. Geografia A Tema 1 e 2 Riscos dos Combustíveis Fósseis Dependência e vulnerabilidade económica falhas no abastecimento: Portugal depende quase inteiramente de importações de combustíveis fósseis. Isso significa que somos muito vulneráveis às flutuações dos preços no mercado internacional Como Portugal depende de combustíveis fósseis importados, pode causar falhas no abastecimento devido a crises internacionais, problemas logísticos ou aumento da procura global. Isso torna o país vulnerável, reforçando a importância das energias renováveis. Distribuição e consumo Impactos ambientais: A queima de combustíveis fósseis é uma das maiores responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa, agravando o aquecimento global. Há também derramamentos e acidentes durante o transporte, que podem causar catástrofes ecológicas, como marés negras, prejudicando o oceano e a vida marinha. E os combustíveis fósseis podem causar acidentes graves, como derrames e incêndios. Esses problemas podem acontecer em refinarias, oleodutos, gasodutos, parques de armazenamento ou postos de abastecimento. Um outro efeito é a poluição atmosférica, que contribui para problemas respiratórios graves e é responsável por milhões de mortes anuais. Valorização dos Recursos Geológicos A importância da mineração: A mineração tem um grande impacto na economia, especialmente porque contribui para o PIB (Produto Interno Bruto) e gera efeitos multiplicadores. Isto significa que a mineração não apenas cria empregos diretos (nas minas), mas também impulsiona indústrias relacionadas, como a de transformação e o comércio. Para valorizar os recursos geológicos, é essencial: Geografia A Tema 1 e 2 → Usar recursos locais de forma inteligente: Isso significa explorar minerais que sejam característicos da região, valorizando o que ela tem de especial. → Aumentar o benefício para a população local: Uma sugestão, por exemplo, é garantir que 25% dos lucros (royalties) da mineração sejam usados para melhorar a qualidade de vida das comunidades próximas às minas. Políticas para usar os recursos de forma sustentável: → Melhorar as condições de exploração: Usar tecnologias avançadas para explorar minerais de forma eficiente e com menor impacto ambiental. → Modernizar as empresas: Investir na reestruturação das empresas, tornando-as mais inovadoras e produtivas. → Transformar os minerais em produtos valiosos: Em vez de exportar os minerais em bruto, seria melhor transformá-los em produtos acabados (como peças de tecnologia), o que cria mais empregos e valor. → Promover exportações mais eficazes: Incentivar a exportação de produtos finais, não apenas de matéria-prima, ajudando a fortalecer a indústria transformadora. → O objetivo geral é aproveitar os recursos do subsolo de forma que eles beneficiem a economia sem causar danos irreparáveis ao ambiente ou à sociedade. Planeamento para um desenvolvimento sustentável Mineração sustentável: extrair recursos do subsolo de forma que... 1. Não prejudique o ambiente. 2. Beneficie a economia e as comunidades locais. 3. Garanta que os recursos continuem disponíveis para as gerações futuras. Iniciativas que ajudam nesse processo: ONU Agenda 2030 (Objetivo 12): Incentiva o consumo e a produção sustentáveis, com foco em reutilizar e reciclar materiais para reduzir o desperdício. Geografia A Tema 1 e 2 Iniciativa de matérias-primas da União Europeia (IMP): Protege minerais importantes para a economia da Europa, como metais usados em tecnologia e energia. Estratégia nacional para os recursos geológicos: O país define como usar os recursos minerais de forma responsável e estratégica. Medidas práticas para mineração sustentável: Respeitar normas ambientais: Cumprir regras que protejam o ambiente e a segurança da população. Reduzir, reutilizar e reciclar: Usar materiais de forma eficiente e reaproveitar resíduos. Regenerar os habitats naturais: Depois de terminar a mineração, restaurar as áreas para que voltem a ser naturais ou úteis para a comunidade. Requalificar minas antigas: Transformar minas abandonadas em espaços úteis, como parques ou áreas turísticas. Recursos hidrominerais As águas minerais e de nascente constituem um recurso natural renovável, mas muito vulnerável, pelo que a sua valorização terá de ser feita de forma sustentável, através: Geografia A Tema 1 e 2 de estudos hidrológicos, que permitam inventariar melhor os recursos existentes; de práticas sustentáveis de exploração, respeitando as orientações da política nacional e comunitária para os recursos hídricos; do cumprimento das restrições no uso do solo, nos perímetros alargados de proteção dos aquíferos e zonas de captação, para garantir as características da água; da inovação e modernização dos espaços de captação e engarrafamento, para assegurar a qualidade e a competitividade nos mercados internacionais. As estâncias termais, que surgem sempre localizadas em áreas de grande beleza natural e com múltiplos recursos relevantes, que promovem a coesão territorial. A sua valorização pode passar pela: melhoria e diversificação da oferta de alojamento e restauração, de atividades de lazer e cultura, desportos e de natureza direcionadas para diferentes idades, etc.; ampliação do período de funcionamento, diminuindo a sazonalidade, para manter o emprego, direto e indireto, todo o ano; divulgação da oferta termal, para atrair um público mais vasto. Geografia A Tema 1 e 2