Clínica de Urgência: Endodontics Guide | PDF
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Uploaded by StaunchCarnation3287
UNINASSAU
2025
Eduardo Souza
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This document is a guide to endodontic emergencies, covering topics such as pulpitis, periodontitis, and abscesses. It goes through the different pathologies, discussing diagnosis and treatment. This document references dental procedures related to oral health and dental care.
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clínica de urgência PROFº EDUARDO SOUZA CAMPUS OLINDA, 2025.1 Avaliação: 1 avaliação teórica e 1 avaliação prática 1. A avaliação teórica será feita com questões objetivas e subjetivas. 2. A avaliação prática será realizada diariamente, nas atividades práticas, diante das atividades r...
clínica de urgência PROFº EDUARDO SOUZA CAMPUS OLINDA, 2025.1 Avaliação: 1 avaliação teórica e 1 avaliação prática 1. A avaliação teórica será feita com questões objetivas e subjetivas. 2. A avaliação prática será realizada diariamente, nas atividades práticas, diante das atividades realizadas em clínica. 3. Durante o semestre, teremos um estudo dirigido a ser realizado em equipe. Frequência: mínimo de 75%. chamadas serão realizadas em todas as aulas. Iniciaremos com momentos teóricos. Posteriormente, iniciaremos as atividade clínicas. Perfil de paciente da clínica de urgência urgência: emergência: situação clínica que casos em que os sintomas necessita de presentes são de intervenção o mais incidência aguda, levando rápido possível, visando o paciente a um quadro de minimizar as risco de morte e complicações e o consequentemente sendo sofrimento do paciente. necessário o tratamento no caso da odontologia, imediato. algumas questões estéticas também são urgências. Perfil de patologias nos atendimentos de urgência URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS URGÊNCIAS PERIODONTAIS URGÊNCIAS TRAUMÁTICAS Pulpite reversível Abscesso gengival Lesões dos tecidos de Pulpite irreversível Abscesso periodontal suporte dental Periodontite apical aguda Pericoronarite Lesôes dos tecidos Absceso periapical agudo Gengivoestomatite dentários Dor por sobreobturação e herpética Avulsão dental sobreinstrumentação Gengivite ulcerativa Laceração de tecido mole necrosante aguda Sangamentos OUTRAS URGÊNCIAS Deslocamento de restaurações Dor e lesões de mucosas Trauma relacionado ao aparato ortodôntico Urgências endodônticas Será mandatória a realização do exame odontológico (mucosas, dentes, periodonto...) e endodôntico (testes de sensibilidade, percussão, palpação...) completo. Exame endodôntico: Radiografia periapical Teste de sensibilidade pulpar Testes de percussão Teste de palpação apical Sondagem periodontal* Pulpite reversível leve inflamação pulpar em fase inicial, causada por agente agressor, que ao ser removido, propicia recuperação do tecido pulpar. Diagnóstico: Usualmente assintomática. Em algumas ocasiões, paciente pode acusar dor aguda, rápida, localizada e fugaz, em resposta a estímulos que normalmente não causam dor. Dor ao frio é bastante relatada. Teste pulpar ao frio - uso de spray refrigerante provoca dor aguda, rápida e localizada, que passa rapidamente após remoção do estímulo. 1. Resposta: pode ser similar a resposta de uma polpa normal, mas pode apresentar dor levemente acentuada e que demora poucos segundos a passar, após remoção do frio. Pulpite reversível Teste de sensibilidade ao frio: 1. Explicar a/o paciente com se realizará o teste; 2. Isolamento relativo no dente a ser testado; 3. Secar superfície vestibular com algodão seco (NUNCA COM AR DA TRÍPLICE); 4. Fazer bolinha de algodão de tamanho compatível com a coroa do dente a ser testado; 5. Aplicar gás refrigerante na bola de algodão (precisam estar perto); 6. Realizar o teste, encostando bola de algodão refrigerada na cervical do dente ( não pode encostar em gengiva); 7. Cronometrar o tempo desde que o paciente acusou a dor até o momento que ele indica que não sente mais dor. *Primeiro, realizar teste em um dente controle, sem sinal ou sintoma de alteração pulpar, ou tratamento endodôntico prévio. Após resposta, realizar teste no dente em investigação. Pulpite reversível Tratamento: Casos que envolvem lesão de cárie não profunda: remoção do tecido infectado e restauração (resina ou CIV) Casos de lesões profundas e restaurações extensas: remoção cuidadosa da cárie, com brocas de baixa rotação e curetas de dentinas, removendo tecido infectado e preservando o máximo possível de dentina afetada no fundo da cavidade e restauração com CIV. Nesses casos, o paciente deve ser reavaliada em 7 dias. Pulpite irreversível Inflamação pulpar moderada a grave, em que já não é viável sua recuperação. Decorrente de longas exposição aos microorganismos envolvidos na cárie. Diagnóstico: A maioria dos paciente não se queixa de dor. Quando presente, a dor é localizada e aguda, podendo ser provocada. Além disso, a dor persiste, mesmo após remoção do estímulo. O paciente relata uso de analgésicos, que pode ou não resolver a dor. Em casos avançados, a dor pode ser pulsátil, excruciante, lancinante, contínua e espontânea, e analgésicos não são eficazes para controle de dor. Ao exame físico: observa-se extensa lesão de cárie, com grande cavidade, ou restauração extensa. Pulpite irreversível Teste de sensibilidade ao frio: Teste deve ser conduzido, e provavelmente a dor que o paciente sentirá será grande. As vezes, com um claro sinal de exposição pulpar, o teste pode ser descartado... depende do contexto do caso. Outros testes Palpação e percussão normalmente são negativos. Tratamento: Pulpite irreversível se trata com pulpectomia, e posterior tratamento endodôntico. Idealmente, numa consulta de urgência, o profissional deve fazer a abertura e esvaziamento da cavidade pulpar (exploração + irrigação). *Em casos de dentes com rizogêneze incompleta, pode ser feita a pulpotomia, para permitir o desenvolvimento radicular, em caso de recuperação pulpar. Periodontite apical aguda (sintomática) Resposta inflamatória aguda do tecido periapical como reação à agressão de alta intensidade causada pela população de bactérias que migram do sistema de canais radiculares para o ligamento periodontal. Diagnóstico: Paciente apresenta dor intensa, espontânea e localizada, com extrema sensibilidade ao toque do dente e sensação de dente crescido. Ocorre leve extrusão do dente, devido a presença de edema no ligamento periodontal. Mastigação estará comprometida. Teste de sensibilidade pulpar negativo*, Teste de percussão vertical positivo (extremamente doloroso), podendo ser feita apenas uma leve pressão digital sobre o dente, em direção apical. Palpação pode indicar sensibilidade ou não. Na radiografia, veremos espessamento do espaço do ligamento periodontal (ELP). Periodontite apical aguda (sintomática) Tratamento: Nesse caso, em que há necrose pulpar e a dor vem do periápice, há necessidade de intervenção endodôntica imediata. Iniciar tratamento endodôntico, com instrumentação, irrigação e aplicação de medicação intracanal (hidróxido de cálcio + PMCC ou clorexidina 2%) + prescrição medicamentosa de analgésicos e anti-inflamatórios. Conclusão do tratamento acontecerá posteriormente. O dente deve ser retirado de oclusão. Abscesso periapical agudo/agudizado É resultado da evolução de periodontite apical aguda. A resposta inflamatória do hospedeiro não consegue reduzir ou controlar o agente agressor, então há uma exacerbação do processo, gerando a formação de secreção purulenta. Diagnóstico: Paciente apresenta dor espontânea, pulsátil, lancinante e localizada. Pode estar com sinais de envolvimento sistêmico (febre, linfadenite regional, mal-estar, prostração). A dor estará muito pronunciada quando a secreção ainda estiver intraóssea ou subperiosteal. A partir do momento que há a ruptura do periósteo, um alívio da dor é percebido. Pode-se observar tumefação intra/extra-oral, a depender do estágio de evolução. Testes pulpares negativos. Testes de percussão e palpação geralmente positivos. Abscesso periapical agudo/agudizado Diagnóstico: Na imagem radiográfica, pode haver sinal de destruição óssea (Provável lesão periapical crônica agudizada) ou apenas espessamento do ELP. Em alguns casos avançados, o paciente estará com edema em face, a depender do dente e via de drenagem. MUITO CUIDADO NESSES CASOS!!! O paciente pode estar evoluindo para um celulite ou angina de Ludwig, e o mais seguro é encaminhar para acompanhamento hospitalar. Tratamento: Início de tratamento endodôntico. Preparo + irrigação abundante. Deve ser realizada drenagem de secreção, via canal ou incisão mucosa. O canal deve ser bastante irrigado e a aplicação de medicação intracanal a base de hidróxido de cálcio é regra. Prescrição analgésica e anti-inflamatória. Antibióticos serão prescritos em caso de envolvimento sistêmico ou paciente imunodeprimidos. Sobreinstrumentação e sobreobturação Sobreinstrumentação: Lesão traumática do tecido periapical por instumentação além do forame. Pode haver envolvimento bacteriano, em caso de extrusão de debris dentinários contaminados. Manejo com analgésicos e anti-inflamatórios. Flare-up: dor ou tumefação em um dente previamente assintomático, após intervenção endodôntica. Pode estar relacionado a extrusão de debris, desequilíbrio da microbiota endodôntica e introdução de novas bactérias no canal. Sobreobturação: Material obturador além do ápice. Tomar muito cuidado no momento de obturação, para evitar extravasamento, principalmente do cone. Realizar radiografia de qualidade a obturação antes do corte final da guta. Tratar com retratamento ou cirurgia endodôntica. REFERÊNCIAS Lopes, H. P., & Siqueira Jr., J. F. (2020). Endodontia: Biologia e Técnica (5ª ed.). Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan. ISBN: 978-85-9515-034-8. MACÊDO BEZERRA, Patrícia Amanda da Silva Andrade; OLIVEIRA, Maria Eridan Moreira de; GOMES, Tiago Norões; BARBOSA, Jailma dos Santos; MEDEIROS, Evandir Florêncio. Principais Patologias Orofaciais Recorrentes em Serviços de Urgências Odontológicas: Uma Revisão da Literatura. ID on line Revista de Psicologia, v. 9, n. 27, 2015.